Aqui vão sendo deixados pensamentos e comentários, impressões e sensações, alegrias e tristezas, desânimos e esperanças, vida enfim!
Assim se vai confirmando que o Homem é, a jusante da circunstância que o envolve, produto de si próprio. 2004Jul23
segunda-feira, 23 de julho de 2007
1192. As três graças
As três graças 1640 Pieter Paul Rubens (1577 - 1640) ...
Sem dúvida. Rubens é o meu pintor preferido. Não por causa do nome, evidentemente. Considero-o, a par de Miguel Ângelo e Da Vinci, um dos três maiores pintores de sempre.
Ruben, e essa tela especificamente é um marco na história da pintura. Qual o artista que ainda não a festejou. Eu mesmo sou proprietário de um trabalho do artista pauluista BARAVELLI chamado: A QUARTA GRAÇA, numa clara aluzão à de Rubens.
Adoro essa tela também, te mando de presente um conto de Drummond (poeta brasileiro), inspirado nela, espero que goste. As Três Graças – Carlos Drummond de Andrade (Contos Plausíveis, Ed. José Olympio, 1981)
Um doutor em estética do corpo, ao visitar o Museu do Prado, em Madri, achou que as Três Graças, na tela de Rubens, sofriam de celulite, mais acentuada na Graça do centro. Procurou o diretor do museu e sugeriu-lhe que o quadro fosse submetido a tratamento especial, de modo a ajustar os nus femininos aos cânones de beleza e higidez que hoje cultuamos. O diretor ouviu-o polidamente e respondeu que nada havia a fazer, pois as obras-primas do passado são intocáveis, salvo quando acidente ou atentado tornam imperativa a restauração. Além do mais, pode ser que no século XVII o que hoje chamamos de celulite fosse uma graça suplementar. À noite, o esteta inconformado tentou penetrar no museu, foi impedido e preso. Interrogado, explicou que queria raptar o quadro e confiá-lo a famoso especialista em cirurgia plástica, pois o caso não era de restauração nem de regime alimentar. Seria a primeira vez em que uma obra de arte receberia tratamento médico especializado, feito o qual tornaria ao museu. O homem foi mandado embora, com a advertência de que sua presença não seria mais tolerada em museus espanhóis. E aconselhado a freqüentar assiduamente as praias, para se habituar às imperfeições do corpo humano, que formam a perfeição relativa.
Gostei da tua visita. Volta mais vezes e dá sinal da tua presença. Mesmo que o blog esteja agora um tanto parado... Mas há-de ressurgir. Está apenas a recompor-se das agruras provocadas por um governo sem senso.
Apreciei imenso o conto de Drummond. Quanto às imperfeições (no caso, da mulher) ainda bem que as há, porque são elas, em conjunto, que fazem a beleza feminina. Haverá muitas mulheres que não concordam com isto, mas considero que um corpo feminino apenas com perfeições, seria tremendamente imperfeito.
Amei todos os comentários. Adoro particularmente o tema As três Graças por nos remeter a beleza em todos os seus aspectos,como a correta verbalização, alegria de viver,capacidade de ver nos pequenos atos o milagre que é cada dia sem a limitação do aspecto físico e sim retratada como um Estado de graça, fruto de um esforço humano.
8 comentários:
uma bela tela ...
bj
Viva, Isabel!
Sem dúvida. Rubens é o meu pintor preferido. Não por causa do nome, evidentemente. Considero-o, a par de Miguel Ângelo e Da Vinci, um dos três maiores pintores de sempre.
Beijinho
Ruben
Ruben, e essa tela especificamente é um marco na história da pintura. Qual o artista que ainda não a festejou.
Eu mesmo sou proprietário de um trabalho do artista pauluista BARAVELLI chamado: A QUARTA GRAÇA, numa clara aluzão à de Rubens.
Forte abraço
Viva, Eduardo!
É verdade que é um marco, sim. Gosto muito dela
No entanto, talvez pelo tema, talvez por todo o conjunto, a tela dele que mais aprecio, normalmente, é "Daniel na caverna dos leóes".
Vou mete-la aqui, uma vez mais. E já a seguir.
Abraço
Ruben
Adoro essa tela também, te mando de presente um conto de Drummond (poeta brasileiro), inspirado nela, espero que goste.
As Três Graças – Carlos Drummond de Andrade (Contos Plausíveis, Ed. José Olympio, 1981)
Um doutor em estética do corpo, ao visitar o Museu do Prado, em Madri, achou que as Três Graças, na tela de Rubens, sofriam de celulite, mais acentuada na Graça do centro.
Procurou o diretor do museu e sugeriu-lhe que o quadro fosse submetido a tratamento especial, de modo a ajustar os nus femininos aos cânones de beleza e higidez que hoje cultuamos.
O diretor ouviu-o polidamente e respondeu que nada havia a fazer, pois as obras-primas do passado são intocáveis, salvo quando acidente ou atentado tornam imperativa a restauração. Além do mais, pode ser que no século XVII o que hoje chamamos de celulite fosse uma graça suplementar.
À noite, o esteta inconformado tentou penetrar no museu, foi impedido e preso. Interrogado, explicou que queria raptar o quadro e confiá-lo a famoso especialista em cirurgia plástica, pois o caso não era de restauração nem de regime alimentar. Seria a primeira vez em que uma obra de arte receberia tratamento médico especializado, feito o qual tornaria ao museu.
O homem foi mandado embora, com a advertência de que sua presença não seria mais tolerada em museus espanhóis. E aconselhado a freqüentar assiduamente as praias, para se habituar às imperfeições do corpo humano, que formam a perfeição relativa.
Viva, Luciene!
Gostei da tua visita. Volta mais vezes e dá sinal da tua presença. Mesmo que o blog esteja agora um tanto parado... Mas há-de ressurgir. Está apenas a recompor-se das agruras provocadas por um governo sem senso.
Apreciei imenso o conto de Drummond. Quanto às imperfeições (no caso, da mulher) ainda bem que as há, porque são elas, em conjunto, que fazem a beleza feminina. Haverá muitas mulheres que não concordam com isto, mas considero que um corpo feminino apenas com perfeições, seria tremendamente imperfeito.
Abraço grande
Ruben
Amei todos os comentários. Adoro particularmente o tema As três Graças por nos remeter a beleza em todos os seus aspectos,como a correta verbalização, alegria de viver,capacidade de ver nos pequenos atos o milagre que é cada dia sem a limitação do aspecto físico e sim retratada como um Estado de graça, fruto de um esforço humano.
Abraços, Dani Fanti
Viva, Dani!
Exactamente como diz.
Abraço
Ruben
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