“Ficámos supreendidos que se queira atribuir um mínimo de credibilidade a uma sondagem que foi feita por uma empresa cujo director e proprietário aparece na primeira página da comissão de honra da candidatura de Passos Coelho”, declarou o eurodeputado ao PÚBLICO.
“Essa mesma candidatura [de Passo Coelho] há uma semana atrás dizia que tinha 70 por cento, agora já está nos 50 por cento. Se perder 20 por cento [dos votos] por semana, ganharemos de largo”, ironizou, referindo-se às eleições directas marcadas para o próximo dia 26.
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Sondagens em causa própria até agora apenas conhecíamos as do ilustradíssimo Rui Oliveira e Costa, o socialista sondador... Parece que, afinal, o homem tem concorrência... As sondagens encomendadas não param neste quintal à beira-mar plantado. Esta, a primeira constatação a referir neste domínio.
A segunda, última e mais importante, está na pergunta, para a qual se necessita de resposta urgente e cabal:
- Por que será que os vilaristas atacam tanto o Rangel e nada o Passos Coelho?
Certamente que não será por masoquismo. Ou será?
A pergunta acima devem os militantes sociais-democratas fazê-la a si próprios, intimamente. E, depois, há que agir em conformidade com a conclusão óbvia a que chegarem.
Há dois anos, alertei para o grave erro que seria a eleição de Manuela Ferreira Leite. Não fui ouvido. O que veio a passar-se deu-me razão. Mais do que aquela que eu julgava ter.
Basta de dar tiros nos pés. Enquanto o fizermos, o vilarista ri-se nas nossas barbas e vai afundando o país. Também por nossa culpa. Há um limite para que qualquer ser humano tenha direito a ser desculpado por ingenuidade. Ultrapassado esse limite...
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