Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

2875. Filme de terror

Portugal parece um filme de terror.

Não há um dia sequer em que a gente acorde, ligue o televisor e a notícia a correr não seja a de que mais um buraco ou uma vigarice ou uma carência de estarrecer tenha sido descoberta e posta a nu.

É na Saúde, é na Educação, é na Justiça, é na Economia, é no…

O meu pequeno-almoço, que felizmente é apenas uma torrada e uma “meia de leite” (em casa, claro, que não sou dessas mordomias, embora pudesse) é diariamente estragado com tais assombrações. E felizmente que é só aquilo, pois que se fosse mais substancial, corria o sério risco de ser rejeitado de imediato pelo estômago. E nem sou dos de mais fracos interiores…

Apre! Não há “backside” (para ser moderado) que aguente!

“Isto” estava mesmo a saque.

E, pelo que se vai ouvindo e lendo, há imensa gente com tempo de antena, que bem gostaria de que assim continuasse. A ideia prevalecente é a de que:

- Está tudo uma lástima! Isto precisa de levar uma grande volta, precisa de que alguém lhe deite a mão e endireite a coisa. Mas… atenção aos bólides! Que cá na minha baiúca ninguém se atreva a mexer. Vou aos arames e faço um escarcéu dos diabos!

Além de ninguém ter culpa de nada, de ser sempre o imaterial “eles” – essa cáfila – os causadores dos mal geral, os sacrifícios têm de ser justamente repartidos por todos “eles”, continuando estes “eles” a ser outros que não aqueles mas também não “eu” ou ”nós”, como se “eu” e “nós” tivéssemos estado estes anos todos emigrados e tivéssemos vindo apenas agora até cá, para ver a bola e os primos, após o que regressaremos à condição de “emigra”.


Como perguntava o outro:

- Que mais “irá-nos acontêcê"?

Sem comentários: