Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

quinta-feira, 10 de julho de 2008

1598. Ainda "O estado da Nação"

Imagem picada de Sic Online

Ouvindo o Sousa e mais os outros que foram metendo faladura, dei por mim, a determinada altura, a seguir a câmara que fez uma tomada geral, em semi-círculo, da sentada assembleia dos conscripti patres.

E não é que dei por mim a pensar:

- Se as eleições se processassem pelo sistema de círculos uninomais, quantos destes ilustradíssimos "pais da pátria" (será que somos filhos de tal paternidade?) que aqui estão, estariam do mesmo modo?

E não é que acabei por concluir que, dos 230, certamente que não estariam lá mais do - já com muito boa vontade e laxismo - uns 25 ou 26? Quando muito?

E não é que me enchi da certeza de que estava certo?

E que tal?
...

4 comentários:

Isabel Magalhães disse...

Ruben;

Não acha que 'o sistema de círculos uninomais' é muito mais honesto?

E como há 'povo' a mais no hemiciclo poupavam-se uns 'tustos' já que a época é de crise e não podem/devem ser sempre os mesmos a pagar a factura. Digo eu...!

(agora um bocadinho de conversa de dona de casa... todos os dias os preços dos alimentos aumentam e esses aumentos não revertem, seguramente, para o agricultor que trabalha de sol a sol, sete dias por semana, sem férias...)

[]

I.

Ruvasa disse...

Viva, Isabel!

Claro que sim. Admito um sistema misto, ou seja, um círculo nacional, de uns 30 deputados, e, depois, círculos uninominais para eleição de 150, no máximo. Como está, os deputados não nos respeitam, simplesmente porque não dependem de não, mas sim do chefe do partido. Não nos prestem contas, mas sim ao chefe do partido. A representação política em Portugal não respeita a vontade dos eleitores, mas tão somente a do chefe de cada partido. Isto é a total subversão da representação política. Como diriam os brasileiros, a desbunda total. Que é o que tem sido, desde sempre.

Para que é que precisamos de 230 "deputados de cu sentado", se apenas uns 40 a 50 trabalham efectivamente? Os restantes são apenas encargo que pagamos. São os custos da "democracia formal" em que vivemos.

* * *

Quanto à subida dos preços e às escandaleiras, só lhe digo que até estou de acordo com o que o Louçã, a certa altura, ontem, disse, ou seja, que essa coisa de o Sousa vir com a história do Robin dos Bosques é muito linda, mas acontece que a história está deturpada, porque o verdadeiro Robin dos Bosques não vinha, acintosamente, devolver aos pobres 25% do que, aliado ao Xerife de Notthingam, previamente lhes roubara. Grande farpa! É o único que deixa o Sousa a amarinhar pelas paredes e todos bem sabemos que é preciso pôr o homem a amarinhar pelas paredes, que é quando faz e diz coisas lindas e elucidativas!

[]

Ruben

Isabel Magalhães disse...

Ruben;

Também já dei por mim a publicar umas 'citações' do Louça, exactamente porque o 'Homem' está com algumas carradas de razão. ;)

[]

I.

Ruvasa disse...

Viva, Isabel!

Quem diria, nós a citarmos o Anacleto!...

[]

Ruben