F oi hoje dada a conhecer ao cidadão comum mais uma faceta deste belo rincão à beira-mar plantado.
Mais uma dúvida monstruosa, mais uma fraude gigantesca.
Desde Junho do ano passado até ao presente, portanto há sete meses, que andamos nisto. Não há semana alguma – uma que seja! – em que, vinda das profundezas das pantanosas águas em que nos movíamos, não venha à tona mais uma verdadeira dejecção de indignidade e ignomínia.
São dívidas e fraudes na Educação, são fraudes e dívidas na Justiça, são dívidas e fraudes na Saúde, são fraudes e dívidas na Banca, são dívidas e fraudes no Comércio, são fraudes e dívidas na Indústria, são… o diabo a sete de dívidas e fraudes por tudo quanto é sítio.
E são dívidas e fraudes de entidades públicas e fraudes e dívidas de entidades privadas. Não parece haver entidade ou actividade pública ou privada em Portugal que não se descubra estar minada de dívidas e fraudes.
E são dívidas e fraudes praticadas por pessoas colectivas e individuais, pessoas com responsabilidades ao nível do Estado e gente com responsabilidades a nível privado.
Tem sido um desfile de verdadeiros criminosos a nível, repito, oficial e particular, grupal ou individual.
Portugal é um susto! Mais do que um susto, Portugal é um horror!
E, por muito que haja sempre quem se queira pôr fora destes comportamentos do foro criminal, o que é certo é que, pelo caminho que as coisas levam, ninguém vai escapar ou, quem, porventura, acabe por escapar, imediatamente será erigido à condição de autêntica aberração.
A questão que se põe só pode ser uma: como foi possível chegar-se a uma tal situação?
E como é possível que, assistindo a todo este cortejo de infâmias, haja ainda gente inescrupulosa a atrever-se a exigências que não se contenham na de que tudo seja esclarecido, responsabilizando-se quem responsabilizado deve ser e congregando-se esforços no sentido de o mais rapidamente possível sairmos desta indignidade?
Portugal, a imensa fraude!
Que mais nos estará ainda reservado no fundo do cálice cujo fétido conteúdo vamos ter de sorver, queiramos ou não?
Adenda:
E nem sequer falei nas autarquias. Quantas câmaras estão falidas, quantas?
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