FRANÇA
Presidente contra uso da burka
Estudo de uma lei para proibição
Sob a alegação de que a burka “não é uma questão de religião, mas de servidão”, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, abriu guerra ontem contra a vestimenta tradicional muçulmana que cobre o corpo da mulher – só os olhos à mostra.
Em um discurso no qual definiu a burka como indumentária que não bem-vinda, Sarkozy invocou até mesmo princípios tradicionais do seu país, famoso pelo civismo, pela laicidade e pelas máximas da “liberdade, igualdade e fraternidade”.
– A burka vai contra a ideia da república francesa sobre a dignidade da mulher – disse ele.
A declaração de Sarkozy foi feita uma semana depois de o governo francês aceitar a possibilidade de estudar uma lei que proíba o uso da burka no país. Ocorreu durante discurso solene no Palácio de Versailles dirigido ao parlamento do país (as duas Casas) e reavivou uma polêmica ocorrida em 2004 sobre o véu islâmico – na época, em razão desse véu, foi aprovada uma lei que proíbe o uso de qualquer símbolo religioso em locais públicos.
Tal como parece ser o caso agora, a iniciativa promoveu um debate entre os defensores das liberdades individuais e os que consideram que estas podem ser limitadas em nome da laicidade.
Diário Catarinense, Brasil, 2009.06,24
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Sarkozy disse mesmo mais. Que não se trata de questão religiosa, falsamente invocada. Trata-se, isso sim, de uma questão de dignidade da mulher.
Significa isto que Sarkozy, disse, loud & clear, aquilo que uma série de poltrões, alapardados nos vários poderes desta Europa de "Chamberlains" de pacotilha, pensam mas não se atrevem a murmurar, sequer, não vão os árabes zangar-se muito. Credo!
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Arthur Neville Chamberlain (1869-1940) foi 1º ministro de Inglaterra no período que antecedeu a II Grande Guerra Mundial.
Defendia uma política de convivência pacífica com Hitler, tendo, na Conferência de Munique, condescendido com a divisão da Checo-eslováquia e a anexação da Boémia por parte do III Reich.
(a partir da Wikipedia)
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