Em outra oportunidade, referi-me a este assunto, no post 1475.
No entanto, tenho que a ele voltar, porque, se se tratava então de um escândalo, agora ultrapassou já essa barreira e é uma total aberração que não pode ser deixada passar ser consequências.
O director nacional da Polícía Judiciária, Alípio Ribeiro, proferiu as declarações que proferiu, deixando a Instituição, o MºPº e, pelo menos uma parte da judicatura portuguesa, completamente de rastos. Com eles, o País. Perante todo o mundo, porque o caso tem repercussões mundiais e até perante gente que ainda não se sabe que culpas reais tem, mas que se sabe, isso sim, que, pelo menos a de abandono de menores, tem efectivamente. Sem quaisquer dúvidas.
Devia ter sido, acto contínuo, demitido. Outra atitude não é admissível, em defesa da dignidade do País e das suas Instituições.
Acontece, porém, que, em lugar de ter sido demitido, o respectivo superior hierárquico, ministro da justiça, veio afirmar, com aquele ar de serafim enjoado que todos lhe conhecemos, que "o facto de o director nacional da PJ continuar em funções significa tudo o que penso sobre essa matéria". Ou seja, concorda com as declarações ou, no mínimo, não as considera suficientemente graves para que proponha ao primeiro ministro a demissão de tal director.
Aqui chegados, ao nível a que foi produzida tal declaração está, pois, acrescentado um degrau.
Ora, o que é verdade e ninguém, nem mesmo os "serafins enjoados", pode escamotear é que as declarações são de extrema gravidade.
E se o ministro da justiça não toma as medidas adequadas e com a máxima urgência que deveria tomar, e mais, assume, ele próprio, uma atitude que agrava tudo o que vinha do antecedente, então nada mais lhe resta do que ser mandado repousar, no aconchego do lar, pois que o seu comportamento revela, no mínimo, um enorme cansaço, a que urge pôr termo imediato, antes de que algo de maior gravidade aconteça.
Esta história, como decerto já adivinhou, pode ter continuação...
...
9 comentários:
Amigo Ruben;
Sabe, eu subscrevo, mas face a umas quantas 'cabeças iluminadas' que já vi/ouvi pronunciarem-se sobre o assunto chego a questionar-me se a 'loura' sou eu...!
Quanto á continuidade, receio estarmos perante uma telenovela rasca com muitos episódios.
Está um dia lindo de sol...!
Deixo um abraço
I.
post scriptum: 'rasca' é uma palavra tão rasca que não faz parte do meu léxico mas olhe, face à conjuntura vigente não encontro outra melhor.
Viva, Isabel!
Sim, o que nos vai valendo e este belo sol de Fevereiro.
Abraço
Ruben
Já.....era tarde.
Um abraço.
dp
Viva, dp!
Pois...
Abraço
Ruben
Demiti-lo?!!!
Pois, pos...
Hoje, a 1ª página do "24 Horas"
"explicou-me" perfeitamente porque é que o Ministro não o demite.
Então, pensei cá para comigo:
"-Olha, como são todos "compadres", (e bons rapazes uns para com os outros) a coisa fica tudo como etá, mesmo a outros níveis...
Pois, pois...
E são estes porMENORES que provam estar-mos nós (OS PORTUGUESES) entregues a esta...
BICHARADA.
-E não é que estamos mesmo?!!!
Viva, Camilo!
Pois estamos.
Mas não é so a questão de serem compadres. Quantos não estarão seguros por rabos de palha?
Abraço
Ruben
O Director da Judici]ario ao vir criticar em público a instituição que dirige só vem confessar que é um incompetente que não consegue exercer as suas funções de Director da Judiciária. É claro que devia ter sido demitido.
Quanto ao Ministro ter também apadrinhado as criticas à Judiciária, está-lhe na massa do sangue pois já ninguém se lembra de que quando foi Ministro do Governo Guterres teve de se demitir depois de vir criticar em público a GNR que estava também no seu pelouro.
Este senhor é uma desgraça. Também me lembro das declarações entusiasticas dele sobre a Convenção que redigiu a Constituição Europeia e de que ele fazia parte.
Viva, Raio!
Lembro-me de tudo isso e das tristes figuras que o homem tem feito.
Mas o que nele me "deita abaixo" é aquele ar de "serafim nauseado", que lhe fica a matar...
Já não é a primeira vez que o digo e certamente não será a última: por vezes são tão ridículos nem que se apercebem de que o são.
Abraço
Ruben
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