Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

1754. A verdadeira "cidade" vermelha

Nos nunca por demais glorificados tempos áureos do PREC (processo revolucionário em curso), dos felizmente "idos" de 1975, em que houve uma forte e muito agressiva tentativa no sentido de fazer de Portugal uma mera imitação de Cuba no extremo da Europa Ocidental, tornando-o satélite da União Soviética, entrou em uso as pessoas denominarem Setúbal, a bela terra de Manuel Maria Barbosa du Bocage, de "cidade vermelha", por se entender que aqui havia mais comunistas por m2 do que no próprio Kremlin.

Chegado de África a esta terra - que apenas conhecia de ter cá passado um dia por altura dos meus 15 anos - em Setembro de 1977, tive o gratíssimo prazer de, em 15 de Dezembro de 1979, encabeçar uma lista de candidatura aos órgãos sociais da Santa Casa da Misericórdia, que se saldou pela primeira derrota eleitoral do Partido Comunista Português na região, em 5 anos. Essa é glória que ninguém ma tira...

Nunca mais ti
veram a oportunidade de lá meterem os pés e tudo arrasarem.

Foi então que
começou a tornar-se claro para as pessoas - as que não conheciam a cidade - que, afinal, Setúbal não era assim tão vermelha como se dizia. De então para cá as coisas formam-se normalizando, claro.

* * *

A propósito de localidades vermelhas, descobri, finalmente descobri, a verdadeira "aldeia vermelha".

Fica situada no departamento de Corrèze, região de Limousin, com capital na célebre Limoges, no centro, ligeiramente desviado no sentido oeste, de França.

Trata-se de uma aldeia vinda dos tempos medievais, chama-se
Collonges (la rouge) e é belíssima, como se pode ver pelas fotos juntas. Trata-se de uma zona de excelentes paisagens e de turismo de habitação de alta qualidade. Se passar lá perto, não se esqueça de dar um salto. Vale a pena!



















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...

8 comentários:

Anónimo disse...

protesto !

dantes, era entre os comunas e nós
agora há um outro combate
entre os oportunistas ( de todos os partidos ) e as pessoas sérias ( de todos os partidos )

a guerra portanto continua

dp

Ruvasa disse...

Viva, dp!

E tem toda a razão para protestar, sim senhor.

Os comunistas eram chatos como a potassa, mas os oportunistas não o são nada menos.

Há que dar-lhes combate também.

Abraço

Ruben

Isabel Magalhães disse...

Ruben;

Gostei muito dos dois apontamentos.

Por motivos que não vêm agora ao caso conheço muito bem Setúbal desde os meados dos anos 60 e nunca deixei de acompanhar a situação política da cidade após o 25. Tenho até o hábito de ler 'O SETUBALENSE' online, imagine...! ;)

A França, pois, a França oferece belíssimas paisagens a par da gastronomia, queijos e vinhos (de vinhos não sou apreciadora mas gosto de 'Champagne') e sou cliente de 'Turismo rural' sempre que encontro algum no caminho.

Boa semana para si e para a Isabel. ;)

Bj

I.

Anónimo disse...

Viva, Isabel!

Infelizmente a cidade que se dizia que era vermelha mnas não era tem estado entregue à "bicharada", razão por que estagnou no tempo, há uns bons anos e deixou-se ultrapassar por quase todas as aldeias galegas dos arredores.

Obrigado pelos votos e igualmente

Ruben

Jorge Pinheiro disse...

Nos tempos que correm já nem sei o que é melhor, se os comunas, se os corruptos. Francamente estamos entregues à cobiça (como, aliás, sempre aconteceu em Portugal,desde os tempos dos Descobrimentos). Quanto à cidade "vermelha", espero que ao lado haja uma verde!

Ruvasa disse...

Viva, Jorge!

Tem razão. Pelo menos corruptos eles não são. De modo geral, claro.

* * *

Quanto a haver ao lado da cidade vermelha algo verde, claro que há: the jungle!

;-)

Abraço

Ruben

Maria Augusta disse...

Conhecia a cidade rosa aqui na França, que é Toulouse, mas a cidade vermelha ouço falar pela primeira vez. As fotos estão belíssimas, vou anotar seu nome para não perder a oportunidade de visitá-la quando for por aqueles lados.
Um abraço.

Ruvasa disse...

Viva, Maria Augusta!

Não conheço Toulouse, mas conheço a zona do granito rosa, Ploumanach, bem como Rennes, Brest, Quimper e por aí abaixo até Pau e Lourdes e Biarritz, e também toda a zona sudeste, com Grenoble, Montpéllier, Avignon, Marselha, Mónaco, etc. O resto está guardado para mais tarde, porque primeiro as mais distantes, enquanto há força nas pernas. Como a Itália já está toda, de alto a baixo, incluindo a Sicília, e a Espanha também (por várias vezes) já falta pouco.

Abraços

Ruben