
Na verdade, Do Portugal Profundo consegue congregar em si - e dar-lhes voz - todos os sentimentos mais íntimos de redenção da nossa sociedade de milhares e milhares de portugueses que assistem com funda apreensão à degradação consistente e em crescendo da situação política, moral e social do nosso país.
Sem o referir, António Balbino Caldeira faz-nos relembrar a frase célebre de Eça de Queirós que, por motivos muito semelhantes, se bem que, em certa medida não tão graves, afirmou que "aquele governo não cairia porque não era um edifício; sairia com benzina, porque era uma nódoa". E acrescentaremos: nem só o governo; também a sociedade que, afinal, ajudamos a enterrar-se na lama.
Do Portugal Profundo traz-nos mesmo os anseios de liberdade, de democracia de sociabilidade que nos têm sido denegadas a cada dia que passa.
Por isso ele foi, em 2007, o "meu blog". Tal como em 2006... e em 2005... e em 2004, ano em que dele tomei conhecimento.
Honra lhe seja, António!
Aceite um abraço.
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