A
propósito da questão do Chipre e no seguimento de outras crises, com
especial relevância para a nossa, a maioria dos “comentadeiros”
portugueses tem dito barbaridades, como se se tratasse de verdades límpidas.
É a total inversão de valores. Pobre “suciedade”!
Refiro-me agora à verdade límpida por aí apregoada e que acaba de, uma
vez mais, de ser manifestada com a maior imbecilidade numa das TVs de
quintal cá do sítio, de que a maior culpa do que está a acontecer em
Chipre, tal como a do que está a acontecer em Portugal e na Irlanda e na
Grécia e na Itália e na Espanha, é da Alemanha, é da União Europeia, é
do Banco Central Europeu, é… do raio que os parta!
Não é tal, como bem sabemos e esses cretinos igualmente estão fartos de saber.
A principal responsabilidade, a principal culpa, é de Chipre e dos
cipriotas que causaram a situação em que estão metidos. A União Europeia
– e a Alemanha como seu integrante mais poderoso – terá algumas
responsabilidades, mas negligenciáveis em face das responsabilidades dos
próprios. Na verdade, a União Europeia poderia talvez ter avisado os
prevaricadores – porque de prevaricadores se trata na maior parte dos
casos – de molde a que arrepiassem caminho.
Mas quem cometeu os “deslizes”, quem foi incauto, quem governou mal não foi a União Europeia nem muito menos a Alemanha.
A menos que esses “comentadeiros” de treta, sempre tão zelosos da
liberdade individual dos países e dos cidadãos, entendam, sempre que as
coisas aquecem realmente e se tornam impossível de dominar, deitem às
malvas tão “sãos” princípios e pretendam que os mais fortes devam ter
mão nos mais fracos.
A julgar pela porcaria da Comunicação Social que temos, o País está uma nojeira!
rvs 2013.03.20
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