Parece haver no PSD - mas não apenas ai - umas quantas pessoas que entendem que a melhor hipótese para presidente dos laranjas seria Marcelo Rebelo de Sousa.

Discordo em absoluto.

Primeiro, porque já lá esteve e, tirante a “grandíssima” vitória que foi a realização do referendo ao aborto, em 1998, nada fez de notório. E dispôs de todas as condições para tal.

Depois, porque, sob o ponto de vista político, Marcelo não está formatado para tais andanças. Uma coisa é ter a responsabilidade; outra muito diferente é sobre tudo ex-cathedra opinar com displicência.

De qualquer modo, estou quite seguro de que não correremos risco tão perigoso. Marcelo conhece a lei de Murphy e, assim, sabe bem que não pode ir além do seu patamar de incompetência política que está no comentário, razão por que jamais arriscará qualquer passo nesse sentido. Uma coisa é “eu faria”; outra, bem diferente, “eu vou fazer” ou “eu fiz”.

Embora de modo geral muito distintos entre si, Marcelo e José Pacheco Pereira têm esta vertente comum, porque são animais políticos irmãos gémeos.

De há muitos anos a esta parte que o comentarista Marcelo vem dando claros sinais dessa sua limitação e do conhecimento que dela tem. Como, então, esperar que algum dia resolva fazer política a sério, com todas a consequências decorrentes?

Adiante, pois. Deixemos onde está quem bem está e diverte o people. Não nos deixemos cair, porém, na tentação-asneira de forçar o desastre. Porque desastres é algo de que não temos falta, valha-nos Deus!

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