A praxe foi sempre distintivo elitista, num país de analfabetos.
O
acesso ao ensino universitário constituía-se em demonstração de poderio
económico e social, a necessitar de cerimónias de tolo rito próprio, de
subjugação ao poder, de forma pouco consentânea com o confessado desiderato.
Com
o acesso generalizado aos estudos superiores, deixou de ter sentido,
para o efeito que lhe deu origem, para mais sendo algo de tão patético,
porque primário em gente supostamente de estrato social superior, razão
por que passou a preencher novos requisitos, estes mais “terrenos” e,
por conseguinte, menos “poéticos” e muito menos civilizados.
A
entrada da “arraia miúda” nestes jogos de elites apenas podia fazê-los
degenerar naquilo que hoje efectivamente são, ou seja, deploráveis
demonstrações de poder que raia a selvajaria sem outro objectivo que não
o domínio pelo terror.
Como
se tal não bastasse, frequentemente a praxe mune-se das “armas e
práticas” que se fundam na lógica das fraternidades odientas, acoitadas
em associações secretas.
O
espírito que a enformou “ab initio” não era respeitável. Seria, ainda
assim, uma não respeitabilidade tolerável, digamos. Tudo, no entanto, se
foi agravando, até chegar ao que hoje se pode constatar, em que a
“praxe” ou “praxis” ou “prática” redundou em algo que cabe por direito
próprio nas previsões e cominações de qualquer Código Penal, mesmo que
muito permissivo
Tal
como as práticas conhecidas das associações secretas, nada traz de bom
às sociedades em que se instalam, pelo que só existe uma receita para
acabar de vez com o mal. Dar-lhe fim, definitivo, sem contemplações.
2013Jan27
rvs
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