Aqui vão sendo deixados pensamentos e comentários, impressões e sensações, alegrias e tristezas, desânimos e esperanças, vida enfim! Assim se vai confirmando que o Homem é, a jusante da circunstância que o envolve, produto de si próprio. 2004Jul23
sábado, 6 de fevereiro de 2010
2519. A inevitável demissão de Sócrates
Por vezes, para se dizer a verdade evidente, sem subterfúgios e driblando os que a todo custo a querem subtrair aos cidadãos portugueses, há que ser curto e até mesmo grosso, sem peias.
Pois bem, para ser curto, embora não grosso, por desnecessidade no caso vertente, aqui vai:
Está mais do que visto que, embora o ameace, com maior ou menor acinte, é evidente que o Sousa (o filósofo grego não merece que o seu nome seja ligeiramente usado) jamais cairá na tolice de se demitir. Ele sabe que isso seria apenas o início de enormes atribulações e aflições para si. E não só políticas... Pois... Uma vez fora do cargo que agora grosseiramente ocupa, perde o Poder. Perdido o Poder, lá se vai a imunidade. Sem ela... Portanto, resta-lhe fugir com a rabo à seringa... para a frente! Talvez seja mesmo tentado a correr para Belém.
Jamais se demitirá, pois, agora que o PSD de Manuela Ferreira Leite e de todos aqueles que estão mais preocupados com o próprio umbigo do que com o País - que são quase todos... -, lhe ofereceram, de mão beijada, um segundo mandato em que ele próprio certamente já pouco acreditava.
Ora, não se demitindo, só resta uma via que tenha na devida conta a dignidade de Portugal e de todos os Portugueses, mesmo daqueles que têm apoiado um político que nos envergonha, perante os povos do Mundo e, acima de tudo, perante a nossa própria consciência. E essa via é a de ser demitido. Sem apelo nem agravo. Sem mais explicações, por desnecessárias.
Uma vez aqui chegados, há que continuar a ser directo, sem contemplações:
Por sua vez, Cavaco deve ser proibido de, uma vez mais, privilegiar interesses próprios - mais ou menos imediatos, mais ou menos honrados - postergando os do País. Sob pena de conivência no delito.
Mas também Pinto Monteiro não pode manter-se no seu cadeirão, seráfico e belo como só ele. Depois do percurso feito como PGR, só resta oferecer-lhe férias longas na Ilha da Páscoa. É que nós, Portugueses, precisamos de descansar um pouco, carago! There's no ass to hold him!
(Talvez não tenha sido tão curto e grosso como seria desejável, mas estou em crer que fui claro. Em época de vagas sucessivas de cortinas de fumo por tudo quanto é sítio, na tentativa de esconder o óbvio, é quanto basta!).
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