Aqui vão sendo deixados pensamentos e comentários, impressões e sensações, alegrias e tristezas, desânimos e esperanças, vida enfim! Assim se vai confirmando que o Homem é, a jusante da circunstância que o envolve, produto de si próprio. 2004Jul23
terça-feira, 9 de setembro de 2008
1790. O português, Papa e médico
Foi eleito Papa em 20 de Setembro de 1276, pelo que o seu pontificado durou precisamente oito meses.
Pedro Julião nasceu da união de Julião Rebelo, médico, de quem herdou igualmente a profissão, de Teresa Gil.
Estudou na escola episcopal da catedral de Lisboa e, posteriormente na Universidade de Paris, tendo tido como mestre Sto Alberto Magno e como condiscípulo S. Tomás de Aquino.
Estudou ainda Medicina e Teologia, prestando especial atenção à dialéctica, à lógica e bem assim à Física e à Metafísica, tornando-se seguidor das ideias de Aristóteles.
Dedicou-se ao ensino da Medicina na Universidade de Siena, tendo escrito deixado obras, de que sobressai o Tratado Summulæ Logicales, por mais de trezentos anos manual de referência nas universidades europeias, para o estudo da Lógica Aristotélica. Foi, além disso, médico pessoal do Papa Gregório X.
De vasta e diversificada cultura científica, escreveu também o Tratado o De oculo, sobre Oftalmologia.
Por estes dados se pode imaginar a enorme influência que exerceu em toda a Europa, com especial relevo em Portugal, França e Itália. Foi frequentemente citado por grandes autores da época, designadamente Dante Alighieri, que o incluiu na Divina Comédia.
Foi com uma receita de Pedro Julião que, quase dois séculos mais tarde, Michelangelo Buonarroti, que adoecera dos olhos, pela dureza do trabalho de composição na Capela Sistina, fui curado.
Foi autor do Thesaurus Pauperum (tesouro dos pobres), em que aborda várias doenças e respectivas curas. O livro teve mais de uma centena de edições, e foi traduzido para 12 línguas.
Foi também autor de Comentários ao pseudo-Dionísio e Scientia libri de anima, de teor teológico.
A sua eleição como papa João XXI, em conclave que teve lugar em Viterbo, decorreu numa época de grandes convulsões político-religiosas. Foi eleito em 13 de Setembro de 1276 e coroado uma semana mais tarde.
Enquanto Papa, tentou apaziguar diversos conflitos existentes no seio da Igreja Católica e no mundo cristão. Foi mediador da guerra entre a França e o reino de Castela e esforçou-se por proteger os territórios cristãos da terra santa.
O então rei de Portugal, Afonso III, estava em litígio com a Santa Sé, pelo que o Papa João XXI tentou a reconciliação entre ambas as partes, tendo, para o efeito, enviado uma bula ao monarca português.
Não chegou a tomar conhecimento dos resultados dessa diligência porque, em 20 de maio de 1277, quando visitava o palácio de Viterbo, apreciando uma nova dependência que mandara construir, o tecto desabou e atingiu-o de tal forma que não resistiu aos ferimentos e faleceu ali mesmo.
Fontes diversas
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segunda-feira, 8 de setembro de 2008
1789. Num bar "hi-tech"
Um sujeito entrou num bar novo, hi-tech, e pediu uma bebida.
O barman, um robot todo prestimoso, perguntou:
- Qual é o seu QI ?
- 150 !
O barman serviu-lhe um cocktail perfeito e iniciou uma conversa sobre o aquecimento planetário global, espiritualidade, física quântica, interdependência ambiental, teoria das cordas, nanotecnologia e por aí fora.
- Qual é o seu QI ?
- Deve ser 100...
Imediatamente o robot lhe serviu um whisky e desatou a falar, agora sobre futebol, fórmula 1, super-modelos, comidas mais apreciadas, armas, mulheres e por aí.
O homem ficou abismado e resolveu fazer novo teste. Saiu novamente do bar, deu uma volta sobre si mesmo e regressou, passados segundos:
- Qual é o seu QI ?
- Uns 75, acho !
Então o barman serviu-lhe uma pinga de vinho, inclinou-se no balcão e disse pausadamente... muito pausadamente mesmo:
- E atão, ó mê, com'é qu'é ? P'ró ano botamos no Sousa ótra vez, ó quê ?!
Gentileza de Tira Nódoas
* * *
Peço desculpa, mas duvido muito desta história.
Porquê?
Porque, sinceramente, não me estou a ver a discutir física quântica ao balcão de um bar, por muito hi-tech que seja! E ainda por cima com um robot de que nem sequer conheço as origens. Ná!...
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1788. Paisagens portuguesas
domingo, 7 de setembro de 2008
1785. Pintores Russos - Pavel Fedotov
sábado, 6 de setembro de 2008
1784. Ainda o Jardim da Estrela
o mesmo Jardim da Estrela,
o mesmo Inverno,
o mesmo entardecer.
Agora, porém, especialmente para
a Isabel Filipe.
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
1781. Recordar 1985
Depois de lá ter tido Begin the Beguin, o inolvidável sapateado de Fred Astaire e Eleanor Powell, o jamais esquecido Desabafo, de Roberto Carlos e Maria Bethânia, e belíssimo Concerto de Aranjuez, de Andrea Boccelli, coube agora a vez de mais uma recordação muito grata:
We are the world, composto em 1985 por Michael Jackson e interpretado por ele próprio e amigos, como Cindy Lauper, Ray Charles, Tina Turner, Bruce Springsteen, Diana Ross, Stevie Wonder and a lot of others, constituiu-se hino de uma campanha de ajuda alimentar à Etiópia, então assolada por uma guerra fratricida, a que muitas outras se seguiram na região, até à do terrível genocídio do Darfur.
Aí fica, pois, o excelente vídeo a relembrar a tragédia - por que é bom que não esqueçamos - e uma melodia extraordinária.
we are the children
we are the ones
who make a brigther day
so let's start giving
O vídeo arranca automaticamente com o acesso ao blog e tem a duração de 7'24". Se quiser pará-lo, contudo, é só accionar o respectivo botão.
Saudações a todos.
NB. - Estava a esquecer-me. Se não o tem e gostaria de ter, faça-mo saber, pois tenho muito prazer em lho fazer chegar. Bastará que me envie um email para o meu email do blog. Como frequentemente tenho afirmado, tudo o que se publica aqui no blog é comunitário.
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1779. Pintores Russos - Ivan Kramskoi
1777. Macau, nove anos depois...
visto da Fortaleza do Monte,
por detrás de um canhão do séc. XVII.
(foto revista "Volta ao Mundo", Setº 2008)
Visitei Macau pela primeira vez em Dezembro de 1999. Saí de lá 10 dias antes da cerimónia de devolução do território à China. A cidade era já muito bonita e bastante desenvolvida.
Voltei lá em 2006, depois de uma visita à China e as diferenças que encontrei eram inimagináveis.
Hoje, em 2008, Macau ultrapassou tudo o que seria considerado possível. Até a colossal Las Vegas foi deixada para trás, a perder de vista, em receitas provenienes do jogo. Os grandes potentados do casino americano em pleno deserto plantado vieram, em desfilada, para Macau. Com armas e bagagens.
No entanto, Stanley Ho, multimilionário de Macau e Hong-Kong (e de outras paragens também...) tem feito questão de manter o seu status, não deixando que, seja quem for, o ultrapasse. Macau é o seu território demarcado e ele assim o quer manter.
Como o velhinho Casino Lisboa já não chegasse e tivesse sido "engolido" pelos monstros que entretanto ali foram construídos - em direcção ao céu, que noutra já não dá, por falta de espaço - depois de ter erguido várias outras construções assinaláveis, mandou que se erguesse este colosso, que bateu tudo o que a musa antiga cantava. O novíssimo e espectacular casino Grand Lisboa.
Até onde deixarão os chineses que Macau chegue? Sim, porque se deixarem, nunca mais terá parança. E como aos chineses convém...
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quinta-feira, 4 de setembro de 2008
1776. Tertúlia virtual de 15 de Setembro
Desta vez não participarei - activamente, claro! - na edição de 15 do corrente, da Tertúlia Virtual, uma vez que não estarei por cá, pois vou ausentar-me por uns dias, a partir de 10, em férias e... férias são férias, não é assim?
As minhas ausência e não participação, porém, não significando grande coisa em si mesmas, menos ainda o serão perante a quantidade de novos aderentes a uma iniciativa brilhante do Eduardo Lunardelli e do Jorge Pinheiro - ou vice-versa, que eles não se preocupam com tais prioridades... -, que certamente vão aparecer.
Este post tem, aliás, também essa intenção. A de captar mais entusiastas para a ideia. Inscreva-se. Basta seguir o link que acima deixo, para a tertúlia. Participe e verá que será cativado pela extrema sociabilidade e cativante convívio de todos os já participantes.
Trata-se de uma excelente forma de travar conhecimento com pessoas de outras paragens deste mundo imenso, gente principalmente de línguajar português... mas não apenas.
Quando regressar, quero ter o prazer de saber que teremos atingido a centena de amigos, que chamarão mais amigos para uma próxima vez, e mais... e mais.... e mais... até que fiquemos fartos uns dos outros e tudo acabe... lá para o ano 3057!!!
Ok, vamos em frente, que atrás vem gente.
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quarta-feira, 3 de setembro de 2008
1773. Dia de passeio - 2
Infelizmente não foi possível fotografar nem ver mais de perto.
Principalmente, não foi possível - pelo facto, habitual já, cá por este Portugal, de o Centro de Interpretação estar fechado (pelo que nada "interpreta") e não haver a mínima informação acerca do que fazer para, ao menos, tentar ver alguma coisa de jeito - apreciar a reconstituição facial do garoto de cerca de quatro anos e meio que terá sido gerado pelo cruzamento de um homo sapiens neandertal (vulgus neandertal) com um homo sapiens sapiens (vulgus sapiens) há coisa de uns vinte e tal mil anos, o que antes e em toda a a comunidade científico-antropológica mundial se supunha impossível de ter acontecido.
Enfim! Estamos em Portugal e está tudo dito. Conseguimos os feitos mais notáveis, é certo, mas logo temos que contrabalançar com as maiores idiotices...
Eis as fotos que são da autoria da Isabel, da Cláudia, e de mim próprio. As bem tiradas são delas; as fraquitas, minhas. Cada qual dá o que pode...
1772. Dia de passeio - 1
Não temos muito o hábito de relatar esses passeios, mas, desta vez, abro uma excepção, embora apenas fotográfica.
Bem, fomos a Leiria e ao Lapedo. O relato, ficará apenas a cargo das fotos.
De Leiria, vale a pena mostrar alguns aspectos do castelo de uma terra que recebeu foral em 1142, isto é precisamente 800 anos antes de ter nascido um ilustre cidadão deste rectângulo à beira-mar plantado, ou seja, eu próprio, moi même, e também um ano antes de o tratado de Zamora ter posto fim às disputas entre Afonso Henriques, do Condado Portucalense, e Afonso VII, de Leão e Castela, em 5 Outubro 1143, tratado esse que deu origem à Fundação da Nacionalidade Portuguesa.
Aqui ficam, portanto (para as ver melhor, click, para ampliar: