Aqui vão sendo deixados pensamentos e comentários, impressões e sensações, alegrias e tristezas, desânimos e esperanças, vida enfim! Assim se vai confirmando que o Homem é, a jusante da circunstância que o envolve, produto de si próprio. 2004Jul23
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
2874. Afinal, havia alternativa!
O tráfego na A22 diminuiu 49% (atenção, leu bem, 49%), relativamente ao que era antes da introdução das portagens.
Significa isto evidências que ficam à vista de quem não se deixa ir em ondas de demagogia:
1. Afinal, sempre havia alternativa. A En125 está a servir para isso.
2. Os condutores não tinham tanta pressa assim de se deslocar. Se tivessem continuariam a utilizar a A22;
3. Nem sequer estão interessados na maior segurança com que circulam em auto-estrada. Na EN125, tanto peões como automobilistas correm indubitavelmente mais riscos;
4. Nem sequer igualmente reclamavam verdadeiramente por causa do custo das portagens. Os trajectos pela EN125 acabam por ficar tão caros – ou mesmo mais – do que pela A22. Se fizerem as contas ao gasto de combustível, de pneus, pastilhas e óleo de travões, suspensões, etc., com o pára-arranca, e mais ao tempo gasto nos trajectos e aos riscos físicos envolvidos, talvez constatem que mais valerá continuarem a circular pela A22.
5. E se tiverem atenção ao muito maior desgaste físico e emocional que sofrem na En125, de imediato encontrarão razões para voltarem de imediato à A22.
O problema é que ninguém se mete a fazer contas, atitude normal. Na infrene demagogia que grassa pelo País, perdeu-se a noção das coisas e a razão é coisa que não importa. Atende-se ao que parece, não ao que efectivamente é. E vai-se atrás do primeiro cretino que, por razões meramente políticas – não económicas – arrasta multidões para aventuras desastrosas e sem causa.
Há, contudo, algo que apontar à introdução de portagens em várias auto-estradas do País: o preço, demasiado alto.
Na verdade, é absurdamente elevado o preço a pagar. E não se justifica tais tarifas, que deviam ser baixadas para preços adequados á situação, aos rendimentos da maioria dos utentes e ao próprio País. Preços ajustados ao país que somos, não ao país que alguns julgam que somos.
No caso particular da A22, entendo que deveria ter sido substancialmente melhorado o piso, já que aquilo não é asfalto de auto-estrada que se preze.
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