Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

quarta-feira, 4 de março de 2009

2014. Mais claro e inocente?

Pinto da Costa mantém mistério sobre reunião

Carolina garantiu em tribunal ter visto entregar envelope a Augusto Duarte
00h30m
NUNO MIGUEL MAIA

Pinto da Costa garante que o encontro suspeito com Augusto Duarte, a 16 de Abril de 2004, em sua casa, aconteceu a pedido do árbitro por causa de um "assunto familiar e particular" que mantém, para já, em segredo

No início do julgamento no Tribunal de Gaia, em que, a par do árbitro e do empresário António Araújo, é acusado de corrupção desportiva, o presidente do F. C. Porto alegou que a visita nada teve a ver com o jogo que iria realizar--se, dois dias depois, em Aveiro, contra o Beira-Mar. Até porque, segundo explicou, naquela altura já "sabia que estava sob escuta".

"O encontro tinha sido pedido antes de saber que ele foi nomeado. E se fosse para combinar algo de ilícito, não o teria feito através do telefone e em minha casa", disse o dirigente portista, perante a juíza Catarina Ribeiro de Almeida, insistindo no interesse diminuto da equipa naquele jogo.

"Sabíamos que para sermos campeões só precisaríamos de ganhar dois jogos em casa. Na altura, disse a António Araújo que ainda bem que o jogo com o Beira-Mar não é importante, se não a presença do árbitro poderia gerar especulações".

Sobre o teor do encontro, Pinto da Costa limitou-se a dizer que a conversa durou cerca de dez minutos, a sós, com o árbitro Augusto Duarte, e que se tratou de um "assunto familiar e particular que não envolve dinheiro nem futebol". "Posso revelá-lo, se as pessoas autorizarem", sublinhou. Porém, Augusto Duarte faltou ao tribunal - apresentou atestado de "incapacidade para o trabalho" -, tal como o seu pai, Azevedo Duarte, na altura vice-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação de Futebol e motorista do autarca de Braga, Mesquita Machado. Noutra fase do interrogatório, o dirigente adiantou que o assunto envolve ainda Pinto de Sousa, então líder máximo da arbitragem federativa.

(...)

JN - 2009.03.04 - segue aqui.

* * *

Estranhezas:

- "sabia que estava sob escuta"

Quem é que, sabendo isso, mesmo nada tendo a temer, se presta a tal "confusão"?

- "assunto familiar e particular"...

...que leva o árbitro a não ter mais ninguém a quem recorrer.

- "assunto familiar e particular que não envolve dinheiro nem futebol"

E, para isto, foi o árbitro lá a casa, precisamente dois dias antes do jogo.

Não estranheza:

"pura coincidência",

Nada de anormal na circunstância de o encontro ter ocorrido dois dias antes do jogo. Também podia ter sido depois. As pessoas têm honra.

Estranheza maior:

O título da notícia, "Pinto da Costa mantém mistério sobre reunião". Por que se insiste nisto, se o homem já esclareceu o mistério? O árbitro foi lá a casa, dois dias antes do jogo, por causa de assunto familiar e particular.

Chegou, tirou o chapéu, cumprimentou e pigarreou, preparando-se para dizer ao que ia, entregou o que levava - aflição e pedido de socorro moral - recebeu o que procurava - conselho amigo e palmadinha nas costas - esteve lá dez minutos, cumprimentou novamente, recolocou o chapéu e... foi-se.

Mais claro e inocente do que isto?!

...

2 comentários:

Unknown disse...

Viva Caro Amigo:
O D.Corleoni também nunca sabia...nada.
Um abraço.
dp

Ruvasa disse...

Viva, Diamantino!

P's'táclaro!

Abraço

Ruben