A ctualmente está na moda a
fixação mais ou menos generalizada em Miguel Relvas.
Até hoje nada de concreto
existe, apenas rumores. Não significa isto que rumores não possam vir a
revelar-se correspondentes à verdade, mas, por enquanto, não passam de
mexericos.
Isso, porém, não obsta a que
Relvas (a quem gente que até actua por soundbytes chama José, tal o grau de
conhecimento que do homem tem...) seja o osso – pelos vistos descarnado até ao
momento – por que tanto aspiraram e desesperaram, uma vez que ainda não surgiu
uma só voz a clamar que ele tenha recebido um tostão indevidamente, nem que
tenha chegado ao governo teso que nem carapau e que agora veste (com nome
inscrito na montra e tudo) da mais afamada e cara boutique de vestuário do
mundo, situada em Rodeo Drive, Hollywood City.
Relvas, que se saiba, nem
trafica nem traficou diamantes em aviões que caíram lá pela Jamba! Olha, se o
tivesse feito ou sequer sonhado fazer!
Mas a culpa é dele mesmo,
quanto a isso não restam dúvidas. Nada disto aconteceria se não se tivesse
metido a liderar o processo de privatização de uma parte substancial da RTP e
igualmente no processo de eliminação de umas quantas dispensáveis freguesias,
que apenas existem para dar sinecura a outros tantos afilhados.
Porque aí é que está o
busílis, já que são mais duas corporações (daquelas que apenas havia no tempo
do "fassismo"...) que são postas em causa.
Resumindo, uma vez mais se
constata que toda a gente achava que tudo estava mal e tinha que levar uma
volta mas, ATENÇÃO, mexam em tudo o que está mal, MENOS NO MEU BUTECO, porque
eu vou aos arames.
Compreende-se – embora dificilmente
se aceite – que quem é directamente atingido pelas reestruturações
indispensáveis, para que a escandaleira e a delapidação anual de milhões de
euros (que bem precisos são para fins mais dignos do que encher os bolsos de
uns quantos, à custa do erário público) prossiga alegremente.
O que não se compreende é
que tal aflija também meros contribui9nyes que ao longo de todos este anos têm
vindo a ser roubados nos impostos que pagam.
Afinal, quer-se que as
coisas mudem e se corrija o que está mal ou tudo estava bem e como tal deve continuar?
* * *
Pessoalmente, não aprecio nem um milímetro, o estilo do homem. Daí, porém, a condená-lo sem que ache, em tudo quanto se lê ou ouve oficialmente, seja o que for de concreto contra o que faz ou fez, vai a distância da dignidade social.
O grande caso seria o da jornalista Maria José Oliveira do Público que, veja-se, até com o jornal em que trabalhava se zangou, dele se demitindo. Pelos vistos, só ela tem razão e todos os restantes são uma cambada… Mas o que é certo é que nem ela apresentou a mínima prova do que foi alegado. E teria sido bem fácil fazê-lo, pois é sabido que os telefonemas ministeriais – e outros – para os jornais, rádios e televisões são gravados, pois apenas assim os jornalistas se podem defender, se forem acusados de deturpação informativa. Só os ignorantes, os anjinhos e quem estiver eivado de má fé pode ignorar esta verdade simples.
A Maria José Oliveira apenas bastaria, pois, exibir a gravação do telefonema para deitar abaixo o ministro. Não o fez nem nenhum dos seus amigos. Lá saberão porquê. Talvez não desse jeito a exibição de uma gravação em que o ministro alegadamente tivesse ameaçado revelar coisas da vida particular da jornalista… que… toda a gente do meio conhece! Que ameaça mais sem nexo e estúpida, hein?!
Sem comentários:
Enviar um comentário