Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

domingo, 4 de novembro de 2012

3030. Ps é o Pasok português


- Acordos com o PS? Nem pensar! O PS é o Pasok português!

- Que mal tem isso?


- Todo. Ora, vejamos:

O Partido da Nova Democracia governou a Grécia com Kostas Karamanlis, após as eleições de 2004, em que arredaram do Poder os socialistas que nele se mantinham há três mandatos seguidos (1993, 1996 e 2000). Com a
Nea Dimokratia (Nova Democracia) prosseguiram os desmandos praticados que levaram a Grécia ao completo desconchavo. De tal modo que, para acederem ao clube do euro, falsificaram completamente as contas do Estado e só assim foram aceites na zona euro, em 2001...

Quando se apercebeu – ou a fizeram aperceber – do caminho desastroso que a Grécia trilhava, o qual só podia terminar em desastre e perante o brutal aumento das despesas da farra anterior (benesses para tudo e todos, à tripa forra… e roubalheira indiscriminada), que invalidava qualquer esforço no sentido de por alguma seriedade e decência na sociedade grega, a Nova Democracia quis emendar a mão e tentou enveredar por um caminho mais saudável, de acordo com as realidades e o interesse dos gregos. Desde logo com o congelamento de salários a que se seguiriam outras medidas de saneamento das contas públicas e de correcção da economia.

Pois bem, logo os socialistas do Pasok se levantaram aos gritos de “aqui d’el rei, que estão a matar o povo grego com tamanha austeridade, que lhes retira todos os direitos adquiridos”.

A coisa foi engrossando, até que houve que recorrer a eleições para a formação de outro governo, com legitimidade reforçada.

Fazendo campanha descarada pelo fim da austeridade que matava os gregos, o Pasok venceu as eleições de 2007 e assenhoreou-se do Poder, através de Geórgios Papandréu.

Uma vez aí, havia que cumprir as promessas. E assim foi feito. As medidas de austeridade foram abjuradas e alegremente se regressou ao antecedente, com o descongelamento de salários e regresso à boa vida anterior, cheia de aumentos de salários sem a mínima sustentação e o regresso das prebendas e roubalheiras a que o pessoal estava habituado.

Chegaram mesmo ao ponto de acolher e pôr em prática a teoria de que se a economia estava fraca, havia que a revigorar com fundos públicos e com grandes obras estatais, para fazer circular o dinheiro que o Estado injectava na economia. (onde é que já ouviu isto, onde foi?)

Só que… Só que faltava uma premissa essencial; era ela a de que o dinheiro que o Estado investia teria que resultar de economias feitas pelo mesmo Estado anteriormente e não, como aconteceu, ter o Estado de ir endividar-se aos mercados externos, para injectar esses milagrosos capitais, que revitalizariam uma economia rastejante, por força de uma produtividade quase nula. Utopia da mais pura.

O resultado só podia ter sido o que foi e continua a ser. Agravadamente a cada semana que passa. Neste momento, ou recebem uma tranche de 31.000 milhões de euros até daqui a 15 dias ou… há muitos gregos a continuarem nos empregos, mas sem os ordenados.

Ora, como é que, sabendo disto, pode haver alguém que defenda tal receita? Mas há. Por ignorância? Por arrogância? Quiçá!… Por estupidez, com toda a certeza!

Depois de ler o que fica dito, não se lembrou de teorias e práticas a que tem vindo a assistir em Portugal nos últimos anos, por parte da Esquerda e seus serventes de serviço permanente?

Ora, recorde-se lá:

Quem era que, em 2009 e 2010 defendia que a revitalização da abaladíssima economia portuguesa apenas seria viável com a injecção de dinheiro do Estado (que o Estado não tinha, faço recordar, pelo que havia que endividar-se lá por fora).

E lembra-se de quem era o arauto desta teoria de pacotilha? O factotum de serviço? Pois, José Sócrates, lui même! E o PS? Todo lampeiro atrás do homenzinho. E chegámos ao porto a que chegámos. Nem mais perto, nem mais longe. Ao ponto mesmo.

E actualmente?

A quem ouve dizer que austeridade não! E que uma das primeiras medidas que tomará, uma vez chegado ao Poder, é, nem mais nem menos do que repor os subsídios que os patifes dos actuais governantes tiveram o descaramento de retirar às pessoas, só para chatearem o pessoal e lançarem-no na desgraça de uma vida miserável!

Pois bem, os factotuns são agora os socrateiros do PS. E Seguro? Todo lampeiro, “maria vai com as outras…”, lá vai na cola dos meninos.

E se os deixássemos fazerem o que pretendem? Chegaríamos à Grécia em menos tempo do que gasta um jacto a levar-nos lá.

Sim, não tenha dúvidas de que o PS é o Pasok português. Cuspido e escarrado.

Acordos com o PS para resgatar o País? Nem pensar! Eles apenas sabem gastar… mas sem antes produzirem.

2012 Nov 03

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