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e route do vilarista – agora “parisista” – e o ainda muito inseguro pessoal que lhe sucedeu está já plena de episódios rocambolescos, de comédia uns, de tragédia outros, numa peça trágico-cómica de extremo mau gosto.
Como se pode pretender que cidadãos comuns levem a sério a situação em que estamos e a necessidade de recuperarmos a nossa imagem de credibilidade e de dignidade nacional, se políticos que deviam ser os primeiros a apelar à responsabilidade de assumirmos, honesta e escrupulosamente, os compromissos a que nos obrigámos, de pagar dívidas que contraímos, não por culpa de outrem, mas por nossa exclusiva responsabilidade, se comportam desta forma?
Um tal apelo ao incumprimento é não apenas um erro político de consequências imprevisíveis para o partido do inconsciente político, como verdadeira indignidade.
Como é que políticos da linha e estreitas afinidades do vilarista que deu causa a tudo isto e foi parte principal no acordo celebrado, se permitem, com o maior descaro que imaginar alguém pode, vir a público apelar ao incumprimento da palavra dada?
Recusar a honradez de pagar o que se deve foi sempre marca distintiva somente reconhecível em gente que ignora o que é ter carácter.
O episódio parece vir dar razão a quem de há muito garante que o grande problema do Partido Socialista da era de Sócrates foi sempre – e parece continuar a ser -- mera questão de carácter.
16 Dez 2011
RVS
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