O estado a
que foram deixadas chegar as coisas em Portugal continua sem ser dito aos
Portugueses, com toda a verdade.
De modo geral, os cidadãos não têm ideia – nem sequer aproximada – do que efectivamente se passa.
Apenas uma dica:
Durante os
últimos 10 anos,
(já nem falando dos anteriores, pois há 25 anos que desperdiçamos dezenas de milhões de euros enviados pela UE para cá todos os anos, a fundo perdido…)
andámos a consumir anualmente 10% mais do que produzíamos e, portanto, 10% mais do que as verbas de que podíamos dispor.
Significa
isto que, ao fim de 10 anos e com contas feitas por baixo, Portugal devia mais
100% do que podia pagar, ou seja, devia o dobro do PIB de um ano.
Dito de outra forma, ao fim desse tempo o País, se quisesse pagar rapidamente tudo o que devia, teria de produzir num ano três vezes mais do que efectivamente produz (1 valor do PIB anual para o consumo desse ano e mais 2 para liquidar o que já devia).
Dito de outra forma, ao fim desse tempo o País, se quisesse pagar rapidamente tudo o que devia, teria de produzir num ano três vezes mais do que efectivamente produz (1 valor do PIB anual para o consumo desse ano e mais 2 para liquidar o que já devia).
Para fazer
uma ideia dos valores reais envolvidos, o PIB português do ano de 2010 foi de 247.037
milhões de dólares americanos, ou seja, aproximadamente de 189.691 milhões de
euros.
Ora, na linha do raciocínio acima exposto, que é o real, para fazer aquela liquidação, teria de arranjar uma verba correspondente a mais de 570.000 milhões de euros, que perfazem a verdadeira dívida portuguesa.
O pedido de ajuda financeira foi de “apenas” 78.000 milhões de euros, que têm de ser pagos, evidentemente.
Mas, além desses, ficaram ainda de fora aproximadamente 490.000 milhões de euros, que, embora como diz o imbecil que todos conhecemos, é dívida que deve ser gerida, também tem de ser paga, como qualquer dívida que se preze.
Ora, enquanto se mantiver a situação de gastarmos mais do que produzimos, nada conseguimos liquidar dessa dívida e, muito pelo contrário, ela vai continuar a crescer.
Esta é a imensidão da tarefa monstruosa com que está confrontado o actual governo, que, diga-se em abono da verdade, em nada contribuiu para a situação deplorável e criminosa que encontrou pela frente quando foi empossado.
Quem, em face disto, continuar a pensar – e a afirmar – que as coisas vão ao lugar sem muitas reformas, muitos apertos e muita dor de todos nós ou é completamente imbecil como o outro ou age de má fé. É mesmo criminoso.
Ora, na linha do raciocínio acima exposto, que é o real, para fazer aquela liquidação, teria de arranjar uma verba correspondente a mais de 570.000 milhões de euros, que perfazem a verdadeira dívida portuguesa.
O pedido de ajuda financeira foi de “apenas” 78.000 milhões de euros, que têm de ser pagos, evidentemente.
Mas, além desses, ficaram ainda de fora aproximadamente 490.000 milhões de euros, que, embora como diz o imbecil que todos conhecemos, é dívida que deve ser gerida, também tem de ser paga, como qualquer dívida que se preze.
Ora, enquanto se mantiver a situação de gastarmos mais do que produzimos, nada conseguimos liquidar dessa dívida e, muito pelo contrário, ela vai continuar a crescer.
Esta é a imensidão da tarefa monstruosa com que está confrontado o actual governo, que, diga-se em abono da verdade, em nada contribuiu para a situação deplorável e criminosa que encontrou pela frente quando foi empossado.
Quem, em face disto, continuar a pensar – e a afirmar – que as coisas vão ao lugar sem muitas reformas, muitos apertos e muita dor de todos nós ou é completamente imbecil como o outro ou age de má fé. É mesmo criminoso.
Dia virá em que a verdade terá de ser dita tal como realmente é, ou seja, nua e crua.
Esse será o dia em, que efectivamente os Portugueses começarão, por vontade própria, a resgatar-se da malha de mentiras com que foram enganados, por dezenas de anos a fio, e Portugal iniciará o caminho da honra e da dignidade entretanto perdidas, que o levará a recuperar a independência de que foi sendo esbulhado ao longo de todo esse tempo de ignomínia.
2012 Out 06
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