Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

segunda-feira, 22 de junho de 2009

2348. Sondagens debaixo de olho

Eleições: Falhanço nas europeias gera consenso entre os críticos

Sondagens sob maior fiscalização


Os erros das sondagens pré-eleitorais nas europeias deste mês esgotaram a paciência dos dirigentes partidários. Desta vez, face ao enorme desvio entre as previsões e os resultados definitivos, todos os partidos políticos defendem que as sondagens sejam doravante auditadas. E a própria Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) quer implantar medidas para melhorar a fiabilidade das sondagens.

Por terem sido os partidos mais penalizados nas europeias, PSD e CDS são os defensores mais enérgicos das auditorias às sondagens pré--eleitorais. José Luís Arnaut, do PSD, é categórico: "As auditorias são uma forma de haver mais controlo sobre as sondagens" mas, para já, "é preciso fazer uma reflexão, porque a actual situação leva a situações de desigualdade". Pedro Mota Soares, do CDS, adopta uma posição semelhante: "Não é normal termos sistematicamente os mesmos erros nas sondagens, por isso é preciso haver auditorias".

Os próprios partidos à Esquerda partilham desta análise: Como "nem todas as sondagens têm o mesmo rigor e obedecem ao mesmo grau de exigência na sua preparação", Miguel Portas, do BE, é "favorável à auditoria das sondagens". Também Vasco Cardoso, do PCP, defende auditorias, constando que "as sondagens têm um papel muitas vezes mais de formação do que da aferição da opinião". Do lado do PS, a quem os estudos de opinião davam a vitória, Capoulas Santos considera que "tudo o que possa contribuir para as sondagens serem um sistema de informação ao eleitorado e não um sistema de manipulação eleitoral, é positivo". Para já, a ERC garante que, ainda antes das legislativas, será criado um grupo de trabalho. Afirma Azeredo Lopes, presidente da ERC, que esse grupo terá como objectivos "fazer um diagnóstico da actual situação e apresentar propostas para reforçar a fiabilidade das sondagens".
CM 209.06.22

Segue aqui.

* * *

O problema, porque se trata de um verdadeiro problema de regime, que muito tem que ver com a democraticidade de procedimentos é, quanto a mim, de resolução muito simples.

Trata-se de uma solução de efeitos seguros.


À semelhança do que acontece com os partidos que, quando se verifica não terem um número mínimo de inscritos, são declarados extintos (diz a lei, porque, como é sabido, não há leis cumpríveis em Portugal), é possível adoptar uma solução semelhante para as empresas de sondagens. A saber:

As empresas de consulta de opinião política que, em três eleições seguidas ou cinco interpoladas, apresentem, na semana que precede a eleição, resultados divergentes dos depois verificados na votação real, em mais de 5%, ficam proibidas de, por si ou por interposta pessoa ou entidade, sob qualquer forma, publicitar quaisquer resultados, pelo período de três anos.

Vai uma aposta em como, a aplicar-se uma solução destas, pelo menos uma das que conhecemos, teria já sido bem penalizada e todas elas estariam a apresentar resultados muito mais conformes à realidade?

E, se o não fizessem, tal circunstância deveria ser levada à conta de efectiva incapacidade de análise, melhor dito, incompetência, pelo que, pura e simplesmente deveriam ser extintas.
...

Sem comentários: