Aqui vão sendo deixados pensamentos e comentários, impressões e sensações, alegrias e tristezas, desânimos e esperanças, vida enfim! Assim se vai confirmando que o Homem é, a jusante da circunstância que o envolve, produto de si próprio. 2004Jul23
sábado, 30 de junho de 2007
1163. Acabe-se com a aleivosia!
É hábito - de muito mau gosto, forçoso é que se diga - alegar-se em abono de tal tese as questões relacionadas com o encerramento de estabelecimentos hospitalares em quantidades verdadeiramente espantosas (e, em enormíssimo número de casos, sem justificação minimamente aceitável), a redução nas comparticipações do Estado em receitas medicamentosas, o aumento indiscriminado e cego das taxas moderadoras, bem como o corte abrupto de vários direitos a nível de cuidados de saúde até agora vigentes.
Pois bem, não obstante os fundamentos invocados parecerem razoáveis ex abundante, dizer-se tal constitui verdadeira aleivosia e só pode afirmá-lo quem, por razões - certamente ínvias - pretende denegrir os esforçados trabalho e competência do referido e muito estimável senhor e do mui excelso governo que capitaneia com alto e gabarito e mestria jamais vista.
É, pois, necessário repor a verdade. De imediato, se possível. E é-o.
Por isso, hic et nunc me apresso a vir fazê-lo proclamando, urbi et orbi que o senhor Pinto de Sousa e o seu nunca por demais incensado grupo de ministros, secretários de estado e correlativos, não consideram - nem jamais consideraram - a odiosa hipótese de coarctar aos portugueses o sacrossanto direito de adoecerem. Sim, os portugueses podem ficar absoluta e definitivamente descansados: ninguém os vai proibir de adoecerem. Era o que mais faltava! Adoeçam, pois, sossegadamente e com a maior das alegrias.
O que não se aceita de boa mente nas altas esferas decisórias do país, isso sim, é que, uma vez doentes, tenham o sumo desplante de desejar ser tratados em condições de dignidade humana e recuperar a saúde o mais rápida e eficazmente possível.
(Abra-se um pequeno parêntese para esclarecer que, fora do imbróglio, ficam apenas as mulheres que decidam abortar, o que parece justo, pela humanidade implícita no acto).
E pronto! Aqui ficam repostas a verdade e a justiça. Como era devido.
Que ninguém mais ouse dizer - pensar, sequer! - que os aludidos senhor e governo se preparam para não permitir que os portugueses continuem a desfrutar do inalienável direito de adoecer. Porque tal não é verdade. Permitem, sim senhor. E sem qualquer restrição. Adoeçam para aí, portanto, o mais que puderem, indiscriminadamente. O problema até é vosso. De quem adoece, evidentemente! Portanto, amanhem-se
* * *
Nota final para manifestação de estranheza:
Curiosamente - talvez não?! - desde que o actual governo e seu chefe, senhor Pinto de Sousa, tomaram em suas lavadas e alvas mãos as rédeas do cavalo do Poder, jamais se ouviu o também muito estimável senhor Jorge Sampaio afirmar - enfaticamente ou menos - que há vida para além do déficit, frase que, como é sabido, proferia antes com todo o garbo e pundonor que são apanágio seu - bem como a quilométrica prolixidade de Luís de Góngora - para grande gáudio da rapaziada d'habitude.
Mas talvez que tal circunstância se fique a dever a evolução do esclarecido pensamento do senhor em causa que, quiçá, terá, entretanto, concluído que, contrariamente ao que vinha de supor, afinal, talvez seja emais exigir-se que, para além do déficit haja vida, mas já não o seja tudo fazer para que haja dor, angústia, sofrimento e, muito a final de tudo, a salvífica morte, ainda que desamparada.
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1162. A asfixia democrática, segundo Mendes
que o Governo está a criar
um clima de asfixia democrática
O líder do PSD considera que José Sócrates está a executar um projecto de "controlo de poder pessoal", como não se tinha visto em anteriores governos do PS.
"Todos os governos têm os seus pecados, mas nunca se viu nada assim e os governos anteriores do PS, com os seus defeitos, nao têm nada a ver com que se está a passar. É um projecto de controlo de poder pessoal do primeiro-ministro sobre a administração pública e a comunicação social, em que os comissários políticos, sentindo as costas protegidas, acham que têm condições para punir o delito de opinião", salientou Marques Mendes.
"Povo Livre" online, órgão oficial do Partido Social Democrata
Será mesmo que o homem começa a sair da letargia e a despertar para a realidade envolvente? Se assim é, ainda bem, mas que é preocupante esta lentidão na percepção das coisas, lá isso... Aguardemos novos episódios, até porque estes fogachos podem ser mero e passageiro resultado de algum aperto interno...
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1161. Ora aqui está...
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Sócrates visitou ontem pela primeira vez as instalações permanentes O presidente do Parlamento Europeu, Hans Gert Pottering, defendeu ontem, em Lisboa, a título pessoal, a legitimidade de os parlamentos nacionais dos 27 Estados membros ratificarem o futuro Tratado da UE. A posição do dirigente do Partido Popular Europeu/Democratas-Cristãos foi assumida em conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro, José Sócrates, após uma reunião entre o Governo português e os líderes dos grupos políticos do Parlamento Europeu, nas instalações permanentes da presidência portuguesa, no Pavilhão de Portugal. Sobre a controvérsia em torno da forma de ratificar o Tratado da União Europeia - em referendos ou por via parlamentar - o primeiro-ministro português ficou em silêncio. |
DNotícias online 2007Jun30 (os destaques são da responsabilidade do Blog) |
sexta-feira, 29 de junho de 2007
1160. Exemplo ilustrativo
Última hora
2007-06-28 - 21:00:00
Caso remonta a 2000
Vereador condenado por acidente de trabalho
O vereador da Câmara de Setúbal foi condenado a três anos de prisão, suspensa por dois anos, devido a um acidente de trabalho que causou a morte a um trabalhador da Portucel, em Novembro de 2000.
Na altura dos acontecimentos, Paulo Valdez era director dos Serviços de Apoio da Portucel, que integrava o departamento de segurança. O trabalhador morreu na sequência de um atropelamento provocado por um empilhador.
O autarca foi condenado pelo não cumprimento das normas de segurança, mas assegurou que já interpôs recurso.
1 - Última hora
- o Correio da Manhã começa aqui a inventar e a não dizer a verdade aos seus leitores. Não se trata de qualquer tipo de notícia de última hora. A condenação ocorreu no dia 8 de Maio último (que o jornal não refere, como, aliás, era de esperar...), portanto 50-cinquenta-50 dias antes da última hora do matutino.
A que propósito e com que intuito vem o jornal, em desfilada, 50 dias após, dar a notícia em última hora?
2 - Vereador e Vereador da Câmara Municipal de Setúbal
- Paulo Valdez foi condenado (não se vai aqui discutir a decisão judicial, porque está em recurso) na qualidade de Director dos Serviços de Apoio da Portucel, que integrava o departamento de segurança.
Foi nessa qualidade que esteve em tribunal e foi julgado. Não em qualquer outra. Duvida-se mesmo que a Portucel algum dia permitisse que um vereador da Câmara Municipal de Setúbal - ou de qualquer outra - ali debitasse instruções ou ordens, sugestões sequer!...
O Correio da Manhã, atrasado, quis talvez compensar o deslize com uma pitada de sensacionalismo, provinciano e imberbe, é certo, mas sensacionalismo enfim.
Então, vá de lhe acrescentar o toque de mestre: vereador e vereador da Câmara Municipal de Setúbal.
Arrebitem-se ó orelhas!... Mais um patife de um autarca condenado. Isto é que é uma corja, hein?
Claro que, de imediato, surgiu o alvoroço. "Temos que dar cabo do gajo", pensou-se em várias redacções. E logo telefonemas em catadupa surgiram para o meu amigo.
Contou-me, esta manhã, que a pergunta sacramental era a seguinte:
- E então, sr. vereador, vai renunciar ao seu cargo na autarquia? O partido já lhe deu instruções nesse sentido?
Está a topar a coisa, não está? E diga-me cá: isto é ou não uma miséria?
Falta, agora, a parte final deste post, que é tentar ensinar as estes aprendizes de feiticeiro como é que uma tal notícia deve ser dada, muito mais completa e até com elementos que muito gostariam de ter incluído, tendo em vista o intuito não declarado mas de rabo à mostra, mas que não incluíram porque até nisso são incompetentes.
Para começar e por respeito à verdade, não davam ao caso o tratamento de última hora. Última hora 50 dias depois?! Ridículo!
Vamos lá e façam o favor de prestarem atenção, para ver se aprendem, que a gente não dura para sempre:
Caso remonta a 2000
Quadro da Portucel condenado por acidente de trabalho
Um alto quadro da Portucel foi, em 8 de Maio último, condenado a três anos de prisão, suspensa por dois, devido a um acidente de trabalho que causou a morte a um trabalhador da empresa, em Novembro de 2000.
Na altura dos acontecimentos, Paulo Valdez era director dos Serviços de Apoio da Portucel, que integrava o departamento de segurança. O trabalhador morreu na sequência de um atropelamento provocado por um empilhador.
Paulo Valdez, que é também vereador eleito da Câmara Municipal de Setúbal, pelo Partido Social Democrata, foi condenado como responsável pelo cumprimento das normas de segurança, que não terão sido observadas, tendo afirmado ao CM entender não poder ser responsabilizado pelo sucedido pelo que, inconformado com a decisão, interpôs já recurso para a instância competente.
Custa muito fazer-se jornalismo isento e objectivo, acima de tudo com estrito respeito pela verdade integral? Que objectivo é que o Correio da Manhã perseguia com esta notícia de última hora e tão canhestra? Tê-lo-à atingido?
Trata-se de um mistério que fica por esclarecer, mas que era bom que fosse trazido ao conhecimento público. Mesmo que com um atraso de 50 ou mais dias...
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quinta-feira, 28 de junho de 2007
1159. O Tratado que não pode passar
Reconheço, porém, que estou em perfeita sintonia com tudo quanto afirma na intervenção que teve ontem em S. Bento, na parte que ao Tratado da União se refere.
Também eu sou do entendimento de que um Tratado que diminua a Europa não pode passar.
Mais:
temos pela frente uma luta sem tréguas. Porque, ao deixarmos passar em claro uma enormidade destas, que nos afronta, perderemos o direito de a nós próprios considerarmos cidadãos de corpo inteiro.
há, pois, que não fugir do combate.
Pode ler aqui o texto da intervenção de Francisco Louçã, ontem, em S. Bento. Ou vê-lo e ouvi-lo aqui (link para o site do BE).
Sugiro-lhe que, em nome dos interesse geral do País e dos seus cidadãos, o divulgue tão amplamente quanto lhe seja possível.
Para que a Europa não deixe de ser um espaço democrático, pertença dos seus cidadãos, para se transformar num feudo de eurocratas sem senso comum e principalmente sem alma, com tendências cada vez mais acentuadamente autocráticas. De regresso talvez possível, mas de percurso com escolhos cuja transposição poderá assumir foros de esforço incomportável e custos assassinos.
Está cada vez mais nas nossas mãos - e apenas nas nossas mãos - evitar uma tal tragédia.
"Eles" não têm ponta razão. E estão em vias de, novamente, nos tramarem. Consentirmos que o façam é criminoso.
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1158. "Acha honesto" ?
No encerramento do debate parlamentar sobre os objectivos da presidência portuguesa da União Europeia no segundo semestre deste ano, o deputado do PSD Mário David recuperou as declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros holandês que, após um encontro com o seu homólogo português, admitiu que o novo Tratado da União Europeia não seja referendado no seu país.
"Não penso que irá haver referendo. Respeitamos os desejos dos holandeses", declarou Maxime Verhagen, considerando que os resultados alcançados na Cimeira de Bruxelas respondem às questões levantadas pelos holandeses, quando chumbaram o projecto anterior.
"Para o ministro dos Negócios Estrangeiros da Holanda já há conteúdo suficiente para se decidir", salientou o deputado social-democrata Mário David, considerando que esta posição do Governo holandês "deita por terra" o argumento do executivo português de que "não há ainda o conteúdo" do novo Tratado da União Europeia.
"Para a Holanda já há conteúdo e isso é verdade", acrescentou Mário David, reiterando que "80 a 90 por cento do antigo Tratado foi recuperado".
Na resposta, o primeiro-ministro acusou os sociais-democratas de desonestidade, salientando que "há uma diferença entre admitir e dizer que não vai ser referendado". (Nota do blog - Anotou o preciosismo?)
"Acham isto honesto? Com sinceridade, eu não acho", disse, referindo-se ao facto do PSD ter dado como certo que a Holanda não irá referendar o futuro Tratado da União Europeia.
Em tom irónico, o primeiro-ministro pediu ainda aos partidos que já conhecem o texto do futuro Tratado para o enviarem ao Governo, pois assim o executivo poupará trabalho.
"Os partidos que já conhecem o novo texto, enviem-no ao Governo, assim poupam-nos trabalho. Se algum gabinete de estudos já tiver o Tratado, envie-o ao Governo", disse.
RTP online (bolds e outros realces da responsabilidade do Blog)
* * *
Resta saber quem está a ser verdadeiro e quem, pelo contrário, está a - usando um eufemismo - esquivar-se à verdade, ou seja, a faltar às suas responsabilidades, à ética de Estado a que está obrigado.
Se Maxime Verhagen, ministro dos negócios estrangeiros holandês (que, afirmando o que afirmou corre o risco de ser acusado pelos eleitores holandeses de os estar a defraudar, pelo que a sua atitude, além de gratuita, por sem motivo, é completamente desprovida de sensatez política e honorabilidade pessoal)
ou se, pelo contrário, José Sócrates.
Para falar com franqueza, não sei quem, na verdade, estará a querer ludibriar a opinião pública do seu próprio país.
À primeira vista, tudo indica que o ministro holandês não tem qualquer interesse em afirmar algo que, não correspondendo à verdade, muito o irá penalizar - e ao seu governo -, quando, daqui por algum tempo, se constatar que mentiu ao povo que representa.
Claro que tenho a minha opinião. No entanto, não a vou expender por ora, ficando na expectativa. Prometo, no entanto e desde já, não me calar, se aquilo que antecipo vier mesmo a acontecer...
E, você que me lê, que opina? Isso, opine, mas com cuidado... É que, como bem sabe, está visto que já chegámos à encruzilhada do demo, onde o "chifrudo" tem por hábito aparecer travestido de "cabrão", de pata fendida e rabo alçado. Atenção, portanto!...
Numa coisa estou completamente de acordo com o primeiro-ministro. Com ele cerro fileiras, pois, quando afirma, em jeito de pergunta: Acham isto honesto? Tem vocelência toda a razão, senhor Sócrates. Na verdade, "isto" não é honesto. Nada mesmo! Estamos em perfeita sintonia.
* * *
De qualquer modo e para já, de uma coisa estou certo e posso garantir a todos que me lêem: o executivo português, a começar pelo primeiro-ministro, não parece estar a conformar-se com a verdade quando, para justificar que não se fale nem trate do referendo, afirma que não há ainda o conteúdo (do Tratado).
É evidente para todos quantos não são lélés da cuca que há mesmo conteúdo. Se o não houvesse, o senhor Sócrates teria sido mandatado para redigir o quê?
Os restantes 26 países da UE estariam dispostos a entregar-se, de mãos atadas, nas do senhor Sócrates, ou seja, a deixar que o referido senhor metesse no Tratado o conteúdo que bem entendesse?!?!
Evidentemente que não. Não estão todos chanfrados! Definiram o conteúdo, redigiram as directivas e "pediram" ao senhor Sócrates:
- Caro amigo, agora que tem ai as nossas orientações, faça o favor de mandar que os seus serviços (ou quem entender) redijam um documento que não atraiçoe o espírito do que aqui deixamos decidido e de, no prazo x, nos apresentar o resultado do seu esforço, para que o possamos conferir, para se ver se está em conformidade, sem adulteração da nossa comum vontade e, por conseguinte, capaz de ser adoptado.
Ah! E não se esqueça: o trabalho tem que vir redigido em todas as línguas oficiais dos países integrantes, ok? Sim, sim. Na do seu também.
Foi isto o que se passou. É isto o que se passa. Será isto que se vai passar. Tudo o mais que se diga para lá do que dito fica, é material de enchimento de balões em quermesse de feira. Dura a eternidade inerente a qualquer balão de feira.
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1157. Definições
do grego dêmos (povo) + krátos (poder)
>
pessoa partidária da democracia; tolerante
* * *
Autocrata
do grego autokratés
>
soberano absoluto; partidário do absolutismo; antónimo de democrata; intolerante
* * *
" Socrata "
do português só (único) + do grego krátos (poder)
>
único com poder, soberano absoluto, autocrata, antónimo de democrata; intolerante
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quarta-feira, 27 de junho de 2007
1156. A face de um...
1155. Francisco Louçã e o Tratado da União
Francisco Louçã, de quem politicamente e por princípio não posso discordar mais do que discordo, em discurso no hemiciclo de S. Bento, no debate que antecede o início da Presidência Portuguesa da União Europeia, acaba de, preliminar e certeiramente arrasar o "entendimento" a que se chegou na Cimeira Europeia de há dias, acerca do Tratado da União.
Não era possível dizer mais - e de forma tão clara - do que Francisco Louçã disse, demonstrando o equívoco e - em certos casos, pior do que equívoco, o dolo - que constitui tal acordo, que talvez convenha a todos quantos lá pelos corredores de Bruxelas o congeninaram, mas que, efectivamente, é uma vergonha, um verdadeiro desastre, porque embuste, para os interesses dos povos que esses senhores supostamente representam.
E, relativamente ao caso português, Francisco Louçã foi mesmo de uma pontaria assombrosa. Está, no seu discurso, tudo o que havia para dizer e que era imprescindível que se dissesse. Pois bem, foi dito, está dito, ninguém o poderá já apagar.
Alguém o teria que dizer. Pessoalmente, gostaria que outro o tivesse dito, dada a minha total dessintonia com as opções políticas de Louçã. Mas mais ninguém o disse de forma tão ajustada como o fez o líder do Bloco de Esquerda.
Lapidar! Honra lhe seja!
De tal forma que vou solicitar ao grupo parlamentar do BE uma cópia da intervenção. Logo que disponha da cópia, tenciono publicá-la.
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terça-feira, 26 de junho de 2007
1154. The self portrait
Qualquer serial killer estaria safo...
(este retrato era suposto retratar-me... Bem, retrato-me, não percebo nada disto)
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1152. Então, ó sôr candidato?!...
1151. Queixa contra o primeiro-ministro
Autor de blogue responde a Sócrates
com uma queixa-crime por difamação
e denúncia caluniosa
26.06.2007 - 10h35 José António Cerejo
António Balbino Caldeira, o autor do blogue Do Portugal Profundo, vai processar José Sócrates por difamação e denúncia caluniosa. A acção constitui a primeira resposta daquele professor do Instituto Politécnico de Santarém ao processo que o primeiro-ministro lhe moveu por causa das notícias que tem publicado, desde Fevereiro de 2005, acerca do percurso académico de Sócrates.
Segue aqui.
Gentileza de C. Rebelo
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1150. Baco - Rubens
1638-40
Óleo sobre tela, transferido de painel
Museu Hermitage
S. Petersburg - Rússia
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segunda-feira, 25 de junho de 2007
1149. "Um mar no deserto"
Pelo interesse de que se reveste e principalmente pelas verdades que deita em cara a uns quantos governantes arrogantes, autocráticos e pouco esclarecidos (como, por via de regra, costumam ser...) e a mais uns quantos imbecis que, embora sem as responsabilidades de quem governa, ajudam à "festa", não resisto a trazê-lo ao conhecimento de quem me lê:
Ao contrário do que se pensa, o Ministro Mário Lino não cometeu uma “gaffe”, quando se referiu à Margem Sul como sendo “um deserto”.
Na sua candura, o Ministro deu voz ao (pre)conceito, velho como a nação, de que “Portugal é Lisboa e o resto é paisagem”. Tentemos explicar melhor esta vetusta e elitista tradição, que, a meu ver explica a macrocefalia nacional e em grande medida o nosso subdesenvolvimento.
Profundamente desconfiado com a industrialização do país, - porque, com razão, a sabia associada ao surgimento do proletariado - aceitou a estritamente necessária, entregando-a aos barões do regime, que aliás controlava e protegia e situou-a em território inimigo, isto é, na Margem Sul.
Afinal, o paradigma era para manter. A mesma sobranceria e arrogância centralista e centralizadora dos governos, a mesma conivência dos seus agentes locais.
Um nascente e promissor “mercado de resíduos”, como se lhe referiu o Ministro do Ambiente, imagine-se, quando veio inaugurar mais uma lixeira no Parque Industrial da Sapec.
Um “mercado de resíduos” por cima do maior aquífero da Península Ibérica, precisamente quando um dos maiores problemas ecológicos actuais da humanidade, é a carência de água potável.
Os nossos intelectuais, particularmente activos enquanto jovens, e agora cada vez mais mediatizados, bem se desdobram em cargos e fóruns onde se discute o aquecimento global, enquanto, em casa, a contaminação industrial lhes entra pela porta do quintal, enquanto outros, também em vias de institucionalização, celebram os poetas mortos, não vão os vivos dizer alguma inconveniência.
Os partidos do chamado arco governativo impõe-nos líderes locais de opereta, sendo os mais proeminentes recrutados como administradores ou funcionários dos industriais menos escrupulosos, cujas campanhas políticas são por estes apoiadas e subsidiadas.
E, no fim de contas, a estratégia é tão clara, que ninguém a parece ver, de tão óbvia que é. Há um dedo gigantesco a apontá-la, mas os interesses e os poderes fácticos insistem em não o enxergar.
Setúbal necessita de valorizar decisivamente aquilo que tem de melhor e mais genuíno que é a sua natureza privilegiada e recusar este paradigma industrial obsoleto e voraz.
Setúbal é uma porta magnífica do oceano. Mas é necessário conhecê-la, estudá-la e investigá-la, tirando o melhor partido das suas riquezas. Elas estão aí, praticamente gratuitas, e para todos; é só não as corromper em benefício dos mesmos de sempre.
Até o actual Presidente da República Cavaco Silva, que nos visitou no âmbito do 10 de Junho o reconheceu, quando disse: “… o património oceânico é único e de recursos geológicos, minerais, biotecnológicos, energéticos que são muito relevantes”.
Afinal e apesar do Ministro para além do deserto há sempre o mar.
João Bárbara
Médico - Setúbal
Gentileza de Pedro Sérgio
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sábado, 23 de junho de 2007
1148. O tretas
De quem me rio com tanto gosto?
De ti, é claro, ó tretas...
Pois ainda não topaste?
Olha que, então, és o único...
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1147. Ota e a verdade contornada
Conheço Alcochete, o respectivo campo de tiro, Poceirão, Faias, Rio Frio, etc, vai para 31 anos. E conheço bem, pois que, com frequência, em passeio, passo por lá.
Não conhecia a zona da Ota. Depois desta questiúncula toda, resolvi ir até lá para conhecer.
Do que conheço de um lado e do que vi "in loco" e por fotos de outro, "apenas" sei o seguinte, que, aliás, qualquer cidadão minimamente não desprovido da capacidade de visão e de pensamento linear e rectilineo, de imediato saberá também:
1 - construir um aeroporto no campo de tiro de Alcochete, no Poceirão, em Faias ou no Rio Frio é incomparavelmente mais fácil e, logo, mais barato do que na Ota.
2 - alargar um aeroporto, sempre que for necessário, no campo de tiro de Alcochete, no Poceirão, em Faias ou no Rio Frio é possível e incomparavelmente mais fácil e, logo, mais barato do que na Ota.
3 - construir um aeroporto no campo de tiro de Alcochete retira a possibilidade de grandes negociatas imobiliárias, já que o terreno é do Estado.
4 - manter a Portela e construir faseadamente uma alternativa no campo de tiro de Alcochete, não somente colhe os benefícios atrás apontados e cria os "desconfortos" também referidos, como lhes acrescenta mais um, a saber: impede, de forma radical, negociatas imobiliárias na Portela.
Estas são verdades incontornáveis. Tudo o que rodar à volta disto, evitando isto, parece-me mais dialéctica de pochette do que outra coisa.
5 - construir um aeroporto no campo de tiro de Alcochete, com ou sem a manutenção da Portela, é, pois, do interesse do País no seu todo.
6 - fazê-lo na Ota, será, portanto, do interesse de muitos, concedo, somente não parecendo sê-lo do País.
Poder-se-à construir o aeroporto na Ota, por conveniências várias.
Não será possível, porém, a subtracção ao labéu de que tal se fez apenas "porque sim" ou porque convinha a interesses difusos assolapados em cantos esconsos atrás de cortinados e não por razão fundamentada, estruturada, com pés e cabeça, em respeito por princípios de Ética de Estado.
A verdade não se apaga. Contorna-se, como é evidente. É, porém, insusceptível de ser apagada.
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1146. Artº 256º do Cód. Penal Português em vigor
Falsificação de documento
1 - Quem, com intenção de causar prejuízo a outra pessoa ou ao Estado, ou de obter para si ou outra pessoa benefício ilegítimo:
a) ...
b) Fizer constar falsamente de documento facto juridicamente relevante; ou
c) ...
é punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa.
2 - A tentativa é punível.
3 - Se os factos referidos no nº 1 disserem respeito a documento autêntico ou com igual força, (...) o agente é punido com pena de prisão de 6 meses a 5 anos ou com pena de multa de 60 a 600 dias.
4 - Se os factos referidos nos nºs 1 e 3 forem praticados por funcionário, no exercício das suas funções, o agente é punido com pena de prisão de 1 a 5 anos.
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1145. Continuamos ridículos, hein?
Não concorda?
Então, vejamos:
1 - O led da notícia reza assim:
TGV Lisboa e Madrid não se entendem sobre a velocidade dos comboios; Cavaco manda recado dos EUA; PS sofre de "síndroma" da Ota.
2 - Na notícia acrescenta-se que, enquanto a Espanha quer que o TGV entre Lisboa e Madrid circule a 250 km/hora, Portugal prefere os 350.
3 - Se fosse ao contrário, percebia-se. Mas não, é assim mesmo. Vejamos mais:
Arriscamo-nos a uma situação de verdadeira caricatura, qual seja a de, em Portugal, país miniatura, os comboios de alta velocidade circularem a 350km/h e, ao cruzar a fronteira com um país territorialmente enorme, passarem a andar a passo de alfa pendular...
Como é que um país com a nossa dimensão, sem profundidade (pelos vistos não apenas territorial...), se mete nestas encrencas estúpidas?
Então, nos 300km entre Lisboa e Porto, com não sei quantas paragens pelo meio, circularemos a 350km/h (claro que se trata de apenas bravatas inconsequentes, mais próprias de juventude inexperiente mas convencida de que tudo sabe, porque a vida há-de abrir os olhos e as mentes e acabar-se-á por cair da realidade...) ao mesmo tempo que, numa viagem de 600km, os primeiros duzentos serão feitos a 350 e os restantes quatrocentos a 250!
Mas quem foi que ensandeceu?
Claro que se percebe bem a resistência à realista "vontade" espanhola.
Se se vai aceitar que, na linha Lisboa Madrid se circule a 250km/h, como é que, óspois, se justifica, perante o "respeitável público", a cega teimosia nos 350km/h que se pretende "meter" à força entre Lisboa e Porto?
Pois...
Mas mais:
E se assim for, isto é, se se constatar que não há razão de razoável razoabilidade para que os comboios circulem entre Lisboa e Porto a mais de 250Km/h, onde fica a argumentação para criar o TGV entre as duas cidades? Como tem sido dito à saciedade, o Alfa pendular é mais do que suficiente, com a sua velocidade de 220km/h.
E aqui bate o ponto de toda esta incongruência, deste estúpido esbanjar de recursos.
Para além da evidência dos enormes e escusados encargos que se estão a criar para o país (não pára o sorvedouro de recursos, por manifesta incompetência... e oxalá seja apenas por incompetência...), a única consolação que nos resta é que, de ridículo em ridículo, acabaremos por ser deixados em paz e sossego. Queiram eles, eles não queiram...
Em resumo, para além dos ridículos: Portugal apenas "necessita" de uma linha de TGV. Entre Lisboa e Madrid. E isto apenas para não destoarmos da Europa.
Dentro do país, a opção Alfa Pendular é mais do que suficiente.
Para se ter uma ideia, bastará que se anote que, no Alfa, se sairmos de Faro às 10 da manhã, poderemos almoçar em Vigo, lá pela 1 da tarde.
Fica tudo dito, não?
Acabem, pois, com essa marmelada de pouco siso e com as triste figuras de teimosia insensatas! Só vos colocam mal e envergonham-nos imenso, porque lá fora são capazes de pensar que somos como vocês... E disso, Deus nos livre, porra!
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É que, de tanto rir, com estas anedotas, já me dói a pança, carago!
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sexta-feira, 22 de junho de 2007
1144. Late afternoon thought... (xic)
no preciso momento em que despreza a Ética
Ruvasa
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1143. Não é democrata quem assim se diz
Nascido em 20 de Abril de 1889, em Braunnau, Áustria, filho de Alois e de Klara, Adolfo foi o responsável por um dos maiores genocídios já registados na História da Humanidade.
Em 1930, tornou-se cidadão alemão e, em 1933, em eleições democráticas, chegou ao poder, na qualidade de chanceler alemão.
A partir daí a história da sua existência foi um rol de atrocidades de toda a espécie, que só terminou quando, encurralado no bunker em Berlim, cometeu suicídio.
A história deste patife sem nome deve servir de lição para todos, à laia de prevenção, ainda que seja necessário, em alguns casos, ter em consideração as devidas proporções.
Mas há uma conclusão que se pode retirar por inteiro e sem delongas:
Não é por se ter acedido ao poder de forma democrática que democrata se é.
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quinta-feira, 21 de junho de 2007
1142. Sem comentários
Todas as mulheres que decidam interromper voluntariamente a gravidez estarão isentas de taxas moderadoras no Serviço Nacinal de Saúde, tal como qualquer outra grávida. A garantia foi dada hoje pelo ministro da Saúde, Correia de Campos, em conferência de imprensa, onde apresentou a regulamentação da nova lei da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG), que entrará em vigor no dia 15 de Julho.
Público online
1141. Não está prescrito
Talvez convenha esclarecer que o procedimento criminal contra o ilícito consubstanciado na inclusão de falsidades em documentos oficiais do Estado Português
pelo que nada impede - e, muito pelo contrário, tudo aconselha e obriga - que seja instaurado o mais rapidamente possível, para que não aconteça vir a prescrever e, consequentemente, a deixar impune o seu - até hoje desconhecido - autor e desacreditada a Justiça Portuguesa e o próprio País.
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1140. Frasear é uma arte...
desde que sejam entre homem e mulher.
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Não à Constituição Europeia,
Sim à Invasão Espanhola
quarta-feira, 20 de junho de 2007
1139. Abraço solidário
1138. Assustador!
Publicação: 20-06-2007 12:59 | Última actualização: 20-06-2007 13:22 Jogada de bastidores Lobo Xavier apresenta provas de que estudo sobre aeroporto em Alcochete foi negociado entre CIP e Governo O estudo apresentado pela CIP sobre a hipótese de localização do novo aeroporto em Alcochete foi previamente negociado com o governo. O comentador António Lobo Xavier apresentou as provas desta negociação no programa Quadratura do Círculo da SIC Notícias. |
A negociação, desmentida por José Sócrates e Mário Lino, está comprovada em documentos mostrados pelo comentador António Lobo Xavier, no programa Quadratura do Círculo.
António Lobo Xavier fala numa jogada de bastidores para afastar a hipótese “Portela +1”, defendida, entre outros, pela Associação Comercial do Porto como a escolha ideal para se resolver o problema do aeroporto de Lisboa.
O estudo realizado pela Confederação da Indústria Portuguesa coloca o campo de tiro de Alcochete como alternativa à Ota. O presidente da CIP já disse que, da parte do Governo, não houve qualquer interferência.
Há agora dois estudos em cima da mesa: Ota e Alcochete. Quanto à Ota, Belmiro de Azevedo considera que o projecto está condenado.
O Governo garante estar disponível para analisar mais hipóteses, incluindo a “Portela +1”, segundo palavras de Mário Lino na segunda-feira. O mesmo ministro que ontem veio dizer que esse cenário já foi estudado e não se mostrou viável.
SIC Online
Nota: - o bold do lead da notícia e bem assim o bold a vermelho são da responsabilidade deste Blog.
Gentileza da Maria João
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Se há algo que, a nível político, me surpreenda e desgoste profundamente é, com toda a certeza, a constatação, com frequência realmente inusitada, de que entidades ou individualidades responsáveis portuguesas - com especial enfoque para a área do governo e, nele, para o primeiro-ministro - são, em praça pública, formal e fortemente desmentidos em afirmações que oficial e publicamente hajam produzido.
E mais e pior: que esses desmentidos se estribem em escritos e, portanto, em prova documental impossível de rebater, ao contrário de qualquer outra, designadamente a testemunhal.
Que aconteça uma vez é mau; que aconteça com frequência é assustador. Propicia o total descrédito de um órgão de soberania, por acção, e mesmo de outros, por omissão.
Tal situação é insustentável em Estado de Direito democrático.
Os cidadãos não podem ser, volta e meia, confrontados com incomodidades destas, sob pena de perderem o respeito por instituições que lhes deveriam merecer toda a consideração e apoio e por titulares que estão obrigados, mais do que ninguém, a respeitar e fazer respeitar a verdade, que só ela dignifica o Estado.
A continuar assim, a República Portuguesa estará, a cada triste episódio similar, a submergir em terreno resvaladiço e mesmo lodacento, impróprio para que seja trilhado pela forma segura e vertical que a dignidade nacional exige.
Alguém tem que tomar medidas. Se não os próprios, como inapelavelmente se impõe, ao menos quem para tal disponha dos poderes necessários, como não deixa de igualmente se impor.
1137. Para quando, afinal?
na questão da inclusão de falsidades em documentos oficiais do Estado Português,
ao nível de três dos quatro órgãos de soberania,
é alguém constituído arguido
ou,
quando menos,
os poderes para tal vocacionados e a tal obrigados
determinam a abertura de inquérito criminal
e do facto dão conhecimento público,
para sossego de consciências várias
e
reafirmação, restabelecimento e fortalecimento do Estado de Direito democrático
que a maioria de nós tanto desejou para Portugal?
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terça-feira, 19 de junho de 2007
1136. Pouco a pouco as coisas vão-se sabendo...
FRANCISCO ALMEIDA LEITE |
José Sócrates, nas conversações que manteve com a Conferderação da Indústria Portuguesa (CIP), deu o seu aval ao estudo à localização alternativa do novo aeroporto internacional de Lisboa e chegou a pedir pressa aos empresários. Quem o diz é Francisco Van Zeller, em declarações ao DN: "O primeiro-ministro pediu-nos para não demorarmos muito, por causa dos prazos do Governo e por dois motivos, que eram a privatização da ANA e a presidência portuguesa da União Europeia." |
DN, 2007Junho19
(ver notícia completa aqui)
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Ora, faça o favor de reler os meus posts 1133 e 1134, os dois anteriores, portanto, e diga-me se é como ali digo ou não...
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1135. Berardo tem razão
No entanto, quanto a mim apenas veio dizer que o "reizinho vai em pelota".
Eu próprio o escrevi em várias oportunidades, aqui e em outros lugares. O "enorme benfiquista" - tão "enorme" que parece que ninguém mais cabe na designação, apenas ele - poderia ter vindo, para tentar ajudar o "seu" Benfica, já não digo aos 25 anos, mas aos 28 ou até aos 30. Quando o clube precisava mesmo dele. Não veio. Preferiu ficar-se por uma equipazita de terceiro plano do "calcio".
E só quando sentiu que já não podia com as botas (como, aliás, a evidência tem demonstrado!...) é que resolveu abrigar-se no lar da "família". Mas o Benfica já não precisava dele. Estava a levantar-se e até acabava de ter, na Liga dos Campeões, uma excelente prestação. Não precisava, pois, de futebolistas acabados, por muito benfiquistas que se reclamem.
Pois, então, pergunta-se:
O que é que o Benfica deve a este seu tão grande filho e admirador? Nada. Rigorosamente nada. Quando o clube andou pelas ruas da amargura, anos a fio, que fez este "filho do clube" pela melhoria do seu "tão amado"? Nada! Rigorosamente nada!
Nessa altura, durante anos a fio, outros lutaram pelas cores. E especialmente um deu o litro pelo Benfica em todos os jogos, a evitar que o clube se afundasse por completo, a carregar a equipa às costas. O seu nome? João Vieira Pinto. Clube do coração? Sporting Clube de Portugal. E que lhe aconteceu? Na primeira curva do caminho, propícia a tal, lá foi corrido do clube, como se de um patifório se tratasse. O despedimento de João Vieira Pinto do Benfica foi uma indecência, na forma que revestiu. E o clube ainda não prestou ao futebolista a homenagem que ele bem merece. Por mim, não esqueço o que fez pelo meu clube. João Vieira Pinto tem, no meu coração de benfiquista, um lugar reservado, em espaço que jamais será ocupado por qualquer outro.
E, depois de ele se ter ido embora, com a sua classe a dar campeonatos a outro, quem é que, em termos de eficácia, de pundonor, de raça e de mística o veio substituir? Simão Sabrosa. Clube do coração? Sporting Clube de Portugal. Em galharda e muito competente defesa das cores do Benfica.
E é assim que uns, dizendo-se benfiquistas nascidos e benfiquistas morituri, chorando mesmo baba e ranho que qualquer crocodilo não desprezaria de verter, nada fizeram pelo clube; apenas e sempre - agora mesmo - pela sua própria vida pequenina e de horizontes limitados e egoístas. Outros, pelo contrário, sportinguistas, tudo deram e têm dado na melhor fase das suas vidas de futebolistas, em prol do Sport Lisboa e Benfica.
Esta é a verdade. O resto, são tretas para entreter ingénuos e tolos.
Venha daí benfiquista não destituído de capacidade de raciocínio lógico que me diga - e prove - que Joe Berardo não está cheio de razão...
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segunda-feira, 18 de junho de 2007
1134. Vai uma aposta?
E isso, mesmo que se demonstre, por A + B, que a Ota tem grandíssimos inconvenientes - para os interesses do País e para a honorabilidade e respeitabilidade de certos agentes e departamentos - que os outros não têm.
Vai uma apostita, vai?
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