Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

domingo, 24 de fevereiro de 2013

3107. Este país está a ser transformado num nojo!




A discussão quanto à possibilidade legal de um determinado cidadão, que tenha exercido o cargo de presidente de uma câmara municipal por três mandatos sucessivos serem novamente candidatos, mas agora a autarquia diversa daquela onde se registou o facto, é, para além de bizantina, de gente desocupada, mas que quer fazer da arruaça a sua ocupação por excelência.

É-o por duas razões fundamentais:

1. Não restam dúvidas de que a lei de limitação do acesso a cargos autárquicos refere explicitamente que cidadãos que tenham cumprido três mandatos em determinada câmara não poderão candidatar-se novamente nessa câmara.

A expressão da lei “presidente DA câmara” é perfeitamente clara, impedindo mesmo a interpretação de que se trata de presidente DE câmara”, como a xico-esperteza, própria de “portuga” idiota e mais ainda de “tuga” completamente desprovido de cérebro, por aí proclama.

Portanto e resumindo, se a lei pretende impedir que determinado cidadão, que exerceu por três mandatos o cargo de presidente da câmara possa candidatar-se mais vezes, ao escrever DA, é evidente que está a confinar-se à câmara a que vem de referir-se e não a outra qualquer.

Coisa diversa seria, por certo, se inscrevesse a expressão “presidente DE câmara”. Nesse caso, a referência seria indeterminada, portanto a qualquer câmara. Aquela onde exerceu os três mandatos e qualquer outra. Só quem não percebe nada da língua portuguesa ou quer lançar a confusão pode levantar questões acerca deste assunto.

2. Mas, para além daquela realidade, que, como punho fechado, amachuca nariz de xico-esperto, uma outra circunstância leva a que se conclua, com toda a certeza, que a utilização da palavra DA em vez de DE não se deveu a qualquer lapso ou erro. Pelo contrário, o DA exprime bem a intenção do legislador.


Se não, vejamos:
 
Qual a razão, o fundamento correcto a atendível, para a criação de tal obstáculo legal, ou seja, o impedimento de que pessoa que tenha exercido aquele cargo em determinada autarquia por três mandatos sucessivos possa candidatar-se de novo?

A resposta é simples e não deixa lugar à mínima dúvida. A lei pretende evitar que determinado indivíduo se eternize em determinado cargo, criando rede de contactos, interesses e, como é evidente, cumplicidades que tudo controla, a tudo provê e tudo domina e que, a nível local, são muito menos controláveis do que em degraus superiores da hierarquia do Estado. Dito de outra forma, o legislador quis impedir a proliferação de caciques que vinha acontecendo.

Que sentido faz que esta intenção do legislador saia do âmbito territorial de uma autarquia e passe para o âmbito nacional? Ou seja, que sentido faz que esse impedimento se estenda a todas as restantes câmaras do País? Nenhum sentido, evidentemente. Ora, o legislador, além de se presumir pessoa minimamente inteligente, não tinha por intenção vir a passar por asno.

Se o que pretendia era evitar a proliferação de caciques, deitou a mão à ferramenta que lhe possibilitou a concretização desse desiderato, acertando cirurgicamente na maleita que pretendia debelar e abstendo-se de usar um martelo-pilão que, além de escusado, padecente de cegueira, tudo em redor destruiria. Atitude de inteligência, bem diversa da postura de idiotia e xico-esperteza de quem alarvemente tenta interpretar o seu pensamento de modo que mais convenha aos seus interesses escusos, mas fazendo-o de forma bem canhestra.

A pergunta final e decisiva aqui fica, pois:

Que interesse justo haveria que justificasse que se impedisse ex-presidente de uma câmara do Algarve de candidatar-se a outra do Ribatejo? Ou da câmara de Sintra à de Lisboa? Há, em qualquer destes casos, o perigo que o legislador quis evitar com a sua lei, ou seja, o do caciquismo! Só mentes perturbadas ou máquinas de “agit-prop” podem pretender que assim não foi. Neste momento, porque em outro já outra coisa quererão. Sabe-se como é.

Este país está a ser transformado num nojo! Deliberadamente e com propósitos que só criancinhas de mama não percebem.

RVS - 24 Fevereiro 2013

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

3098. A tardia mas inevitável revolta do Sporting

Que me desculpem os meus amigos do Sporting Clube de Portugal e, de modo geral, todos os sócios e simpatizantes do clube.

O que vou dizer, é-o sem qualquer alegria, antes com pesar.

Desde sempre adepto benfiquista, habituei-me a ver no Sp
orting um clube com uma história tão grande e digna como o meu.

Sempre nutri um grande respeito pelo clube de Alvalade. O Sporting foi sempre O adversário do Benfica e nele viram sempre os benfiquistas como eu nada mais do que um adversário de grande dignidade, que merecia - e deve merecer - o nosso respeito.

A partir da saída do presidente de então, Pedro Santana Lopes, o último a tentar dar combate ao "Sistema", porém, o Sporting começou a decair e a perder características muito próprias que o definiram desde sempre.

Não me cabe formular mais juízos do que este, relativamente ao que no clube se tem passado ao longo dos anos, nem eu pretenderia fazê-lo.

Cabe-me, todavia, fazer uma observação e manifestar um lamento.

O clube tem vindo - desde que objectivamente escolheu mal as alianças que tem de fazer para que o futebol profissional português seja levado a bom porto - a decair a cada ano que passa. Até agora sem remédio descortinável.

Sinceramente, lamento que assim tenha vindo a acontecer. E lamento mais ainda porque, aqui chegados, vemos o clube em risco sério de se tornar - se é que não se tornou já - algo que pode vir a ser mero arremedo de sucursal do Futebol Clube de Porto, que dele se vem servindo para estrita prossecução dos seus próprios interesses.

Faço, por isso e por tudo o mais, votos sinceros por que entre no caminho que mais lhe convém e que não é o que actualmente trilha.

Para que tal objectivo seja alcançado, parece inevitável uma revolta do universo sportinguista. Não de uns contra os outros ou contra quem os não afronta, frontal ou subrepticiamente, mas todos em comum, os que estão no Poder, os que querem estar e os que os apoiam. Uma revolta que resulte numa revolução redentora.

Para bem do Sporting Clube de Portugal, para bem de todos os restantes clubes, para dignificação do futebol português.

Ruben Valle Santos
1 Fevereiro 2013

3097. Mais quatro...




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3096. Quatro cartoons




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