Aqui há muitos anos, para aí uns 45 (imagine-se!), em Moçambique (e creio que também em Angola) os abusos com os carros do Estado atingira tais proporções que houve que tomar medidas drásticas.
Pensou-se no assunto... pensou-se.... pensou-se.... e concluiu-se que a única forma de pôr tudo no são era dar a todos os cidadãos a possibilidade de fiscalizar a coisa.
Como vai ser... como não vai ser... Até que surgiu uma mente brilhante que sugeriu que se escrevesse a palavra ESTADO a preto, em fundo branco e em letras maiúsculas e garrafais, em ambas as portas dianteiras de cada viatura, como a gravura documenta.
E foi assim que se acabou com a pepineira que era o abuso generalizado de os tipos detentores de viaturas do Estado as usarem em proveito próprio. Claro que isto foi feito no tempo em que "reinava" Salazar; jamais poderia ter acontecido em tempo de "reinação" de Sócrates e outros que tais...
Claro que, com o espírito habitual, a malta logo atribuiu àquelas letras de ESTADO o significado mais adequado, ou seja,
Este Sacana Transita Agora Debaixo de Olho
Foi remédio santo! Os jeeps e outros carrinhos (e não eram Audis nem Mercedes nem BMWs, note-se!) de imediato deixaram de andar numa fona a levar os meninos à escola e as madamas às compras, para passarem a ser usados em trabalhos do Estado, ele mesmo.
Que saudades dessa visão!
Já quase me tinha esqecido disso, quando agora vi a notícia de que os orçamentos de Estado dos países comunitários passam a estar sujeitos ao crivo de Bruxelas.
Talvez os sacanas não "transitem" a partir agora debaixo de olho, mas debaixo de olho passam a partir de agora a "orçamentar e gastar", já que os "alemões" se fartaram de encher a barriga a pançudos.
Venha outra como essa que é uma pressa, ó malta!
...
2 comentários:
Como eu tambem vive na Africa "portuguesa" lembra-me muito bem dessas viaturas do "Estado"!
Ja quanto as contas pensei precisamente o mesmo, pode ser que a partir de agora ou menos debaixo do olho "europeu", consigam travar os gastos desnecessarios!
Um abraco dalgodrense.
Disso estou à espera. É a esperança que nos resta!
Abraço
Ruben
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