Aqui vão sendo deixados pensamentos e comentários, impressões e sensações, alegrias e tristezas, desânimos e esperanças, vida enfim! Assim se vai confirmando que o Homem é, a jusante da circunstância que o envolve, produto de si próprio. 2004Jul23
domingo, 18 de maio de 2008
sábado, 17 de maio de 2008
sexta-feira, 16 de maio de 2008
1565. Mais um milagre !
E nós, crédulos que somos e de boa fé que estamos, acreditamos. Até porque, por essa Europa fora, parece que está acontecer o mesmo.
Pois bem...
Então não é que a sumidade que alguém com, talvez, pouca noção das responsabilidades, alçapremou ao cargo de patrão do Banco de Portugal, que aliás já nos habituou aos acertos anuais que faz nas previsões que anuncia (Deus lhe valha, le pauvre!), lá veio mais uma vez contrariar tudo o que toda a gente com noções de Economia afirma e que toda a gente, mesmo sem noções de Economia mas de senso comum, sabe que é o que está a acontecer?
Enfim!
Nesta oportunidade, porém, não venho falar desse grande Economista de uma cana, que falha sistematicamente nas previsões que apresenta. Até porque nem vale o tempo que se perde. Quem é que ainda acredita no que o homem diz?
Portanto... adiante!
Então não é que, agora - depois de o Sousa que capitaneia o governo ter dito que hoje se iria saber... -, o Instituto Nacional de Estatística (INE) vem dizer que o desemprego está a baixar? Se o assunto não fosse sério, dava aqui uma sonora e muito prolongada gargalhada.
Ora essa!...
A economia do País está a abrandar e o desemprego a ... descer?!?!? Eheheheh !
Já sei que a sua alma está a ficar parva. Tal como a minha, aliás. E certamente, está já a dizer de si para consigo que é mais um ludíbrio, dos habituais,mais uma desajeitada manipulação.
Mas olhe que não há razão para grandes admirações, não senhor! Há, isso, sim, mais motivos de encómio e de devoção a São Sousa e todos os santinhos da sua congregação.
Porquê?
Porque uma coisa destas, só pode ser
É que nem a Senhora de Fátima tal conseguiria, ainda que muito se esforçasse! Só o Sousa e apenas ele.
Lá vamos ter que, uma dia destes, erguer um santuário de adoração anual ao novo ícone que nos arranjaram.
Arre, macho! Quem é que ia adivinhar que tínhamos aqui, mesmo à mão de semear, tal santinho milagreiro?!
Arrium porrium catenorium est! Como devemos ser invejados por esse mundo fora!!!...
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1564. Cento e trinta e nove !
139, ou seja, 30,08% de um total de 365, são os dias de que V., queira ou não, seja lá qual for a sua ocupação, seja lá quem for o seu patrão, se desunha a trabalhar, não para si, isto é, para o seu sustento e o sustento da sua família, mas para o sustento das bizarrias e outras malfeitorias que Sousa & Cª. por aí praticam a esmo.
Pois é verdade! 139 dias é o tempo anual de que V. precisa para pagar os impostos que lhe são extorquidos, ano após ano, num sorvedouro sem fim.
* * *
Não obstante isso,
porque ainda - mas creia que não por muito tempo, porque, pelo caminho que a coisa leva, para o ano tudo se agravará... e no outro... e no outro... - fica com 226 enormes jornadas de trabalho para, então, sim, dar de comer à sua família e calçá-la e vesti-la.
Isso, se for competente para o fazer, porque ninguém o vai impedir. Este ano, Sousa & amigos já não lhe pedirão mais. Portanto, está por sua conta...
* * *
Para não ser acusado de demagogia, deixe-me que lhe diga que este reparo não resulta do facto de me situar no grupo dos que entendem que pagar impostos é ser roubado. Não, pelo contrário. Sou da opinião de que tem que ser, no interesse geral. E também - e aqui já poderia ser - também não acontece que esteja a queixar-me de que é demais o esbulho... que na verdade o é.
Não. O reparo fica feito porque o saque para nada mais tem servido do que para que governantes de treta, autarquias de treta e tudo o mais quanto é sacador - aqui já não de treta - esbanjem à tripa-forra e, deixando-nos completamente exauridos, exangues, por aí se pavoneiem como milagreiros de treta que também são.
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quinta-feira, 15 de maio de 2008
1561. Luiz de Morales - "A Virgem e o Menino"
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Luiz de Morales
O autor
Luiz de Morales, pintor maneirista, foi conhecido por El Divino, pela natureza da sua obra, toda ela dedicada a cenas de cunho religioso.
Nasceu em Badajoz, em data que se presumo do ano de 1510 (embora autores vários apontem o ano de 1500 e mesmo o de 1520. Faleceu em 1568, a 19 de Maqrço, igualmente em Badajoz.
As sua obras estão espalhadas por retábulos e naves de igrejas e colecções oficiais e particulares de Espanha e Portugal, onde viveu alguns anos, particularmente em Beja, Elvas e Almeirim, em 1554, na corte do rei D. Sebastião.
Fundou uma escola de pintura, que se manteve após a sua morte e são célebres vários quadros dela saídos, abordando o tema do Ecce Homo (Eis o Homem! - frase atribuída a Judas Iscariote, quando O entregou aos carrascos), algumas vezes referidos como Cristo da Cana Verde.
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quarta-feira, 14 de maio de 2008
1560. The distinguished smoker
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Para se ser verdadeiro quanto a este assunto, deve dizer-se que, se todos as acções menos correctas ou abusivas do referido senhor, desde que está no Governo de Portugal, tivessem sido deste quilate, de parabéns estaríamos.
E era dessas outras acções, bem piores, que a criatura deveria pedir desculpa a todos, com a promessa, que cumpriria, de que nunca mais tal praticaria.
Essa é que a verdade...
Infelizmente, porém, há muito que estamos habituados a que o senhor em causa faça tábua rasa de várias leis da República.
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1559. Fotos pelo mundo - 1996
Clicl, para ampliar
Legenda:
* - Oleiros, distrito de Castelo Branco, placa de homenagem ao missionário António de Andrade, de quem já aqui falei;
* - A "Volta a Portugal", em pleno Ribatejo;
* - Vila de Rei, Milriça, marco que assinala o centro geodésico de Portugal.
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1558. A impossibilidade absoluta
Mão blogamiga fez-me chegar esta peça, hoje publicada no "Meia Hora".
O que interessa dizer acerca do assunto, está dito na peça, pelo que apenas venho aqui, não somente para uma maior divulgação - de toda a conveniência - e para uma anotação que me parece indispensável.
Em forma de pergunta, já agora:
- Como é que o articulista, Manuel Falcão, ao que parece horrorizado, como nós, aliás, com a desfaçatez do seu "convidado", pretende que os superiores deste o demitam, se eles próprios, de há três anos para cá, não têm feito coisa diversa do que agora é acusado o Sr. Nunes, suspeitando-se mesmo que o referido senhor mais não fez do que consultar uma série de "manuais" da autoria dos outros senhores, que por aí pululam, para saber como actuar correctamente?
É evidente que Manuel Falcão escrevia acerca do Sr. Nunes, mas pensava bem para além dele.
O pedido-requisito formulado impunha-se mas é impossível. Os putativos demissores do Sr. Nunes jamais poderiam demiti-lo.
É que, tendo que se demitir, eles próprios, por factos semelhantes e até bem mais graves, antes, onde é que, depois, iriam buscar o poder de o fazer?
Trata-se de uma impossibilidade absoluta.
Logo, tudo como dantes, quartel general nos desplantes... e siga o baile!
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1557. A evolução tectónica da Terra
Ao princípio, período Permiano, (há 225 milhões de anos) era apenas um. Continente. Pangea ou Pangéia (vocábulo grego) de seu nome, com o significado de "toda a Terra" (pan->toda)+(gea->terra), um só bloco.
Estava rodeada por um igualmente único mar. O Pantalassa, ou seja, todo o mar (pan->todo)+(talassa->mar).
Há 225 milhões de anos, muito antes dos dinossauros, portanto.
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No período Triássico ou Jurássico Superior (há 200 milhões de anos) deu-se a primeira grande fissura no todo, formando-se então dois grandes continentes, um a norte - Laurásia (actual hemisfério norte) - e outro a sul, Gondwana (hemisfério sul).
Laurásia, por sua vez, era constituída por dois enormes continentes: América do Norte e Eurásia (Europa e Ásia).
Por sua vez, Gondwana continha todo o actual hemisfério Sul, desde a América do Sul até à Nova Zelândia, incluindo ainda a Índia.
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Ao longo dos tempos prosseguiu a deriva das placas tectónicas e, com ela, inevitavelmente, a separação dos continentes, até à sua actual localização e especificidades. E a deriva vai continuando e as suas consequências fazendo-se notar, com efeitos em muitas áreas, designadamente nas alterações climáticas.
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terça-feira, 13 de maio de 2008
segunda-feira, 12 de maio de 2008
1555. "O último ano em Luanda"
Não de muitos nem sequer de todos os que julgo merecerem tal referência, mas, pelo menos de alguns, de que recordo, a título de exemplo
José Rodrigues dos Santos
D. Sebastião e o vidente
Deana Barroqueiro
O Século Chinês
Federico Rampini
Acabei agora mais dois, estes relativos à saga dos portugueses, que de Angola tiveram que sair à pressa, por força de uma descolonização feita à trouxe-mouxe, por governantes portugueses que pouco cuidaram das vidas e dos haveres de compatriotas seus.
Um desses dois livros não o irei recomendar, nem sequer mencionar, porque, muito embora o autor seja uma figura simpática, sinceramente acho que produziu uma obra de muito fraca qualidade, embora as tiragens estejam a ser excelentes, pelo que julgo saber. Mas isso é outra história.
No entanto, venho falar-lhe do outro, mas apenas para sugerir que leia, no caso de o assunto lhe interessar.
É que o autor - o jornalista Tiago Rebelo - esforçou-se por apresentar trabalho limpo e muito válido, correspondendo à realidade do que se passou e com uma técnica de escrita, principalmente na vertente de narração, que não é muito frequente encontrar em escritores portugueses da actualidade - e não estou a falar da best-seller Margarida Pinto Rebelo, que é, quanto a mim, o êxito mais inacreditável e abstruso que alguma vez encontrei em literatura.
Como é compreensível, não desvendo o romance, de que apenas direi que se trata, como o título indica, aliás, da vida de portugueses no último ano vivido em Luanda, antes do regresso a Portugal.
Um livro surpreendente, na verdade. As letras portuguesas actuais têm revelado muitas insuficiências, demasiadas incapacidades, aliadas a muita propaganda nada condizente com a realidade; no entanto, de quando em vez aparece um ou outro autor, que simplesmente, vale a pena.
É o caso de Tiago Rebelo. O livro tem por título "O Último ano em Luanda". Edição da Editorial Presença. Tem cerca de 470 páginas de bom e escorreito português e custa, se não me falha a memória, menos de 30 euros.
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domingo, 11 de maio de 2008
1554. Planeamento de excelência
No comments.
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Assunto: O metro mais bem planeado e os autarcas mais inteligentes
Há sessenta anos que há aeroporto na Portela, e há cinquenta que há metropolitano em Lisboa.
Há quantos anos há metro no aeroporto (dentro da cidade)? Ainda não há; estão a construí-lo.
Desde que há metro que os utentes da estação de Santa Apolónia poderiam usar o metro para lá chegar – se a estação de Santa Apolónia existisse. Já existe: foi inaugurada há quatro meses.
Construí-la foi uma monumental obra pública, que teve seriíssimos problemas durante a sua execução, demorou anos e anos e custou o triplo ou o quádruplo do inicialmente previsto.
E quatro meses depois de inaugurada a conclusão de tão longa empreitada, tão trabalhosa, tão cara e tão custosa para os lisboetas, qual é a ideia?
Encerrar a estação de Santa Apolónia à actividade ferroviária
(e guardá-la para “terminal de cruzeiros” – é bem sabido que quem faz cruzeiros em Portugal anda de metro todos os dias).
Digam lá – há coisa mais bem planeada que o metro de Lisboa? Haverá pessoas mais iluminadas que os autarcas de Lisboa?
Filipe Moura
Gentileza de J.F.Faria
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1553. O camarada do "excepcional"
Estou consigo! Definitivamente, estou consigo!
Aliás, já estava consigo sempre que me lembrava do seu justificado receio de que o país ficasse cortado ao meio, se a Al Qaeda ou outra organização de benemerência, destruísse uma das pontes sobre o Tejo, precisamente a que ligaria Lisboa ao aeroporto de "Jamais" que, afinal, é de "Toujours"...
Agora, porém, estou ainda mais, se possível...
Estarei, pois, consigo... per omnia saecula saeculorum!
Já agora... (Do you remember, comrade?)
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Mas estarei mais ainda, sempre que rememore os extraordinários (eles também) discursos que o camarada fez em Moçambique, na qualidade de Ministro da pasta da Coordenação Inter-Territorial, principalmente o do jardim da casa do Governador do Distrito da Beira.
Inolvidável!
Ainda hoje, 34 anos após, sempre que o recordo, enchem-se-me os olhos de lágrimas de comoção, por saber que, nesse mesmo dia, os seus haveres - e os de uns quantos familiares e amigos - tinham já sido ou estavam a ser postos a salvo, com toda a certeza.
Cada vez que recordo o "ênfase" do seu discurso de então! Como foi que disse, como foi, ora deixa cá relembrar:
- É com todo o ênfase que vos digo, portugueses, deixem-se ficar por cá, não se vão embora, porque posso garantir-vos que tudo correrá bem. Estamos a tomar todas as medidas necessárias nesse sentido.
(poderão falhar uma ou outra vírgula, mas o teor e o conteúdo são integralmente estes).
Ai aquele ênfase, camarada, ai aquele ênfase!
* * *
Mas, voltemos à substância do assunto de hoje...
Quanto à sua excelente afirmação de que Sousa está a ser um primeiro-ministro excepcional, como vinha dizendo, estou consigo. E vou mesmo mais longe, muito mais longe, aliás.
Em minha opinião, o dito Sousa está a ser mais do que excepcional. Está a ser de excepção. Jamais tínhamos tido um "primêro" de tal quilate! Fomos todos apanhados de supetão. E andamos a rezar a todos os santinhos para que, logo que nos vejamos privados do "excepcional", não venha outro igual... ou simplesmente parecido. É que, caramba!, não nos temos portado muito bem, é certo, mas também não merecíamos tão dura pena!...
O homem, porém, não é apenas de excepção, o que já seria muito. Não! Para o classificarmos com justiça, teremos que ir mais longe ainda, talvez para lá da própria Taprobana. É que ele já nem é excepcional, nem sequer de excepção. Ultrapassou tudo isso. É já de urgente "estado de excepção"!
Sim, se fosse em outro país qualquer, vulgar de Lineu, que se prezasse, a acção do seu camarada Sousa tinha já dado ocasião à instauração do estado de excepção, desde o Rio Minho à Ria Formosa.
Como vocês são moderados, simples, comedidos, humildes e verdadeiros nas jactâncias!
Se não existissem, teriam que ser inventados... Mas, por outro lado, quem é que teria imaginação suficiente para tal invenção?...
Nadie podría vivir en este país sin vosotros! Esta es la más pura verdad, coño!
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sábado, 10 de maio de 2008
1550. Albrecht Dürer - "Mãos que oram"
* * *
Albrecht Dürer tinha um irmão, de nome Albert.
Ambos gostavam de pintura e evidenciavam assinaláveis dotes naturais, que desejavam aperfeiçoar, através do estudo.
A família Dürer, que vivia em Nuremberga, na Alemanha, era, contudo, pobre e sem possibilidade de dar estudos aos dois.
Então, os irmãos discutiram o assunto entre si e decidiram-se pelo que acharam ser uma boa solução, aliás a única, no seu caso.
Um dedicar-se-ia ao estudo, enquanto o outro ficaria a trabalhar nas minas de carvão, com o que pagava a preparação artística do irmão.
Assim foi feito.
Tiradas as sortes, coube a Albrecht o estudo, enquanto o irmão se confinava ao trabalho duro das minas.
Com uma aprendizagem adequada, Albrecht criou trabalhos que lhe deram grande fama e proventos consideráveis.
Então, não repudiando o acordo que com Alberto fizera, propôs ao irmão que fosse também estudar, que ele, Albrecht, pagaria as despesas.
Alberto, porém, agradeceu ao irmão o respeito pelo compromisso assumido, mas declinou a oferta com a alegação, verdadeira, de que os 4 anos passados nas minas lhe teriam provocado tal artrite que lhe deformara as mãos e o deixara incapaz de cumprir o sonho.
Para ele, era já tarde. No entanto, sentia-se compensado por saber que ajudara o irmão a tornar-se num artista considerado.
Em homenagem a Albert e ao seu sacrifício, Albrecht desenhou-lhe as mãos em postura de oração. São “Die Betenden Hande”, ou seja, as “Mãos que Oram”, que neste post ficam reproduzidas.
...1549. Futebolês
Claro que há prescrições e regulamentos obnóxios, feitos à medida...
Mas foi um começo.
Em que, diga-se em abono da verdade, ninguém acreditava já.
Foi uma nova estrada que se abriu, mais limpa de detritos e menos escura pelo sombreado da ignomínia.
Agora, é preciso não parar.
Dê-se-lhe lá por onde se der, barafuste-se quanto se barafustar, ameace-se o que se ameaçar, jure-se de joelhos o que se jurar, deste ferrete não há quem se livre já.
E a ausência de recurso é extremamente sintomática!...
Foi pouco, mas o futebol...ês levou um chuto de alto lá no traseiro.
Independentemente de tudo quanto possa surgir, o que interessa agora é que não se pare, não se dê quartel. Tem que se prosseguir, sendo mais lesto e sem medos, evitando prescrições salvíficas ad hominem e regulamentos confeccionados na "Lourenço & Santos".
Que os julgadores sejam justos, corajosos e... daltónicos.
Que o dia de ontem seja apenas o início, jamais o fim.
Por uma questão de dignidade do Futebol mas, acima de tudo, de dignidade nacional.
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Nótula
O presidente do órgão julgador deveria, tanto quanto entendo, ter-se mostrado mais sóbrio, no tom usado como no sublinhado da gesticulação. Para não dar aso a interpretações malévolas. Para não criar a sensação de que aquilo era uma coisa do peito.
Do julgador esperam-se decisões vindas do cérebro, com outra frieza, portanto, de braço dado com a isenção, que são componentes fundamentais da Justiça.
Não me pareceu que o espectáculo tivesse estado à altura da gravidade e solenidade da ocasião. Aceito a exaltação do momento, que era histórico, mas há que ter cuidado, para não contaminar aquilo que, na verdade, foi um bom trabalho.
Que, queira-se ou não, ficará nos anais do futebol luso.
Para desgosto de alguns... Merecido, aliás.
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sexta-feira, 9 de maio de 2008
1546. Bilhete-postal a Manuela Ferreira Leite
Prezada senhora,
Faço-o aqui porque, tendo procurado um seu blog de candidatura, apenas encontrei o há dias atrás anunciado no endereço http://manuelaferreiraleite.blogspot.com.
Curiosamente, porém, sem qualquer conteúdo e impossibilitando a inserção de comentários, quando menos, depois de “filtrados” pela candidatura.
Em abono da verdade, apenas encontrei um em nome de Pedro Santana Lopes e, este sim, sem restrições. Idiossincrasias?
Pois bem, impossibilitado, assim, de lho dizer em maior recato, vejo-me na necessidade de usar este meio um pouco mais público para lhe expressar o meu sentir de militante social-democrata setubalense, com o número 29715, com as quotas actualizadas, embora sem militância.
E o meu sentir expressa-se, como irá constatar, de forma muito rápida e, espero, sem deixar lugar a quaisquer dúvidas.
Vejamos, então, qual é esse meu sentir:
1 – Agora que está a concorrer ao cargo de Presidente do Partido Social-Democrata, gostaria que ficasse a saber que os meus votos vão todos no sentido de que não seja a Senhora a escolha dos militantes do PSD.
Faço-o, porque sempre me revi no projecto de sociedade que o Partido Social-Democrata defende, muito trabalhei pelo Partido em tempos árduos e região muito difícil, sem nada pedir em troca e, continuando hoje em dia a viver muito o que no meu partido se passa, não a avalio – e peço-lhe desculpa por isso, mas não posso iludir a verdade – como pessoa adequada a conduzi-lo a bom porto;
2 – Agora que está a concorrer ao cargo de Presidente do Partido Social-Democrata, gostaria que ficasse a saber que, no caso de, contrariamente aos meus desejos, que espero que sejam os desejos da maioria dos social-democratas inscritos no Partido, vir a ser a Senhora a eleita, ficarei a formular votos muito sinceros de que ninguém do PSD lhe faça a si o que a Senhora e os seus amigos – designadamente Cavaco Silva e o que ainda hoje não conseguiu emergir do juvenil estatuto de enfant-terrible, Marcelo Rebelo de Sousa, e bem assim o inefável filósofo marmeleirense, José Pacheco Pereira, isto para chamar as pessoas pelos nomes, como bem merecem e é bom que se faça sempre – têm vindo a fazer a diversos presidentes do PSD, regular e democraticamente eleitos, com o que, mais do que ninguém, têm contribuído para o enorme desgaste e inaceitável descrédito a que o Partido foi conduzido perante os Portugueses;
3 - Agora que está a concorrer ao cargo de Presidente do Partido Social-Democrata, gostaria que ficasse a saber que, no caso de, contrariamente aos meus desejos, que espero que sejam os desejos da maioria dos social-democratas inscritos no Partido, vir a ser a Senhora a eleita, ficarei tremendamente ansioso e inquieto pelos previsíveis resultados que virá a obter no confronto a que se verá obrigada com Sócrates – o tal que não foi, não é nem virá a ser algum dia filósofo de doutrina reconhecida, aceitável ou não. É que esses resultados serão, com toda a certeza, desastrosos.
Poder-se-á dizer que, em caso de se verificar o que preconizo na parte final de 3., haveria toda a justificação para que eu me sentisse reconfortado por poder então constatar que não há culpa sem castigo e por ter assistido, de balcão, à merecida queda de mais um mito dos muitos que se passeiam pelo Partido.
Mas não, minha prezada Senhora. Não sentiria, porque sou mesmo social-democrata do PSD e os inêxitos do Partido não constituem refrigério para mim, embora nem todos tenhamos essa postura, como sabe a Senhora, como sei eu, como sabemos quase todos, afinal. Porque o Partido, como ideia de sociedade que é, conta sempre. As pessoas, contudo, são meras circunstâncias. Claro que umas mais do que outras, mas assim mesmo, circunstâncias.
Por estas razões que, presumo, terão ficado bem claramente expostas, consegue imaginar o fervor com que fico a rezar aos meus santos de maior devoção para que lhe ofereçam uma clara derrota, embora sem perda de dignidade pessoal, nas próximas “directas” do PSD? Directas essas que felizmente existem, para que o resultado que sair seja a expressão do sentir do conjunto dos militantes e não um desolador e desmotivador arranjo de capelinha.
Não nos veremos no dia 31, como não nos vimos ontem, aqui em Setúbal, nem em outro dia qualquer, com toda a certeza. Estarei, no entanto, muito atento.
Creia-me,
Ruben Valle Santos
Mil. 29715
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1545. Em caso de emergência - ICE
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Esta é uma recomendação da Cruz Vermelha a nível mundial:
Duvido muito desta orientação da Cruz vermelha Internacional ou a "nível mundial". Ou, então, alguém andou para aqui a fazer adaptações "à portuguesa... de Quadrazais" (sem ofensa)...
Porquê? Por isto:
Há muito tempo que uso a sigla internacional conhecida por ICE (in case of emergency, ou seja, em caso de emergência ou urgência)
Tenho, pois, o ICE nos contactos do telemóvel. Como eu, milhares de portugueses, por certo, o fazem há uns anos, pois que na Internet isso foi muito divulgado.
A Cruz Vermelha (se é que se trata realmente da Cruz Vermelha...) não só vem tarde, como parece querer apresentar uma solução inovadora, quando não o é.
E o mais racional seria que a Cruz Vermelha aconselhasse as pessoas a usarem o ICE, para se harmonizar o sistema, tal como aconteceu, por exemplo, com o número de telefone para pedido de auxílio à emergência médica, que antes era o 115 e que, por questão de uniformidade na UE, alterámos para 112.
É certo que se pode rebater esta ideia com a questão de haver muitas pessoas em Portugal que não sabem o que significa in case of emergency. Tal circunstância, porém, não é impeditiva de que o usem. Desde que saibam que, em caso de acidente ou outra emergência, para contactar alguém da família devem discar o número que está no telemóvel sob a designação ICE, não haveria qualquer problema. Em todo o mundo nem toda a gente fala ou percebe inglês e, no entanto, internacionalmente é o ICE que é reconhecido.
Vir-se agora, em ar de quem descobriu a pólvora descoberta, lançar mais uma confusão, das muitas que por aí andam, não me parece bom serviço prestado pela Cruz Vermelha, pelo que ponho a dúvida a autoria de tal sugestão.
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quinta-feira, 8 de maio de 2008
1544. Onde está Deus?
Um casal tinha dois filhos, de 8 e 10 anos, que eram umas pestes.
Os pais sabiam que se houvesse alguma travessura lá no bairro onde moravam, os rebentos com certeza estavam metidos.
A mãe dos fedelhos soube, entretanto, que o novo padre da paróquia tinha tido bastante sucesso em disciplinar crianças.
Gentileza de J. F. Faria
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1543. O petróleo e a cartelização que não há
Acredito. Piamente!
Só gostava que alguém me esclarecesse uma dúvida:
Independentemente de o preço do petróleo estar a subir desalmadamente (o que talvez venha a ser um bem, para que se procurem alternativas e se deixe, de uma vez por todas, de estar dependente de certos turbantes ou cofiós ou boinas ou lá o que é...), nunca percebi a razão por que, antes mesmo desta loucura, em Portugal - muito embora o negócio do petróleo se faça em dólares e o euro valha cada vez mais dólares - os combustíveis estavam sempre a subir, quando o País os adquiria muito mais barato do que antes da queda do dólar.
Não consigo entender. Se houvesse "cartelização" e até outras manobras manhosas, percebia-se. mas não há nada disso... Cá em Portugal? Ná!...
Há cada mistério!...
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1542. Citação do dia
CONDOLEEZZA RICE, no rescaldo do ciclone em Myanmar.
NYTimes
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1541. Albrecht Dürer - "Cristo entre os doutores"
óleo sobre painel
Fundação Colecção Thyssen-Bornemisza, Madrid
para ampliar
quarta-feira, 7 de maio de 2008
1539. Pintores portugueses - Artur Bual
Serigrafia
1995
Artur Bual
1926-1999
O autor
Artur Bual foi um pintor e escultor português.
Nasceu em 1926 e faleceu em 1999.
Cursou na Escola de Belas Artes e foi autor de numerosas obras espalhadas um pouco por todo o lado. Talvez que a sua principal fama lhe tenha advindo das inúmeras interpretações da crucificação de Cristo a que deu alma, principalmente em serigrafia, mas também em outras formas, como o carvão.
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terça-feira, 6 de maio de 2008
1538. Reposição de tema musical no blog
segunda-feira, 5 de maio de 2008
1537. Pintores Portugueses - Santa-Rita Pintor
1536. Mais um tema musical no blog
Trata-se de "Café Mambo Ibiza 2006" (various artists), que pode agora pôr a rodar sempre que o desejar.
Encontra-se na banda direita do Blog, logo abaixo da interpretação de culto "What a Wonderful World", de Louis Armstrong, e a preceder o vídeo, também ele de culto, de "Beguin the Begin", sapateado por Fred Astaire e Eleanor Powel, como só eles.
É um verdadeiro prazer poder apresentar-lhe todo este conjunto, porque além dos já citados, há também os vídeos do dueto de Roberto Carlos e Maria Bethânia , "Desabafo" e, como se não bastasse, Andrea Boticelli, no magnífico "Concerto de Aranguez".
Outros virão, a seu tempo.
Por agora fica este que, além de o poder ouvir lá, onde o localizei para si, pode começar a fazê-lo aqui mesmo.
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NOTA:
Quanto aos vídeos, sugiro que sejam vistos em "full screen" ou "écran inteiro", para o que bastará clickar duas vezes no plano do video.
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domingo, 4 de maio de 2008
1534. Imortalidade
ao lado retratado
tende cada vez mais para a imortalidade
e,
mesmo que caísse em decesso,
certamente que ficaria
nos mui reais anais
da história.
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