Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

terça-feira, 18 de setembro de 2012

2983. Manobrismo Político



O lhe bem para este rosto e respectiva pose.

É bem conhecido o rosto. Como diriam na minha terra: de ginjeira!


A pose é também a habitual. Apenas lhe falta o espelho em frente. Ensaio de simulação de grande concentração nos negócios de Estado e de patriotismo serôdio e deslocado. Nada mais, pois, do que basófia improdutiva.


O conjunto espelha bem o manobrismo que de há muito ansiamos que seja arredado da política portuguesa, sem o que não passaremos da cepa torta.


Na verdade, há que, de uma vez por todas, dar uma corrida em pêlo a estes velhos-velhos e novos-velhos, carcaças apodrecidas cada um deles, enorme concentração de matéria orgânica pútrida, insalubre, de todos os partidos, que enxameiam a política e nada são capazes de construir, apenas de destruir, manobrando sempre por detrás das cortinas.


S ó disporemos da possibilidade de fazer a renovação, com a eleição por círculos uninominais, que é a forma de pôr cada um dos trastes, face a face com quem os elege ou… rejeita. Ali, no bem-bom. Para depois darmos lugar a gente mais nova e com ideias mais arejadas que, embora errando durante a aprendizagem, como lógico é que aconteça, pelo menos não esteja ainda empedernida como calhau.


Mas isso é outro assunto que tem de ser tratado em oportunidade mais adequada.


Voltando à vaca fria (sem conotações, bem entendido):


Bom teria sido que esta personagem não tivesse maculado a imagem de sem-passado do governo – limpa, portanto – quando da sua formação.


Trata-se da única excepção. Mesmo assim e pelos vistos, mais do que suficiente para causar estragos muito dificilmente reparáveis, a juntar aos da sua igualha que, uma vez mais, têm vindo a evidenciar todo o seu “valor” nos cantos mais obscuros e debaixo dos calhaus mais inamovíveis do PSD.


Infelizmente, não foi possível, embora lhe tivesse sido atribuído pelouro de mera representação externa, sem actuação ao nível de execução nas pastas que realmente contam.


Foi-lhe oferecido, pois, um avião de brinquedo e um conta-milhas aéreas, para que se entretivesse pela estranja, com isso se tentando evitar que provocasse estragos internamente, como é de seu vício.

Em vão. A ânsia de protagonismo saloio e desestabilização que lhe corrói as entranhas não ficou saciada.

Claro que já se sabia do que a casa gasta. Mas não foi possível evitá-lo.


Na verdade, não é possível dizer-se ao parceiro de coligação que se aceita a ida de qualquer dos seus membros para o executivo governamental, excepção feita ao presidente, por não ser minimamente confiável.


E, claro, aqui chegámos! Previsível mas inevitavelmente.


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