Aqui vão sendo deixados pensamentos e comentários, impressões e sensações, alegrias e tristezas, desânimos e esperanças, vida enfim! Assim se vai confirmando que o Homem é, a jusante da circunstância que o envolve, produto de si próprio. 2004Jul23
sábado, 28 de abril de 2012
2942. O delinquente
De que delinquiu não restam dúvidas.
A questão que se põe é averiguar na Justiça se se tratou de o fazer apenas politicamente.
quinta-feira, 26 de abril de 2012
2941. O aviso de Eduardo Lourenço
Q ue a ninguém restem dúvidas!
A atitude de Soares e de Alegre, a que há que adicionar as movimentações dos “donos da democracia que temos” e bem assim a vozearia em uníssono que a esquerda parlamentar faz diariamente, de conluio com os principais fautores da desgraça a que fomos conduzidos ao fim da última década e meia, configuram uma tentativa semelhante à desenvolvida em 2004, que teve por apogeu a entronização, com os efeitos que estamos a suportar agora em toda a sua agudeza e extensão, da criatura de Vilar de Maçada, agora distinto filósofo.
A diferença está em que neste momento não têm, como então tiveram, ao seu dispor um presidente da república capaz de ignorar os mais elementares deveres do cargo, para servir o interesse particular de amigos e camaradas e, por isso, o esforço tem de ser maior, mais concertado e requer muita urgência, antes de que o sinal da crise que atravessamos comece a mudar se sentido, o que pode acontecer a partir do final do terceiro trimestre do corrente ano.
Para eles, como cantaria Elvis Presley, it’s now or never!
É bom que as pessoas de boa fé e que não alinham nestas manobras de política de tornozelo se capacitem disso mesmo e estejam atentas.
Em regimes ditatoriais estas atitudes são comummente aceites; em regimes democráticos como o nosso, ainda que até aqui mais formal do que outra coisa, são absolutamente inadmissíveis e por todos os cidadãos de boa fé e conscientes das obrigações cívicas a que um Estado de Direito obriga, devem ser vivamente rejeitados.
O aviso de Eduardo Lourenço, até por ser pessoa absolutamente insuspeita, de que tais movimentações “são um sin al que se percebe, mas que pode ser lido com alguma preocupação” e que “espero que não aconteça”, porque “seria uma espécie de voltar outra vez atrás”, não deve ser desprezado nem deixado cair em saco roto. Mais claro do que aquilo…
A atitude de Soares e de Alegre, a que há que adicionar as movimentações dos “donos da democracia que temos” e bem assim a vozearia em uníssono que a esquerda parlamentar faz diariamente, de conluio com os principais fautores da desgraça a que fomos conduzidos ao fim da última década e meia, configuram uma tentativa semelhante à desenvolvida em 2004, que teve por apogeu a entronização, com os efeitos que estamos a suportar agora em toda a sua agudeza e extensão, da criatura de Vilar de Maçada, agora distinto filósofo.
A diferença está em que neste momento não têm, como então tiveram, ao seu dispor um presidente da república capaz de ignorar os mais elementares deveres do cargo, para servir o interesse particular de amigos e camaradas e, por isso, o esforço tem de ser maior, mais concertado e requer muita urgência, antes de que o sinal da crise que atravessamos comece a mudar se sentido, o que pode acontecer a partir do final do terceiro trimestre do corrente ano.
Para eles, como cantaria Elvis Presley, it’s now or never!
É bom que as pessoas de boa fé e que não alinham nestas manobras de política de tornozelo se capacitem disso mesmo e estejam atentas.
Em regimes ditatoriais estas atitudes são comummente aceites; em regimes democráticos como o nosso, ainda que até aqui mais formal do que outra coisa, são absolutamente inadmissíveis e por todos os cidadãos de boa fé e conscientes das obrigações cívicas a que um Estado de Direito obriga, devem ser vivamente rejeitados.
O aviso de Eduardo Lourenço, até por ser pessoa absolutamente insuspeita, de que tais movimentações “são um sin al que se percebe, mas que pode ser lido com alguma preocupação” e que “espero que não aconteça”, porque “seria uma espécie de voltar outra vez atrás”, não deve ser desprezado nem deixado cair em saco roto. Mais claro do que aquilo…
quarta-feira, 25 de abril de 2012
2941. As efemérides e seus donos
AS EFEMÉRIDES E SEUS DONOS
Há feriados que, embora não
festejados com pompa e circunstância, não são alvo de manipulação, sendo, por
isso, consensuais e outros que estão nos antípodas dessa consensualidade e,
portanto, da dignidade indispensável a tais datas.
Os casos mais evidentes de uns e outros são os feriados de 25 de Abril, de 10 de Junho, de 5 de Outubro e de 1 de Dezembro.
Claro que há grandes diferenças entre uns e outros, datas relevantes da nossa História.
O de 10 de Junho, por exemplo, comemora nem se sabe bem o quê, uma vez que o primeiro e determinante acontecimento que levou à nossa identidade nacional foi a batalha de São Mamede, travada em 24 de Junho de 1128, devendo ser essa, pois, a da comemoração da Fundação de Portugal. A de 10 de Junho em nada é para o assunto chamada.
Com ela comemoramos o quê? O facto de o País ter ficado sem o seu Poeta maior, já que teria morrido precisamente nesse dia e essa a razão por que uma alma cretina se lembrou de que deveríamos comemorar o dia da Nação nessa data? Se há datas idiotas nos nossos festejos nacionais, esta é, sem dúvida a maior de todas.
E causa funda estupefacção que os revolucionários de Abril – ou alguns dos seus aviltadores – tenham deitado abaixo tudo e mais alguma coisa que lembrasse o Estado Novo e não o tenham feito relativamente, como se impunha, a uma data que não passa de uma verdadeira treta e a ninguém diz nada, excepto a uma cabecinha tonta do Estado Novo, como já referi.
Afastado o 10 de Junho, por falta de cabimento, restam as três outras, 25 de Abril, 5 de Outubro e 1 de Dezembro.
O 25 de Abril há-de vir a ter a dignidade de um 5 de Outubro. E merece-a. Ainda a não tem, contudo. E por que razão a não tem e apenas a virá a ter? E quando a virá a ter?
Pois bem, não a tem, porque aquela data, que era suposto ser de todos os Portugueses, parece cada vez mais de apenas alguns, que a têm apequenado, por se reclamarem seus donos, coutada sua.
Uma data festiva, que devia ser de alegria geral, torna-se, por isso, divisor comum, contrariamente ao que se impunha que fosse, ou seja, comum, sim, mais denominador.
Quanto ao momento em que poderá passar a ser uma data consensualizada e aceite, real e sinceramente festejada por todos, não estou em condições de precisar a data em que acontecerá. Mas, de uma coisa tenho a certeza: não acontecerá antes de que se vão todos aqueles que hoje têm a lata de se reclamar seus donos. E outra coisa estou em condições de garantir. Pode levar mais ou menos tempo, mas vai acontecer. Felizmente.
Nessa altura, sim, o 25 de Abril, chegará ao patamar do panteão onde se encontram o 5 de Outubro e o 1º de Dezembro. Por enquanto, infelizmente, não. Os “pais da pátria… deles” não deixam que tal aconteça. Em desespero de causa, não deixam!...
Portanto, enquanto o feriado de 10 de Junho pouco ou nada diz a quem não foi alienado pela propaganda do Estado Novo e não é ignorante ou descuidado como os próceres abrilentos, as outras três datas são representativas de momentos da História de Portugal que merecem ser recordados. Mesmo sem esquecer que o 1º de Dezembro tem um lugar verdadeiramente à parte na História Portuguesa.
Os casos mais evidentes de uns e outros são os feriados de 25 de Abril, de 10 de Junho, de 5 de Outubro e de 1 de Dezembro.
Claro que há grandes diferenças entre uns e outros, datas relevantes da nossa História.
O de 10 de Junho, por exemplo, comemora nem se sabe bem o quê, uma vez que o primeiro e determinante acontecimento que levou à nossa identidade nacional foi a batalha de São Mamede, travada em 24 de Junho de 1128, devendo ser essa, pois, a da comemoração da Fundação de Portugal. A de 10 de Junho em nada é para o assunto chamada.
Com ela comemoramos o quê? O facto de o País ter ficado sem o seu Poeta maior, já que teria morrido precisamente nesse dia e essa a razão por que uma alma cretina se lembrou de que deveríamos comemorar o dia da Nação nessa data? Se há datas idiotas nos nossos festejos nacionais, esta é, sem dúvida a maior de todas.
E causa funda estupefacção que os revolucionários de Abril – ou alguns dos seus aviltadores – tenham deitado abaixo tudo e mais alguma coisa que lembrasse o Estado Novo e não o tenham feito relativamente, como se impunha, a uma data que não passa de uma verdadeira treta e a ninguém diz nada, excepto a uma cabecinha tonta do Estado Novo, como já referi.
Afastado o 10 de Junho, por falta de cabimento, restam as três outras, 25 de Abril, 5 de Outubro e 1 de Dezembro.
O 25 de Abril há-de vir a ter a dignidade de um 5 de Outubro. E merece-a. Ainda a não tem, contudo. E por que razão a não tem e apenas a virá a ter? E quando a virá a ter?
Pois bem, não a tem, porque aquela data, que era suposto ser de todos os Portugueses, parece cada vez mais de apenas alguns, que a têm apequenado, por se reclamarem seus donos, coutada sua.
Uma data festiva, que devia ser de alegria geral, torna-se, por isso, divisor comum, contrariamente ao que se impunha que fosse, ou seja, comum, sim, mais denominador.
Quanto ao momento em que poderá passar a ser uma data consensualizada e aceite, real e sinceramente festejada por todos, não estou em condições de precisar a data em que acontecerá. Mas, de uma coisa tenho a certeza: não acontecerá antes de que se vão todos aqueles que hoje têm a lata de se reclamar seus donos. E outra coisa estou em condições de garantir. Pode levar mais ou menos tempo, mas vai acontecer. Felizmente.
Nessa altura, sim, o 25 de Abril, chegará ao patamar do panteão onde se encontram o 5 de Outubro e o 1º de Dezembro. Por enquanto, infelizmente, não. Os “pais da pátria… deles” não deixam que tal aconteça. Em desespero de causa, não deixam!...
Portanto, enquanto o feriado de 10 de Junho pouco ou nada diz a quem não foi alienado pela propaganda do Estado Novo e não é ignorante ou descuidado como os próceres abrilentos, as outras três datas são representativas de momentos da História de Portugal que merecem ser recordados. Mesmo sem esquecer que o 1º de Dezembro tem um lugar verdadeiramente à parte na História Portuguesa.
E, precisamente agora, que tanta alminha ignara por aí se indigna por alguma perda da independência, no seio de uma organização em que todos os membros a perdem em prol do bem comum que se prossegue, causa verdadeira surpresa que a reconquista da independência, sacada a ferros das mãos do agressor estrangeiro, em 1 de Dezembro de 1640, seja levada em tão pouca conta.
Uma última nota de esclarecimento necessário: não fui, não sou e presumo que jamais virei a ser monárquico.
terça-feira, 24 de abril de 2012
2940. Salvamento de golfinhos
segunda-feira, 23 de abril de 2012
2939. Seguro de inseguro, pensa Seguro
click, para ampliar
S eguro de inseguro, pensa
Seguro que Christine Lagarde é parvalhona, por dizer que as coisas em Portugal
estão a seguir o rumo certo.
Que nada está bem e que ninguém deve acreditar nela, porque tudo em Portugal corre mal é o que ele propala.
Claro que os “excelentíssimos mercados” muito lhe agradecem, pois que assim não cairão no logro de investir em Portugal e o País também agradece penhorado, porque essa coisa de os estrangeiros virem cá investir para ficarem com os lucros é coisa de mafarrico.
Nada melhor para a confiança se instalar do que as “bouches” ou “buchas” ou lá o que é… do Tozé.
Keep going old chap! You got the pow(d)er!
Que nada está bem e que ninguém deve acreditar nela, porque tudo em Portugal corre mal é o que ele propala.
Claro que os “excelentíssimos mercados” muito lhe agradecem, pois que assim não cairão no logro de investir em Portugal e o País também agradece penhorado, porque essa coisa de os estrangeiros virem cá investir para ficarem com os lucros é coisa de mafarrico.
Nada melhor para a confiança se instalar do que as “bouches” ou “buchas” ou lá o que é… do Tozé.
Keep going old chap! You got the pow(d)er!
domingo, 22 de abril de 2012
2938. Acredito... não acredito...
Constâncio: Regresso em 2013
O vice-presidente do Banco Central Europeu, Vítor Constâncio, afirma que Portugal vai melhorar o acesso aos mercados financeiros, cumprindo o programa de ajuda externa, e que regressará aos mercados na data prevista (Setembro de 2013), se a conjuntura económica se mantiver.
* * *
ÚLTIMA HORA !!!
Afinal, a declaração de Constâncio tem o aval do chefe.
Já acredito outra vez...
Click, para ampliar
quarta-feira, 18 de abril de 2012
terça-feira, 17 de abril de 2012
2936. Década 2000-2010 em Portugal
Respigos
de afirmações de Medina Carreira do programa “Olhos nos olhos” da TVI, de ontem:
1 – Entre 2000 e 2010,
1 – Entre 2000 e 2010,
A receita pública cresceu 36.000 milhões de euros;
A dívida pública cresceu 100.000 milhões de euros.
Notas:
Notas:
a) Significa
que nessa década, tendo a dívida pública crescido 100.000 milhões de euros,
isto é, à razão de 10.000 milhões de euros anuais, ou seja, à razão de mais de 830 milhões de euros por mês
isto é, à razão de 10.000 milhões de euros anuais, ou seja, à razão de mais de 830 milhões de euros por mês
b) Na
década em questão, o PS foi governo sozinho durante 8-anos-8, ou seja, 2000,
2001, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010.
c) Surpreendemo-nos e achamos que agora é que estamos a ser roubados?!
2 – Se entre 2013 e 2017 a economia crescer à média de 1,5%% ao ano, no final do período apenas se conseguirá recuperar 4.000 milhões de euros, que correspondem ao valor do corte do subsídios agora cortados.
Nota:
c) Surpreendemo-nos e achamos que agora é que estamos a ser roubados?!
2 – Se entre 2013 e 2017 a economia crescer à média de 1,5%% ao ano, no final do período apenas se conseguirá recuperar 4.000 milhões de euros, que correspondem ao valor do corte do subsídios agora cortados.
Nota:
a) Na famigerada década 2000 a 2010 a economia cresceu à média
de 0,6% ao ano, ou seja, foram 10 anos a rasar a recessão...
b) Ainda nos surpreendemos e achamos que agora é que estamos a ser roubados?!?!
3 – O que Portugal vive actualmente é tão simples como isto:
Trata-se de um permanente problema de tesouraria, resultante da circunstância de o Estado
b) Ainda nos surpreendemos e achamos que agora é que estamos a ser roubados?!?!
3 – O que Portugal vive actualmente é tão simples como isto:
Trata-se de um permanente problema de tesouraria, resultante da circunstância de o Estado
* não
ter dinheiro;
* não poder depreciar moeda;
* não poder mexer em juros;
* não poder aumentar a carga fiscal por a receita daí resultante não aumentar;
* não encontrar já quem lhe empreste o dinheiro de que precisa;
* não poder depreciar moeda;
* não poder mexer em juros;
* não poder aumentar a carga fiscal por a receita daí resultante não aumentar;
* não encontrar já quem lhe empreste o dinheiro de que precisa;
* viver
dependente das “tranches” trimestrais que lhe são enviadas pela “troika”, após
as avaliações do desempenho das cláusulas do acordo, o que faz com que se a
tranche vier ser razoável a disponibilidades de tesouraria para satisfação dos
compromissos assumidos e se não vier ser nula tal disponibilidade .
Nota:
Mas, na verdade, surpreendemo-nos ainda e achamos que agora é que estamos a ser roubados?!?!?!
Nota:
Mas, na verdade, surpreendemo-nos ainda e achamos que agora é que estamos a ser roubados?!?!?!
segunda-feira, 16 de abril de 2012
2935. "Doutores e engenheiros"
Um post de José Madeira
Amorim hoje colocado no grupo Ubi societas ibi ius, do Facebook, acerca de um
artigo da autoria de João Adelino Faria, intitulado “Doutores e engenheiros”,
em que o jornalista refere o ridículo de muita gente – quase toda a gente –
exigir o tratamento por “doutor ou engenheiro”, circunstância a que já me
referi também há algum tempo, sugeriu-me este post de algo se possível ainda
mais ridículo.
É o caso da assinatura de ofícios ou cartas mais ou menos oficiais.
Veja a imagem abaixo e repare bem na completa idiotice dos licenciados portugueses.
Os exemplos que indico encontram-se com maior frequência em correspondência de câmaras municipais, mas também os há – e muitos, demasiados – na da administração central.
É frequente que, a seguir ao tradicional “Com os melhores cumprimentos” e sob a assinatura do dito cujo “chefe da coisada”, apareça a indicação de que se trata do “Dr. Fulano de tal”, sendo que o fulano, num assomo de comovente modéstia, se dá ao enorme incómodo de traçar, com leve risquinho, para não esconder por completo – hã?!?! – a “categoria” do animal.
É o caso da assinatura de ofícios ou cartas mais ou menos oficiais.
Veja a imagem abaixo e repare bem na completa idiotice dos licenciados portugueses.
Os exemplos que indico encontram-se com maior frequência em correspondência de câmaras municipais, mas também os há – e muitos, demasiados – na da administração central.
É frequente que, a seguir ao tradicional “Com os melhores cumprimentos” e sob a assinatura do dito cujo “chefe da coisada”, apareça a indicação de que se trata do “Dr. Fulano de tal”, sendo que o fulano, num assomo de comovente modéstia, se dá ao enorme incómodo de traçar, com leve risquinho, para não esconder por completo – hã?!?! – a “categoria” do animal.
Mas ainda
mais ridículo, se tal é possível, é ver a coisa feita ao contrário, ou seja, “Fulano
de tal, dr.” (o pormenor da “bírgula”, é uma verdadeira delícia!!!), o que é o
supra-sumo da modéstia pessoal do “de cujus”. Não só porque o fulaninho aparece
aqui como “dr” e já não com “Dr”, mas porque não se esquece do tal tracinho por
cima, mas suficientemente discreto para não esconder o que escondido não deve
ser…
Ai, Portugal, Portugal… que nunca mais sais da era das Trevas.
Curioso também, é que os meninos nada têm a que se agarrem, que os autorize a
exigirem tal tratamento.
Ai, Portugal, Portugal… que nunca mais sais da era das Trevas.
2934. A Segurança Social e o “plafonamento” - 3
Ora aqui têm, caros senhores e senhoras, os dois itens
absolutamente indispensáveis a quem que pretenda contribuir para que a
Segurança Social portuga não vá de vez pelo caneiro de Alcântara abaixo.
1. quanto ao primeiro deles, nem digo qual o fim, pois que parto do princípio de que quem não sabe ainda é caso perdido, com que não vale a pena perder tempo;
2. quanto ao segundo, é objecto de extrema utilidade para que qualquer portuga veja bem o sexo da pessoa com quem se apresta a procriar, para depois não venha com queixas palermas de que se enganou ou foi enganado ao tentar fecundar quem ou ser fecundado por quem é manifestamente incapaz de tal…
Fica, pois, feito o aviso!
1. quanto ao primeiro deles, nem digo qual o fim, pois que parto do princípio de que quem não sabe ainda é caso perdido, com que não vale a pena perder tempo;
2. quanto ao segundo, é objecto de extrema utilidade para que qualquer portuga veja bem o sexo da pessoa com quem se apresta a procriar, para depois não venha com queixas palermas de que se enganou ou foi enganado ao tentar fecundar quem ou ser fecundado por quem é manifestamente incapaz de tal…
Fica, pois, feito o aviso!
2933. A Segurança Social e o “plafonamento” – 2
Mas, por uma questão de compreensão imediata – pois que
se não uso o celerado “plafonamento” corro o risco de não ser compreendido,
pois que o portuga de Lineu, sem conhecimentos suficientes para ajuizar
criticamente seja o que for, vai sempre atrás das maiores barbaridades que as
“cabessinhas pinsantes” descobrem com a sua estupidez ingente – vou usar a
parvoíce do termo.
A ideia do “plafonamento” será, pois, a de oficialmente, nos ordenados da malta, se descontar, contando para a aposentação ou reforma, apenas até determinado montante do ordenado, por exemplo, até 2.500 euros.
Quem ganhe acima daquela quantia, se quiser vir a ter uma pensão de maior valor, terá que constituir, por si próprio e de acordo com seguradoras ou outros agentes, planos de reforma, independentes da pensão que oficialmente receberão.
Pessoalmente, tenho sérias dúvidas de que isto funcione. E até hoje ninguém me provou, com contas feitas, que a coisa funciona.
E por que razão duvido? Porque a importância que oficialmente se desconta é sempre inferior – muitíssimo inferior – ao que mais tarde se vai receber, isto é, a Segurança Social vai ter sempre déficit.
Só não terá déficit se, aberta ou encapotadamente, alguém se lembrar de começar a aplicar a célebre solução final nazi…
O modo de resolver, mas apenas no imediato, o problema, seria, quanto a mim, deixar de chamar ao desconto “para a aposentação ou reforma”, rebaptizando-o de “desconto social” e a ele obrigando todos, incluindo os aposentados e reformados.
Entrar na aposentação ou na reforma passaria, deste modo, a significar apenas e tão só deixar de ir ao emprego e passar a jogar à bisca lambida em bancos de jardim. Quanto ao resto, manter-se-ia tudo igual.
Repare-se que só o deixar de ter a obrigação de se deslocar diariamente para o emprego é, sob o ponto de vista de economia pessoal ou familiar, um ganho muito significativo, com as despesas a que se estava obrigado com as deslocações, as refeições tomadas fora, o vestuário e calçado que se é obrigado a ter, etc., etc..
Uma tal medida, impõe-se, portanto, à evidência.
No entanto, também ela seria, como digo acima, solução muito transitória, porque a única real, excluindo a do homenzinho do bigodinho ridículo e dos gritos histéricos, por razões óbvias, será a de mais difícil concretização, haja em vista o que por aí se constata.
E o que é que por aí se constata? Constata-se que os portugas usam muito frequentemente o órgão errado na recíproca fecundação. E qual é esse órgão errado? A língua, que não serve para isso. E mesmo que usem o órgão adequado, há cada vez mais quem o faça na pessoa do género errado.
Dito de outra maneira, sem arcas encoiradas. Enquanto os portugas não se decidirem a fecundar-se uns às outras, e ficarem à espera de que o vizinho do lado lhes faça o servicinho, o que não acontecerá porque o vizinho espera o mesmo dele… estaremos feitos ao bife!
É só fazer contas. Rápidas e perfeitamente perceptíveis.
Um tipo desconta para a reforma dos 30 aos 65 anos (35 anos, portanto) 10% do que ganha; depois vive outros 35 anos a receber o correspondente a 80% do que ganhava. Onde se vão buscar os 70% de diferença? Ao Totta?
A ideia do “plafonamento” será, pois, a de oficialmente, nos ordenados da malta, se descontar, contando para a aposentação ou reforma, apenas até determinado montante do ordenado, por exemplo, até 2.500 euros.
Quem ganhe acima daquela quantia, se quiser vir a ter uma pensão de maior valor, terá que constituir, por si próprio e de acordo com seguradoras ou outros agentes, planos de reforma, independentes da pensão que oficialmente receberão.
Pessoalmente, tenho sérias dúvidas de que isto funcione. E até hoje ninguém me provou, com contas feitas, que a coisa funciona.
E por que razão duvido? Porque a importância que oficialmente se desconta é sempre inferior – muitíssimo inferior – ao que mais tarde se vai receber, isto é, a Segurança Social vai ter sempre déficit.
Só não terá déficit se, aberta ou encapotadamente, alguém se lembrar de começar a aplicar a célebre solução final nazi…
O modo de resolver, mas apenas no imediato, o problema, seria, quanto a mim, deixar de chamar ao desconto “para a aposentação ou reforma”, rebaptizando-o de “desconto social” e a ele obrigando todos, incluindo os aposentados e reformados.
Entrar na aposentação ou na reforma passaria, deste modo, a significar apenas e tão só deixar de ir ao emprego e passar a jogar à bisca lambida em bancos de jardim. Quanto ao resto, manter-se-ia tudo igual.
Repare-se que só o deixar de ter a obrigação de se deslocar diariamente para o emprego é, sob o ponto de vista de economia pessoal ou familiar, um ganho muito significativo, com as despesas a que se estava obrigado com as deslocações, as refeições tomadas fora, o vestuário e calçado que se é obrigado a ter, etc., etc..
Uma tal medida, impõe-se, portanto, à evidência.
No entanto, também ela seria, como digo acima, solução muito transitória, porque a única real, excluindo a do homenzinho do bigodinho ridículo e dos gritos histéricos, por razões óbvias, será a de mais difícil concretização, haja em vista o que por aí se constata.
E o que é que por aí se constata? Constata-se que os portugas usam muito frequentemente o órgão errado na recíproca fecundação. E qual é esse órgão errado? A língua, que não serve para isso. E mesmo que usem o órgão adequado, há cada vez mais quem o faça na pessoa do género errado.
Dito de outra maneira, sem arcas encoiradas. Enquanto os portugas não se decidirem a fecundar-se uns às outras, e ficarem à espera de que o vizinho do lado lhes faça o servicinho, o que não acontecerá porque o vizinho espera o mesmo dele… estaremos feitos ao bife!
É só fazer contas. Rápidas e perfeitamente perceptíveis.
Um tipo desconta para a reforma dos 30 aos 65 anos (35 anos, portanto) 10% do que ganha; depois vive outros 35 anos a receber o correspondente a 80% do que ganhava. Onde se vão buscar os 70% de diferença? Ao Totta?
2932. A Segurança Social e o “plafonamento” - 1
Ora muito bem, comecemos pelo princípio. O “plafonamento”,
de que fala essa tropa fandanga que por aí anda a dizer cretinices, é
coisíssima nenhuma.
A palavra radica pretensamente no termo francês “plafond” que significa “tecto”.
Com “plafonamento” querem eles, pois, dizer “colocar, dar um tecto”. Só que o termo pura e simplesmente não existe na Língua Portuguesa. É, pois, mais uma merdice das habituais. Que nem existe em Francês, imagine-se!!!
O que existe em Francês é o verbo “plafonner”. Mas não significa “colocar tecto”, como esses idiotas pressupõem, mas sim “forrar, estucar”. Tectos mas não só tectos.
Portanto, o que eles andam a dizer é que o problema da Segurança Social se resolve – ou não se resolve – com o “estucamento dos tectos salariais”. O que, como está bom de ver, é uma completa idiotice.
Além de que “estucamento” também não existe em Português. O que existe, sim, é “estuque”, ou seja, pó de mármore, misturado com cal ou gesso, que serve para cobrir tectos e paredes, tornando-os mais atractivos.
O que eles querem dizer em Português escorreito é que é necessário “pôr um limite máximo aos salários passíveis de descontos que contem para a aposentação ou reforma oficiais”. Ou mais simplesmente e sempre em termos oficiais, “limitar os descontos”, “limite de descontos” e por aí fora.
Ora, vão-se “plafonar” seus cretinos… De preferência simplesmente com umas boas pazadas de cal e dentro de um caixote de madeira…
A palavra radica pretensamente no termo francês “plafond” que significa “tecto”.
Com “plafonamento” querem eles, pois, dizer “colocar, dar um tecto”. Só que o termo pura e simplesmente não existe na Língua Portuguesa. É, pois, mais uma merdice das habituais. Que nem existe em Francês, imagine-se!!!
O que existe em Francês é o verbo “plafonner”. Mas não significa “colocar tecto”, como esses idiotas pressupõem, mas sim “forrar, estucar”. Tectos mas não só tectos.
Portanto, o que eles andam a dizer é que o problema da Segurança Social se resolve – ou não se resolve – com o “estucamento dos tectos salariais”. O que, como está bom de ver, é uma completa idiotice.
Além de que “estucamento” também não existe em Português. O que existe, sim, é “estuque”, ou seja, pó de mármore, misturado com cal ou gesso, que serve para cobrir tectos e paredes, tornando-os mais atractivos.
O que eles querem dizer em Português escorreito é que é necessário “pôr um limite máximo aos salários passíveis de descontos que contem para a aposentação ou reforma oficiais”. Ou mais simplesmente e sempre em termos oficiais, “limitar os descontos”, “limite de descontos” e por aí fora.
Ora, vão-se “plafonar” seus cretinos… De preferência simplesmente com umas boas pazadas de cal e dentro de um caixote de madeira…
Adenda:
Mesmo o termo francês "plafonnement" não significa tecto, mas sim "capa" que, afinal, é o que o estuque é, ou seja, capa de paredes e tectos.
Já viu bem as idiotices que por aí surgem, de tempos a tempos?
* * *
E o "paradigma", em substituição de "exemplo", "modelo", "padrão" que tal?
quarta-feira, 11 de abril de 2012
2.931. O AO90 a preceito...
Ora aqui têm Vocências, o resultado prático do cele(b)rado acordo
ortográfico 1990, em texto lido pelo computador, portanto sem batota:
* Aqui, o texto escrito *O espetador ansiava pelo espetáculo e o ator objeto de seleção estava com enorme ereção, o que prenunciava ação muito movimentada com a reação da fação contrária, a bonita e fogosa atriz.
Tão curioso estava o espetador que o ator se virou para ele e logo avisou:
- Deixa-te lá de ideias que aqui quem espeta sou eu!
Porém, ela era também professora e demorou-se mais a lecionar os alunos. Assim, todo o projeto ruiu pois a ereção foi-se de vez e, naquela tarde, não voltou.
Então o diretor de cena amuou, finalizou a projeção e foi para casa, fazer uma preleção à mulher para arranjarem filhos por adoção porque agora não se fazem como antigamente, por falta de consistente ereção lusa, manipulada por tupis e guaranis da selva amazónica.
Ou seja, estamos feitos ao bife, raios os partam!
* Aqui, o texto em audio *
http://ruvasa.org/ao90.wma
domingo, 8 de abril de 2012
2930. Dêem-lhas já!
Quanto mais antecipadas, melhor, porque mais depressa nos vemos livres do... e dos seguidores que por aí andam a disparatar
sábado, 7 de abril de 2012
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