Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

terça-feira, 24 de março de 2009

2067. Nem só a Rádio Moscovo não falava verdade...

Portugal é, de há uns bons anos para cá, assolado por sucessivas ondas de demagogia desenfreada, em quase todas as áreas da actividade humana.

A última delas - também veiculada pelo governo que nos calhou em desdita, porque convém aos seus interesses - é a de que a crise económica que se abateu pelo mundo está a tornar extremamente difícil a vida dos portugueses, em geral.

Ora, nada mais falso.

Essa crise existe, sim, mas apenas para aqueles que tiveram a desdita de perder o emprego ou o procuram pela primeira vez.

Quanto aos restantes - incluindo os que trabalham por conta de outrem, bem como os pensionistas e reformados - efectivamente não foram, até ao presente, de modo nenhum prejudicados com a crise. Muito pelo contrário, com ela estão a beneficiar um pouco.

* Nada perderam, porque os rendimentos que auferiam antes não sofreram corte nem redução;
* Algo ganharam, porque, como é bem sabido, em número razoável de casos, mesmo os custos dos bens de sobrevivência quotidiana baixaram de forma notória.

Donde se extrai que o montante dos ordenados, vencimentos e pensões chega hoje para a aquisição de bens que antes não chegavam de forma nenhuma.


Esta é a realidade que ninguém se atreve a vir para a praça pública evidenciar, certamente por não ser considerado politicamente correcto, mas que, em nome da verdade e do que é justo, é bom que não seja escamoteado, sob a capa da demagogia infrene que campeia pelo País.

Outra coisa é a situação de penúria em que já muitos portugueses viviam antes do surgimento da crise a nível mundial. Penúria a que os tinham conduzido as desastradas e, em alguns casos, criminosas políticas que têm vindo a ser seguidas de há muitos anos a esta parte. A interna, portanto.

Adaptando aos tempos que correm célebre frase do antigamente, lá do tempo da outra senhora, apetece dizer:


A verdade é só uma;
os demagogos não falam verdade.
- isto é, são mentirosos -
...
...

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