Aqui vão sendo deixados pensamentos e comentários, impressões e sensações, alegrias e tristezas, desânimos e esperanças, vida enfim! Assim se vai confirmando que o Homem é, a jusante da circunstância que o envolve, produto de si próprio. 2004Jul23
quarta-feira, 24 de janeiro de 2007
821. Vêm aí os chineses... (6) - Alibaba.com
Continuamos com Federico Rampini, em “O Século chinês”.
(…)
No hipermercado (…) hard-discount Costco, há um televisor de ecrã gigante em oferta especial a 229 dólares, e é possível levar para casa um leitor de DVD por 99 dólares. As marcas são a holandesa Philips e japonesa Sony, mas a Holanda e o Japão têm pouco que ver para o caso: ambos são «made in China». No Wal-Mart, o rei das grandes superfícies americanas, os preços reduzidos têm uma única explicação: 80 por cento dos produtos são oriundos da China.
A 9960 quilómetros de distância de Santa Barbara, vive Ma Yun, também conhecido por Jack Ma. A avançada arrebatadora dos produtos chineses sobre os consumidores ocidentais exerce sobre ele um efeito particular. Sentado em frente do seu computador em Hangzhou, cidade costeira nas imediações de Xangai, Ma Yun está a receber diariamente 100 000 dólares de lucro líquido, domingos incluídos.
Tinha 34 anos em 1999, quando inventou o site que hoje em dia faz tremer o eBay, o Yahoo, a Amazon: Alibaba.com é a página virtual na qual 7 milhões de importadores de duzentos países do mundo «encontram» e fazem diariamente negócio com 2 milhões de empresas chinesas.
A portagem é modesta: 5000 dólares por cabeça todos os anos. No Alibaba.com um comerciante italiano ou espanhol pode consultar e comparar entre si as diversas opções de máquinas de lavar loiça, de trens de cozinha ou de calças de ganga “made in China”, para depois seleccionar a sua preferida e efectuar a compra sem necessidade de enfrentar as dispendiosas transferências intercontinentais. Existe até um fluxo de empresas ocidentais que, através do Alibaba-com, deslocalizam a sua inteira produção para a China.
(…)
Creio que qualquer comentário ao que fica transcrito é perfeitamente dispensável, se não redundante, pelo que me fico por aqui. Até uma próxima vez. Em breve.
...
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6 comentários:
Pelo que fica transcrito, pela importância relativa que tem, o que terá de existir são imensos comentários (eventualmente ao estilo não habitual para si). Não critique, veja, copie, altere e faça de si e deste país um melhor local (mesmo copiando a estupida sensação de que num restaurante Chines os seus amigos se riem do estranho sotaque... eles admitem... mas sabem que esses sorrisos serão engolidos em triplicado... aliás vendidos). No fim do mês pergunte quem se ri mais, ou o chinês que sempre ri ou o seu amigo que se riu do chinês, pense!
E mais... neste texto só admito um erro ortográfico, mas continuo a sorrir (menos que o chinês).
A população da China é 20% da população da Terra e a sua produção é de 5% do produto mundial.
Assim, não é espanto nenhum que encontremos produtos chineses á venda por todo o lado.
Viva, BigMac!
Confesso que tenho estado a pensar. Confesso também que não cheguei a conclusão nenhuma.
Assim, só poderei responder-lhe - e com muito gosto - quando conseguir alcançar a mensagem que deixou "anexa" ao seu comentário. Não estou a brincar. Não percebi mesmo. É que nem um nem o outro dos comentários.
Se quiser ter a bondade de esclarecer melhor, terei todo o gosto em responder. O melhor que souber, claro.
Entretanto, sempre direi que "a importância relativa que tem" o que deixei transcrito não será tanto da medida que o BigMac afirma, uma vez que, se teve oportunidade de ler as transcrições anteriores, certamente se apercebeu de coisas que, dentro de algum tempo, não muito, outros - todos, diria - se aperceberão igualmente. Mesmo na UE, onde todo o mundo dorme o sono dos injustos... descuidados.
Não critico?! Mas não critico o quê? Os chineses, os europeus? Os primeiros, claro que não critico, uma vez que estão a fazer o trabalho deles. E com o denodo conhecido. Os europeus, esses, sim, merecem ser criticados, porque perdem-se em discussões estéreis e bizantinas, enquanto a tenaz USA-Japão-Coreia do Sul e, agora, bem pior, a China, se apertam à sua volta, a breve trecho a vindo a esmagar.
Os próprios portugueses? Mas esses ainda por maioria de razão! Não trabalham, entendem que apenas têm direitos, nem cuidando de, antes de mais, cumprirem os deveres que lhes estão cometidos. E são mal dirigidos nos diversos governos, nas fábricas, nos escritórios, por todo o lado, Deus nos valha!
Ou invertemos os dados da questão ou estaremos cada vez mais no fundo. Creio que todos já vimos isso. É só começar a trabalhar e a aprender a dirigir. Como dizia Camões, "rei fraco torna fraca a forte gente".
Quanto ao erro ortográfico, também não percebi.
Cumprimentos
Ruben Valle Santos
Viva, Raio!
Mas, por outro lado, é espanto - e grande! - o que a China está a fazer por si própria. Como lhe compete, aliás.
Até agora, a coisa tem estado um pouco esquecida e até tendo pouca divulgação. Espere, porém, por 2008, por ocasião dos Jogos Olímpicos. Todos iremos ver.
Confesso que o que Federico Rampini escreve só não me espanta mais, por causa do que por lá vi, mas não deixa de trazer-me algumas surpresas grandes e a confirmação de factos e situações antes insuspeitadas, que lá apenas pude intuir.
Abraço
Ruben
Viva, Vítima!
Confesso que não sei e também gostaria de saber.
Pode ser que Rampini, o jornalista italiano, correspondente do "La Repubblica" em Pequim, o venha ainda a dizer, no livro de que tenho publicado excertos.
De qualquer modo, se na China se fizesse isso que diz, não seria muito de causar espanto. Se formos a atentar bem nas circunstâncias, acabaremos por ter que concluir que, não obstante as aberturas entretanto acontecidas, a RP China ainda é um país totalitário...
Nós, formalmente não...
Cumprimentos
Ruben Valle Santos
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