Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

sábado, 2 de fevereiro de 2008

1469. O caso "Esmeralda"

Não me tenho referido ao chamado "caso Esmeralda", tanto por decoro, como porque quase não há no caso uma ponta que não constitua uma falsidade. A começar pelo nome da menina que, efectivamente, parece nunca se ter chamado Esmeralda.* Enfim!

Vou fazê-lo hoje e temo que vá desgostar algumas - muitas - pessoas, pois que sou contra a corrente largamente maioritária, indecentemente manipulada por quase toda a gente que dispõe de meios para o fazer.

O caso Maddie MacCann é horrível, sem dúvida.
O caso de Esmeralda, porém, não o é menos.

Pessoalmente, sinto-me horrorizado com tudo quanto tem sido feito e dito e explorado. De forma absolutamente indecente e indesculpável. Quem provocou tudo isto e quem vai alimentando esta feira de idiotia e malvadez devia ser obrigado a prestar contas. Severas contas.


No meu ponto de vista, observo que à luz da Lei e até da Moral (muito embora nestas coisas da Moral, haja para aí interpretações diversas e de estarrecer!...), o caso é simples:


1 - A menina nasceu e a mãe não dispunha de meios para a criar, já que o pai não quis assumir a paternidade - por razões que me escapam, mas que não custa imaginar quais tenham sido - até que se realizasse teste de ADN, comprovativo da efectiva paternidade que a mãe lhe assacava.


2 - Nesses termos, tinha Baltazar, o pai biológico, toda a legitimidade para tal.

3 -
Nesses termos igualmente,tinha a mãe da criança toda a legitimidade para a entregar a quem dela pudesse tratar.

4 -
Ainda nesses termos,tinha o casal "adoptivo", toda a legitimidade para aceitar essa "adopção".

5 - Passados meses, feitos os testes de ADN e comprovando-se que a menina era filha do Baltazar, este assumiu a paternidade, também sob o ponto de vista legal, e quis recolhê-la consigo.
Uma vez mais, dispunha de toda a legitimidade para tal.

6 - Os "pais adoptivos", porém, recusaram-se a devolvê-la. Haviam-se passado apenas alguns meses... Não tinham estes qualquer legitimidade para actuar como actuaram.

7 - Os pais adoptivos foram protelando a entrega, com isso criando na criança um afecto por eles que ia crescendo, ao mesmo tempo que o pai biológico continuava sem poder ter-lhe acesso e, com isso, sem poder oferecer-lhe o seu afecto e dela receber a retribuição normal.

8 - Foi metido o Tribunal na
questão, que decidiu a favor do pai biológico, conforme ao Direito, à Justiça, à Moral.

9 - Os "pais adoptivos" (a criança nunca foi legalmente adoptada...) desobedeceram a uma decisão judicial legal e legítima, recusando-se uma vez mais a entregar a miúda e, com isso, lá foram alargando o prazo em que, tendo-a consigo, estreitavam os laços de afecto com ela e, ao mesmo tempo, impediam que os laços de afecto do pai biológico para com ela e vice-versa, se pudessem criar e desenvolver normalmente.

10 - Passaram-se os anos e hoje diz-se por aí, às "bocadas idiotas e alarves" que a menina só tem afecto pelos "pais adoptivos" e "horror" pelo pai biológico. Imagina-se por que motivo terá ela "horror" ao pai biológico. Certamente que nos seus sonhos, em todos estes anos, aparecia recorrentemente um anjo vindo directamente de junto de Deus - e certamente a Seu mando - para lhe segredar que o Baltazar é um patife e que o Luís Gomes e a mulher é que são os bons da história, com direito a tratamento de V.I.P. e beijinhos sociais de tudo quanto é capa de revista e o mais que se viu e vai vendo. We're just
getting the picture...

11 - No meio desta patifaria toda, aparecem então, aos
magotes, os alarves do costume, travestidos de grandes moralistas, que tudo manipulam e se entregam às práticas mais absurdas e só possíveis em país de diminuídos mentais, que tudo fazem, com uma "clubite" inconcebível, no sentido de privilegiar uma das partes, precisamente a que prevaricou. Com festas de solidariedade entre cretinos - para as quais arregimentam mentes acríticas e impreparadas para separar o trigo do joio - e outras poucas vergonhas similares.

12 - E não há ninguém que dê um murro na mesa, meta estes idiotas todos na ordem e responsabilize seriamente quem o deve ser realmente.


13 - Entretanto, "Esmeralda" continua a crescer num ambiente que se adivinha qual seja, de manifesta abjuração do pai que tem, a cada dia que passa mais agravada.


14 - E Baltazar continua a cumprir uma longa pena de já mais de 6 anos e não se sabe de quantos mais ainda, apenas pelo crime de, durante uns meses, enquanto não
teve a certeza científica de que era sua - assim que o soube, perfilhou-a e pretendeu levá-la para junto de si - não a ter reconhecido como tal. O que qualquer pessoa de bom senso em condições semelhantes certamente faria, sem que, com isso, fosse marginalizado, sequer motivo de conversa.

15 - E Esmeralda nunca há-de ser uma menina feliz, jamais será uma mulher realizada, não terá a graça de se olhar como ser humano inteiramente integrado na sociedade de seus iguais! Porque não terá iguais a si!!! Está desgraçada para toda a vida.

16 - Quem lhe fez tudo isto - que considero menos caridoso do que raptar ou mesmo matar uma criança, por que o que lhe está a ser feito é assassiná-la continuando ela a ter que viver com um fardo impossível de carregar... - devia, pela Lei de Deus, ser duramente castigado
com a pena maior. Pela lei de Deus, sim, já que sou absolutamente contra a pena maior aplicada por humanos.

Jamais havia escrito acerca deste tema, por imperativo de consciência, para não engrossar o número dos que têm feito mal a "Esmeralda". Faço-o hoje, por imperativo de consciência, porque há coisas que não devemos calar, sob pena de nos tornarmos cúmplices. Não tenciono voltar a fazê-lo, por imperativo de consciência, porque continuar seria engrossar o lote dos malvados e eu prefiro ser considerado ignorante ou sem opinião a malvado. Mas também por uma questão de higiene, não principalmente mental. Maioritariamente sanitária, isso sim!

* Por lapso e algum desconhecimento, também, na altura, escrevi "...parece nunca se ter chamado Esmeralda", o que não corresponde à verdade, uma vez que o certo é que sempre se chamou Esmeralda, contrariamente ao que os tais idiotas lhe chamam frequentemente em vários meios de comunicação Social, sabendo bem que a menina não tem outro nome além daquele.
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