Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

terça-feira, 31 de março de 2009

2084. Freeport - As pressões que não há ou talvez haja, PGR sabe lá!...

31-03-2009 21:29

Comunicado da Procuradoria-Geral da República

Não há "pressões" sobre os magistrados do MP no "caso Freeport"

"Os Magistrados titulares do processo (Freeport) estão a proceder à investigação com completa autonomia, sem quaisquer interferências, sem pressões, sem prazos fixados, sem directivas ou determinações, directa ou indirectamente transmitidas, obedecendo somente aos princípios legais em vigor", garante a Procuradoria-Geral da República, em comunicado emitido esta tarde.

No comunicado, assinado pelo procurador-geral Pinto Monteiro, afirma-se que este esclarecimento se tornou necessário "face às notícias amplamente divulgadas pela Comunicação Social sobre o chamado caso 'Freeport'" e foi decidido "após reunião com os magistrados titulares do processo e a Directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal.

"Como os Magistrados titulares do processo expressa e pessoalmente reconheceram, não existe qualquer pressão ou intimidação que os atinja ou impeça de exercerem a sua missão com completa e total serenidade, autonomia e segurança", diz Pinto Monteiro, explicitando que "a existência de qualquer conduta ou intervenção de magistrado do Ministério Público, junto dos titulares da investigação, com violação da deontologia profissional, está já a ser averiguada com vista à sua avaliação em sede disciplinar e idêntico procedimento será adoptado relativamente a comportamentos de magistrados do Ministério Público que intencionalmente e sem fundamento, visem criar suspeições sobre a isenção da investigação".

O procurador-geral da República acrescenta que "a investigação prossegue com a inquirição de todas as pessoas que os magistrados considerarem necessárias, com a análise de todos os fluxos e contas bancárias com relevância, bem como com o exame da documentação atinente, nacional e estrangeira", precisando que "todos os elementos de prova serão analisados e todas as informações estudadas, sem qualquer limitação para além daquelas que a equipa de investigação entender decorrerem da lei".

"Tem sido correcta, eficaz e dedicada a colaboração dos Órgãos de Polícia Criminal, esperando-se uma cooperação igualmente frutuosa das autoridades de outros países a quem foi solicitada, de harmonia com as leis que regem as relações internacionais",
diz ainda Pinto Monteiro, acentuando: "Fracassarão todas e quaisquer manobras destinadas a criar suspeições e a desacreditar a investigação, bem como as tentativas de enfraquecer a posição do Ministério Público como titular do exercício da acção penal ou a enfraquecer a hierarquia legalmente estabelecida para o Ministério Público, atenta a firme determinação da equipa de investigação de chegar à verdade última do processo e tornar conhecidos todos os factos, logo que isso seja possível"

A finalizar, Pinto Monteiro afirma que ele próprio e a directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal têm "completa e total confiança em toda a equipa de investigadores, designadamente nos elementos da Polícia Judiciária, que colaboram, como foi transmitido ao seu director nacional".

SIC Online

* * *

O comunicado da PGR e do PGR mais parece não um SIM nem um NÃO mas, isso sim, um NIN. Ou talvez um nin que bem poderia ser um NÃO ou, quem sabe, um SIM. Talvez... Chi lo sa?

Leia-se novamente o terceiro parágrafo e confronte-se a afirmação que este blog destacou a azul com a que destacou a verde. Que é a imediatamente seguinte.

Na primeira diz-se que não existe qualquer pressão ou intimidação que os atinja ou impeça de exercerem a sua missão com completa e total serenidade, autonomia e segurança

Na segunda, porém, já se afirma que a existência de qualquer conduta ou intervenção de magistrado do Ministério Público, junto dos titulares da investigação, com violação da deontologia profissional, está já a ser averiguada com vista à sua avaliação em sede disciplinar

Se a segunda não é um desmentido da primeira, gostaria que alguém esclarecesse o que é então.

Ora, se algo está a ser averiguado, é porque algo existe. A lógica é uma "batata"? E se está a ser averiguada, por que razão se vem já, uma vez mais por antecipação, dizer que não existe? Aqui, deixa de ser "batata" e passa a ser "pescada"... mas a contrario sensu. É que, se não existe, para que serve a averiguação? Para averiguar algo que, de antemão, se sabe que não existe? Não se tratará de um desperdício de meios e recursos, sem justificação e cabimento?

Isto, relativamente ao que é dito no comunicado. Por outro lado, na acção no terreno, dá instruções ao procurador residente no Eurojust, para que venha a Lisboa, com urgência, a propósito da mesma questão... Sabe-se lá se para tomar café ou comentar notícias dos jornais ou ser acareado com os colegas que afirmam que insistem que há pressões. Tudo pode acontecer, pelos vistos.

Continuamos no campo da surrealismo!

Tal como, tempos atrás, se afirmava a pés juntos que não havia suspeitos no processo, quando já se sabia que, no expediente enviado antes para Inglaterra, esses suspeitos existiam, bem identificados já, e que foi com base nessas suspeitas e nesses suspeitos que os ingleses avançaram com o processo, constituindo arguidos lá, aqueles mesmo que cá, em quatro anos, não tinham sido, mas que acabaram por vir a sê-lo, talvez por indução.

É surreal ou não é surreal?

Quanto mais se avança no caso, mais incongruências são metidas de permeio. Com que intenção?

Viremos a sabê-lo um dia? Claro que sim, porque a verdade acaba sempre por vir à toma do lameiro. Só que quando já não fizer mossa a ninguém... Estamos entendidos?

Entretanto, lá por fora, estamos, como país, como democracia, como sociedade humana, cada vez mais na atolados.

Isto numa Terra de Santa Maria, por vontade do Fundador, desde a catedral de Lamego, em 1142, que existe vai para 900 anos e é só, quanto à definição territorial, étnica e político-administrativa, o mais antigo país da velha mas não tão antiga Europa. O que deveria merecer um pouco mais de respeito.

Mas as coisas são o que são, não é?

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2083. Freeport - Assalto a escritório de advogada

Alegado autor da carta que desencadeou caso Freeport

Assaltado escritório da advogada de Zeferino Boal

O escritório da advogada de Zeferino Boal, alegado autor da carta anónima que desencadeou o caso Freeport, foi esta madrugada assaltado, tendo sido roubado o computador portátil com documentos do processo, disse à Lusa Ana Santinho.

Porém, a advogada não atribui, por agora, "qualquer ligação ao caso Freeport", estando o caso a ser investigado pelo Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Albufeira.

"Há muito assaltos em Albufeira e, aparentemente, este não tem ligação ao Freeport. As pastas do processo estão intactas, mas levaram o computador portátil com documentação", adiantou Ana Santinho à Lusa.

Segundo a causídica, e reportando-se ao depoimento de uma testemunha, o assalto ocorreu cerca das quatro da manhã, tendo os assaltantes "arrombado o portão do armazém onde funciona o escritório de advocacia e de uma empresa de construção civil".

"Foi roubado o meu computador portátil, dois mil euros em dinheiro e três armas de fogo que estavam num cofre e pertenciam a um funcionário meu", relatou a advogada.

Em relação aos documentos do caso Freeport, a advogada adiantou que "aparentemente as pastas estão intactas", mas a GNR está a tirar impressões digitais.

Zeferino Boal apresentou no dia 5 deste mês no Tribunal de Setúbal um pedido para ser constituído assistente no processo Freeport.

Ex-militante do CDS/PP questionou o processo de licenciamento para a construção do centro comercial, enquanto membro eleito em 2001 para a Assembleia Municipal de Alcochete.

O ex-autarca chegou a ser constituído arguido em 2005, num processo de violação de segredo de Justiça, também relacionado com o Freeport, tendo, no seu caso, "sido arquivado sem qualquer acusação de violação", explicou recentemente o próprio à Lusa.

SIC Online - 31-03-2009 11:16

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2082. Freeport - As alegadas pressões

31-03-2009 08:09

Alegadas pressões na investigação

Procurador-geral da República pronuncia-se hoje sobre o caso Freeport

O procurador-geral da República emite hoje um comunicado sobre o processo Freeport. A declaração de Pinto Monteiro surge um dia depois de o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público ter pedido um encontro com carácter de urgência com o Presidente da República. Em causa está o agravamento das pressões no decurso da investigação.

O processo relativo ao centro comercial Freeport de Alcochete está relacionado com alegadas suspeitas de corrupção no licenciamento daquele espaço, em 2002, quando José Sócrates era ministro do Ambiente.

Neste momento, o processo tem dois arguidos: Charles Smith e o seu antigo sócio na empresa de consultoria Manuel Pedro, que serviram de intermediários no negócio do espaço comercial.

O Correio da Manhã adianta, entretanto, uma tese que tem sido apresentada aos investigadores, de que os factos que apontam para a corrupção no Freeport já terão prescrito. A verdade é que os investigadores garantem que só arquivam o caso com a ordem escrita da hierarquia.

SIC Online

segunda-feira, 30 de março de 2009

2081. Freeport - Hum...

Depois de ter denunciado pressões ilegítimas sobre os magistrados que estão encarregados do processo de inquérito do caso Freeport, o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público corte agora a pedir uma audiência urgente ao Presidente da República.

Pela mesma altura, a PGR parece ter anunciado para amanhã a emissão de um comunicado oficial.

Estranha sucessão de acontecimentos, não?
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2080. Freeport - Ordem para arquivar? Só por escrito...

30 Março 2009 - 01h39

Decisão entregue a Pinto Monteiro

Arquivar Freeport só com ordens escritas

Os investigadores do caso Freeport só aceitarão arquivar o processo com ordens escritas da hierarquia. No caso concreto, sendo os investigadores do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), as ordens terão de ser da procuradora Cândida Almeida ou do próprio procurador-geral da República, Pinto Monteiro.
CManhã 2009.03.30

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Como, aliás, mandam as boas regras.
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2079. Humor

- Ora viva, cumpadri, já conseguiu a carta?
- Nã, senhora. Chumbê...

- Atão, como raios foi isso?
- Ora! Cheguê a uma rotunda onde tava um sinal a dizer 30!
- E atão ?
- Dê 30 voltas à rotunda, n'é?
- E óspois?
- Chumbê, porra!...

- Num me diga que contou mali !?

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domingo, 29 de março de 2009

2078. Freeport - Smith confirma que disse

Caso Freeport
Charles Smith assumiu autenticidade do DVD

A gravação na qual Charles Smith diz que José Sócrates “é corrupto” é autêntica. Foi o próprio arguido do caso Freeport que assumiu a autenticidade das suas declarações, durante a investigação paralela que decorre em Inglaterra.

De acordo com a TVI, quando foi interrogado por um solicitador inglês (com poderes de investigação), Smith disse que não sabia que estava a ser gravado, mas confirmou que foi ele o autor das declarações, contidas num DVD já amplamente divulgado, nas quais o inglês diz que o então ministro do Ambiente, José Sócrates, actual primeiro-ministro português, “é corrupto”.

Na reunião gravada no DVD estariam Charles Smith, João Cabral (ex-funcionário da Smith & Pedro) e Alan Perkins, administrador do outlet Freeport.

Alan Perkins terá gravado a conversa sem conhecimento de João Cabral e Charles Smith, sendo que na altura Smith já era arguido no processo.

De acordo com a TVI, quando foi encostado à parede pelos investigadores, Smith confirmou a autenticidade da gravação, mas disse que tinha inventado a história dos pagamentos ilícitos para justificar o desaparecimento do dinheiro. O inglês também disse que não sabia por dissera na gravação que os pagamentos tinham sido feitos em dinheiro vivo.

Duas versões da mesma história

Depois da divulgação da gravação, pela TVI, Smith desmentiu em comunicado que alguma vez se tenha referido a Sócrates de forma injuriosa.

"Mantive durante anos muitas reuniões com os administradores, nomeadamente Alan Parkins, algumas na presença de João Cabral e outros colaboradores para discutir questões relativas ao empreendimento", mas "é falso que alguma vez, naquelas reuniões, ou em qualquer outra oportunidade, me tenha referido ao primeiro-ministro de forma injuriosa, bem como a qualquer outro político, ou tenha oferecido, ou prometido contrapartida, ou vantagem, para obter o licenciamento do Freeport", garantiu num comunicado citado pela Lusa.

"As notícias de que certa comunicação social tem feito eco sobre o meu envolvimento não passam objectiva e subjectivamente de uma campanha orquestrada, desde há anos, por interesses que me ultrapassam mas que, ao utilizarem-me, atentam contra o meu bom nome, a minha honra e a minha pacífica presença em Portugal", vincou o inglês nesse comunicado.

Logo a seguir foi a vez de Sócrates reagir às notícias, anunciando que vai processar Smith e a TVI. E pondera fazer o mesmo aos meios de comunicação social que violem o segredo de justiça.
DN 2099.03.29
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2077. O ensaio




Ora vamos lá a ensaiar, para não haver dissonâncias:

Eu vaio-o
tu vaia-lo
ele ou ela vaia-o
nós vaiamo-lo
vós vaiai-lo
eles ou elas vaiam-no

Ok?

Então, vamos lá mais uma vez, que isto tem que ficar mesmo afinadinho. A gente não quer barracadas. Ao menos que nisto saia tudo certinho... direitinho...

Eu vaio-o segunda vez
tu vaia-lo de novo
ele ou ela vaia-o outra vez
nós vaiamo-lo cada vez com mais gana
vós vaiai-lo
as vezes que forem precisas
eles ou elas vaiam-no até que a voz lhes doa cum'ó caraças!

Bem, está quase. Continuem a ensaiar, que bem depressa vai ser preciso que tudo saia sem fífias.

O quê? Hã?! Ah!... Acham então que assim é pouco assertivo e que o tipo pode até nem perceber? E então assim?

A malta vai mas é mandá-lo p'ró... raio qu'o parta,
e nunca mais o deixa cá meter os xanatos!...

Assim está melhor? Ah, sim? Pronto, é como fica. Cá p'ra mim tanto faz. Desde que seja para nunca mais lhe pôr a vista em cima!...

E a quem é que a gente vai fazer tal? Ora, veja lá se adivinha!...

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2076. Por favor!







Desculpa tudo o que
os idiotas
andaram por aí a dizer de ti
e volta, sim?

Por favor!








click, para ampliar
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sábado, 28 de março de 2009

2075. É hoje o dia!


Hoje, pelas 15 horas, no Auditório da Biblioteca Municipal,
R. Araújo Guimarães, em Alcobaça,
terá lugar a sessão de fundação do
Movimento para a Democracia Directa - DD
.


A este assunto se refere o post
2069. Movimento para a Democracia Directa - DD
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sexta-feira, 27 de março de 2009

2074. Freeport - Smith falou e foi gravado

Foto TVI Online

Sócrates é "corrupto", diz Smith em DVD

Freeport: TVI revela em exclusivo o som do DVD em que Smith fala de PM

«É corrupto». É desta forma que Charles Smith fala de José Sócrates no DVD que é fundamental para a investigação do processo Freeport em Inglaterra. A TVI revelou, no Jornal Nacional desta sexta-feira, o som de uma conversa de 20 minutos em que é mencionado o nome do primeiro-ministro.

A reunião juntou três pessoas: Charles Smith, já arguido em Portugal, João Cabral, ex-funcionário da Smith & Pedro, e Alan Perkins, administrador do Freeport, que sem conhecimento dos outros intervenientes no encontro, fez a gravação.

Contactado pela TVI, João Cabral recusou fazer qualquer comentário sobre o conteúdo do DVD.

TVI online - 2009.03.27

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2073. Veremos por quanto tempo...

karzai


27-03-2009 19:44

Combate à Al-Qaeda no Afeganistão

Hamid Karzai saúda nova estratégia dos EUA

O presidente afegão, Hamid Karzai, saudou, hoje, a nova estratégia dos Estados Unidos para o conflito naquele país, afirmando que ela aumenta as hipóteses de êxito na luta contra os talibãs e a Al-Qaeda.


Em declarações à imprensa após o anúncio da nova estratégia em Washington, o porta-voz do presidente afegão, Homayun Hamidzada, destacou por outro lado "o reconhecimento" pelos Estados Unidos de que a ameaça da Al-Qaida provém do vizinho Paquistão.

"Saudamos a declaração do presidente Obama e aprovamos o seu conteúdo (...) A nova estratégia vai contribuir para aproximar o Afeganistão e a comunidade internacional do êxito", declar
ou o porta-voz.

"Apreciamos particularmente o reconhecimento do facto de que a ameaça colocada pela Al-Qaida provém do Paquistão", acrescentou.

A nova estratégia, apresentada pelo presidente norte-americano, Barack Obama, passa pelo envio de quatro mil tropas adicionais, mas também de "centenas de civis" com a missão de "desmantelar e derrotar" a rede terrorista no Paquistão e no Afeganistão e de "impedir o seu regresso ao país no futuro".

Num comunicado, o presidente afegão afirma que o envio de quatro mil tropas adicionais e o treino da polícia e exército afegãos vão beneficiar não apenas o Afeganistão mas toda a região.
(...)
SIC Online - 2009.03.27

* * *

A ver vamos quanto tempo vai durar este namoro entre afegãos e Obama. E também o outro, entre americanos e Obama, quando se apercebrem de que, afinal, em vez de retirar homens da zona, como prometeu, para lá envia outros, por agora mais 4.000...

Atrás de mim virá...
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2072. Uma hora em defesa do planeta

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Gentileza de Ângelo Silva
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2071. Freeport - Marinho Pinto, o investigador

Caso Freeport: Marinho Pinto acusa Polícia Judiciária de manipulação

HELENA TEIXEIRA DA SILVA

A carta anónima que envolveu José Sócrates no caso Freeport foi uma manipulação da Polícia Judiciária de Setúbal e dos seus inspectores.

Quem o diz é o bastonário da Ordem dos Advogados. Está aberta a polémica.

Quase cinco anos depois de a Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal ter recebido uma carta anónima, denunciando o envolvimento de José Sócrates na alteração da Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo para beneficiar a construção do Outlet de Alcochete a troco de dinheiro para as legislativas de 2005 - falou-se em meio milhão de euros -, o bastonário da Ordem dos Advogados vem agora dizer que, afinal, não passou tudo de um embuste.

"A carta anónima que incriminou Sócrates foi combinada com a PJ", escreve Marinho Pinto na edição de Abril do Boletim da Ordem, num longo artigo sobre (a falta de) segredo de justiça que norteou o Caso Freeport.

Ao JN, o bastonário clarificou que descobriu a manipulação através de um despacho - que irá divulgar hoje no site da Ordem dos Advogados - da magistrada Inês Bonino, no âmbito de um processo - só agora deixou de estar em segredo de justiça - que acusava um inspector da PJ de violação de segredo de funcionário e dois jornalistas do semanário "O Independente" de violação do segredo de justiça.

"Nesse despacho, a procuradora diz claramente que a carta nunca foi anónima. A PJ reunia frequentemente com o sujeito que a escreveu. Eram reuniões em que participavam também jornalistas da revista "Tempo" e políticos - um deles era da Assembleia Municipal e estava em vias de perder as eleições, o outro era o deputado do PSD Miguel Almeida, ex-chefe de gabinete de Santana Lopes - e todos criticavam o PS. Então, a coordenadora da PJ de Setúbal, Maria Alice Fernandes, sugeriu que alguém lhe enviasse as críticas sob a forma de carta anónima. A procuradora diz ainda, de forma clara, que havia interesse em denegrir a imagem do agora primeiro-ministro", conta ao JN.

Com a denúncia do procedimento que deu origem ao caso Freeport, Marinho Pinto não pretende "ilibar ou culpar" José Sócrates, mas antes "condenar veementemente a actuação dos investigadores": Ministério Público e PJ. "Não ponho as mãos no fogo por ninguém, nem é isso que me move", garantiu. "Mas é importante que toda a gente fique a saber como funciona a justiça em Portugal. É fundamental denunciar estes erros para encontrar soluções. Sugerir a quem quer que seja o envio de cartas anónimas, ou reunir com políticos e jornalistas, não pode ser um método para fazer investigação criminal", sublinhou. "Há uma lei para cumprir, as pessoas têm o direito de ser ouvidas como testemunhas, de acordo com um Código Penal que tem que ser respeitado".

Marinho Pinto aproveita a boleia para criticar também os prazos da investigação. "A justiça tem que ser mais rápida e eficaz. Ninguém pode estar anos e anos com o peso de uma suspeição em cima: iliba-se ou culpa-se, não se arrasta um caso". Sobre este, em concreto, questiona a coincidência de "voltar a surgir em ano de eleições" e acusa mesmo os investigadores de "falta de isenção".

* * *

Quatro circunstâncias me estupefactam:

1 - que a Judiciária seja tão infantil e faça as maroteiras tão canhestramente que, não obstante dispor dos meios para tudo esconder bem escondido, não tenha sido capaz de evitar que toda a marosca se viesse a saber com tal facilidade;

2 - que Marinho Pinto, jornalista de investigação nas horas vagas, tenha, sozinho - bem à maneira do Gary Cooper de outros tempos, rodeado de índios ululantes - em três penadas, descoberto toda a trama que mais ninguém teve artes de descobrir;

3 - que um processo - o do inspector Torrão - que foi julgado publicamente e cujos resultados foram dados a conhecer, há tanto tempo, só agora tenha deixado de estar em segredo de justiça;

4 - que Marinho Pinto se tenha esquecido de, na maroteira, incluir a polícia inglesa, ela que certamente também faz parte do gang da combinação, ou seja, da "campanha negra" em curso.

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2070. Afinal, a culpa é do Costa!

Governo assume culpa no aumento da criminalidade

por VALENTINA MARCELINO, COM F.A.S

O Governo reconhece que a sua reforma para mudar a distribuição territorial da GNR e da PSP contribuiu para o agravamento da criminalidade. No Relatório de Segurança Interna, ontem apresentado, é evidente que o aumento do crime violento coincide com os distritos onde a reorganização teve mais impacto: Lisboa, Porto e Setúbal.

O Ministério da Administração Interna (MAI) reconhece que as mudanças de áreas territoriais entre a GNR e a PSP, por si introduzidas, agravaram a criminalidade em 2008. O surpreendente mea culpa - que terá consequências políticas inevitáveis - está escrito no Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) ontem aprovado em Conselho de Ministros. A criminalidade global subiu 7,5% e a violenta registou o maior aumento da década, com 10,7%.

A justificar o "acréscimo atípico do número de ocorrências registadas, sobretudo no que diz respeito à área de competência da PSP", com um aumento de 15%, o documento chama a atenção para o "impacto resultante da alteração introduzida no dispositivo territorial das Forças de Segurança" da qual resultaram "efeitos de ajustamento temporalmente muito circunscritos, mas indesejáveis e inevitáveis". Não é, então, difícil "admitir que, pelo menos parcialmente, tenha contribuído para o aumento das ocorrências registadas no segundo e terceiro trimestre de 2008".

A PSP vai mais longe nas explicações. Caracteriza 2008 como "um ano marcado por alguma incerteza na orientação estratégica, operacional e táctica, mormente motivado pelas profundas alterações que foram produzidas no seio da instituição".

As alterações dos dispositivos da GNR e da PSP foram um dos aspectos da reforma das forças de segurança, iniciada pelo actual Governo, e pretendia "melhorar a qualidade do serviço prestado aos cidadãos". De acordo com a portaria subscrita por António Costa, então ministro da Administração Interna e actual Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, o objectivo essencial era mesmo "incrementar" a "segurança dos cidadãos" através de um reforço da "visibilidade" das forças de segurança e "valorizando o seu potencial de prevenção e de combate à criminalidade".

De acordo com este plano, o maior peso das transferências foi nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. Nestas áreas a PSP herdou da GNR meia centena de freguesias em concelhos como Loures, Sintra, Setúbal ou Vila Franca de Xira, onde estão localizados muitos bairros com elevados índices de criminalidade associada.

Ao todo, houve uma transferência de cerca de 600 mil pessoas para a "tutela" da PSP, sem que esta tenha sido reforçada em termos de efectivo ou orçamento. Mais: sem conhecer adequadamente a realidade criminal que tinha em mãos.

Na altura, os alertas para os perigos desta medida ser tomada, sem antes acautelar os meios materiais e humanos à PSP, foram feitos pelos sindicatos da PSP. "A criminalidade violenta vai aumentar e não temos meios para a conter", dizia, numa entrevista no início de 2008, o presidente do Sindicato dos Oficiais, Jorge Resende, também comandante operacional de Loures. O Governo desvalorizou.

Os resultados da precipitação estão à vista. Foi, precisamente nos distritos onde as alterações tiveram mais impacto, que a PJ registou a maior subida de crimes violentos (ver gráfico), contabilizada pelo número de inquéritos, com maior impacto para Setúbal, nos roubos com armas de fogo.

O relatório é marcado este ano por uma ausência "muito grave", na opinião de Nuno Magalhães, deputado do CDS. Ao contrários dos anteriores relatórios, a criminalidade grupal e juvenil, que esteve bem presente em 2008, não foi analisada. A única referência à delinquência juvenil é feita pela Polícia Marítima: seis jovens não pagaram bilhetes no barco.

DNotícias - 2009.03.27

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Chegados ao fim, toda a culpa é do Costa. António. Actual presidente da câmara municipal de Lisboa. E futuro candidato ao mesmo. Quem diria? Há cada coisa!

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quinta-feira, 26 de março de 2009

2069. Movimento para a Democracia Directa - DD

Sob a forma de grupo de reflexão e intervenção, está a ser fundado um movimento cívico que visa alterações profundas na política portuguesa. A sessão da fundação terá lugar no Auditório da Biblioteca Municipal de Alcobaça, R. Araújo Guimarães, em 28 de Março de 2009, pelas 15 horas (próximo sábado).


É seu principal impulsionador o conhecido António Balbino Caldeira, residente em Alcobaça e professor do Instituto Politécnico de Santarém.


ABC - como é comummente conhecido na Blogosfera - é igualmente detentor do blogue Do Portugal Profundo, onde, de há anos a esta parte, têm sido dados a conhecer factos constitutivos de ilícitos graves e de situações de pouca transparência e linearidade, que muitos danos provocam na sociedade portuguesa.


É o caso do interminável processo de pedofilia da Casa Pia, mas igualmente o das licenciaturas na Un. Independente, que teria ficado na ignorância de todos os portugueses, já que a Comunicação Social desde sempre calara o assunto, até que Caldeira deu conhecimento da esmagadora maioria dos factos hoje conhecidos, com isso obrigando a que jornais, rádios e TVs se vissem na obrigação de pegar no tema, sob pena de perderem a face.


Com todo este labor, o blogue de Caldeira tornou-se um dos mais conhecidos e consultados da blogosfera portuguesa e até estrangeira. Os próprios órgãos de Comunicação Social não se coíbem de nele buscarem fundamento para notícias que vão dando, como frequentemente constata qualquer observador minimamente atento.


Pois bem, na tentativa de contribuir para a reforma do sistema político, em busca de uma democracia mais ampla e transparente, António Balbino Caldeira, no que é secundado por muitas outras pessoas, igualmente empenhadas em contribuir para uma inflexão na vida política do país, em ordem a conferir-lhe maior transparência e consequente democraticidade, decidiu agora criar um movimento a que foi dada a designação de


Movimento para a
Democracia Directa - DD


Logo que me foi dado conhecimento dos preparativos para a constituição do Movimento não tive a menor dúvida em aderir de corpo inteiro, porque o Movimento se propõe pugnar por uma reforma de fundo na sociedade portuguesa, que abranja o sistema de eleição dos responsáveis políticos e bem assim o prévio escrutínio das condições de isenção dos nomeados para cargos de responsabilidade e confiança políticas, a efectiva independência do poder judicial relativamente ao poder político, tudo em ordem à conformação de um regime democrático não já meramente formal e injusto, como o que vivemos e suportamos com as sabidas dificuldades, mas de pleno direito e ao serviço do conjunto dos cidadãos portugueses.


Nesta conformidade, aqui deixo um convite expresso para que integre o movimento, de forma a que se estabeleça uma vaga de fundo que dê contributo decisivo para que a política em Portugal resulte, quando menos, um pouco mais séria e transparente do que sabemos que tem sido.


Essa sua esperada adesão pode revestir o carácter de empenhamento que julgue o mais adequado à sua maneira de ser e actuar, já que não existe qualquer obrigatoriedade relativamente seja ao que for, para além da defesa dos ideais enunciados na declaração de princípios. E o convite a outras pessoas das suas relações é encarado como bem-vindo.


Para melhor se inteirar acerca deste tema, deixo abaixo links para que possa aceder a três documentos, em formato pdf, que contêm esclarecimentos mais pormenorizados sobre esta questão.


Conferência de António Balbino Caldeira
em Guimarães - 2007


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Movimento para a Democracia Directa

DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS
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Movimento para a Democracia Directa

ESTATUTOS


No caso de estar de acordo com os princípios enunciados peço-lhe que divulgue a fundação do Movimento pelo maior número de pessoas possível e, se tiver blog, nele o publicite.


Por outro lado, se estiver interessado em aderir ao Movimento dê conhecimento dessa sua pretensão através do email democraciadirecta.portugal@gmail.com.

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quarta-feira, 25 de março de 2009

2068. Empanado!





A informática tem destas coisas...

Cerca do meio-dia de ontem, o computador resolveu fazer a sua strikezita, deixando pura e simplesmente de trabalhar.

Não sei se era mera constipação ou coisa mais grave.

O que sei é que apenas agora o recebi, já refeito da maleita e a mexer-se bem melhor do que antes...

Mas que andei perdido, sem Net, lá isso... Que raio de vício, hein?




terça-feira, 24 de março de 2009

2067. Nem só a Rádio Moscovo não falava verdade...

Portugal é, de há uns bons anos para cá, assolado por sucessivas ondas de demagogia desenfreada, em quase todas as áreas da actividade humana.

A última delas - também veiculada pelo governo que nos calhou em desdita, porque convém aos seus interesses - é a de que a crise económica que se abateu pelo mundo está a tornar extremamente difícil a vida dos portugueses, em geral.

Ora, nada mais falso.

Essa crise existe, sim, mas apenas para aqueles que tiveram a desdita de perder o emprego ou o procuram pela primeira vez.

Quanto aos restantes - incluindo os que trabalham por conta de outrem, bem como os pensionistas e reformados - efectivamente não foram, até ao presente, de modo nenhum prejudicados com a crise. Muito pelo contrário, com ela estão a beneficiar um pouco.

* Nada perderam, porque os rendimentos que auferiam antes não sofreram corte nem redução;
* Algo ganharam, porque, como é bem sabido, em número razoável de casos, mesmo os custos dos bens de sobrevivência quotidiana baixaram de forma notória.

Donde se extrai que o montante dos ordenados, vencimentos e pensões chega hoje para a aquisição de bens que antes não chegavam de forma nenhuma.


Esta é a realidade que ninguém se atreve a vir para a praça pública evidenciar, certamente por não ser considerado politicamente correcto, mas que, em nome da verdade e do que é justo, é bom que não seja escamoteado, sob a capa da demagogia infrene que campeia pelo País.

Outra coisa é a situação de penúria em que já muitos portugueses viviam antes do surgimento da crise a nível mundial. Penúria a que os tinham conduzido as desastradas e, em alguns casos, criminosas políticas que têm vindo a ser seguidas de há muitos anos a esta parte. A interna, portanto.

Adaptando aos tempos que correm célebre frase do antigamente, lá do tempo da outra senhora, apetece dizer:


A verdade é só uma;
os demagogos não falam verdade.
- isto é, são mentirosos -
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2066. Êtá, tio Vitorino!

Foto Pedro Catarino

António Vitorino factura 5 mil por reunião da Assembleia Geral da Brisa a que preside

CManhã - 2009.03.24


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Êtá, tio Vitorino! , na s'arreceie, home de Deus!

Não venho aqui invejoso e cheio de bílis, vilipendá-lo ou coisa no género. Não, senhor! Cada qual ganha o que ganha e ninguém tem nada que meter-se no assunto.


O que venho fazer é pedir-lhe, pelas alminhas dos seus defuntos, que me deixe carregar-lhe a caneta e o bloco notas, a caminho das tais reuniões.

Eu levo baratinho. Vai ver que não se arrepende!
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segunda-feira, 23 de março de 2009

2065. "Eu não vê", ó Lucílio ?!

Lucílio Baptista, o árbitro, foi à SIC explicar-se, mas mais lhe valeria lá não ter ido.

Na verdade, cometeu um erro de palmatória ao contrapor às afirmações dos jogadores do Sporting - que terão ouvido pelo intercomunicador que José Cardinal teria dito a Lucílio Baptista que "não é" (penalty, claro!) - que o que o homem teria dito é que "não vê"!

E repetiu isto à saciedade, caramba!

De tal forma que, a cada repetição, mais deixava no espírito de quem o ouvia - e via... - a "certeza" de que José Cardinal lhe terá dito mesmo que "não é" (penalty, claro!).

É que ou José Cardinal é completamente desprovido de capacidade de falar direito ou jamais poderia ter dito "não", quando quereria dizer "não vi".

A terceira pessoa do singular utilizada com tanto empenho por Lucílio Baptista na explicação que deu na TV, parece ter surgido, como rima de pé quebrado, para caber no verso, ou seja, justificar o injustificável. Mas verso de pé quebrado e rima forçada é de poeta menor, como se sabe.


É curioso que Lucílio Baptista tenha tido tanto cuidado em aplicar, mesmo no decurso da explanação da explicação (disse bem, da explanação da explicação, tal a atrapalhação na justificação do que não tinha justificação possível...) não o pretérito perfeito simples (1ª pessoa do singular), como se justificava, mas sempre o presente do indicativo (3ª pessoa do mesmo singular), excepção feita, salvo erro, a uma ocasião - por lapso, certamente - em que referiu o seu colega "não viu". Mas foi uma única vez, talvez um lapsus linguae. De resto, referiu sempre "não vê". A lição parecia ter sido estudada à vol d'oiseau.

Em aparte: Curiosa a postura de Maria João Ruela. Estava com uma enorme vontade de rir e parece ter sido com alguma dificuldade que conseguiu sustar uma sonora gargalhada.

E por que terá sido que o Lucílio arranjou tal justificação de pé quebrado? Talvez porque "não vi" não é confundível com "não é", mas "não vê", sim, já o é. E, deste modo, os jogadores do SCP nunca poderiam ter ouvido dizer "não vi" e confundir com "não é", mas, para o efeito, já seria admissível que tivessem ouvido "não vê".

Hai capito?

Ah, futebolês luso! Cada vez mais na mesma!

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Tudo isto. porém, não justifica a vergonhosa campanha que o Sporting vem fazendo de há muito tempo para cá. São, pelo que afirmam, os "coitadinhos" do futebol indígena. Ora, quantas vezes foi já o clube indecentemente beneficiado com erros escandalosos dos árbitros? Só para falar da presente época. Quantas?! Nem eles se lembram!

Se está tão incomodado com a falta de transparência no futebol, a única atitude que tem que tomar é exigir a introdução:

- de meios electrónicos para avaliação destes casos;

E, já agora,

- do controlo anti-doping em cada jornada da Liga.

Alguma vez o SCP ou alguém por ele o fez? Como, por exemplo, o SLB e dirigentes seus o têm feito? E por que será que o não fez nem faz? Tal como não o fez - nem faz nem jamais fará - o FCP?

Toda a choradeira é, assim, apenas treta para engrolar parvos. E parece que tem engrolado uns quantos, muito embora nada ganhe com isso, o clube-choramingas (entenda-se clube dos dirigentes choramingas, já que o clube é mesmo grande e não chorão).

Se o SL Benfica tivesse a mesma atitude, por certo que ainda hoje andaria a lamuriar-se da "roubalheira" de que foi alvo no jogo contra o FC Porto, nas Antas, que lhe tirou dois pontos e deu um ao adversário, o que, não tendo acontecido, faria com que, neste momento, o Benfica fosse o segundo classificado, a dois pontos dos portistas e à frente do SCP. Como aconteceu, está em terceiro, a cinco pontos do FCP e atrás do SCP. E uma coisa é estar em segundo a dois pontos do 1º lugar, nesta altura do campeonato, e outra, bem diferente, é estar a cinco e em terceiro.

É bem certo que, para se ser grande é preciso estofo... Por outro lado, não é também verdade que "é feio um homem choramingar"? Para mais em público!?...
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domingo, 22 de março de 2009

2064. Taça da Liga em "flashes"




Lucílio Baptista (- 5) esteve ao seu nível, ou seja, mal... muito mal.

- Assinalou um penalty que só ele viu e que muito influiu no resultado final;
- em consequência, expulsou Pedro Silva, sem qualquer razão;
- deixou que Derlei fizesse o que quis.

Derlei (- 4)

- Passou o jogo inteiro a agredir adversários e a simular faltas sobre si. Nunca vi tantas faltas e anti-desportivismo passarem em claro num só jogo.

Pedro Silva (- 5)

- A razão que tinha na história do penalty que não existiu e na expulsão que não se justificou, perdeu-a toda com as atitudes lamentáveis que assumiu a seguir e quando da entrega das medalhas.

Quique (- 2)

- Não acerta uma. Ontem, foi com a questão dos marcadores dos penalties. Por mero acaso teve sorte. Mas, se as coisas dessem para o torto, teria todas as responsabilidades, uma vez mais. Tirar o Nuno Gomes e o Reyes quando se aproximava a hora dos penalties só lembrava mesmo ao Quique.

Paulo Bento (- 3)

Aquela choradeira raivosa habitual é de um mau gosto atroz. E é recorrente neste tipo de atitudes. Mesmo quando é beneficiado. E tem-no sido frequentemente. Paulo Bento está bem no centro da razão dos comportamentos lamentáveis do Pedro Silva e do Derlei. Se o treinador se porta assim, como é que os treinados podem portar-se com mais dignidade?

Quim (+ 5)

Defender três penalties seguidos em cinco tentativas acontece talvez uma vez na vida e apenas a alguns afortunados. Salvou a noite do Benfica e do espectáculo, tendo dado mais uma prova de que Quique precisa de que alguém o desperte para umas quantas realidades. Se aquilo foi uma vingança, Quim está bem vingado.
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2063. Freeport - A prova do suborno


José Sena Goulão, Lusa
/ Pedro Catarino


Manuel Pedro (à esq.) e Charles Smith foram ouvidos pelas autoridades por tráfico de influências

Manuel Pedro (à esq.) e Charles Smith
foram ouvidos pelas autoridades
por tráfico de influências

22 Março 2009 - 02h13

Fax já está nas mãos da PJ e DCIAP

Smith entrega prova de suborno no Freeport

Charles Smith, arguido suspeito de tráfico de influências no caso Freeport, entregou à Polícia Judiciária de Setúbal e aos magistrados do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) um fax que comprovará uma tentativa de suborno no processo do outlet de Alcochete.
CManhã.
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sexta-feira, 20 de março de 2009

2062. Frases de alunos brilhantes

Caudal é quando o rio vai correndo para a frente
e deixa um bocadinho para trás

Gentileza de Azurara
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2061. Freeport - Em causa as reuniões com Sócrates


Rui Minderico / A-gosto.com









20 Março 2009 - 00h30

Interrogatório: Ex-autarca questionado sobre reuniões com Sócrates

Caso Freeport:
Polícia insiste no nome de José Sócrates


Os quatro investigadores da Polícia Judiciária de Setúbal que ontem ouviram durante três horas o antigo presidente da Câmara de Alcochete Miguel Boieiro centraram as questões nas relações deste com José Sócrates, Manuel Pedro e Charles Smith. Ao que o CM apurou, em cima da mesa esteve também um documento no qual, segundo fonte ligada ao processo, "era sugerido aos investidores ingleses a possibilidade de darem algum dinheiro para quatro forças políticas, onde estava incluído o PS, na altura partido do Governo".
CManhã - 20.032009
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quinta-feira, 19 de março de 2009

2060. Freeport - Movimentos na Bolsa (2001)

Especial - 03/19/2009
Celestino movimentou 503 mil contos em acções

A Procuradoria-Geral da República diz que "os magistrados que detêm a investigação confirmam que os documentos não pertencem ao processo Freeport"



Celestino Coelho Monteiro movimentou na Bolsa, através da empresa offshore Medes Holdings LLC, pelo menos 503.482.794$00, ou seja 2.511.361,59 euros, com a compra e venda de 809.264 acções, só de Fevereiro a Maio de 2001. Os dados constam dos documentos que foram divulgados na Internet, a que o 24horas teve acesso, e que revelam transacções e compras de um dos tios do primeiro-ministro José Sócrates nos anos de 2000 a 2004. Estes documentos terão desaparecido de uma casa de Celestino Monteiro, em Lisboa (ver ao lado).

A assessoria de imprensa da Procuradoria- Geral da República esclareceu ao 24horas que, segundo informação do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, "os magistrados que detêm a investigação confirmam que aqueles documentos não pertencem ao processo Freeport". O 24horas tentou contactar várias vezes Celestino Coelho Monteiro, mas sem o conseguir. Nos extractos bancários do BNC Internacional (Cayman) – entidade bancária desactivada em 2006 pelo Banco Popular, que absorveu o Banco Nacional de Crédito – há registo de transacções nos meses de Fevereiro e Março e depois de 2 a 4 de Maio de 2001.

Mais de 800 mil títulos movimentados

A Medes vendeu 458.906 acções tendo comprado 350.358 acções, movimentando a empresa os mais de 503 mil contos (nos extractos consultados há uns que apresentam os valores em escudos – o euro só entraria emvigor a 1 de Janeiro de 2002 – e outros, com a indicação de se tratar de uma "2.ª via", em euros. Há um outro documento que refere transacções na Bolsa – a 16 de Maio de 2001 –, mas que não esclarece a natureza desses movimentos: trata-se de uma folha sem qualquer timbre e não indicando se trata de venda ou compra de títulos. Em baixo, na mesma página, há notas manuscritas de um aparente deve e haver de transacções na Bolsa, todas posteriores a 17 de Maio de 2001. Os extractos do BNC revelam um interesse variado da Medes na sua carteira de títulos: Sonae.com, EDP, Telecom, Novabase, Grão- Pará, Jerónimo Martins, Portucel ou Pararede são algumas das empresas cotadas que mereceram a atenção de Celestino Coelho Monteiro e dos seus sócios.

A Medes é uma empresa offshore sediada no estado americano do Wyoming e de subsidiárias, nomeadamente em Gibraltar. A acompanhar os referidos extractos estão várias "declaration of trust" que referem os nomes de Celestino Júlio Coelho Monteiro, Carlos César da Silva Coelho Monteiro, Diana Olímpia Pinto da Silva Coelho Monteiro e Elvira Fernanda Pinto da Silva Monteiro, todos com o mesmo domicílio, um andar na Av. Almirante Reis, em Lisboa. Uma acta da empresa confere-lhes poder para "abrir e movimentar, solidariamente" as suas contas.

24 Horas

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2059. Citação do dia

Em Washington vai uma grande confusão acerca de quem é a culpa. Uns dizem que é dos Democratas, outros que é dos Republicanos. Pois bem, assumo eu a responsabilidade, porque para isso sou o presidente.
Barack Obama

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Exactamente como cá, onde os chefes também são ligeiros a assumir as culpas do que corre mal.
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2058. Frases de alunos brilhantes

Click, para ampliar

Gentileza de Azurara
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quarta-feira, 18 de março de 2009

2057. O verdadeiro amor!

Click, para ampliar e melhor poder apreciar esta masterpiece da Poesia lusa

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2056. Esperança(s) de vida

Relatório europeu
Esperança de vida saudável entre as mulheres portuguesas é menor do que em 1995
11.03.2009 - 23h37 Alexandra Campos, Andreia Sanches

Os portugueses vivem hoje quase dez anos mais do que há três décadas. Mas "a esperança de vida saudável tem diminuído nos últimos dez anos", sobretudo entre as mulheres, segundo o Relatório Conjunto sobre Protecção Social e Inclusão Social de 2009, da Comissão Europeia.

O documento foi debatido esta semana em Bruxelas. E, no capítulo da saúde, surgem números como este: a esperança média de vida de uma criança do sexo feminino que tenha nascido em Portugal, em 2006, era de 82,3 anos - o que supera a média da União Europeia (UE). Já o tempo que este mesmo bebé português pode esperar viver sem qualquer incapacidade ou limitação por questões de saúde é de apenas 57,6 anos, segundo os cálculos do Eurostat apresentados. Menos 5,5 anos do que em 1995.

É preciso olhar para este indicador com muito cuidado porque "tem pouca fiabilidade", defende Mário Carreira, especialista em saúde pública da Direcção-Geral de Saúde. E isto porque o indicador "esperança de vida sem incapacidade" (esta será a designação mais correcta, segundo o médico) está fortemente dependente da qualidade dos inquéritos e estudos feitos nos diversos países. Ora, este tipo de informação em Portugal é "um pouco deficiente", sublinha. Basta olhar para a periodicidade dos inquéritos nacionais de saúde (o último foi feito em 2005/2006, quando o anterior era já de 1998/1999) para perceber que há "hiatos muito grandes" entre estes estudos.

O especialista admite, contudo, que poderá haver algumas razões objectivas que expliquem um agravamento do indicador, nomeadamente o aumento da prevalência da obesidade em Portugal. Seja como for, o relatório traça uma tendência: os europeus (e os portugueses) vivem hoje mais anos. As mulheres mais do que os homens. Mas são também elas que passam mais anos com alguma incapacidade.

A tendência na UE foi para a esperança de vida saudável aumentar. Portugal, tal como a Finlândia ou a Grécia, faz parte do grupo onde se passou o inverso. Mesmo entre os homens. Se não veja-se: a esperança de vida saudável para um homem português era, em 2000, de 60,2 anos; em 2006 voltava ao nível de 1995 - 59,6.

A Comissão nota que a pobreza e desigualdade de rendimentos continuam a ser "problemas estruturais graves" do país, mas elogia várias medidas que têm sido tomadas. Por exemplo: "As reformas no sector da saúde estão a produzir efeitos positivos" Fica, contudo, um desafio: são precisas "políticas globais para melhorar o estado de saúde da população".

Público

O "negrito/bold" é do Blog.

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2055. E a ética, ó Manel?

O treinador do Al-Ahly (Egipto), Manuel José, disse ontem que Quique Flores é o principal culpado pela situação em que o Benfica se encontra neste momento. 'A direcção e o director desportivo tudo fizeram e tudo deram para que os resultados fossem diferentes', afirmou à TSF.
CManhã 2009.03.18


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- E a ética, ó Manel? Onde está ela? Ficou na gaveta na despensa? Ouve cá, estavas tão aflito que não podias ter deixado que isso fosse dito por outro? Tinhas que ser mesmo tu?

Esta coisa de - a alguns treinadores portugueses que, logo que conseguem averbar meia dúzia de vitórias, mesmo que com clubes e em campeonatos de saldo - dar para desatarem a bojardar, como se estivessem a perorar do Olimpo a todo o povoléu circundante, é atávica, não?

Eu até sou de opinião que o homem tem razão, pois que o principal culpado - a grande distância dos restantes - é mesmo o Quique. E tenho-o afirmado várias vezes e em várias circunstâncias, ao longo destes últimos cinco meses. Acontece, porém, que, ao contrário de Manuel José, não sou colega de profissão do filho de Carmen Florez e de Isidro Sanchez!...

Manuel José tem destas coisas... Sempre que, em face do trabalho que apresenta, começo a alterar a ideia que um dia fiz dele, pimba!, lança mais uma bojarda que tudo arrasa. Será congénito?
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2054. Frases de alunos brilhantes




Em 2020 a caixa de previdência
já não tem dinheiro para pagar aos reformados,
graças à quantidade de velhos que não querem morrer.





Gentileza de Azurara


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