Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

sábado, 30 de abril de 2011

2787. A política rasteira do deita-abaixo

A política rasteira do deita-abaixo

A tarefa de Pedro Passos Coelho é gigantesca, mas tem de se fixar num único objectivo: criar laços de empatia com os Portugueses. E ignorar tudo o resto, que não passa de esterco.

Esses laços de empatia ganham-se falando verdade e apresentando medidas que possam, por um lado, não criar mais dificuldades a quem já sofre na carne as que foram provocadas pelo vilarista e, por outro, por evitar novas dificuldades escusadas e amenizando, tanto quanto possível, a incidência das que já estão a ser sofridas.

Mas isso tem que ser feito com os Portugueses, não com a lama política que por aí tudo emporcalha. Não apenas os apoiantes do vilarista a descoberto, como os que tudo minam, com isso beneficiando o infractor.

Entre os primeiros estão todos os socialistas cúmplices do descalabro a que se chegou e mais os boys e seus aparentados; por outro, por todos aqueles que, embora não sendo socialistas e socratistas, por vezes com eles se confundem. A começar por uma "carrada" de "social-democratas do deita-abaixo".

Preciso de citar nomes? Creio que não.

Todos sabemos quem são os "cavalheiros" que, desde que foi despoletada a crise, aparecem nos órgãos de Comunicação Social mais diversos a causar maiores males ao PSD e ao seu líder do que qualquer vilarista mais empedernido seria capaz de fazer.

Imagine-se que, agora, até Paulo Rangel, que ingenuamente apoiei há dois anos!

É preciso muito descaramento, muita polítiquice de bas-fonds! Rasteira, melhor dito!
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quinta-feira, 28 de abril de 2011

2786. E a responsabilidade é d...

Economia

O governador do Banco de Portugal apontou responsabilidades.

Carlos Costa diz que a culpa do estado das contas públicas é dos decisores políticos e dos administradores públicos. O responsável do banco central considera que o estado das contas públicas demonstra o fracasso da administração do Estado e exige que os decisores sejam responsabilizados.

2011-04-27 19:18:48

http://www0.rtp.pt/noticias/?t=O-governador-do-Banco-de-Portugal-apontou-responsabilidades.rtp&headline=20&visual=9&article=436887&tm=6

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segunda-feira, 25 de abril de 2011

2783. 25 de Abril – as “discursatas”


25 de Abril – as “discursatas”

Desfile de vaidades pueris e inconsequentes, de gente sem chama, sem sangue nas veias, sem capacidade para levantar um País nesta hora tão difícil.

JORGE SAMPAIO

Imitação em saldo de Abrunhosa, ao nível de quem jamais deixou de estar.

“Vamos fazer o que ainda não foi feito!” Bem me parecia que o seu problema era esse!

MÁRIO SOARES

O cronista serôdio de uma historieta incompleta, parcial, confusa e escamoteadora de verdades inescamoteáveis.

RAMALHO EANES

O comemorador de Abril aos solavancos, apontador de defeitos alheios e gago porta-bocas de uma cidadania mal compreendida.

CAVACO SILVA

Viciado nas delícias e desresponsabilizações do Facebook, só fala por bits dessincronizados.

Resumindo:

Uma treta de discursatas!

Mensagem concreta de cada um e de todos? Nenhuma! Completamente vazios, ocos, sem chama! Nenhum deles é suficientemente capacitado para um golpe de asa, sequer um rasgo de clarividência, de patriotismo esclarecido!

Incapazes de apelar ao brio de um Povo, de puxar por um País. Nem nesta hora! Completas nulidades!

Bem podíamos ter sido poupados a tão deprimente espectáculo! Estas falações (discursos são outra coisa) apenas servem para nos humilharmos. Mais do que já estávamos.

É esta a nossa nomenklatura, ao mais alto (des)nível! Inteligentzia? Isso o que é!

Estamos mesmo lixados! E sem remissão!

Por mim, sinto-me profundamente vexado!

RVS

25 Abril 2011

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2782. A mula do vilarista

2781. A "troika" actua, mas a protecção ao vilarista continua

Extremamente “trágico” para o PS do vilarista é a circunstância de a “troika” (FMI, BCE e Comissão Europeia) ter obrigado, por questão de linear transparência, a que se incluísse nas contas do Estado de 2010 o valor dos custos de três – apenas três por enquanto, note-se! – das parcerias público-privadas, as famosas PPPs.

Tal exigência, que era o mínimo que se poderia fazer, obrigou a que o deficit orçamental de 2010, subisse de 8,6% para 9,1%.

* De notar que o governo começou por jurar a pés juntos e dedos atrás das costas em figa, como os putos fazem, que o déficit de 2010 era de 7,3%;

* quase de seguida, chegou ao desplante de garantir que seria ainda menor, ou seja, de 6,9%;

* depois, o INE teve de vir corrigi-lo para 8,6%;

* finalmente, a “troika” acaba de obrigar a trazê-lo para os mais verdadeiros 9,1%.

Ora, calcula-se que não irão parar por aqui as correcções a que a “troika” os obrigará, pois que falta ainda muita coisa e o embuste não tem fim.

Esta é apenas uma pequena parte de um logro de que o INE tinha perfeito conhecimento e não corrigira agora para não ser conhecido antes das eleições de Junho. Por isso e como não era possível continuar a esconder o facto, tudo se preparava, com a conivência do amiguinho Eurostat – que elabora relatórios a partir dos falsos relatórios dos amigos – para que as coisas se soubessem apenas em Setembro, já bem depois das eleições.

Por aqui se vê a vilarice pegada.

A “troika”, porém, cortou as voltas aos aldrabões e obrigou a que uma parte fosse desde já posta no são.

Talvez assim a generalidade dos portugueses perceba FINALMENTE, o quão indispensável era que os fiscais tivessem vindo há muito mais tempo. Agora não estaríamos nos assados em que a cambada de vilaristas nos pôs.

O significado liminar de tudo isto é o de que o governo, ao garantir que o déficit orçamental de 2010 era de 6,9%, estava uma vez mais a vilarizar as contas do País, desta vez em nada mais nada menos do que montante a rondar os 3.000 milhões de euros. Repito, agora por extenso: três mil milhões de euros !!!!

Curiosamente – ou não – tal vilarice, de gravidade inaudita e jamais vista, não está a ser devidamente assinalada.

Que a Comunicação Social – nomeadamente as TVs – não o faça, já não surpreende ninguém. É bem sabido que, de modo geral, está apanhada na rede dos compadrios, favores ilícitos e/ou ameaças; que os partidos da Oposição, especialmente o PSD, não o tenham ainda feito, é incompreensível e suicidário.

Será porque estão apanhados pela urdidura cavilosa de que não se pode deixar cair o PS, mesmo que isso represente salvar o vilarista?

Então, o país, senhores? O país no meio de todas estas jogadas, como é que fica? Endividado, sem honra, sem glória, mergulhado na lama pútrida e fedorenta da mais odiosa ignomínia? A isto chegámos?

Mas que merda vem a ser esta, afinal?

* * *

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quinta-feira, 21 de abril de 2011

2780. Alguém conhece uma dona de casa medianamente competente?


Alguém conhece uma dona de casa medianamente competente?


Aqui para nós, que ninguém nos ouve, do que Portugal necessita realmente é de uma dona de casa competente ao leme dos destinos do País.

Porque toda a dona de casa que se preze sabe várias coisas elementares de economia doméstica que, aplicadas à economia nacional - que não ,passa de economia doméstica, só que em números mais largos.

Começa por saber que, se quer manter alguma sanidade e equilíbrio na família, tem de governar a casa com os rendimentos que lá entram, sem jamais os exceder por um cêntimo sequer, a menos que lhe saia uma terminação de lotaria.

Sabe igualmente que, caso, por qualquer complicação surgida ou por deslize imprevisível, exceder o limite imposto, imediatamente terá que corrigir a rota e apertar o cinto, passando a gastar menos do que até aí, até a compensação se mostrar completada.

Finalmente sabe que, para poupar uns cêntimos até se equilibrar, vai precisar de se conter na quantidade e qualidade da comida que apresenta na mesa, bem como coser e passajar as roupas suas, do marido e dos filhos, em vez de as lançar nos desperdícios logo que se mostrem um pouco coçadas.

Sabe ainda mais: sabe que, se não tem dinheiro para pagar a pronto, não compra fiado. Vai tentando amealhar uns cêntimos até que reúna a quantia necessária para a tal compra. E, se não conseguir reuni-la, pura e simplesmente não compra e aguarda melhores dias.

E, depois de a tempestade passar, voltar à primeira forma, sempre com atenção, para não resvalar novamente.

Qualquer dona de casa mediana sabe disto e o pratica.

Portanto, é de uma dona de casa competente que necessitamos. Apenas com uma característica distinta de uma dona de casa mediana, qual seja, a de aplicar a receita que tem lá para casa, a números grandes, correspondentes ao país.

E... sabem? Foi o que Salazar fez, a partir de 1928. Até aqui, tudo bem como ele. O seu grande erro foi apenas o de, terminado o saneamento, não ter regressado ao retiro do Vimieiro.

Se o tivesse feito, a estas horas era um santo de altar.

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terça-feira, 19 de abril de 2011

2779. A "solução final" aplicada aos cadernos


A "solução final" aplicada aos cadernos



Após a chuvada maluca da noite passada e a respectiva trovoada, ou seja, após uma noite de temporal, o dia, ainda que cinzento, amanheceu calmo e cheio de esperança no futuro.

Atão, porquê!? - tem você a lata de ainda perguntar.

Porque, uma vez mais como sempre, o vilarista de uma cana rachada (eu, pelo menos, não duvido que é rachado) continua placidamente a cumprir o que prometeu em 2005: a criação de 150.000 empregos.

Imagine que na 4ª feira passada, o desemprego estava em 620.000. Hoje, logo pela manhã, a coitada da pivot da RTP tem estado a esfalfar-se por anunciar que a malta nos Centros de Emprego é actualmente de 551.861.

Diz mais, a pobre Carla Trafaria:
que os 551.861 inscritos nos CE significam uma diminuição de 10.893 pessoas, relativamente a Março de 2010 e 3.686 face a Fevereiro passado.

Maravilha das maravilhas! Grande vilarista de uma figa! Continuam as vilarices atrás de vilarices!

Na semana passada desempregados eram 620.000. Ontem, inscritos nos Centros de Emprego, 551.861. Ou seja, de repentemente, houve 68.139 desempregados que apenas viram uma hipótese de se safarem: inscreverem-se no PS.

Se bem o pensarem, melhor o fizeram. E o vilarista lá conseguiu - por artes mágicas, pregando na cana rachada e com ela tocando o cucuruto de cada um - empregos para todos.

Se calhar, até mais do que um emprego para cada. A guardar-lhe o happy end e a guardar o happoy end dos que lhe guardam o happy end. E assim sucessivamente sem cessar, em sucessão sucessiva sucessivamente sucedida.

A central de intoxicação continua a laborar a todo o gás. É muito mais eficiente do que as câmaras de gás do Adolfo. E, felizmente, muito menos letais. Prelo menos a curto prazo.

Ora, se o homem, numa semanita, arranja emprego para mais de 68.000, quanto tempo levará a arranjar os restantes 82.000? Como diria o Guterres, bem... é só... é só... é só fazer as contas. Fui fazer. Não chega a semana e meia. Portanto, descansem, rapazes! No dia 30 estarão empregados os tais 150.000 prometidos.

Faltarão apenas 470.00 para os tais 620.000. Ora, ao mesmo ritmo, em 7 semanas, está resolvido o assunto. Portanto, já sabem: em 22 de Junho, dia do começo do Verão, estará toda a gente com um emprego no bolso... de papo para o ar na praia.

Estes gajos não têm vergonhita nenhuma nas fuças!

NB.-
Corre por aí outra versão, que assegura que a coisa é assim mesmo e que o abaixamento do número de pessoas inscritas nos Centros de Emprego se deve à circunstância de terem sido eliminadas, para não chatearem mais.

Disclaimer:
Uma espécie de "solução final" do Adolfo, mas administrativa, porque aplicada aos cadernos, não sei se me faço entender.
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segunda-feira, 18 de abril de 2011

2778. O desmentidor que se desmentiu


O desmentidor que se desmentiu

Na entrevista de ontem à noite na RTP, Fernando Nobre esclareceu que fora sondado pelo PS para integrar as suas listas.

Não quis, todavia, mencionar os nomes das pessoas do PS que o terão feito. Confesso que cheguei a pensar ter sido o sondador-mor do reino , Rui Oliveira e Costa, o paradigma da credibilidade sondática…

Imediatamente veio a terreiro o ministro da Economia, inefável Vieira da Silva, acompanhado pelo inenarrável Tiago Silveira, para desmentir que tivesse havido qualquer abordagem do assunto, não obstante a conversa tenha tido lugar.

De gagueira em gagueira, de pausa em pausa para estudar o que deveria dizer (as figuras que os chefes obrigam as pessoas a fazer…) lá justificou o que, na verdade, já não tem justificação por estar já mais do que justificado. Claro que borrou toda a pintura! E como não borrar?

Não fizera qualquer convite nem sondagem – disse – a Nobre.

Tivera uma conversa com ele, sim, mas apenas porque o homem, além de ter obtido uma excelente votação nas presidenciais, conseguira notório apoio de notáveis figuras, das mais variadas áreas, até mesmo do eleitorado socialista (uma pequena pausa para jurar, pela alminha que quem lá tenho, que não estou a inventar; foi o que ele disse e, se disse, está dito!…).

Está bem de ver que, nestas circunstâncias, haveria que falar com ele não para o tal inventado convite (Vieira teve sempre o extremo cuidado de não afirmar, preto no branco, que Nobre mentira ou sequer faltara à verdade ou mesmo fizera confusão…), mas tão somente para, com toda a certeza, efusivamente o cumprimentar, felicitando-o por tal excepcional resultado e desejando-lhe os melhores auspícios no seu regresso à AMI, após devolver ao PS os votos que lá fora pescar…. de arrasto.

Claro que só poderia ter sido isto! Acredito piamente no excelso governante e no acompanhante Tiago, ali para as curvas e pau para toda a obra.

Tanto é verdade o que o homem diz que é que o PS nem se tem agitado um só milímetro sequer, tendo vindo a manter-se impávido e sereno, desde que a notícia da inclusão de Nobre na lista do PSD foi conhecida. Em nada os socialistas se sentiram afectados, razão por que nada justificaria o seu enorme não-alarido de então para cá. Do mesmo modo, ou seja, sossegadíssimos, ficaram igualmente BE e… pasme-se!, CDS-PP e mais Paulo Portas.

Ora, assim é que é bom, Todos contentes, todos sossegados e ninguém aos “ai, Jesus, que é isto?”

* * *

As criaturas andam mesmo completamente desorientadas, o que surpreende, porque não há qualquer razão para tal.

Segundo garantem os “freteiros” dos socialistas na Comunicação Social, tanto a nível de “opinion makers” travestidos de jornalistas, como de jornalistas travestidos de “opinion makers”, Fernando Nobre perdeu já todos os apoios que teve e será, portanto, um perfeito e inofensivo “bluff”.

Temos assistido às cenas mais mirabolantes que é possível conceber nesta saga vilarista em que estamos enredados. Jamais, porém, a algo de tão incríveis contornos.

Estão positivamente a perder o trambelho e os disparates sucedem-se em catadupa.

Justifica-se, por isso, um receio que desde sempre tenho tido: o de que, chegados a momento mais próximo da verdade e apercebendo-se de que algo poderá correr-lhes pouco de feição, a exemplo de outras ocasiões, lancem mão de todos os expedientes de que dispõem e em que são peritos, para adulterarem a expressão correcta da vontade popular.

Enquanto isso não acontece, bem hajas, ó Vieira, por tão eficientemente desmentires, desmentindo-te.

É de artista, homem, é de artista!

Ruben Valle Santos

Setúbal

18 Abril 2011

2777. Alemães e finlandeses arrogam-se de direitos que não têm


Alemães e finlandeses arrogam-se de direitos que não têm

A atitude arrogante dos finlandeses – a que se acrescentam alguns afloramentos cretinos de alemães – é uma prova de que a tão falada coesão europeia não passa de um enorme bluff, de uma vergonhosa treta.

Embora tenham razões – e fortes – para estarem mais do que fartos de “sustentar pançudos preguiçosos”, não podem esquecer que aderiram ao Mercado Único, por inteiro. Para os benefícios daí colhidos, como para os prejuízos que possam resultar do passo que deram.

Depois, será forçoso que esses dois povos – por agora limito-me a estes – não esqueçam algumas coisas essenciais:

1. Ambos necessitaram já de apoio europeu – e bem forte.

A Alemanha quando, no tempo de um cavalheiro, Helmut Khöl, – não de uma pesporrente Frau de meia tigela – o país foi unificado e a riquíssima, democrática e outrora designada República Federal Alemã, teve que acolher no seu seio, os irmãos vindos do outro lado do muro, da República Democrática da Alemanha, comunizados, esfomeados, rotos e pedintes, entre eles a actual chanceler alemã, Frau Merkel, processo iniciado após o derrube do muro da Vergonha, em 1989.

Também a Finlândia por várias vezes ao longo da sua História, teve que receber apoio generalizado, com especial relevo no princípio de 1940, quando imensos fornecimentos de trigo e outros cereais lhe chegaram de todo o mundo ocidental, para que os finlandeses pudessem sobreviver não só à pressão nazi, como ao domínio soviético. E, nesse caso, não se tratou de um mero empréstimo, a pagar a juro mais ou menos elevado e em prazo mais ou menos alargado. Não. Foi mesmo uma dádiva, desinteressada, da comunidade internacional.

Poderá dizer-se que, em ambos os casos, se tratou de um apoio solidário para uma obra de enorme alcance social e humano. Não contestando isso, que é a realidade, não posso igualmente esquecer outras realidades que importa relembrar, para não caírem no olvido geral:

2. Nem Alemanha nem Finlândia sofreram os efeitos altamente perniciosos da adesão à UE, prejuízos que a União se comprometeu, desde cedo, a compensar, mas que, embora tendo-o feito em certa medida, fê-lo colhendo sempre maiores benefícios do que arcando com os prejuízos.

Refiro-me ao completo desmantelamento do tecido produtivo português, quer industrial, quer, principalmente agrícola. Hoje, não conseguimos sequer produzir o necessário para o pão-nosso de cada dia, como a nossa pequena indústria, com especial relevo para a têxtil que levou uma machada de morte por não ter sido ajudada, como devia ter sido, na concorrência com mercados em que os factores de produção são mínimos e, portanto, muito mais concorrenciais.

O caso da agricultura e a vergonha que foi e é a Política Agrícola Comum (PAC), que não atacou Alemanha ou Finlândia, mas destruiu toda a nossa já de si muito fraca agricultura, a benefício principalmente de Espanha e França, como todos os dias vemos nas visitas aos hipermercados.

Poderá ser contraposto que, para isso, recebemos subsídios. É verdade, mas eles destinaram-se as desmantelamento do tecido agrícola português e à compra dos produtos que o emprestantes estavam interessados em vender. E assim, por culpa de quem nos explorou, por responsabilidade de quem deixou que nos explorassem e por desleixo nosso, cigarras a cantar em Verão descuidado e mandrião, chegámos ao inverno do nosso profundo descontentamento.

Mas, se temos fundadas razões para estarmos fulos com a UE e “piursos” com “tedescos” e “suomis”, tal não nos alivia a consciência dos imensos pecados que andámos a cometer ao longo desta última década e meia, com relevo especial para os últimos sete anos, todos eles bem piores do que os que Job, como escravo, serviu Labão, pai de Raquel, a quem amava perdidamente e a quem – e só a ela – queria. E nós, a quem queríamos? Cerca de 30% dos portugueses queriam e, pelos vistos, continuam a querer, nesse seu amor cego e estupidificante, a um vilarista de primeira água que tudo emaranha a benefício próprio e dos familiares e amigos. E os restantes de nós?

De qualquer modo, por muitos erros que tenhamos cometido – e certamente cometemos, somos os primeiros a reconhecer e havemos de ser os primeiros a pretender redimi-los – tal facto não autoriza a que sejamos internacionalmente humilhados. Mesmo que pelos representantes ou uma qualquer parcela de povos que serão dos maiores contribuintes líquidos para da União Europeia.

Afinal, somos a nação europeia com as mais antigas e respeitadas fronteiras e o mundo moderno deve aos nossos antepassados muito do que hoje é, com virtudes e defeitos. Estou certo de que com mais daquelas do que destes. Exigimos, pois, respeito.

Até porque não estamos a pedir esmola alguma, como, em seu tempo, fizeram os finlandeses e até os alemães. Estamos, isso sim, a solicitar um empréstimo e algum tempo de mora, como ao que os alemães igualmente acederam, quando dele precisaram.

E esse empréstimo, estamos dispostos a honradamente o solver, ainda que a juros de verdadeira usura. Mas quem nelas se mete, delas tem de desenvencilhar-se.

É tudo isto que estes governante de meia tigela e ignorantes – característica apenas comparável à pesporrência e à arrogância que lhes impedem uma postura de decência e dignidade – não têm a coragem de responder com a mesma altivez com que somos miseravelmente agredidos, por nítida falta de força moral necessária para que o façam.

Para que o fizessem, precisavam de ser outra gente, cidadãos de outra postura, que infelizmente não são.


Ruben Valle Santos

Setúbal

18 Abril 2011


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quarta-feira, 13 de abril de 2011

2776. O preito devido a Sócrates

O preito devido a Sócrates

O engraçado de tudo isto - se é que existe alguma graça nesta história, é que, excepção feita a dirigentes do PSD, que sempre disseram que precisavam de conhecer as contas, os restantes partidos aos costumes vinham dizendo rigorosamente "nada".

Significativamente, depois da chegada do FMI e do BCE, apareceu já Anacleto Louçã, todo pomposo, gongórico e conspirativo, "as usual", a reivindicar a necessidade de uma auditoria às contas.

Mais vale tarde do que nunca, caro Anacleto! Vamos lá então exigir essa auditoria.

Mas não vamos sem antes aqui ficar bem claro que parece que os partidos estão a começar a seguir as nossas pisadas.

Porque fomos nós, as gentes do Facebook, os primeiros a reivindicar a clarificação do estado das contas. E, durante quase mais de duas semanas estivemos sozinhos nesta empresa.

Vêm agora os da 25ª hora.

Mas ainda bem que vêm. Serão bem recebidos, apenas se lamentando que não tenham tido a iniciativa, como lhes competia em primeira mão. Mas, pelo menos, começam a reconhecer a razão que nos assistia. E assiste.

Uma outra nota, de enorme importância:

Alguém precisa de maior prova do que esta para afirmar, sem receio de desmentido, que a cidadania participativa, a Democracia Directa, vigilante da Democracia representativa parlamentar, é mais necessária do que nunca? E que dá provas insofismáveis de ser eficaz?

Alguns cidadãos mais cépticos - talvez por muito desenganados ou pouco habituados a intervir activamente nos problemas da sociedade e sua resolução - poderão supor que a nossa acção não produz efeitos ou, se produz, eles são negligenciáveis.

Puro engano!

Que seja anotado que eles, os políticos da nossa praça, também vêm à Net - ao Facebook e outras redes - e começam a sentir a força dos cidadãos, em bloco, expressa de forma reivindicativa e sem berrarias ululantes. Mas exigente. De pessoas que, sabendo quais os deveres que têm, que cumprem, não abdicam de ver respeitados os direitos que lhes assistem e constitucionalmente lhes estão formalmente assegurados, mas na prática, sempre negligenciados.

E, sentindo-o e porque não são desprovidos de inteligência, vão dando os primeiros passos para se chegarem à realidade, vindo ao nosso encontro. Para se "salvarem", porque, se o não fizerem, mais cedo ou mais tarde - e cada vez é "mais cedo" do que "mais tarde" - tramam-se a sério e de uma vez por todas.

O que se requer da nossa parte é firmeza e persistência. Está nas mãos dos Homens darem ao Mundo a via adequada para percorrer; está nas nossas mãos darmos a Portugal a esperança no futuro de que tão necessitado está.

E ninguém de entre nós, nenhum Português, está isento desta tarefa. Porque ela é de todos e a ela fugir é atitude criminosa, por hipotecar o futuro dos que nos seguirão.

Amanhã, num futuro mais ou menos longínquo, seremos apenas uma recordação. Que pode ser boa ou má, dependendo unicamente de nós próprios. Mas se nenhum de nós será vivo eternamente, a Pátria queremos que o seja. Tem de o ser. Contribuiremos com o nosso quinhão para que o seja.

É esta imensa benesse - a de termos finalmente interiorizado a necessidade de intervirmos decisivamente na vida da sociedade em que estamos inseridos, portanto, da necessidade da verdadeira cidadania - que o vilarista nos deixa. Foi ele e os seus governos, com a prática autoritária, embusteira e destruidora da sociedade portuguesa que desde sempre assumiu, que levou que acordássemos. Esperemos que a tempo.

- Devemos-te, pois, ó Sócrates um enorme agradecimento um verdadeiro preito de homenagem. Que humildemente deves aceitar, mesmo que, como certamente será o caso, não percebas o enorme serviço que prestaste a Portugal e aos Portugueses!

Ruben Valle Santos
Setúbal
13 Abril 2011

(Texto publicado também no Facebook, na página da Auditoria Imediata às Contas do Estado)

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terça-feira, 12 de abril de 2011

2775. Mais efeitos da "governança"...


Mais efeitos da governança
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O
s efeitos da governança idiota e assassina de consciências que temos tido chegam cada vez mais fundo. Os beijinhos nas beiças entre o vilarista e o condescendente Zapatero, além de muito vistosos em "dapper parades" fazem escola. De mentecaptos, evidentemente.


Imagine-se que ontem foi divulgado um "estudo", alegadamente das Universidades de Madrid, de Salamanca e de Lisboa em que se descobriu que 46% dos portugueses e 40% dos espanhóis querem a União Ibérica.

A reportagem chegou mesmo a pontos de apresentar entrevistas de rua, em que uma série de palermas, sem qualquer espécie de sentido crítico, por ignorantes, de ambos os lados da fronteira, se dizia muito concordante com tal idiotia.

Que os espanhóis o queiram, até se compreende, embora com alguma dificuldade, pois que o aumento de território que tal solução lhes possibilitaria certamente não compensaria a carga de trabalhos daí resultante. E nem o aumento demográfico de 10 milhões e suas consequências práticas, que os levaria para uma quase igualdade com italianos e grande proximidade dos franceses, seria compensador q.b..

Se eles já não conseguem dominar os sonhos separatistas de bascos, de galegos e, pior, de catalães, juntar a esses mais os dos portugueses, porque seria nisso que tudo acabaria, é de rematada palermice.

Recuperariam o que nunca foi seu, porque apenas Leão e Castela o tiveram, desde há cerca de 900 anos, por variadíssimas ocasiões tentaram dominar, por vezes com sucesso temporário, a maior parte delas sem qualquer êxito e com umas quantas humilhações, é certo, mas ganhariam uma enorme dor de cabeça.

Iriam, finalmente, ver o que era bom, ou seja, governar quem não se governa nem se deixa governar. Mas, enfim, até poderia acontecer que tirassem algum proveito da tal solução federativa, muito embora, quanto a mim, tenham muito mais vantagens na situação como está, pois que economicamente têm-nos já na mão, com a vantagem não nos aturarem as caturrices. Pelos vistos, há 40% de espanhóis que também não mostram muitos sinais de inteligência.

Que haja portugueses "miguéis de vasconcelos" é que me custa a ter que admitir.

Quem, de entre nós pensa na foderação (!!!) ou é burro chapado ou não sabe História ou é totalmente ignorante em termos sócio-económicos, geográficos, políticos e até idiossincráticos ou é tudo isso a um tempo só.

Então, andamos nós há 900 anos, com tantos custos, a sacudir os gajos e agora aparecem uns parvalhões a deitar todo esse esforço, de quase um milénio, pela borda fora?

Mesmo dando de barato tudo o que são sentimentos de orgulho nacional, de dignidade de um povo com características muito marcadas de personalidade, caldeadas ao longo de um longo milénio e de tudo o mais com carácter subjectivo, que evidentemente perderíamos, objectivamente, que ganharíamos com o negócio?

Repare-se neste pormenor:

Diverso, muito diverso, é integrar um espaço alargado de nações e povos, onde há países muito maiores e poderosos do que nós, mas onde igualmente os há do nosso tamanho e mais pequenos e onde a Espanha é um entre muitos, apenas com a particularidade de ser o que está mais perto. Portanto e como dizia, diverso, muito diverso é integrar a UE, com o poderio de Espanha muito diluído e, portanto, controlado. Mas... mesmo assim, veja-se os problemas que temos! E que causamos...

Como querem, esses apologistas de uma cana, burros chapados, da União Ibérica que a gente se amanhe com os gajos, uma vez debaixo da pata rubro-amarela?

Se ao menos tivessem umas luzes de História pátria, certamente que a lição de Luísa de Gusmão, duquesa de Bragança, mulher do futuro D.João IV, que, sem hesitação, preferiu ser "rainha por um dia a duquesa toda a vida", os faria parar para meditar e, de imediato, recuar.

Sim, antes remediado ou pobre, mas livre, senhor do meu destino, do que imensamente rico - o que nem seria o caso... - mas tutelado por descendentes de Pizarro e Cortez.

Isto nada tem que ver com sentimentos anti-Espanha ou anti-espanhóis. Gosto deles, sempre que posso vou até lá, conheço toda a Espanha desde Irún até Cádis, desde Corunha, Tordesilhas, Badajoz, Ayamonte até Girona, na Catalunha, e sempre fui tratado de modo muito cortês. Em toda a Espanha, salvo uma vez em Donostia (S.Sebastián), certamente por um etarra radical. Portanto, afavelmente tratado, como disse. Ao contrário do que por cá me acontece frequentemente. E considero a Espanha um país muito sedutor, grandioso, monumentalmente impossível de copiar, com uma profundidade espacial que é um sonho de alma. Como diria o inigualável poeta Reinaldo Ferreira, "... como a grandeza de Espanha com Granada e o Escorial".

Portanto, gosto deles. E delas, pois claro! Mas, quero-os lá e vindo cá de passeio ou em negócios ou até mesmo para apanharem uma abada da nossa selecção. Ou para irmos nós lá, nas mesmas condições. E... chega!

E até a Península Ibérica ficaria a perder... Perderia a face. Que nós somos. Já olhou, com olhos de ver, para um mapa da Peninsula?

Queremos lá estragar o que tanto custou a compor - e a descompor - e tão bem "não está" como presentemente!... Somos parvalhões ou quê?

Só podiam ser mais ideias cretinas da cambada (Mário Lino foi apenas um afloramento mais aberrante) que por aí anda a dizer que nos governa, que parecem estar a fazer escola. De "novos oportunismos", como não podia deixar de ser!

Ruben Valle Santos
12 Abril 2011
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segunda-feira, 11 de abril de 2011

2774. O mad spin doctor Marcelo



O mad spin doctor Marcelo


S e seguiu a arenga dominical do comentadeiro-mor cá do burgo, Marcelo Rebelo de Sousa, espero que tenha compreendido a razão por que, de há anos para cá, digo que o homem tem de sair do PSD.

É que o que ele fez ontem foi, pura e simplesmente, campanha pelo PS.

Razões por que as pessoas devem estar com o vilarista, ou seja, de modo a que seja ele, vilarista, a prosseguir a gestão da ajuda externa, porque é ele que já lá está há anos e a negociará, em substância foi o que ele se empenhou em demonstrar.

Dito de outra forma, para melhor entendimento, a partir do tal princípio salutar de chamar os bois pelos nomes.

Cavaco Silva defendeu, sábado passado, em Budapeste, que o que deve ser, a partir de hoje, discutido com a Comissão Europeia, o BCE e o FMI, é um mero apoio intercalar, pelo que as autoridades europeias devem usar de alguma imaginação, para não criarem mais dificuldades do que aquelas com que o País se debate. Não disse Cavaco, mas digo eu, que, não atenderem a esta circunstância é pôr-se objectivamente do lado do prevaricador, ou seja, o actual governo que nos atirou para a situação em que a todo o transe tentamos não acabar mortos por afogamento.

Portanto, a proposta de Cavaco faz todo o sentido: para já, viria uma ajuda intercalar imediata, para evitar que o doente faleça antes da chegada da terapêutica completa e, subsequentemente, tratar-se-á da terapêutica geral. E, claro, que o que viesse agora, seria descontado nas remessas seguintes, de modo a que o total da ajuda fosse um único.

A resposta do finlandês Olli Rehn, Comissário Europeu para os Assuntos Económicos e Monetários da União é, no mínimo, de uma deselegância nunca vista, de uma arrogância de wise-guay, sem a mínima noção do que seja a convivência institucional inter-nações ou organizações internacionais, que não devem pautar-se por “peixeiradas” como a que ele teve o atrevimento de fazer.

Raramente ou quase nunca estou de acordo com Cavaco, mas, desta vez, não posso estar mais.

Na verdade, Portugal precisa urgentemente de uma injecção de fundos já no mês que vem, sem o que haverá rupturas de tesouraria em vários serviços, departamentos do Estado e empresas públicas, de tal modo que nem os ordenados poderão ser pagos. Esta a situação em que nos deixa o vilarista.

Portanto, não se pode esperar pela realização das eleições. Trata-se de uma medida de urgentíssima necessidade. Como do pão diário na boca.

Ora, para isto, pode – e deve – o acordo ser negociado por quem está em gestão. O actual governo, portanto.

Outra coisa bem diferente, é a negociação do acordo geral. Que deve ser feito pelo governo que o venha a gerir e pagar e não por um que está a prazo.

Dou um exemplo muito a propósito e perceptível para todos: o vergonhoso, anti-democrático e venal caso Freeport não teria acontecido se o então governo de Guterres, já demissionário e a dois dias de ser substituído por outro, entretanto eleito, não tivesse, à pressa, tomado decisões impróprias, inadequadas e até de âmbito criminal, como é sabido.

Como é que, pois, um governo de mera gestão, vai negociar o acordo geral, se poderá não ser ele – e provavelmente até nem qualquer dos seus integrantes, a começar pelo primeiro-ministro – a ter que o gerir? Seria uma perversão inadmissível que tal acontecesse. Ora, é isto precisamente que o vilarista pretende e foi para isto que apontou no congresso.

E pretende-o com dois objectivos essenciais, um de campanha e o outro mais fundo, de rancor, mesmo próprio dele:

O primeiro, coligir argumento para a campanha eleitoral. “Se fomos nós a negociar a ajuda, devemos ser nós a geri-la”. Nas circunstâncias presentes, consegue imaginar maior indignidade?

O segundo, o tal de rancor, assenta neste princípio básico, de gente que não presta, porque é o de quem não terá vencido as eleições de 5 de Junho, mas deixou já armadilha preparada: “Não tivemos os votos e vocês é que ganharam? Então, desenvencilhem-se lá de mais esta trapalhada que vos deixamos!

Ora, isto foi o que objectivamente, Marcelo Rebelo de Sousa se deu ontem ao trabalho de defender, sem o mínimo pudor, na sua comentarice semanal e festivaleira na TVI. Ou seja, o integral ponto de vista de Sócrates. Por isso pergunto: que está um homem destes, a fazer como militante do PSD?

Tenho escrito com frequência que Marcelo Rebelo de Sousa é um homem de uma inteligência brilhante. E muito rara. Para o bem e para o mal, há que acrescentar. E há algo que ele não tem estômago para aceitar. Que alguém consiga o que ele não conseguiu. Nada há que o descontrole tanto como isso.

Foi presidente do PSD e saiu sem glória, ele que a antecipara em sonhos que não dorme, pelo que tanto falha. Por isso está recorrentemente a lembrar a grande vitória do referendo ao aborto em 1998, único feito visível do seu consulado, para ele desconsolado!

De então para cá, não consegue sequer admitir que alguém triunfe onde ele falhou rotundamente. Doeu-lhe muito a vitória eleitoral de Barroso, em 2002, e, para que não voltasse a acontecer, toda guerra do Solnado que, na TVI, armou a Pedro Santana Lopes, na qual foi bem sucedido, por ter tido o auxílio de outros, como, a começar, Cavaco e, a terminar, o inefável José Pacheco Pereira, o filósofo de filosofias alheias da Marmeleira. Depois, com os presidentes social-democratas seguintes, não correu qualquer risco, pelo que se manteve sossegado. Mas com Pedro Passos Coelho a coisa já soa de outra forma. E aí o temos, qual “mad spin doctor”, em louco rodopio, contra o presidente do “seu” partido e a favor do afundador da III República.

Marcelo não serve mesmo. É uma raridade de inteligência, mas não serve. A ninguém. Nem a ele mesmo, porque se desacredita. Sem precisar de ajuda.

* * *

NB.- “Spin” (literalmente “rotação, rodopio”, v. p.ex. derviches rodopiantes turcos) é uma forma de propaganda, conseguida através de uma interpretação de um evento ou uma campanha para convencer a opinião pública a favor ou contra uma determinada organização ou pessoa pública.

domingo, 10 de abril de 2011

2773. Poor... tugas !





Quem se predispõe a votar uma vez mais no vilarista só pode ser cidadão de um país chamado poor...tugal!

Têm razão todos os que garantem que há, neste poor tugal, uma fatia inamovível de 30% de gente de muito poor mentaldade

2772. Congresso do PS


O Congresso do PS tem sido uma sucessão de orgasmos públicos.

Mas houve um que me surpreendeu muito, confesso.

Na verdade, quem iria imaginar que do pequenino Vitorino, embora louco pelo Chefe, embevecido pelo amado Líder, apaixonado pelo idolatrado Führer, conseguisse tamanha erecção e dispusesse de tanto produto seminal que lhe permitisse terminar a discursata, de olhos postos no Objecto da sua perdição e com tão violenta descarga orgasmática e demorada "ejaculação"!

Arre, macho!

terça-feira, 5 de abril de 2011

2770. Lamento ter de o escrever

Lamento muito ter de escrever isto. E lamento-o por dois motivos essenciais:

1. Pelo respeito que me merece o cargo de Presidente da República Portuguesa, independentemente de quem conjunturalmente o ocupa;

2. Qualquer cidadão me merece respeito e consideração, que não recuso.

Portugal, todavia, merece-me ainda mais respeito e consideração e encho-me de temor pela sua integridade e dignidade do conjunto dos seus cidadãos. Da geração actual. E das vindouras.

Quanto maior e mais elevado o cargo, maior também a responsabilidade de quem o ocupa e mais inconcebível a ilicitude de a alijar.

Aqui chegados, cumpre perguntar:

Será que um qualquer pé descalço, analfabeto, ignorante e boçal, conseguiria cumprir menos os deveres do cargo do que o actual titular de Belém?

Para resolução da gravíssima situação económica, financeira, social e política em que o País está mergulhado, de concreto que fez Aníbal Cavaco Silva, que qualquer sem abrigo e sem preparação não tivesse sido capaz de fazer?

Será que o Presidente se considera desonerado dos deveres do cargo por ter de salvaguardar a reeleição para um 3º mandato e, portanto, há que não fazer ondas, como já antes, em devido tempo, não fez? Se assim é, que haja alguém que o elucide de que tal esforço não valerá a pena. É mesmo um desperdício de tempo e de feitio, mesmo para alguém com o seu feitio.

Em Belém – nesta precisa hora – necessitamos de ter alguém sem estados de alma nem calculismos, alguém que, com experiência, coragem e determinação, pondo os interesses do País à frente de tudo o mais, actue em conformidade com as exigências da Pátria e o faça a tempo, a horas. Na medida certa.

Repito: lamento ter de escrever isto. Mas não o fazer, seria violentar a minha consciência de cidadão português amargurado por ver o País – ancião de quase nove séculos, outrora respeitado no concerto universal – trilhar caminhos bem escusos e ser motivo de galhofa do mundo em redor, sem que alguém se levante e, imponente e inamovível no propósito, se apresente a indicar-lhe a direcção correcta e justa, a direcção necessária.

E a primeira dessas pessoas tem de ser – não pode escusar-se a ser – o Presidente da República. Para isso o é. Para agir. A tempo, a horas, a propósito. Na medida justa.

O País precisa de acções. Está saturado de palavreado oco e gongórico, que o vento leva e, mesmo que não levasse, nada criaria porque mais infértil do que solo improdutivo de deserto calcinado.

Como é que ainda suportamos tal despautério?

Que mais será preciso para que a revolta nos tome? Não a que conduz à violência sem sentido e causadora de ainda maiores males, mas a revolta tranquila, de gente que sabe ter a razão do seu lado e não está disposta a continuar a dar respaldo a quem a ele não faz jus e deixa que seja submetida a sucessivos ultrajes e ignomínia.

A revolta tranquila dos cidadãos. Tranquila, mas exigente; tranquila, mas sem conceder tréguas; tranquila, mas, de uma vez por todas, definitiva!

Ruben Valle Santos

5 Abril 2011

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segunda-feira, 4 de abril de 2011

2769. O dia da revolta dos cidadãos !


Está em curso uma petição denominada


Petição para

auditoria imediata às contas do Estado


Se a quiser subscrever, depois de ler o texto que a fundamenta, evidentemente, siga qualquer dos links que abaixo, no final deste texto, indico:

Exorto-o franca e firmemente a assiná-la porque exigir-se a imediata auditoria às contas do Estado é o mínimo que se pode fazer, no sentido de sanear a vida político-social do País.

Não é justo nem admissível que todos nos queixemos da vida que nos obrigam a levar, por causa dos desmandos e desperdícios de dinheiros e recursos por parte de quem nos governa e, chegado o momento de agir, para apurar a realidade de como as coisas estão, para obrigar ao uso de procedimentos correctos, não fazermos o mínimo exigível a qualquer cidadão consciente, ou seja, pugnar pela Verdade, pelo esclarecimento integral do que nos trouxe até à deplorável situação presente.

Só existe uma forma de intervenção à medida do cidadão comum.

Dirigir Petição à Assembleia da República, com força para desencadear discussão obrigatória. É o que se está a levar a efeito presentemente.

Só actuando podemos exigir o respeito e a dignidade a que temos direito.

Colabore com a iniciativa!

Leia os termos da Petição e, se concordar com eles, subscreva-a.

Mas não fique por aí. Faça um pouco mais, sem custos.

Divulgue-a pelos seus contactos, convidando familiares, amigos e conhecidos a que se juntem a nós, numa acção justa que deve ser de todos.

Junte-se a nós e leve a que outros o façam também! para que esses outros, por seu turno, convidem mais outros. e assim, em cadeia, para chegarmos longe, a todo o Portugal.

Não fique inactivo, num momento em que o País tanto precisa de todos.

A nossa passividade fez com que aqui chegássemos.

Só o nosso activismo nos redimirá.

MOSTREMOS QUE ESTAMOS VIVOS E SABENDO O QUE QUEREMOS: JUSTIÇA, APENAS E TÃO SOMENTE JUSTIÇA !


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Se para si for mais cómodo convidar os seus familiares, amigos e conhecidos a assinar a Petição Auditoria Imediata às Contas do Estado por outra forma, que não esta, dos blogues ou redes sociais, não hesite.

Use telefone (com fios, sem fios, de cordel...), telemóvel, fax, telex, carta, telegrama, video-conferência, sinais de fumo, toque de tambor, segredo ao ouvido (desde que audível cem metros em redor…), o que quiser. Não importa o meio que utilizar, desde que eficaz.

Porque o que realmente importa é que TODOS façamos o maior e mais concertado esforço que possamos, para que o objectivo seja alcançado.

De uma vez por todas, mostremos que estamos vivos, actuantes e queremos ser ouvidos, por termos uma palavra séria e responsável dizer.

A má Democracia representativa que temos não nos chega.

Queremos Democracia - Democracia representativa - mas pressionada pela Democracia Directa de cada cidadão e do conjunto de todos os cidadãos.

4 Abril 2011

Este é o dia! Esta a hora! Não passa daqui. Revoltemo-nos! Com serenidade e espírito democrático, sem violências, mas revoltemo-nos!

Iniciemos a nossa revolta. A revolta tranquila, mas firme como nenhuma outra! A revolta de 4 de Abril de 2011. A revolta justa! A revolta que nos envergonhará por dela não termos participado.

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Links da Petição, que pode ser subscrita em qualquer deles:


http://www.ipetitions.com/petition/auditoria/

e

http://tiny.cc/5abd8

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