No Parlamento, a oposição desconfiou. José Sócrates deixou que as suas palavras fossem contaminadas pela aversão que lhe merece o jornal de sexta-feira da TVI. Manuela Ferreira Leite aproveitou para fazer política e lançar a suspeita. Cavaco Silva por uma vez não foi prudente. E o primeiro-ministro, no fim, para que não restassem dúvidas quanto à sua posição e a do Governo, acabou com o negócio PT-Prisa que alguém quis sabotar com uma milimétrica fuga de informação.
Mais uma vez, a política partidária desceu aos negócios das empresas que o Estado tutela. Especulou. Mentiu. Manipulou. E, no fim, ditou as suas leis sobre um negócio que merecia ser avaliado por si mesmo - e já não vai ser.
João Marcelino
DN 2009.06.27
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"... um negócio que merecia ser avaliado por si mesmo - e já não vai ser"
Já agora, merecia ser avaliado porquê?
A PT, empresa em que o Estado tem palavra determinante, com poder de veto e tudo, como se viu, tinha, a certa altura, meia Comunicação Social em seu poder.
Em nome da transparência democrática, desfez-se do quase monopólio do Estado. Agora, porque convinha a algumas pessoas, com particular realce para o ainda primeiro-ministro, já não havia problemas de transparência democrática, é isso?
Explique lá, ó João Marcelino, essa sua opinião tão esclarecida, que o leva a fazer afirmação tão assertiva? Por favor, para ver se a gente compreende.
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