R ecorda-se ainda da polémica levantada pela propalada "censura" ao jornalista correspondente da Lusa, em Paris, Pedro Rosa Mendes?
Pois bem:
Falou-se de muitas coisas, mas ocultou-se algumas outras. Da crucial importância!
A título de exemplo:
Auferia de 6.819,50€ mensais, ou seja, mais 3.000 mil euros do que um quadro normal da agência. Acresciam outras despesas cobertas integralmente pela Lusa, empresa pública, como é sabido.
A verba gasta com o Pedro Rosa Mendes em Paris era mais do que a que custavam os correspondentes em Londres e em Berlim. Juntos!
"Pedro Rosa Mendes tinha um contrato de prestação de serviço que acabava em Agosto. Foram-lhe colocadas duas opções: ou ficava como correspondente e a ganhar o mesmo que outros, ou vinha para Lisboa para os quadros. Não aceitou ficar nas condições que lhe foram colocadas. A pedido dele ainda lhe foi prolongado o contrato até Novembro".
O jornalista recebia 2.655,28€ de salário, mais 4.164,22 de ajudas de custo, enquanto que o correspondente em Londres recebe 1.950,76€ mensais e 1.900€ em ajudas de custo.
Agora, preste boa atenção às datas:
Em Setembro de 2011, na Comissão Parlamentar de Ética, Miguel Relvas disse que era preciso cortar nos gastos da Lusa com os correspondentes e deu como exemplo o caso de Rosa Mendes. "Em Paris, por exemplo, a Lusa gasta 156 mil euros por ano com um correspondente, quando em Berlim e em Londres, os correspondentes ganham, juntos, 100 mil euros", disse o ministro.
A crónica de Pedro Rosa Mendes que deu origem ao falatório da "censura" foi emitida posteriormente ao programa da RTP 1 «Reencontro», emitido no dia 16 de Janeiro, ou seja, 4 meses após as palavras de Miguel Relvas.
Como qualquer pessoa minimamente inteligente percebe, o chavascal das acusações de censura foi preparado com 4 meses de antecedência.
Assim se faz oposição doentia...
2 comentários:
Porque é que há coisas que nunca vêm a público?
Viva, Teresa!
Porque são bem escondidas, por inconvenientes.
;-)
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