Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

1885. Setubalenses ilustres – “Beato André de Setúbal”

«(…)


Setúbal tem um, de entre os seus filhos, que a Igreja considerou digno das honras dos altares, beatificando-o.


Trata-se do missionário e mártir capuchinho, Frei André de Setúbal, que o Padre Santo Leão XIII beatificou em 30 de Abril de 1893.


Dele escreveu autor do “Agiológio Lusitano” (datado de há mais de três séculos e escrito pelo Pe Jorge Cardoso):


Em Talapim, Reino de Ceilão, se verificou o triunfo de Frei André de Setúbal, a quem procriou esta nomeada e célebre vila, para esplendor da Província de Santo António de Portugal de que foi benemérito filho.


O ardente zelo da salvação das almas e exaltação da nossa Santa Fé o levou à Índia com outros religiosos da mesma Província e perfilhado na de São Tomé fez grande fruto nas suas pregações e confissões naquele Estado. E, como soubesse que tinha o governo de Ceilão um soberbo e pérfido dinasta, ao qual ninguém se atrevia a pregar, ele, confiado ao Céu que lhe não havia de faltar com suas benignas influências, alcançada licença dos prelados, foi ao Castelo onde morava, levando debaixo do manto um Crucifixo que arvorou à sua à sua vista, declarando-lhe a obrigação que têm as criaturas de conhecer o seu Criador, guardar a Lei Divina e obedecer ao Vigário de Cristo na Terra.


O idólatra, enfadado do atrevimento, sem lhe falar palavra, o mandou alancear em sua presença e, não bastando isto, degolar à espada em que alcançou a vitória.


E despindo-o logo os índios para se aproveitarem do pobre saial foi-lhe achada uma jaqueta de aspérrimos cilícios que era o peito de armas que levava para rebater as lançadas com que muitos se confundiram e admiraram.


(…).»

Setubalenses Homens Ilustres da Igreja – Óscar Paxeco – ed. Junta Distrital de Setúbal - 1966

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2 comentários:

Paula Raposo disse...

Não sabia. Beijos.

Ruvasa disse...

Viva, Paula!

Mas há mais. E nem estou a falar dos sempre apontados Manuel Maria e Luísa Todi

Vou trazê-los cá também.


Beijos

Ruben