D epois da aventura do 1º de
Maio, em que dezenas de milhares de desgraçados “raparam” de cem euros cada um
e foram para as bichas do Pingo Doce, mostrar como dinheiro é escasso, depois
de ter sido amealhado, mais do que nunca, de há 20 anos para cá, nos cofres das
contas bancárias das várias classe médias que por aí pululam à míngua, agora calhou
a vez de Armação de Pêra.
Mais um exemplo impressionante de como a crise está a afectar os portugas foi dado este fim-de-semana, naquela, praia algarvia.
A crise é tão grande, tão violenta, tão desmedida, tamanha, que a oferta de produtos de primeiríssima necessidade se mostra incapaz de satisfazer todos os necessitados que buscam um pequeno conforto – por mais ínfimo que seja – que lhes amenize as agruras do dia-a-dia.
Foi então que tiveram de recorrer a meios drásticos, para tentar, numa fila interminável, conseguir um lugar que lhes permitisse obter o produto de que tanto estavam a necessitar para o sustento no dia que aí vinha.
E a solução qual foi? Começarem a formar “bicha” às onze da noite da véspera, esperando pelo manhã seguinte em que, de permeio com uns quantos empurrões, certamente imensos palavrões e outros gestos de delicadeza extrema, que isto de boa educação e civismo é apenas com os pobrezinhos todos muito bem educadinhos, arrancarem para si e para os seus o produto tão desejado e tão necessário à respectiva subsistência.
E, como a crise é geral, a todos contemplando, era “malta” de todos os recantos do país, do Minho ao Algarve e só não até Timor, porque entretanto o Império… fora-se, oh, fora-se!
Mais um exemplo impressionante de como a crise está a afectar os portugas foi dado este fim-de-semana, naquela, praia algarvia.
A crise é tão grande, tão violenta, tão desmedida, tamanha, que a oferta de produtos de primeiríssima necessidade se mostra incapaz de satisfazer todos os necessitados que buscam um pequeno conforto – por mais ínfimo que seja – que lhes amenize as agruras do dia-a-dia.
Foi então que tiveram de recorrer a meios drásticos, para tentar, numa fila interminável, conseguir um lugar que lhes permitisse obter o produto de que tanto estavam a necessitar para o sustento no dia que aí vinha.
E a solução qual foi? Começarem a formar “bicha” às onze da noite da véspera, esperando pelo manhã seguinte em que, de permeio com uns quantos empurrões, certamente imensos palavrões e outros gestos de delicadeza extrema, que isto de boa educação e civismo é apenas com os pobrezinhos todos muito bem educadinhos, arrancarem para si e para os seus o produto tão desejado e tão necessário à respectiva subsistência.
E, como a crise é geral, a todos contemplando, era “malta” de todos os recantos do país, do Minho ao Algarve e só não até Timor, porque entretanto o Império… fora-se, oh, fora-se!
Mas que produto de primeiríssima
necessidade é esse, que obrigou as pessoas a passarem uma noite inteirinha
sentadas em cadeiras de plástico ou deitadas em soleiras de portas, na
esperança de não perderem a oportunidade de matarem a fome que os atormentava?
Se é fome, só pode ser de pão, arroz? Ou batatas, cuja falta tanto os tem feito sofrer!
Não, que ideia. Trata-se de produto de muito maior carência e necessidade, que satisfaz as mais primárias necessidades de qualquer ser humano que se preze, ainda que sem dinheiro para o adquirir:
Se é fome, só pode ser de pão, arroz? Ou batatas, cuja falta tanto os tem feito sofrer!
Não, que ideia. Trata-se de produto de muito maior carência e necessidade, que satisfaz as mais primárias necessidades de qualquer ser humano que se preze, ainda que sem dinheiro para o adquirir:
O toldo de praia !!!
Portugal
está assim, que se lhe há-de fazer?Nota:
Eu não estive lá porque, como bom capitalista, fiquei em casa, aqui na margem do Sado, a comer roer cartilagens de camarão do fino e cascas de lagosta da grossa, que é com o que diariamente mato a desgraçada da fominha.
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