Estado do Sítio
Os embustes, como é óbvio, são caros e são pagos religiosamente pelas empresas de comunicação social que assim compram e vendem gato por lebre aos seus clientes. Houve mesmo o caso de duas televisões que, não satisfeitas com isso, manifestaram um enorme masoquismo ao divulgarem na noite das Europeias mais dois embustes sobre as legislativas do Outono. As explicações dos especialistas são, por si só, extraordinárias.
Os embustes estavam certíssimos, acontece que os manhosos dos eleitores deste sítio pobre, triste, deprimido e cada vez mais mal frequentado mudam de opinião no dia de reflexão ou andam semanas a fio a enganar os competentes técnicos das empresas que fabricam estes embustes. Esquecem-se, como é evidente, das justificações que davam para as subidas inesperadas do partido do senhor presidente do Conselho. Era o chamado efeito Sócrates. Isto é, quando o senhor presidente do Conselho vestia a pele de secretário-geral do PS às segundas, quartas e sextas os embustes registavam logo uma subida dos socialistas, mas quando o senhor presidente do Conselho andava em propaganda na pele de presidente do Conselho às segundas, terças, quartas, quintas e sextas nada de especial acontecia nos resultados dos embustes. Mas, agora que as Europeias já lá vão, novos embustes se preparam cuidadosamente nos gabinetes dos especialistas. Desta vez com a introdução do efeito Manuela.
As esperadas descidas do PSD vão ser minuciosamente explicadas com o efeito Manuela, devido à falta de jeito e má imagem da líder do PSD junto do eleitorado. Outro galo cantaria, evidentemente, se os sociais-democratas tivessem outro cabeça-de-cartaz, como Paulo Rangel, por exemplo, o grande vencedor das Europeias para especialistas, politólogos, comentadores, analistas e mais uns tantos vigaristas que andam por aí aos saltos. E, como nada vai mudar neste sítio manhoso, irresponsável e incorrigível, os indígenas têm de passar a olhar para as sondagens como uma mera banha da cobra para o menino e para o velhinho.
O efeito Manuela
As sondagens foram o que foram. Um enorme embuste vendido semanas a fio com o partido do senhor presidente do Conselho sempre à frente, umas vezes destacado, outras em situação de empate técnico com o PSD. Mas, se na frente o embuste era este, na cauda do pelotão partidário o CDS era dado mais uma vez como moribundo, sem hipóteses de eleger qualquer eurodeputado.Os embustes, como é óbvio, são caros e são pagos religiosamente pelas empresas de comunicação social que assim compram e vendem gato por lebre aos seus clientes. Houve mesmo o caso de duas televisões que, não satisfeitas com isso, manifestaram um enorme masoquismo ao divulgarem na noite das Europeias mais dois embustes sobre as legislativas do Outono. As explicações dos especialistas são, por si só, extraordinárias.
Os embustes estavam certíssimos, acontece que os manhosos dos eleitores deste sítio pobre, triste, deprimido e cada vez mais mal frequentado mudam de opinião no dia de reflexão ou andam semanas a fio a enganar os competentes técnicos das empresas que fabricam estes embustes. Esquecem-se, como é evidente, das justificações que davam para as subidas inesperadas do partido do senhor presidente do Conselho. Era o chamado efeito Sócrates. Isto é, quando o senhor presidente do Conselho vestia a pele de secretário-geral do PS às segundas, quartas e sextas os embustes registavam logo uma subida dos socialistas, mas quando o senhor presidente do Conselho andava em propaganda na pele de presidente do Conselho às segundas, terças, quartas, quintas e sextas nada de especial acontecia nos resultados dos embustes. Mas, agora que as Europeias já lá vão, novos embustes se preparam cuidadosamente nos gabinetes dos especialistas. Desta vez com a introdução do efeito Manuela.
As esperadas descidas do PSD vão ser minuciosamente explicadas com o efeito Manuela, devido à falta de jeito e má imagem da líder do PSD junto do eleitorado. Outro galo cantaria, evidentemente, se os sociais-democratas tivessem outro cabeça-de-cartaz, como Paulo Rangel, por exemplo, o grande vencedor das Europeias para especialistas, politólogos, comentadores, analistas e mais uns tantos vigaristas que andam por aí aos saltos. E, como nada vai mudar neste sítio manhoso, irresponsável e incorrigível, os indígenas têm de passar a olhar para as sondagens como uma mera banha da cobra para o menino e para o velhinho.
António Ribeiro Ferreira, Jornalista
in CM 2009.06.15
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in CM 2009.06.15
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