Ridicularizado: director da PJ diz que ninguém leva a sério Marinho Pinto
por Pedro Sales Dias
por Pedro Sales Dias
A Ordem dos Advogados está em guerra civil. Mas a destituição do bastonário é juridicamente duvidosa
"Mas houve alguma condenação por tortura?". Perplexo, o director nacional da Polícia Judiciária, Almeida Rodrigues, reage assim à polémica acusação do bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, no âmbito do caso Joana. Após a condenação dos inspectores, o bastonário afirmou-se "satisfeito" por se ter "comprovado o que se temia": "que há tortura nas instalações da PJ". Sem mais, Almeida Rodrigues disse ao i que o bastonário tem "um estilo próprio e já ninguém o leva a sério".
Não são só os polícias que olham para Marinho Pinto e não querem acreditar no que ouvem. No Jornal Nacional da TVI de sexta-feira, a fúria do bastonário contra Manuela Moura Guedes tornou-se o "hit" do momento fora e dentro da classe. "O melhor reality show do século XX, XXI e XXII", diz José Miguel Júdice. A Ordem dos Advogados vive um clima de guerra civil e os advogados contactados pelo i dizem que as declarações do bastonário estão a passar todos os limites. Está a correr uma petição para que seja convocada uma assembleia geral para levar à "imediata destituição" do bastonário e à "designação de uma comissão administrativa para gerir os destinos da Ordem até à tomada de posse dos novos órgãos eleitos".
Mas se são cada vez mais os que afirmam ter perdido a confiança no seu representante, a substituição a meio do mandato por via de uma assembleia-geral não está prevista nos estatutos, deixando a classe de mãos atadas perante "um processo de descredibilização em curso" da profissão.
"I" - 2009.05.25
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