Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

domingo, 22 de agosto de 2010

2708. Conhece-te a ti mesmo

Uma adivinha para refrescar:

Houve um Sócrates que, em dada altura, reflectiu:

- Conhece-te a ti mesmo!

O outro, tocando de ouvido, porque ignorante, casquinou:

- Conhece-te a ti, asno!

A adivinha consiste em saber quem foi um e outro.

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sábado, 21 de agosto de 2010

2707. Sabe o que é um "frangue"?

Não... não se trata de um daqueles que o Roberto dá em cada jogo que o Benfica realiza.

Frangue (fringue) é uma palavra de origem persa, faranji, firinji (em árabe, ifrangi, firanji, é uma corruptela de "franco".

Designava originariamente "europeu cristão"; na Índia restringiu-se ao "português" e, posteriormente, ao "indo-português" e ao "cristão".

Teve igualmente outros significados nos idiomas indígenas, particularmente no território dravídico
(
Povos dravídicos é a designação dada aos habitantes do extremo meridional do subcontinente indiano, ao sul dos rios Narmada e Mahanadi).

Em concanim firinji usado como substantivo ou como adjectivo, significa apenas"português".

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2706. Viver sem Orçamento é a solução

Há por aí uns crânios fumegantes de tanto pensamento idiota, que garantem ser um desastre não se ter Orçamento para 2010 e ter-se que se viver em duodécimos.

Balela palerma, de quem quer ajudar Sócrates a levar o país à bancarrota!

Viver em duodécimos é a única forma de evitar o crescimento desmesurado do déficit que tudo tem corroído!

Ora então ...diga lá: isso não seria a prenda mais preciosa que nos poderiam dar?

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2705. Que porreiro, pá!

"O beneficiário (do rendimento social de inserção, do subsídio social de desemprego, de abonos de família, etc) terá de comprovar, entre outras coisas, que o património mobiliário do seu agregado familiar não excede os cem mil euros".

Essas são as condições para que se tenha direito àqueles subsídios.


Feitas as contas, vou requerer a atribuição do Rendimento Social de Inserção, porque a ele tenho direito.

E você? Ganha menos do que 7.150,00 €/mês (líquido)? Então, corra requerê-lo também.

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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

2704. "Desinteligência"...

"Desinteligência" à prova de fogo é não perceber que, havendo

"cabeças de polvo"

e

"cabeças de burro",

são as do asno e não as do cefalópode que tramam os patetas arrogantes.

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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

2703. Aldeia Global Portuguesa - Tibete (adenda)

Sabe quem foi o primeiro europeu a andar pelos Himalaias e a chegar ao Tibete?

O Pe. jesuíta António Andrade, natural de Oleiros, no pinhal interior. Fê-lo em 1624. Perfazem neste Agosto, portanto, 386 anos. Mas já tinha tentado, em Março do mesmo ano.

Leia aqui

Mas saiba mais, que vale a pena. Como?

Telefone para a Biblioteca Municipal de Oleiros
( Telf. 272 680 230 ) e encomende, à cobrança, o livro "O Descobrimento do Tibet" - que integra duas cartas da autoria do próprio António Andrade, com a sua descrição do feito - em edição da Imprensa da Universidade de Coimbra, de 1921, cujo original se encontra na Biblioteca da Academia das Ciências de Lisboa, e que a Câmara Municipal de Oleiros editou e distribui, por pouco mais de 15 euros. Recebê-lo-à em casa, nas 24 horas seguintes, se não se interpuser fim de semana ou feriado.

E, para completar, compre "VIAGEM AO TECTO DO MUNDO - o Tibete desconhecido", de Joaquim Magalhães de Castro, ed. de Maio de 2010, da Editorial Presença.

Verá que ficará a saber muito que ignorava, mesmo se já sobre o assunto se tiver debruçado anteriormente.


( Há outras breves descrições de outras gestas de gente ilustre que, todas juntas, criaram a Aldeia Global Portuguesa, conceito e, mais do que isso, realidade velhinhos de 500 anos e que alguns "iluminados" julgam ter descoberto há uns 10... )
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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

2702. Deanna Barroqueiro, nome incontornável

Deanna Barroqueiro é, sem dúvida, um nome incontornável da Literatura Portuguesa.

Especializada em romance histórico, as suas obras

. D. Sebastião e o Vidente (venturas e desventuras do rei "Desejado")
. O Navegador da Passagem (Bartolomeu Dias, o homem do Cabo da Boa-Esperança)
. O Espião de D. João II (Pêro da Covilhã pelo Oriente e em busca do Preste João)
. O Romance da Bíblia (Um olhar feminino do Antigo Testamento)

constituem marcos extremamente significativos das letras portuguesas.


Obras de grande densidade e, consequentemente, de leitura não muito fácil, são absolutamente indispensáveis à biblioteca de todos os portugueses.

Tendo já podido apreciar os excelentes três primeiros, vou começar a leitura do último, logo que o carteiro mo traga, já que o encomendei.


Deixe que lhe sugira que os não perca. Dão trabalho, mas vale bem a pena o esforço. Deanna Barroqueiro é uma mulher de garra e que sabe bem o que faz e por que o faz. Preencheu muito bem e por mérito próprio um vazio imenso que existia na literatura portuguesa. Em boa hora.
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2702. De difícil entendimento...

Carlos Queiroz: "O processo que me moveram parece político".

- Se nem coisa tão simples ele percebe, que haja alguém que esclareça o homem de que se trata tão somente de um caso de incompetência e arruaça!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

2701. Fuja de gente desta!...

Quer um exemplo de quem gosta de estar de bem com Deus e com o diabo? Ei-lo:

É obviamente verdade que o caso Freeport foi instrumentalizado - quer para liquidar José Sócrates, por um lado, quer para liquidar a investigação a José Sócrates, por outro".
Pedro Tadeu, "Diário de Notícias", 17-08-10

Se há tipos em quem V. jamais deve fiar-se são estes. Querem estar sempre salvaguardados. Por Deus ou pelo diabo! Desconfie sempre!

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2700. Freeport: A gravação válida em Inglaterra mas... inválida cá

Este vídeo é válido como prova judicial
em Inglaterra,
jovem arremedo de democracia, pouco credível. de cerca de 30 anos de idade.

É, porém, inválido
em Portugal,
vetusta e muito experimentada e respeitada democracia de centenas de anos.

Dito de outra forma:
em Inglaterra, estava oficialmente provada a corrupção e feito ao bife; em Portugal, oficialmente não se prova e safo do cutelo.



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domingo, 15 de agosto de 2010

2699. E quem é que aguenta tal?

Carlos Queiroz discriminou staff de apoio à Selecção, com atitudes "egocêntricas e ditatoriais"
(Correio da Manhã)

- Outra aleivosia contra o santo homem!...

- C'um escafandro! Não há asshole que aguente!
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2698. E assim é que deve ser

"Só 4% das empreitadas públicas foram a concurso"
(título de 1ª página do JN)

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Claro! Como é que se queria que fosse, hã? Com regras sãs, sem trafulhice, não?
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sábado, 14 de agosto de 2010

2697. Ir para fora...

Parece que muitos políticos portugueses este ano resolveram nas férias


ir para fora dentro

Tudo bem.

Alguns deles (não tão poucos quanto isso e todos conhecemos alguns) deveriam, contudo,

ir para fora, dentro


Isso, sim, é que era justo!
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2696. Que seleccionador de uma cana !

Nani:

- Obriguei-os a levar-me para a África do Sul, mesmo lesionado.

Ora toma! Nani manda no grande seleccionador. Quantos mais jogadores o fazem?


Um seleccionador destes vale milhões. Que não o percam, carago (ai, carago, não, carago!).
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2695. Missing ... before action!

Mas, afinal, onde pára Cavaco?

Tudo em bolandas e ele... moita?

Mais do que missing in action aí está um verdadeiro missing before action!

Dito de outra maneira, antes de não o ser, já não o era...

Ó sorte macaca!

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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

2694. Alguém tem que se mostrar responsável

Câmaras mantêm abertas escolas que o governo mandou fechar - Título do i

- Claro! No meio desta loucura generalizada, alguém tem que mostrar algum sentido de responsabilidade, não?!...

Pena foi não ter sido possível fazer o mesmo com maternidades, serviços de urgência, etc., etc., etc...

... e fechar, isso sim e a cadeado renforcé, tal desgoverno.
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2693. Mas que grande "número"!

"O número é bom. É um número que confirma a recuperação da nossa
economia."
- José Sócrates, comentando os dados do INE acerca do PIB.

Na verdade, digo eu, saíste-me cá um "númaro"!....
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2692. Assassinos de virtudes bem recatadas!...

Carta com informações das autoridades inglesas acerca do envolvimento de Sócrates acabou por ser devolvida.

Ah, sim? Não acredito! Iam lá fazer tal!

Más línguas! "Campanhistas" negros como breu!

Assassinos de virtudes bem recatadas!

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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

2691. Freeport: "Que merda é esta?"

Vítor Magalhães, Pães Faria e cândida Almeida repudiam divisão na equipa

Freeport: Equipa de procuradores reafirma coesão

11.08.2010 - 19:38 Por Lusa

A equipa de procuradores responsáveis pelo caso Freeport condenou hoje o que classifica de “campanha de destruição de honorabilidade, carácter e profissionalismo” de que diz ter sido alvo e reafirma a sua coesão.
Numa nota assinada pelos três magistrados do Ministério Público responsáveis pelo processo - a directora do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), Cândida Almeida, e os procuradores Vítor Magalhães e Pães Faria -, os magistrados repudiam as notícias que vieram a público nos últimos dias a dar conta de alguma divisão na equipa.

“Repudiamos, desde já, todas as notícias e intervenções públicas que coloquem em causa o estrito cumprimento da lei e das funções que nos estão confiadas, exclusivamente subordinadas aos princípios da legalidade e objetividade, nomeadamente, as que dão conta de uma pretensa divisão entre os magistrados responsáveis pela investigação e sua superior hierárquica”, refere a nota enviada à agência Lusa.

No documento, os magistrados sublinham ainda que, a propósito do caso Freeport, “foi lançada uma campanha de destruição da honorabilidade, do carácter e do profissionalismo dos magistrados responsáveis”.

Quanto ao decorrer do processo, recordam que o Conselho Superior do Ministério Público já tinha em fevereiro do ano passado determinado a realização de diligências a serem levadas a cabo num inquérito anunciado pelo Procurador Geral da República no final de Julho.

Na altura, numa nota divulgada à comunicação social, o PGR anunciou que tal inquérito serviria “para o integral esclarecimento de todas as questões de índole processual ou deontológica” que o processo Freeport pudesse suscitar.

Na mesa nota, o PGR adiantava que tal inquérito visava igualmente apurar “eventuais anomalias registadas na concretização de atos processuais”.

Assegurava ainda que “os magistrados titulares do processo [Paes Faria e Vítor Magalhães] procederam à investigação com completa autonomia, inquirindo as pessoas que julgaram necessárias e realizaram todas as diligências que tiveram por oportunas”.

Na nota hoje enviada à Lusa, Cândida Almeida, Vítor Magalhães e Paes Faria sublinham que “trabalham e sempre trabalharam em equipa, permanentemente em cooperação, com lealdade e unidade de intervenção, em busca da verdade material, com o objectivo de deduzir o seu despacho final em concordância com a prova objectiva e legalmente obtida”.

O inquérito relativo ao caso Freeport foi encerrado com os procuradores Vítor Magalhães e Paes Faria a colocarem no despacho final 27 perguntas que gostariam de ter feito ao primeiro ministro, José Sócrates, mas que não fizeram alegando falta de tempo.

Nos dias que se seguiram a este encerramento, diversos meios de comunicação social deram conta da existência de alegados desentendimentos entre os dois procuradores e Cândida Almeida por causa da forma como a investigação foi conduzida.

O processo Freeport teve na sua origem suspeitas de corrupção e tráfico de influências na alteração à Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo e licenciamento do espaço comercial em Alcochete quando era ministro do Ambiente José Sócrates, actual primeiro-ministro.

O MP acusou os empresários Charles Smith e Manuel Pedro por tentativa de extorsão e absolveu os restantes cinco arguidos, determinando o arquivamento dos crimes de corrupção, tráfico de influência, branqueamento de capitais e financiamento ilegal de partidos políticos.
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Comentário mais votado no Público

PGR, CÂNDIDA E OS PROCURADORES? QUE M* É ESTA?

Na nota hoje enviada à Lusa, Cândida Almeida, Vítor Magalhães e Paes Faria sublinham que “trabalham e sempre trabalharam em equipa, permanentemente em cooperação, com lealdade e unidade de intervenção, em busca da verdade material, com o objectivo de deduzir o seu despacho final em concordância com a prova objectiva e legalmente obtida”

Norma Lobo

11.08.2010 23:35

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Acrescentar o quê, se está tudo dito?

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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

2690. Cadê o Manel?

click, para ampliar
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2689. Missing in action

Onde pára o Presidente da República?
Então, a justiça está em fretes, o país em cacos e ele em banhos, como se nada acontecesse?
Ou morreu? Em combate?
Sem aviso prévio?
De morte macaca?
Até a Isabel II é mais interventiva e menos gastadora!
Precisamos de um Presidente da República?! Para quê?!
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terça-feira, 10 de agosto de 2010

2688. Tás safo, ó Queiroz

A notícia:

Queiroz rebateu todos os factos que lhe são imputados no processo, com as testemunhas Alex Ferguson, Luís F Vieira, Pinto Costa e Figo.

Nenhum deles assistiu aos factos. Assim, sendo, só podem abonar, ou seja, dizer que o homem é tipo porreiral etc. e tal, que nem sequer é capaz de agredir à surrelfa qualquer jornalista que não lhe agrade em pleno aeroporto e tudo.

Assim, rebate-se o quê? Que porque é tipo porreiral, não fez aquilo?!

Causa enorme surpresa que não tenha indicado o testemunho do Jorge Baptista! Esqueceu-se!

Tás safo, ó Queiroz!...

NB, alguns factos, para que tudo fique bem explicadinho
:

1. No calor da refrega (jogo) Luís Filipe Scolari tentou agredir um futebolista, em atitude de defesa do Quaresma, que fora por ele agredido.

2. Queiroz agrediu à má fé o jornalista Jorge Baptista, que dois anos antes escrevera que Queiroz não lhe parecia o seleccionador de que Portugal precisava.


3. Queiroz insultou vários agentes de um organismo do Estado, em serviço oficial - e até a santa mãezinha de um deles - que nem estava presente, durante o estágio da selecção, na Covilhã, quando aqueles ali se apresentaram para um controlo anti-doping aos seleccionados, como lhes competia.

Há, como se vê, duas enormíssimas diferenças... Portanto, nada de chamar à colação o que chamado à colação não deve ser... Scolari não é um arruaceiro.

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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

2687. "O travão" II

Cândida Almeida travou equipa mista liderada pela PJ para investigar o Freeport

DCIAP avocou processo depois de saber que a Polícia Judiciária estava a constituir uma equipa de investigação com as autoridades inglesas.

Nessa reunião (de Haia), segundo notas do director do SFO citadas no DN, verificou-se que "os magistrados portugueses estão a bloquear o rumo das investigações que a PJ pretendia" e que era notória a preocupação de Cândida Almeida com o facto de o inquérito visar o possível envolvimento do primeiro-ministro. Na mesma reunião, os procuradores Vítor Magalhães e Paes de Faria, já então responsáveis pelo inquérito no DCIAP, terão confidenciado ao director do SFO que não confiavam na sua superior hierárquica, tendo Vítor Magalhães afirmado ao DN, anteontem, que na reunião da Haia "quem deveria ter participado eram Maria Alice Fernandes e Carla Gomes [que eram quem melhor conhecia o processo na PJ de Setúbal] e não Cândida Almeida".
Público - 2010Ago09
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2686. ... e os ingleses secaram a fonte,,,

Freeport


Da decisiva reunião dos investigadores portugueses com os ingleses em Haia foram afastadas a directora da PJ de Setúbal e a inspectora Carla Gomes, que eram quem tinha conhecimento completo da investigação.


Foram substituídas por Cândida Almeida que, desde logo, rejeitou que Sócrates estivesse envolvido e se apressou a chamar a si o processo, tendo toda a equipa da Judiciária de Setúbal, que até aí investigara todo o caso, sido liminarmente afastada.


O resultado destes desenvolvimentos foi o de que as autoridades inglesas "secaram" a fonte de informações para a investigação de que dispunham e que tinham vindo a facultar.


Sobre este assunto, o DN tentou ouvir Cândida Almeida, que se mostrou indisponível.

(retirado de notícia do DN 2010Ago09)

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2685. "O travão"

Freeport: Procuradora sob pressão

PJ travada por Cândida

A proposta de investigação conjunta do caso Freeport com as autoridades inglesas foi apresentada em 29 de Agosto de 2008, mas a 3 de Setembro, cinco dias depois, a procuradora Cândida Almeida avoca o processo que, nesta fase, queria investigar formalmente José Sócrates a pedido dos investigadores ingleses .

Por:Manuela Teixeira

Os inspectores da PJ não gostaram de ver rejeitada a proposta de colaboração com os ingleses com quem já estavam a trabalhar há vários meses. Em 2008, o Serious Fraud Office (SFO), em Londres – que investigava os negócios do Freeport – trabalhava com uma lista de 15 suspeitos de corrupção. O nome de José Sócrates estava na lista. Tinham também em mãos o DVD gravado por Allan Parkins numa reunião com o promotor Charles Smith onde se fala que Sócrates terá recebido ‘luvas’.

A gravação, obtida de forma ilegal, foi aceite pela polícia inglesa como elemento a investigar. Charles Smith e os gestores britânicos do Freeport, Allan Parkins, Jonathan Rawslay, foram inquirido em Londres sobre o DVD. Depoimentos que o SFO envia, por carta rogatória, para o processo português conduzido pela PJ de Setúbal. O vídeo não poderia ser usado como prova na investigação portuguesa mas as declarações dos intervenientes poderiam ser incluídas nos autos.

MAGISTRADOS SEM CONFIANÇA

Os procuradores do processo Freeport, Paes Faria e Vítor Magalhães, dão sinais de que nem sempre concordaram com o rumo da investigação. Na fase final, terão mesmo acusado falta de confiança na directora do DCIAP, Cândida Almeida. Este sentimento ficou registado num documento do Serious Fraud Office, na reunião de Haia, em Fevereiro de 2009. Segundo consta no documento revelado pelo ‘DN’, os procuradores confidenciaram aos ingleses que tinham falta de confiança na hierarquia. Nesta altura, os procuradores ainda debatiam com os ingleses o p’ossível envolvimento de José Sócrates no processo Freeport. Nessa reunião, Cândida Almeida deixou bem claro que rejeitava qualquer ideia de envolvimento do primeiro-ministro.
CM 2010Ago09
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domingo, 8 de agosto de 2010

2684. Freeport: Mais se vai sabendo...

Em reunião em Haia com os ingleses, procuradores não queriam Cândida Almeida presente, por falta de confiança na hierarquia.

De documento do Serious Office:

"Na reunião (...) ficou claro que a sra. Almeida era contra a ideia de que o primeiro-ministro português recebera suborno”.


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Procuradores com "falta de confiança"em Cândida Almeida

por DUARTE LEVYHoje

Procuradores com "falta de confiança"em Cândida Almeida

Os procuradores encarregados do processo Freeport, Vítor Magalhães e Paes de Faria, revelaram, numa reunião conjunta em Haia com as autoridades inglesas, que preferiam não ter a directora do DCIAP, Cândida Almeida, presente. O SFO registou tudo.

Em Fevereiro de 2009, os magistrados titulares do processo Freeport, Vítor Magalhães e Paes de Faria, sugeriram numa reunião em Haia com as autoridades inglesas ter "falta de confiança na hierarquia" do Ministério Público, ou seja, na directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, Cândida Almeida.

A informação consta nas anotações dos ingleses que participaram na reunião, a que o DN teve acesso (ver documento em cima), e foi confirmada por uma fonte do colégio do Eurojust, o organismo europeu que organizou o encontro entre portugueses e ingleses.

No documento do Serious Fraud Office (SFO), no capítulo "anotações da reunião", pode ler--se que, "de acordo com os procuradores portugueses (em confidência disseram-nos que não tinham confiança na hierarquia, representada na reunião pela sra. Cândida Almeida), o inquérito devia continuar na mesma base. O inquérito diz respeito ao possível envolvimento do primeiro- -ministro José Sócrates no caso Freeport". Mais abaixo, os ingleses do SFO dizem ainda: "Durante esta reunião sobre o esquema de corrupção ficou claro para nós que a sra. [Cândida] Almeida era contra a ideia de que o primeiro--ministro português pudesse ter recebido qualquer suborno".

Confrontado com esta informação, Vítor Magalhães recusou--se a confirmar. "São Cândida Almeida e Pinto Monteiro quem tem de manter confiança [nele], uma vez tratarem-se dos [seus] superiores hierárquicos, e não o contrário."

Porém, o procurador confirma que não desejava a presença da directora do DCIAP nesse mesmo encontro, como ontem também noticiou o DN: "É verdade que eu sempre defendi, e continuo a afirmá-lo, que quem deveria ter participado na reunião de Haia eram Maria Alice Fernandes e Carla Gomes e não a directora Cândida Almeida. Ninguém conhecia melhor o caso do que a equipa de investigação de Setúbal."

Segundo uma fonte do colégio Eurojust, na véspera da reunião, os magistrados titulares do processo Freeport, Vítor Magalhães e Paes de Faria, terão sugerido a Lopes da Mota que Cândida Almeida não participasse no encontro alegando "falta de confiança na directora do DCIAP e em Pinto Monteiro".

Os dois magistrados defendiam a presença de Maria Alice Fernandes, alegando que a coordenadora era quem de facto conhecia o processo, mas esta tinha sido afastada da reunião por decisão de Cândida Almeida.

Nas anotações inglesas à reunião de Haia, hoje nas mãos de Richard Alderman, actual director do SFO, consta uma descrição do mesmo encontro: "Foi uma reunião surrealista. Os portugueses não conheciam o caso e estavam mais preocupados em defender e afirmar a soberania dos seus magistrados."

No mesmo documento pode ainda ler-se que "os magistrados portugueses estão a bloquear o rumo das investigações que a PJ pretendia" e que havia uma grande preocupação de Cândida Almeida com o facto de o inquérito visar o possível envolvimento do primeiro-ministro português.

As anotações e o relatório feito ao Home Office pelos enviados ingleses revelam ainda que a carta rogatória enviada de Portugal "foi cumprida quase na totalidade" mas que por diversas vezes "as informações enviadas ao Ministério Público no Montijo foram devolvidas" à procedência.

O DN soube junto do Tribunal do Montijo que terá sido um funcionário "que não falava inglês" quem devolveu por erro o correio que foi chegando de Inglaterra, se bem que a possível explicação possa residir no facto de, entre 2005 e 2008, terem passado por aquele tribunal diversos procuradores - mais de três - sem qualquer especialização na área da criminalidade económica.

relato Na imagem, parte da transcrição das anotações que os ingleses do Serious Fraud Office fizeram à reunião de Haia com os cinco enviados portugueses: Cândida Almeida, Vítor Magalhães, Paes de Faria, Pedro do Carmo e Moreira da Silva. No encontro estiveram igualmente os representantes portugueses e ingleses no Eurojust, alguns dos quais corroboraram o conteúdo do documento ao DN

DN - 2010 Agosto 08

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Como o azeite...

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sábado, 7 de agosto de 2010

2683. A pouco e pouco se vai sabendo...

Foi a directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Cândida Almeida, que decidiu incluir as 27 perguntas no despacho final do Freeport como moeda de troca para não inquirir José Sócrates.

O Expresso adianta hoje, na edição impressa, que Cândida Almeida sabia desde Maio, que os magistrados não abdicavam dos depoimentos.

Até então, os procuradores não os tinham pedido porque aguardavam o relatório final da polícia judiciária, que ficou finalizado a 21 de Junho. Três semanas depois, enviaram as perguntas à directora do DCIAP. Nessa altura, Cândida Almeida negociou a inclusão das questões no despacho final como contrapartida pela não inquirição do primeiro ministro e ministro da presidência.
Expresso - 2010Agosto07

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A pouco e pouco se vai sabendo... se vai sabendo...

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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

2682. Enquanto esperamos que um golpe de decência...

Agora... uma para ver se a gente se esquece da porcaria que anda aí por Portugal, enquanto espera que um golpe de decência nos livre do gajo de uma vez por todas, antes que fiquemos iguais ao cretino:

O Zequinha tem seis anos e foi passar uns dias na casa da avó.

Estava a brincar na rua com alguns putos como ele e, a dada altura, entrou em casa e perguntou:

- Vovó, como se chama aquilo quando duas pessoas dormem no mesmo quarto e ficam uma em cima da outra?

A avó sobressaltou-se, pensou e acabou por achar que seria melhor dizer a verdade:

- Bem, Zequinha, sabes, isso chama-se relação sexual.

Satisfeito com a resposta, o puto voltou para a brincadeira.

Passados uns minutos, regressou todo esbaforido e disse:

- Vovó, aquilo que eu perguntei, chama-se "be-li-che". Ah, é verdade. A mamã do Luisinho quer falar contigo.
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2681. Cada vez mais edificante!...

"Procuradores pediram para ouvir Sócrates mas ficaram sem resposta"
(Público)

* * *

Bem, sem resposta, na verdade, não ficaram...

"Candidamente", foi-lhes respondido que
as respostas de Sócrates e de Silva Pereira às perguntas dos procuradores nada alterariam.

Eles fazem-nas à sucapa, mas tudo se vem a saber e acabam nuzinhos em pêlo na praça pública. Não ainda em tribunal, mas lá chegarão...
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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

2680. A cândida candura candidamente cândida

Como é que a inefável Cândida Almeida sabia que as respostas de Sócrates e de Silva Pereira às perguntas dos procuradores nada alterariam?

Sabia já as respostas a perguntas que nem foram feitas?

E como é que as obteve?

Em conversa de pé de orelha?

Nas fraldas das cortinas?

De pé?

Sentada?

Reclinada, em pose?

No sovaco do Almeida Santos?

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2679. Salvou-se um!

Na sequência de anteriores, este tem sido, em Portugal, ano para esquecer,
tal o descalabro a que temos assistido.

Salvou-se o Benfica, haja Deus!

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2678. Aí está um país lixado até ao tutano

Fatal como o destino!

O PGR sai de onde não deve e pisa o que não pode.

Desafia a sorte que tem tido.

Finalmente, o Sindicato MP diz o que todos sempre pensámos.

Depois disto, tudo ficará igual?

Se ficar, o melhor é rifar o país...

Quer-se maior prova de como os abusos e interesses pessoais de um só tipo lixam um país inteiro?

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2677. Ponham-no com dono !

O homem consegue tudo!

Agora até leva a que gente e instituições antes dignas venham para a rua gritar e acusar-se em deprimente peixeirada.

Quando é que alguém faz o que deve, ou seja, pô-lo com dono?

Enquanto tal não for feito, Portugal não terá sossego.

E, menos ainda, a indispensável dignidade.

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2676. Imparavelmente decadentes

Quanto mais se viaja por esse mundo fora, maior a estupefacção!

Como é possível ter-se sido tão construtor e povoador de mundos, tão cosmopolita, tão humanista e ser-se agora tão incapaz, tão paroquial, tão destruidor do seu próprio país, tão ignorante e tão cretino?!

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2675. Ao menos, cale-se homem de Deus!

A entrevista do Procurador Geral da República foi mesmo dada por ele.

É bem reveladora da sua personalidade.

O homem ainda não percebeu que melhor para si é estar calado.

Uma vez que não sabe mais, cale-se, homem! De vez, porra!

Você é o problema, nunca a solução...

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2674. O homem nem se enxerga?

De há 4 anos para cá, metido em todos os nós da Justiça, mais vedeta do que as de Hollywood, Pinto Monteiro vem agora disparar a esmo, como “virgem” alva e etérea, pudica e intocada, e jurar-se sem culpas, vítima de ser como Isabel II.

Então levou 4 anos a fazer o quê?

Alguém o viu como parte da... solução e não do problema?

E agora entra na lamúria, em vez de agir escorreitamente, como é seu dever!

Mas afinal… nem de enxergar-se o homem é capaz?!

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2673. Mais um fenomeno do Entroncamento

Verdade indesmentível como fenómeno do Entroncamento:
Corrupção em Portugal há imensa; corruptos é que não.

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2672. Os fazedores de hipocondríacos

As nossas televisões andam empenhadíssimas em fazerem portugueses hipocondríacos.

Só falam em doenças, discutem doenças, inventam doenças, ai de quem não tem doenças.

Os gajos são parvos de todo.

Completamente doentes. Da mona!

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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

2671. Carta aberta do PGR

CARTA ABERTA AO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Agosto 4, 2010

  1. O Estatuto do Sindicato dos Magistrados do Ministério Publico (SMMP) estabelece para a instituição, entre outras funções, a de pugnar pela dignificação da magistratura do Ministério Publico, objectivo e referência que não podem ignorar-se, sobretudo em momentos de crise, profunda, como a que atravessa, neste momento, o Ministério Publico.
  2. O SMMP comemora este ano o seu 35º aniversário e a sua história está ligada à actual configuração desta magistratura. É uma instituição respeitada e ouvida, participativa e envolvida nos processos legislativos na área da justiça.
  3. Ao longo da história do SMMP, o Ministério Publico foi dirigido pelos Procuradores-Gerais da República Arala Chaves, Cunha Rodrigues e Souto Moura, os quais, apesar de algumas divergências, sempre reconheceram nesta entidade um interlocutor legítimo, válido e imprescindível. As relações institucionais foram, assim, sempre marcadas pelo respeito mútuo. Respeitavam o SMMP como estrutura representativa dos magistrados do Ministério Público e eram respeitados, com naturalidade, pelos magistrados e pelo seu sindicato.
  4. Nunca se desculparam que os fracassos, que também tiveram, se devessem a falta de poderes hierárquicos sobre os magistrados do Ministério Público. Estes reconheciam-lhes autoridade. Não apenas em função dos poderes legais e estatutários que exerciam, mas sobretudo devido ao respeito pessoal e institucional que sempre mereceram.
  5. O Juiz Conselheiro Pinto Monteiro, ao contrário dos antecessores, manifestou desde o início um profundo desrespeito pelo SMMP. Olvida que, ao fazê-lo, desrespeita em simultâneo os magistrados do Ministério Público de todos os graus hierárquicos, que, ocupando vários cargos na estrutura hierárquica, se revêem no seu sindicato. Foi assim com a Direcção anterior. É assim com a actual, a qual, talvez por isso, foi legitimada pela maior votação de sempre.
  6. Apesar disso, não contou esta Direcção, no acto de posse, com a presença do Procurador-Geral da República, em contraste, e até com desconsideração, pelas várias entidades políticas e judiciárias presentes.
  7. As relações entre o Juiz Conselheiro Pinto Monteiro e o SMMP são, assim, praticamente inexistentes. Reduzem-se aos mínimos que o decoro e a sensatez nos aconselham a não ultrapassar.
  8. Entretanto, e paradoxalmente, deu V. Exª ao SMMP o protagonismo e a relevância que nunca teria em circunstâncias normais, determinando muita da nossa acção em defesa do prestigio desta magistratura, nunca antes tão diminuída e descredibilizada.
  9. Elegeu o SMMP como o seu alvo preferencial. Habituou-nos, habituou os portugueses, a apontar publicamente o dedo a bodes expiatórios dos seus insucessos e fracassos. Especializou-se em endossar a terceiros responsabilidades exclusiva ou maioritariamente suas.
  10. É, de todos, o Procurador-Geral da República com mais poderes na história da nossa democracia. Teve o engenho e a arte de acrescentar aos dos seus antecessores novos poderes, inéditos, inconstitucionais, inexplicavelmente concedidos pela maioria parlamentar na legislatura anterior.
  11. Como dissemos há um ano atrás, a hierarquia do Ministério Publico está moribunda. Não por falta de poderes, agora reforçados, mas da falta de capacidade para os exercer. Por mais que lhos confiram sempre lhe parecerão poucos.
  12. Há muito que o SMMP afirma que o Ministério Público tem falta de verdadeira hierarquia: não a obcecada por percentagens, não a do “quero, posso e mando”, não a da visão militarizada, mas daquela que, por directivas, ordens e instruções uniformize formas de actuação, fazendo do Ministério Público o efectivo garante de uma Justiça igual para todos, independentemente da sua condição social, cultural, económica ou outra.
  13. O desafio que lhe lançamos é que, de uma vez por todas, explique aos portugueses que poderes são esses que insistentemente reclama sem nunca nomear.
  14. Dá-se hoje a circunstância de termos no topo da hierarquia alguém cuja concepção da magistratura do Ministério Público é desconhecida e misteriosa. Apenas por contraposição com a actual configuração constitucional e legal do Ministério Público, e com as ideias do sindicato, nos permitimos adivinhar as de V. Exª.
  15. É certo que tem instigadores, cujo pensamento é mais claro e nos permitem percepcionar os seus. Sempre criticaram os poderes, que consideravam excessivos, dos Procuradores-Gerais anteriores. Agora pretendem reforçar-lhe os seus.
  16. Não se exima, assuma os que tem. Esquece-se V. Exª que o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), cujo desempenho é desde há muito questionado, embora com uma Directora Coordenadora cuja comissão de serviço já foi renovada por duas vezes neste seu mandato, a ultima das quais em Fevereiro passado, depende directamente de si sem interferência de outros níveis hierárquicos? Ou será que só agora V. Exª deu conta que nem tudo corre ali como seria suposto? A reorganização do ineficiente sistema de inspecções, Senhor Juiz Conselheiro Pinto Monteiro, há quanto tempo se arrasta penosamente no Conselho Superior do Ministério Publico (CSMP) a sua discussão e votação, instrumento tão importante para a avaliação do mérito quanto V. Exª tendencialmente culpabiliza os seus inferiores hierárquicos dos insucessos do Ministério Público? A manutenção em situação de ilegalidade, conforme vêm sinalizando eminentes juristas, do actual Vice-Procurador Geral da Republica, cuja carreira mereceria melhor epílogo que aquele que lhe reservou, é o exemplo que nos quer transmitir? O poder, de mais que duvidosa legalidade, de indeferir porque injustificado, um pedido de aceleração processual mas, concomitantemente com isso, estabelecer prazos para finalização de investigações em curso, interferindo directamente na estratégia da investigação e na escolha e selecção das diligências consideradas necessárias e pertinentes, assim comprometendo investigações? O poder de determinar inquéritos de natureza disciplinar e instaurar processos-crime a titulares de processos criminais como resposta a exigências de terceiros com interesses conflituantes com os da investigação? A gestão da Procuradoria-Geral da Republica ignorando as competências do CSMP, órgão previsto na Constituição da República?
  17. O que os acontecimentos dos últimos dias demonstram à saciedade é a absoluta importância da autonomia de cada magistrado do Ministério Público na condução do inquérito: só assim podem obedecer apenas à lei, com objectividade, isenção e imparcialidade, imunes a qualquer tipo de pressão ou interferência.
  18. Autonomia tanto mais importante quanto são por de mais evidentes as dificuldades de um exercício independente do cargo de Procurador-Geral da República.
  19. Saiba V. Exª que este Ministério Publico, que teima em configurar à sua imagem e semelhança, como se de feudo seu se tratasse, não é o Ministério Publico em que acreditamos, com que nos identificamos e que a Constituição e a Lei configuram. Este é, quando muito, o «seu» ministério público, apenas isso.
  20. O Ministério Publico não está balcanizado. Está unido. Apenas tem a ocupar o cargo de Procurador-Geral da República quem não tem com o Ministério Publico qualquer empatia nem se identifica com o seu Estatuto.
  21. Já que foi tão célere a abrir (mais) um inquérito a magistrados encarregues há menos de dois anos de uma melindrosa investigação, deverá V. Exª, que perfaz quatro anos de mandato no próximo mês de Outubro, esclarecer os portugueses o que o levou a permitir que a investigação ficasse no Montijo, entregue a um magistrado do Ministério Público com centenas de outros a seu cargo, e se nesse período, por alguma vez que fosse, se inteirou do andamento do processo, que apoio deu ao magistrado, porque razão o DCIAP o devolveu por duas vezes, que diligências fez junto das autoridades inglesas para acelerar o cumprimento da carta rogatória que já então se aguardava, razões por que não avocou no âmbito dos poderes hierárquicos que já hoje tem e não exerce.
  22. Deverá esclarecer por que razão critica publicamente um despacho de arquivamento cujo teor foi transmitido e obteve a concordância absoluta da Directora do DCIAP a qual, segundo notícias vindas a público, teve o cuidado de lho remeter com urgência depois da na véspera lho transmitir telefonicamente? Quem são afinal os visados no inquérito que tão apressada e impensadamente mandou abrir? Ou será que é esperável que estejamos todos disponíveis a passivamente aceitar que as responsabilidades recaiam só sobre uns com exclusão e imunidade de outros?
  23. Para finalizar permita V. Exª que lhe deixemos uma certeza, uma esperança e um apelo.
  24. A certeza que resistiremos! Que nada demoverá o SMMP de continuar a ser, em todas as circunstâncias, um incansável defensor do Ministério Público, contra todos os que do exterior ou no seu interior (estes contam-se pelos dedos de uma só mão) o pretendam diminuir e descredibilizar. Contará V. Exª com a nossa atenção e vigilância permanentes, com a nossa crítica e firme oposição sempre que justificadas, cientes como estamos de que a actual situação do Ministério Publico, de que é o principal responsável vai para quatro anos, não nos dá margem para disfarçar o indisfarçável, permitir ocultar o inadmissível, ou assistir a atitudes de permanente desresponsabilização.
  25. A esperança na regeneração. Que decorridos os dois anos que lhe faltam para cumprir o mandato de Procurador-Geral da Republica, o Ministério Público terá capacidade para se regenerar e refortalecer. Os que cá estávamos quando iniciou o mandato há quatro anos, resistiremos. Volvidos mais dois anos continuaremos. De cabeça erguida.
  26. Um apelo. Que nos ajude, com todas as suas capacidades, a dignificar o Ministério Público que o catapultou para um cargo de cúpula da Justiça portuguesa.

4 de Agosto de 2010
A Direcção do SMMP

Os bolds são deste blog.

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Quer-se mais claro do que isto? O SMMP está, pura e simplesmente, a dar nomes aos bois. Com razão ou sem razão, está-o efectivamente.

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terça-feira, 3 de agosto de 2010

2670. Inacreditável !!!

Comunicado do Ministério da Justiça que temos:

PROCESSO DE INVENTÁRIO
ENTRADA EM VIGOR DA LEI Nº 29/2009, DE 29 DE JUNHO


Em face da entrada em vigor da Lei nº 29/2009, de 29 de Junho, que aprova o Regime Jurídico do Processo de Inventário, o Ministério da Justiça informa que está em discussão na Assembleia da República uma alteração àquela lei com o objectivo de assegurar um período adequado à formação com o grau de exigência que a implementação do novo Regime do Inventário impõe, bem como proceder à actualização da plataforma informática e das facilidades de comunicação que irão suportar este regime, de forma a garantir um elevado patamar de eficácia e segurança.


Essa proposta de alteração, já aprovada na generalidade, obteve um consenso alargado quanto a matérias que resultaram de pareceres de vários operadores judiciais e da produção de efeitos do novo regime do Inventário 90 dias após a publicação da Portaria que regula várias matérias sobre o processo e a sua tramitação.


Face à iminente e expectável aprovação destas alterações, e com o objectivo de acautelar os princípios da adequação formal e economia processual, entende o Ministério da Justiça solicitar a cooperação de todos os profissionais forenses para a não instauração de processos de inventário nas conservatórias ou cartórios notariais. Tal iniciativa implicará, logo após a entrada em vigor desta proposta que será objecto de votação ainda no presente mês de Julho, a sua futura rejeição, por incompetência material, constituindo verdadeiramente um acto inútil.


Assim, em alternativa, abrem-se às partes duas opções:


1.ª) Aguardar a publicação da nova lei para intentar o processo de acordo com o regime vigente;

2.ª) Instaurar o processo de inventário nos tribunais, não obstante a entrada em vigor do novo regime do Inventário ocorrer, formalmente, após 18 de Julho. Assim, apesar do risco de rejeição do processo por incompetência, logo que a nova lei entrar em vigor, todos os actos praticados ficam “ratificados”.


Deste modo, espera o Ministério da Justiça, que a divulgação adequada desta informação permita alertar para a necessidade de escolher as alternativas menos onerosas para todos os intervenientes e, sobretudo, para os cidadãos.


Gabinete de Imprensa do Ministério da Justiça

19 de Julho de 2010

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Não acreditou no que leu? Então, veja o original e... original aqui:



http://www.mj.gov.pt/sections/destaques/outros/comunicado4447
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Resumindo e concluindo:

Todos sabemos que neste País, a cada dia que passa, novo insólito acontece.

Assim, todos os dias o excelso Governo que temos tenta surpreender-nos com algo ainda mais incrível do que anteriormente, de tal forma que, hoje em dia, quando algo de profundamente anormal acontece, já achamos perfeitamente normal...

Mas eis que o inimitável Governo de uma cana decide, de uma vez por todas, arrasar com qualquer insólito passado e bater todos os recordes do (in)imaginável.

Desta feita, entrou há poucos dias em vigor o novo regime do inventário que, nos casos litigiosos, passa a ser da competência dos notários e/ou das conservatórias, e não já dos tribunais...

Bom, eis que o Governo, percebendo que metera um pé na argola, decide meter o outro também, apressando-se a apelar a todos no sentido de que não apliquem a nova lei, evitando iniciar inventários.

Ou então, em alternativa ainda mais espectacular, que ignorem a lei e enviem os inventários para o Tribunal, para serem liminarmente rejeitados por este...

Neste Portugal socrático, Nada é impossível.

Recebido por email.
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