O estudo, elaborado por 175 cientistas brasileiros e de outros países, foi citado no livro "Plantas Raras do Brasil", que é lançado hoje, no LX Congresso Brasileiro de Botânica.

Desflorestação, incêndios e construção urbana são as principais ameaças à flora brasileira.

No ano passado, o Ministério brasileiro do Ambiente publicou uma lista de 472 espécies de plantas em perigo.

Um responsável da organização ecológica Conservação Internacional que participou no estudo, José Maria Cardoso da Silva, explicou ao jornal brasileiro O Globo que a diferença entre as duas listas resulta da "diligência conservadora" do Ministério do Ambiente, que omitiu as plantas raras.

"O nosso critério foi o de que as plantas raras estão automaticamente ameaçadas devido à pressão exercida sobre elas", esclareceu Cardoso da Silva.

O estudo enumera igualmente 752 zonas consideradas como "estratégicas para a preservação da biodiversidade do país", prevendo que metade delas, que cobre 16 por cento do território nacional, esteja degradada.

A maior parte das plantas ameaçadas encontra-se no ecossistema da floresta Atlântica, onde vivem perto de 70 por cento dos brasileiros e onde apenas resta 7,26 por cento da cobertura vegetal de origem.

A região do Sudeste do Brasil, a mais populosa, é a que apresenta mais espécies em vias de extinção.