Finalmente, quase dois anos depois, o bom senso, ou tão somente o senso comum, está a regressar às ruas e consciências gregas.
A agitação social, as greves sucessivas e desenfreadas, os tumultos diários, os saques infindáveis, a destruição imparável, o caos arrasador, a completa insanidade estão, por força das circunstâncias – que sempre tiveram muita força – a aproximar-se do necessário termo, para que possa haver lugar à indispensável reconstrução.
É, porém, caso para perguntar: será que os gregos ainda se vão a tempo?
Tenho por mim que sim, embora com bem maiores dificuldades e com uma crise de duração infinitivamente superior à que seria se se tivessem consciencializado da necessidade de actuar com calma, serenidade e trabalho conjunto, prescindindo de direitos e regalias não conformes com as possibilidades do país há ano e meio atrás,
Mesmo que não a tempo de recuperarem por inteiro o seu lugar na Europa comum, pelo menos teriam o ganho de terem aprendido, com a lição recebida, a não correrem atrás de miragens de vida fácil e despreocupada, sem trabalho e sem canseiras.
Sim, os gregos demoraram dois anos, mas estão a começar a perceber com quantos paus se faz uma canoa!
A demora parece não abonar muito a capacidade de apreensão grega, mas antes tarde do que nunca!
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