Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

sábado, 10 de maio de 2008

1550. Albrecht Dürer - "Mãos que oram"

Por sugestão de uma blogamiga, I. Magalhães, aqui fica a tocante história dos irmãos Dürer.


* * *


Albrecht Dürer tinha um irmão, de nome Albert.


Ambos gostavam de pintura e evidenciavam assinaláveis dotes naturais, que desejavam aperfeiçoar, através do estudo.


A família Dürer, que vivia em Nuremberga, na Alemanha, era, contudo, pobre e sem possibilidade de dar estudos aos dois.


Então, os irmãos discutiram o assunto entre si e decidiram-se pelo que acharam ser uma boa solução, aliás a única, no seu caso.


Um dedicar-se-ia ao estudo, enquanto o outro ficaria a trabalhar nas minas de carvão, com o que pagava a preparação artística do irmão.

Terminados os estudos, o irmão que fosse bafejado pela sorte e a quem coubesse ser o primeiro a estudar, custearia então os estudos do outro.

Assim foi feito.

Tiradas as sortes, coube a Albrecht o estudo, enquanto o irmão se confinava ao trabalho duro das minas.

Com uma aprendizagem adequada, Albrecht criou trabalhos que lhe deram grande fama e proventos consideráveis.

Então, não repudiando o acordo que com Alberto fizera, propôs ao irmão que fosse também estudar, que ele, Albrecht, pagaria as despesas.

Alberto, porém, agradeceu ao irmão o respeito pelo compromisso assumido, mas declinou a oferta com a alegação, verdadeira, de que os 4 anos passados nas minas lhe teriam provocado tal artrite que lhe deformara as mãos e o deixara incapaz de cumprir o sonho.

Para ele, era já tarde. No entanto, sentia-se compensado por saber que ajudara o irmão a tornar-se num artista considerado.

Em homenagem a Albert e ao seu sacrifício, Albrecht desenhou-lhe as mãos em postura de oração. São “Die Betenden Hande”, ou seja, as “Mãos que Oram”, que neste post ficam reproduzidas.

...

12 comentários:

Anónimo disse...

Viva Ruben,
Já conhecia esta obra e a história também - aliás mesmo que não soubesse seria quase "obrigada" a isso, pois circulam vários mails há já imenso tempo, (pps)sobre os irmãos Dürer....parecia praga.
Porém, os pintores da Renascença, são sempre bem vindos e eu "pasmo" a apreciá-los - em vez de "espavo", como ritual.
Ao reparar na foto abaixo, lembrei-me que tal como tantos, também Dürer se fixou na "bella Venezia"...palco de glória que foi ou de retiro, de tantos e tantos artistas e não só pintores.
Embora "As Mãos" seja um primor de pormenor, na dos "Apóstolos", não cabem comentários...e é o mais conhecido - julgo - pena não nos tivesse deixado uma vasta colecção.

Virando o tema: é impressão minha, ou os ânimos por aí não estão muito risonhos? - como o tempo?
Esqueça!....ultrapasse essas questões que não contribuem para a sua felicidade nem a dos demais.... o bom que a vida presenteia sim, caso a saibamos receber positivamente e de sorriso nos lábios, como convite já para o doce amanhã. É este o meu lema...é por isso que raramente saio do meu eixo. Porque não experimenta?
Isto não é uma veleidade...
Abraço Ruben,
ESPAVO!
Dia, tarde, noite feliz e... sorria!
MAriz

Ruvasa disse...

Viva, Mariz!

Diz-me a experiência que há sempre alguém que não sabia, não concorda?

Quanto aos ânimos, tudo ok por aqui. Que foi que lhe deu tal impressão?

Espavo, com abraço

Ruben

Isabel Magalhães disse...

Amigo Ruben;

Concordo quando diz: "há sempre alguém que não sabia," e agradeço a menção à minha pessoa "de eu"... :)

Curiosamente, não foi nesse tal fwd que aprendi a história dos irmãos Dürer mas num qq livro de artes plásticas.

Um abraço com amizade.

I.

Anónimo disse...

Ruben,
Tem toda a razão. Há sempre alguém que pode não saber ou sequer ter acesso a mails, quanto mais ás obras...
Não pretendi com isso "puxar de galões", ou ainda, atingir quem quer que fosse. Quem sou eu? Aliás, tenho a noção exacta que: cada vez sei menos...ou nada sei!

Mudando de assunto:
O meu "sentiiir" fez click, quando li a sua "carta aberta" dedicada áquela Excelência de Senhora, ou áquela Senhora Excelência...como queira.
Que susto!
Mais me pareceu um "espectro" que outra coisa...aliás sempre tive essa sensação de "encosto vivo"!
É a fiel imagem da abelha raínha, cujo rasto, deixa os zangãos estonteados, prevendo antecipadamente o "sabor" a mel que dali resultará; por isso não a largam por nada...
O que me deixa "pasma" é, como vc tão novo, renunciando a um turismo tão saudável, se "perca de amores e energia", perante coisas tais! Bom...se ainda lhe sobra fôlego para uma "pedalada" daquelas num circuito do poço da morte...tudo bem...se bem que em bicicleta...para demorar mais um tempinho; se fosse de mota, por exemplo, talvez saltasse o capacete!
Conselho: mude de veículo, de frequência, ou de onda - que não para outra côr ou suas derivadas... nuances/dégradés, por ái. E...
viva a sua vida, a sua felicidade, a sua alegria, as coisas que lhe são salutares, tudo o que o faça rir, enfim. É isso que chamo: "mente sã em corpo são"! - com particular atenção aos pensamentos positivos, sempre!
Porque...caras fechadas, ovelhas ranhosas pastando em rebanhos serôdios que, embora tosquiados, dando um certo "ar de renovados", nem assim conseguem enganar a maioria; para mim, isso é só ficção: "Let's look at the trailer"! - como dizia o outro.
Quanto tempo mais, será necessário para ver... o que está á vista?!...
O chão já deu uvas! Agora, não há mais mão de obra, como antigamente...as odres hoje, estão velhas e, se vinho novo houvesse, não poderia misturar-se, sob pena de tudo azedar! - embora, mais dia menos dia, será esse o desfecho de tão afamada marca "registada"!

Pergunto, muito sinceramente, o que é que o Ruben, ainda espera? Um milagre, dois milagres, 3?? - 1para a governação, outro para a oposição e ainda para o seu encarnado?! Não há milagres, para esses assuntos! Os "good boys" de antigamente, já não estão para chatices e não querem voltar!outros, já se "mudaram para outro plano"...já cá não estão. Portanto, iremos continuar aos círculos, fazendo de conta, que "a coisa têm pernas para andar" - com ou sem TGV, com ou sem nova ponte, com ou sem novo aeroporto, etc.etc.etc.

Pelo que me disse, também já não aguenta tanta águia junta, não? Mesmo voando alto, - típico dessas aves - será bom não esquecer que se trata de uma espécie em vias de extinção e que a visão anterior, já não é o que era! - como a tradição - há muita miupia!
Noutro comentário acentuava, que era muito novo, mas caramba! quanto tempo necessitará, para se desprender de cenas nefastas, contrastando com essa vida de jóvem tão promissor?
Portanto, Viva, Ruben!
Afinal, esta é a sua saudação! Para quê então contrariá-la? Porque razão não diz bem alto: vão todos á vida!!!

Ah! Nas férias risque do mapa a Birmânia e outros destinos afins...vamos ver o que mais acontecerá até ao Verão?! Um dia chegará, em que a maioria dos aviões serão esperados com uma ansiedade tal...não por mais receitas visando o turismo da região, mas ao contrário, por transportarem: medicamentos, alimentos, e roupas, tão mais necessários para a população em geral! e eu não estou a ser pessimista...
Infelizmente, a médio ou a curto prazo e sem profetizar, é o que acontecerá. Que o diga, o patrão da Windows, mais alguns inter paris! começaram já a armazenar - em bunkers sofisticados e edificados para o efeito - milhares de sementes de todas as espécies. Para alguma coisa é!
Aguardemos, pois.
Até lá...
Esqueça tudo o mais e sorria!

ESPAVO!
1 Abraço
Mariz

Ruvasa disse...

Viva, Isabel!

Claro que há. Quando não houver mais ninguém, haverá "moi même".

Quanto à fonte de informação, ela pouco importa; importa, sim, que seja correcta e útil.

Nem a querida amiga Isabel nem eu (eu ainda menos, certamente) temos a pretensão de "sobressair", como tanta gente há por essa Blogosfera afora. Se assim fosse, certamente que poder+íamos aqui trazer muitos mais aspectos da vida de Dürer, dos seus contemporâneos e etc.

Abraço bem amigo do

Ruben

Ruvasa disse...

Viva, Mariz!

Percebi bem o que disse, amiga. E gravei no baú das recordações. É o que - entre outras coisas, claro!, têm estas trocas de impressões nos blogs. Aprende-se sempre algo mais; dá-se a aprender sem+re algo mais. Mesmo quando parece nada se ter a aprender ou a dar a aprender.

Abraço mesmo.

Pas... Jamais...

De cor não mudo! Está decidido.

O que quero, a toda a força, é mudar uns quantos senhoritos e senhoritas para fora da minha cor, porque estão lá mal, enganados e a enganar.

Por isso escrevi à Prezada Manuela, como já escrevi a sua Alteza, D. Cavaco, e ao eterno enfant terrible, que disso não passa, Marcelo, e ao filósofo de... Marmeleira (ia a escrever outra palavra também terminada em "eira" mas que não era Marmeleira) José Pacheco Pereira, o tribuno de frases feitas e repetidas à exaustão, de preferência tuido e todos atropelando, para que ninguém, contestando-o, evidencia a todo o respeitável auditório que ali anda... nada que se veja ou valha a pena.

Vou precisar pelo menos de tanto tempo quanto Marcelo para se livrar da redutora condição de "enfant-terrible" que carrega desde os 20 anos e de qual não consegue sair, para patamar acima. É que nem às personagens de Maquiavel consegue chegar, caramba!

À vida hão-de ir todos. Havemos de ir todos. A vez de cada um chegará. Mais cedo do que a maior parte desejaria, por certo.

Espavo!

Ruben

Isabel Magalhães disse...

O Ruben não tem essa pretensão e eu tb ainda menos já que o meu 'credo' é 'Só sei que nada sei' e nem disso tenho a certeza...! :)))

Da blogosfera destaco sempre a parte positiva da partilha e da sã amizade ainda que apenas 'blogamizade'.

Bj

I.

Ruvasa disse...

Viva, Isabel!

Não significa que eu não seja pretensioso. Todos temos, quando menos, um pedacito de pretensão. Eu, porém, neste campo, não. Acerca de outros tal não direi, até porque diz-me "o saber de experiência feito" que ninguém nos conhece tal mal como os próprios.

Estamos na mesma onda, creia.

Bj

Ruben

Anónimo disse...

Ruben,
Por vezes a mente tolda-se-me! Será que escrevi algo que pudesse suscitar algum melindre?
é que palavra de honra, - esta minha expressão ainda vale!!! - não foi minha intenção...escrever o que quer que fosse que não brotasse espontaneamente da alma, e/ou coração...mesmo!! Aliás vc sabe por si..leões não escondem e não gostam de ferir...por vezes deitam uns sons mais ruidosos mas nada que assuste ninguém ou fira - sabe? em situações mais delicadas/sensíveis, aprendi a silenciar-me... mais!coisas que a idade ensina e outras também, que se aprendem, como: "centrar-me" - por isso saio pouco "dos eixos"...
MAs penso que captou a minha frequência, ou não?
é óbvio que na blogoesfera ou sem esfera, sempre que alguém salta para a ribalta e nos confronta com algo - seja bom ou mau - é sempre para "nos revermos"...ninguém está na nossa rente, nem que seja atrás dum computador, "por acaso" - não há acasos! - que não o livro da Margarida...porque aquilo é uma asneira pegada em todos os sentidos! - não estou a ser maledicente...é porque de facto, não gosto mesmo!... de asneiras! sejam elas quais forem! e ela usa e abusa disso e todos acham muita gracinha...bom...há gostos para tudo!
Abraço
Mariz
ESPAVO-ROGAÇÂO(?)

Ruvasa disse...

Viva, Mariz!

A mente não tem nada que se lhe toldar, Senhora!

Não terá sido sua intenção escrever algo que não... e não escreveu. Pelo menos de que eu me tenha apercebido. E não costumo sofrer de maior iliteracia do que qualquer cidadão vulgaríssimo de Lineu.

Tudo está bem entre nós, e connosco, a menos que me fale outra vez da Guidinha. Aí, dou à casca, hein?! É que - sabe, Mariz? - há um nível abaixo do qual me recuso terminantemente a chegar. E a Guidinha, valha-me Deus! Mas é uma best-seller!!! Que povo inculto somos! E basbaque!!!

Abraço com Espav...ento, mas sem Guidinhas, ok?

Ruben

Anónimo disse...

Ela também vota!....era aí que eu queria chegar!...

Portugal avanti!

Abraço
Mariz
ESPAVO-Desisto!

Anónimo disse...

Gostaria de informar que li diversas biografias do pintor renascentista alemão Albrecht Dürer, escritas por estudiosos como Moriz Thausing, Erwin Panofsky, Ernst Rebel, Matthias Mende, entre outros, e em nenhum deles encontrei qualquer menção aos fatos citados. O pai de Albrecht Dürer, assim como seu avô, era ourives de profissão, uma das profissões mais reconhecidas na Idade Média. Húngaro de nascimento mudou-se para a cidade de Nuremberg onde mais tarde casaria com Barbara, com quem teve 18 filhos. Destes, apenas 3 sobreviveram, o próprio Albrecht Dürer (1471-1528), Endres (1484-1555) e Hans (1490- ?), este também artista. Quando Albrecht Dürer tinha 4 anos de idade, seu pai, já um renomado ourives, comprou sua casa própria em Nuremberg, onde o artista cresceu e viveu durante 30 anos. Como fonte destas informações os autores citam uma “Crônica Familiar”, espécie de diário que Albrecht Dürer manteve durante sua vida. O quadro citado, Mãos que Oram - “Betende Hände”, foi desenhado a pincel em 1508 sobre papel azul e trata de um esboço / estudo de mãos para uma figura de apóstolo para o painel central de um altar encomendado por Jakob Heller para a igreja dominicana em Frankfurt. O painel foi destruído num incêndio por volta de 1729 mas cerca de 20 esboços preliminares ficaram preservados, dentre eles este citado tornou-se um dos quadros mais famosos de Albrecht Dürer. Trata-se certamente de uma brincadeira, que circula livremente pela Internet, sem o cuidado de verificar sua autenticidade.