Portugal parece um filme de terror.
Não há um dia sequer em que a gente acorde, ligue o televisor e a notícia a correr não seja a de que mais um buraco ou uma vigarice ou uma carência de estarrecer tenha sido descoberta e posta a nu.
É na Saúde, é na Educação, é na Justiça, é na Economia, é no…
O meu pequeno-almoço, que felizmente é apenas uma torrada e uma “meia de leite” (em casa, claro, que não sou dessas mordomias, embora pudesse) é diariamente estragado com tais assombrações. E felizmente que é só aquilo, pois que se fosse mais substancial, corria o sério risco de ser rejeitado de imediato pelo estômago. E nem sou dos de mais fracos interiores…
Apre! Não há “backside” (para ser moderado) que aguente!
“Isto” estava mesmo a saque.
E, pelo que se vai ouvindo e lendo, há imensa gente com tempo de antena, que bem gostaria de que assim continuasse. A ideia prevalecente é a de que:
- Está tudo uma lástima! Isto precisa de levar uma grande volta, precisa de que alguém lhe deite a mão e endireite a coisa. Mas… atenção aos bólides! Que cá na minha baiúca ninguém se atreva a mexer. Vou aos arames e faço um escarcéu dos diabos!
Além de ninguém ter culpa de nada, de ser sempre o imaterial “eles” – essa cáfila – os causadores dos mal geral, os sacrifícios têm de ser justamente repartidos por todos “eles”, continuando estes “eles” a ser outros que não aqueles mas também não “eu” ou ”nós”, como se “eu” e “nós” tivéssemos estado estes anos todos emigrados e tivéssemos vindo apenas agora até cá, para ver a bola e os primos, após o que regressaremos à condição de “emigra”.
Como perguntava o outro:
- Que mais “irá-nos acontêcê"?
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