Olhe que não! A coisa é recorrente. Há 138 anos já era assim:
Estamos perdidos há muito tempo...
O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada.
Os caracteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte, o país está perdido!
Algum opositor do actual governo?
NÃO!
Quem o dizia? Eça, quem mais?
...
Quem o dizia? Eça, quem mais?
4 comentários:
Caro Ruben
Guerra Junqueiro também disse algo semelhante. Mas depois disso todos se calaram.
Abraço
Ruben;
Há pouco escrevi sobre isto num blog que frequento com alguma assiduidade mas fui ainda mais longe, à Fundação do Reyno e, com raras e honrosa excepções, sabemos que foi quase sempre assim.
Deixo duas perguntas:
1. Temos o governo que merecemos?
2. É uma questão de atitude e a nossa atitude é má?
Abraço
I.
Viva, forteifeio!
Pois. Devem ter pensado que "falar, para quê?" isto há-de ser sempre assim.
Não, não tem que ser forçosamente assim.
Abraço
Ruben
Viva, Isabel!
À questão 1, respondo: sim
À questão 2, respondo: claro que sim!
Abraço
Ruben
Enviar um comentário