Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

3223. PEC (com papas e bolos, o gajo porreiro lixa os tolos)

Sei que sabe o que é o PEC ou Pagamento Especial por Conta. Portanto, não vou ensinar nada nem tenho essa pretensão.

Deixe-me, no entanto, esmiuçar a coisa para se ver melhor mais este logro em que o Costa y sus muchachos fizeram, à força, embarcar os tansos das confederações patronais e o anjolas do Silva da UGT, e quer agora, com falinhas mansas, enrolar os eleitores, actividade em que é especialista. 

Como o próprio nome indica o "pagamento por conta" (chamemos-lhe assim para simplificar) é um avanço, um adiantamento, que as empresas fazem, "por conta" do que terão de pagar no ano em referência, quando se apurarem os resultados da gestão da empresa no referido ano.

Mal comparado, é como a história da retenção na fonte, no caso do IRS. 

A gente paga todos os meses, o Estado recebe e, no fim do ano, ao serem apresentadas as declarações de IRS, é que se vê se o cidadão tem de pagar mais do que foi pagando no fim de cada mês, se nada tem de pagar ou a receber ou se, tendo pago demais, recebe em reembolso.

Òra, o desconto mensal no IRS mais não é do que um desconto por conta. Por conta das contas que hão-de ser feitas para se ver se está tudo liquidado ou se se deve pagar mais ou se se pagou demais e deve ser-se reembolsado.

Simples, não é? Toda a gente compreende facilmente.

Vejamos agora: 

Deterninado cidadão vê, no fim de cada mês, que o Estado retém em seu poder 30% do seu rendimento para imposto sobre o rendimento de pessoa singular (IRS) e, a certa altura, aparece o Costa a dizer:

- A partir de agora, a retenção mensal para IRS deixa de ser de 30% e passa a 20% porque eu sou um gajo porreiro e faço tudo para beneficiar os contribuintes...

Será que o cidadão tem razões para ficar todo satisfeito por pagar menos? 

Ora, diga lá; tem razões para sorrir ou, pelo contrário, tem-nas para chamar nomes ao Costa?

Pois é, tem mesmo muitas e boas razões para chamar nomes e grandes e ordinários ao Costa. 

Porquê? 

Porque veio dizer que tinha baixado os descontos ao cidadão, o que é rematada mentirola, porque no fim do ano, o cidadão vai pagar a mesmíssima coisa que pagava antes de ter sido "beneficiado pelo Costa".

É preciso enorme descaramento e não se ter a noção da honra para se entrar numa coisa destas!!!

Ora, com o "pagamento especial por conta" acontece exacramente o mesmo. O que as empresas deixaram de ter de fazer é de depositar por antecipação determinadas percentagens dos lucros previsíveis, para passarem a depositar um tanto menos. Mas , no fim, a factura é exactamente do mesmo montante. 
Se pagou mais durante o ano, paga menos no fim; 
se pagou menos durante o ano, paga mais no fim,
Claríssimo como água da chuva.

Com o Costa e seus geringonços é tudo assim. Com logro, com dolo, com abuso de confiança político.

E o pior, se é que é possível haver algo pior, é que andam agora todos --- até as confederações patronais e a UGT do prestativo Silva, que estão metidos no bolso esquerdo das calças do Costa --- muito compostinhos, de auréola de anjinho no alto do cucuruto e a querer fazer crer aos eleitores que tudo está bem e o Costa é o máior da Cantareira. Acham mesmo que não foram comidos de cebolada e metidos no tal bolso.

O Costa ultrapassou todas as medidas e, em matéria de hipocrisia política, o Sócrates não passa de um bébé de colo...

domingo, 8 de janeiro de 2017

3222. Dívida externa portuguesa

Para ter a noção do que REALMENTE devemos ao mundo, anote isto:

A dívida externa total de Portugal, ou seja, aquilo que o Estado e os particulares devem a estrangeiros é actualmente de


396,2 mil milhões de euros, 

o que corresponde a

215,9% do PIB

(dados do Banco de Portugal)

Quer isto dizer que, se todo o resultado da venda da nossa produtividade durante 2 anos fosse aplicado a pagar a dívida
(sem o usarmos para comer, vestir, calçar, etc...simplesmente
NÃO CHEGAVA).



quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

3221. Alçapões da História


O escarcéu alegadamente originado pela suspensão do feriado do 1º Dezembro é quase só fumaça e deveu-se à demagógica ignorância dos indignados.

Os Filipes de Espanha reinaram cá por 60 anos porque os portugueses (clero, nobreza e povo) assim desejaram. É facto documentado.

Na verdade, desejaram e não se limitaram a isso. Expressaram a vontade, através de seus representantes nas Cortes de Tomar, em 16 Abril 1581 e já em Janeiro de 1580 uma clara maioria reconhecera a Filipe II a legitimidade para reivindicar o trono de Portugal.

Filipe II de Espanha, I de Portugal, era o principal herdeiro da coroa deixada vaga pela morte do rei Sebastião, em Alcácer-Kibir, em 1578.

Claro que os patriotas da 25ª hora, indignados com a suspensão forçada do feriado de 1 Dezembro, têm desculpa por não saberem História.

E pelo mesmo facto devem ser desculpados por aceitarem o Dia de Portugal em 10 Junho e não em 5 Outubro (1143) ou 24 Junho (1128).

A independência de Portugal foi reivindicada e aceite em 5 Outubro 1143, em Zamora, cujo tratado findou guerra entre Afonso Henriques e Afonso VII de Leão e Castela

Também 24 Junho 1128 poderá ser alegada, porque foi a da batalha de S. Mamede, em que Afonso Henriques, venceu forças da mãe, Teresa de Leão, e do Conde de Trava e assumiu a regência do condado.

Alçapões da História que teimam em desarmar ideias


feitas com intenção de endrominar.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

3220. A Rua Nova dos Mercadores do séc XVI

 (actualmente Rua da Alfândega)



 O Mistério do quadro renascentista em que se (re)descobriu Lisboa manuelinaParece um romance policial. Em 2009 duas historiadoras inglesas visitaram uma mansão perto de Oxford e aí encontraram um quadro do século XVI que retratava uma rua renascentista. Não se sabia se era uma rua real ou imaginada, nem quem a tinha pintado. Depois de uma longa pesquisa, as historiadoras chegaram à conclusão de que se trata de uma rua bem portuguesa que foi palco do comércio de mercadorias de todo o mundo.(…)Em 2009 duas historiadoras inglesas, Kate Lowe e Annemarie Jordan Gschwend, visitaram esta mansão do século XIX, Kelmscott Manor, localizada perto de Oxford. As duas historiadoras repararam num quadro do século XVI que o pintor Dante Gabriel Rossetti, amigo de Morris, lhe terá oferecido, ou vendido, e que estava atribuído à escola de Velázquez. Mostra uma rua renascentista, e não se sabia se era real ou imaginada, nem quem a tinha pintado.




Lowe e Gschwend pesquisaram longamente, à procura de referências, tanto em livros e documentos, como na própria pintura. Finalmente chegaram à conclusão, indisputada, de que se trata da Rua Nova dos Mercadores, na baixa da Lisboa manuelina. Ficava onde agora passa a Rua da Alfândega, e era o percurso mais cosmopolita numa cidade onde se negociavam mercadorias de todo o mundo. Além de algumas descrições da sua opulência, apenas existem poucas gravuras da cidade inteira, sem pormenores das ruas. A Rua Nova dos Mercadores foi evidentemente destruída pelo terramoto de 1755, e nunca mais voltou ao esplendor da Era das Descobertas. O que resta hoje é a fachada manuelina da Conceição Velha (antiga Igreja da Misericórdia de Lisboa, nota do blogue), reconstruída com um interior já pombalino.
(…)”


(extracto do artigo “O mistério do quadro renascentista em que se (re)descobriu Lisboa manuelina”, da autoria de José Couto Nogueira – A imagem foi também recolhida da mesma peça)


quarta-feira, 26 de novembro de 2014

3217. A incontinência desmascara o PS


“Tinha prometido, mas não vou cumprir. A actualidade continua a ser demasiado dominada pela prisão preventiva de José Sócrates para que outros temas possam ocupar o Macroscópio.
Mas vou procurar um ângulo diferente: o dos desafios que este caso coloca ao Partido Socialista.
Até porque a ida de Mário Soares a Évora, para visitar o antigo primeiro-ministro, e as declarações que fez à saída – "Todo o PS está contra esta bandalheira" – colocaram sob pressão a linha de grande serenidade que António Costa tem vindo a impor ao partido.
Mesmo considerando que os jornalistas foram cruéis na forma como pressionaram o antigo Presidente da República, aquilo que ele disse veio de dentro, sem dissimulações, para o melhor e para o pior.”
 

José Manuel Fernandes, in Macroscópio - Observador

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

3213. Por que a cambada odeia Passos Coelho ?


A pergunta que todos os Portugueses devem fazer a si próprios, se quiserem esclarecer-se e evitar serem miseravelmente enganados é a seguinte:
- Por que razão a cambada que nos desgovernou durante 37 anos e nos deixou na bancarrota odeia Passos Coelho?
Parece que muitos ainda não fizeram tal pergunta a si próprios. Talvez por que gostem de ser enganados ou olhem para a política como para o futebol, onde se ama sempre o mesmo clube ainda que as coisas corram muito mal e ele seja mal gerido, com os dirigentes a meterem dinheiro sujo no bolso à custa de sócios e adeptos ou, ainda, apenas porque sejam distraídos.
Se fizessem a pergunta e usassem de alguma lógica de raciocínio, de imediato chegariam à inevitável conclusão de que, com a acção do actual Governo, ficaram à mostra os abusos, as incompetências, as vergonhosas patifarias que durante 37 anos foram feitas ao País e aos Portugueses. E é precisamente isso que eles, a todo o custo, pretendem esconder.
Na verdade, quanto mais o governo de Passos Coelho saneie as finanças públicas, proceda a reformas indispensáveis e não se alie aos interesses imorais – económicos e outros, como a vergonhosa pedofilia em que tantos estiveram enlameados... - que dominavam a sociedade portuguesa e que estão a ficar pela hora da morte, como se tem visto na banca e em outros sectores, mais despidos na praça pública, à frente de todo o País, ficam anteriores governantes.
Trata-se, pois, de uma questão de liminar inteligência, ou falta dela. Quem é mentalmente desprovido, deixa-se enredar, engolindo tudo o que a cambada ( de todos os partidos, entenda-se ! ) lhe quer impingir, para regressar ao poder e continuar a sua nefasta acção; quem, pelo contrário, acha que tem um mínimo de inteligência e gosta de pensar pela própria cabeça, sem aceitar as tutelas dos patifes, rapidamente encontrará a resposta certa e adequada à pergunta que cada um de nós não pode deixar de fazer a si próprio.
Como se vê, é tudo muito simples. Basta escolher um dos campos: ou o da cambada que nos desgraçou e quer continuar a fazê-lo ou o da verdade, da dignidade e da recuperação do País e dos Portugueses. Cada qual deve escolher o campo que julga mais adequado para os seus legítimos interesses. E uma vez escolhido o campo, não há desculpas por não ter seguido o caminho correcto e, por isso, cair na esparrela…
Se Passos Coelho tivesse escolhido actuar como a anterior cambada, não teria enfrentado os graves problemas e animosidades que enfrentou e continua a enfrentar. Mas teria afundado mais o País, que agora estaria sem remédio por muitas e muitas dezenas de anos.
Passos renegou a cambada e optou pelos interesses do País. E, assim, fica de consciência tranquila, aconteça o que acontecer.

A História consagrará esta atitude de dignidade e defesa de Portugal e dos Portugueses. Mas, para o bem geral, é preciso que os Portugueses procedam do mesmo modo. Se o não fizerem, o esforço terá sido em vão, o sacrifício não terá valido a pena.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

3212. "Taxes"


3211. "Catalunhos"

Os "catalunhos" farão ideia daquilo em que estão a meter-se?
É que, independentizando-se, perdem a grandeza de Espanha, com Granada e o Escorial... ... e o seu Barça passará a clube de bairro, pois dificilmente conseguirá transpor as fronteiras de Montjuic... Jogará contra quem? Em que Liga?