A derrocada que tem sido a vergonhosa - isso mesmo, há que dar às coisas a adjectivação a que elas fazem jus - participação portuguesa nas Olimpíadas de Pequim, não era nada que não fosse esperado e até considerado inevitável.
Qualquer cidadão vulgar tem a noção dessa inevitabilidade e, portanto, já não fica surpreendido.
Tirando uns fogachos aqui e além, como os casos mais notórios de Rosa Mota e Carlos Lopes, tem sido sempre assim. No atletismo, como no futebol, na vela, como no judo, a música não varia. Rosa e Carlos são a excepção que faz a regra.
Os atletas portugueses podem ser dos melhores do mundo, podem chegar aos Jogos com títulos ou records europeus e mundiais, como é o caso de boa parte dos actualmente presentes em Pequim, que, chegando à hora da verdade, no momento em que é preciso mostrar quem é que tem e quem é que não tem real gabarito, a derrocada é total, inevitável. Naquele momento, nada há a fazer.
Foi o caso do judo, da vela, da velocidade, do peso (o tal da caminha... e das perninhas a lembrarem-se da caminha), do salto em comprimento, sei lá o que mais estará para vir. Entradas de leão e saídas de autêntico sendeiro...
Mesmo a única medalha de prata conseguida até agora constituíu um fracasso indesmentível. Vanessa Fernandes tem capacidade para muitíssimo mais e já o provou, provou, provou, provou, provou. O ter ficado com o segundo posto foi, portanto, mau, mas mesmo mau. Ali tinha que dar tudo por tudo. É uma ocasião dificilmente repetível. Mas não, tinha que fracassar. E mais ainda: fracassar com laivos de humilhação. Ficar a 1m06s da primeira é um bigode monstruoso, desastre sem remédio. E o vir-se para as Tvs e rádios e jornais cantar-se hossanas palermas, é ainda mais deprimente, porque toda a gente vê que os rostos de quem o faz estão congestionadíssimos de humilhação, como estão os nossos, frente aos televisores.
A que se devem, então, todos estes fracassos, estas participações dos nossos atletas, borradinhos de medo de alto a baixo logo à entrada?
Há anos e anos que se sabe que não temos, como povo, estrutura mental, edificação psicológica para aguentar os momentos decisivos, seja do que for. Capacidades físicas não nos faltam, intuição para as diversas modalidades também não. Falta, apenas e tão só, "cabeça", "nervo", capacidade de superação. Qual superação, qual quê?! "Igualitarização", ou seja, capacidade de estarmos à altura do que... somos, meramente do que somos e nada mais!!!
- "Mas, então, se assim é - e parece não restarem dúvidas de que é, tais têm sido as provas dadas nesse sentido - nada há a fazer, temos que nos conformar", dir-me-á quem isto ler.
Como diriam os brasileiros:
- Conformar, um escambau!!!
Se toda a gente vê o que está mesmo à frente dos olhos, se o remédio só pode ser um, por que razão não se cuida de o administrar?
Ou alguém pensa que os atletas de outros países não sofrem dos mesmos males? Julgam que todos os chineses, todos os americanos, todos os ingleses e por aí fora, são casos de sucesso, por eles mesmos? Sem falhas, sem quebras, autómatos, todos eles? Quem é que pensa que um Phelps e, como ele, tantos outros, conseguem feitos daquela natureza, sem um acompanhamento psicológico realmente eficaz? Alguém é tão idiota que pense que as coisas aparecem por milagre, intercessão da Senhora de Fátima, sem que cá por baixo alguém cumpra o seu dever?
O que nos falta é trabalho, trabalho, trabalho e vontade de superação. Não gostamos de trabalhar. Há trinta e tal anos que estamos nesta vida do bem bom, habituados aos subsídiosinho para tudo e para nada, alapados na "teta" de tudo nos ser facultado sem que gastemos uma gota de suor de esforço nosso, esforço honrado.
O que mais temos é o "síndrome de Mamede", que podia ter sido - e, por ele, quase foi - o maior atleta mundial de todos os tempos nas suas especialidades, muitíssimo superior a Carlos Lopes, e, por falta de acompanhamento psicológico como era requerido, foi o que se viu.
Deixemo-nos de ser cretinos e chupistas e trabalhemos. Com cabeça, tronco e membros. Não com vaidades idiotas e resultados conseguidos antes de o serem, como a pescada. Façamo-lo e logo veremos os resultados a surgirem, sem estas tristes e humilhantes figuras de urso. É que, se um ou dois atletas acabam em "flop", ainda vá, acontece. Mas... todos?! Porra, todos?!?!
* * *
É provável que esteja surpreendido por, tocando neste assunto, não refira as declarações de Vicente de Moura, o inefável presidente do Comité Olímpico Português. Não o faço, de propósito. É que, se o fizesse, ainda acabaria a proferir insultos. E não me vejo a tal fazer. É que Vicente de Moura ou não teria dormido, depois de uma jornada muito cansativa, ou não acordara ainda de uma noite agitada ou... cala-te, pá!
...
8 comentários:
Ruben;
Ainda falta o 'nacional contentismo' da Vanessa: - 'Prata é melhor do que ouro'! como li num qq diário digital.
Bj
I.
Viva, Isabel!
Sim, no fim ainda vêm com figuras tristíssimas. Ridículos!
Ela disse mais. Disse:
- Porra que é muito bom!
Contado, isto nem se acredita.
Bj
Ruven
Antes de mais, foi vergonhosa algumas prestações e consequentes comentários de "atletas" portugueses.
Mas vamos lá ver! Espero que tu, Ruben, e a senhora Isabel Magalhães sejam, no minimo os melhores do mundo naquilo que fazem! ;) Porque ser o segundo é uma completa vergonha!
Lembro-vos, caso não saibam, que a vencedora do triatlo nos Olimpicos de Beijing, a atleta Emma Snowsill, tinha ganho a última prova na qual tinha tido a Vanessa como adversária, que foi o campeonato do Mundo na Austrália, se não me engano, precisamente nas mesmas posições! Não era nada de outro mundo, a não ser para quem não saiba do que fala, a Vanessa não lhe ganhar! São duas grandes atletas e só uma pode ganhar! O triatlo não é uma prova de velocidade e raramente se acaba separados por poucas décimas!
Relativamente ao futebol, deve-se separar o que se diz da realidade. Mal era se um treinador de uma grande selecção, sem dúvida nenhuma uma das 10 melhores do mundo, entrar numa competição a pensar que vai perder! Nas últimas 3 grandes competições (2 europeus e 1 mundial), estivemos sempre entre as melhores 8 selecções do Mundo. Achas pouco para um País como Portugal? Seremos assim tão melhores noutras actividades? Espero sinceramente que sejas tão bom, como obrigas os "outros" a serem... Apesar de os "outros" serem realmente bons, mesmo que não sejam os melhores do Mundo, fazem parte, sem dúvida, dos melhores do Mundo!
Parabéns à Vanessa Fernandes e ao Gustavo Lima que conseguiu um bom 4º lugar! Quanto ao Ruben... tenha vergonha quando diz algumas das coisas que diz! Fico à espera de saber o quão bom é naquilo que faz na vida! Se for tão "bom" como é a comentar... é muito fraquinho!
A humildade não fica mal a niguém!
Antes de mais, foi vergonhosa algumas prestações e consequentes comentários de "atletas" portugueses.
Mas vamos lá ver! Espero que tu, Ruben, e a senhora Isabel Magalhães sejam, no minimo os melhores do mundo naquilo que fazem! ;) Porque ser o segundo é uma completa vergonha!
Lembro-vos, caso não saibam, que a vencedora do triatlo nos Olimpicos de Beijing, a atleta Emma Snowsill, tinha ganho a última prova na qual tinha tido a Vanessa como adversária, que foi o campeonato do Mundo na Austrália, se não me engano, precisamente nas mesmas posições! Não era nada de outro mundo, a não ser para quem não saiba do que fala, a Vanessa não lhe ganhar! São duas grandes atletas e só uma pode ganhar! O triatlo não é uma prova de velocidade e raramente se acaba separados por poucas décimas!
Relativamente ao futebol, deve-se separar o que se diz da realidade. Mal era se um treinador de uma grande selecção, sem dúvida nenhuma uma das 10 melhores do mundo, entrar numa competição a pensar que vai perder! Nas últimas 3 grandes competições (2 europeus e 1 mundial), estivemos sempre entre as melhores 8 selecções do Mundo. Achas pouco para um País como Portugal? Seremos assim tão melhores noutras actividades? Espero sinceramente que sejas tão bom, como obrigas os "outros" a serem... Apesar de os "outros" serem realmente bons, mesmo que não sejam os melhores do Mundo, fazem parte, sem dúvida, dos melhores do Mundo!
Parabéns à Vanessa Fernandes e ao Gustavo Lima que conseguiu um bom 4º lugar! Quanto ao Ruben... tenha vergonha quando diz algumas das coisas que diz! Fico à espera de saber o quão bom é naquilo que faz na vida! Se for tão "bom" como é a comentar... é muito fraquinho!
A humildade não fica mal a niguém!
Viva, João Paulo Silva!
Tudo o que o meu amigo disse estaria certo, se eu tivesse dito e feito isso que diz que eu disse e fiz.
Acontece, porém, que eu não disse isso que disse que eu havia dito, nem fiz o que disse que eu tinha feito.
O João Paulo leu a correr e, talvez por isso, não se apercebeu do que lá está escrito e qual é a intenção do post.
Peço-lhe que volte atrás e releia. Com mais cuidado. Logo verá que o que disse que eu escrevi não é efectivamente o que eu escrevi.
A essência do post está neste trecho:
"""""""Ou alguém pensa que os atletas de outros países não sofrem dos mesmos males? Julgam que todos os chineses, todos os americanos, todos os ingleses e por aí fora, são casos de sucesso, por eles mesmos? Sem falhas, sem quebras, autómatos, todos eles? Quem é que pensa que um Phelps e, como ele, tantos outros, conseguem feitos daquela natureza, sem um acompanhamento psicológico realmente eficaz? Alguém é tão idiota que pense que as coisas aparecem por milagre, intercessão da Senhora de Fátima, sem que cá por baixo alguém cumpra o seu dever?"""""""
E esse dever, meu amigo, esse dever que não está a ser cumnprido, não é o dever dos atletas, mas sim o dever dos dirigentes. Os dirigentes é que têm o dever de zelar pela boa saúde mental e psicológica dos atletas. E não o fazem. Mesmo depois de, durante anos seguidos, se ter constatado o que efectivamente está errado, eles continuam a não cumprir os seus deveres.
Os atletas? Coitados! Fazem o que podem. O Phelps não seria o Phelps se estivesse sozinho, se não tivesse atrás dele uma máquina grande, bem oleada e eficiente. Pois o que é que pensa, João Paulo? Que os resultados se devem a milagres de Fátima?
Repito. Nós, todos nós, como povo, temos uma mentalidade fraquíssima, mentalidade de perdedor. Já fomos um povo cheio de capacidade de realização, aventureiro, indómito.
Ao longo dos séculos, porém, fomo-la perdendo. E hoje, somos fracos, não gostamos de trabalhar, habituámo-nos a que outros trabalhem por nós e nos subsidiem. É disso que temos vivido, meu caro amigo. Se o João Paulo não vai regularmente fazer compras ao hipermercado, aconselho-o a que vá. E logo constatará que, se os espanhóis deixassem de nos enviar os seus produtos hortícolas (mas não só) estaríamos a morrer de fome, porque não trabalhamos, porque não produzimos, apenas consumimos o que outros produzem.
Vá lá, vá, e constate isto mesmo que lhe digo. Com esta preguiça, esperteza saloia e chupismo estamos a hipotecar o futuro das gerações que nos sucederão. É miserável o que se está a fazer.
Vá, vá ao hipermercado e observe. Logo perceberá a razão da minha catilinária.
Voltando ao tema principal. A verdade é esta, meu caro:
Chegados ao momento da verdade, os nosso atletas, emanação nossa, como povo, baqueiam ingloriamente e saiem com declarações perfeitamente idiotas, que perante os estrangeiros, nos deixam mal colocados e alvo da chacota geral.
Tudo isso, afinal, pelo que disse. Não são convenientemente preparados. Em termos físicos e técnicos, sim, há boa preparação já. Em termos do foro psicológico, porém, a nulidade é absoluta.
É por essas e outras que aparece uma Telma Monteiro - com vários títulos grandes no currículo - com desculpas parvas, de acusações aos árbitros;
é por essas e outras que aparece um lançador do peso, ridículo, a afirmar que "de manhã só caminha, caminha é que é bom e que as perninhas só me pedem caminha";
é por essas e outras que, no momento da verdade, sabendo que tem apenas três tentativas no salto em comprimento, Naide Gomes, que foi para lá com um palmarés fabuloso, desperdiça logo as duas primeiras tentativas e vai toda borradinha para a última, de tal modo que troca os passos e sai borrada. E já nem falo em outros casos lamentáveis.
Enquanto isto ser mantiver, não sairemos desta triste sina.
Para terminar, um apontamento pessoal. Pode crer que, nas tarefas, tanto profissionais como de outra qualquer índole, a que fui deitando ombros ao longo da vida estive sempre entre os melhores. Pode crer. Não sou de cavar sentado, meu caro.
O João Paulo considera que Gustavo Lima e Vanessa Fernandes fizeram que podiam. Talvez pense igualmente que a Telma fez o mesmo e a Naide idem, idem, etc. etc. etc.
Pois bem, eu não penso assim.
Pensaria, se elas e os outros não tivessem já mostrado que são capazes de muito melhor. Como, porém, já mostraram e como, na verdade, constatei que não deram o máximo de si, não me conformo e acuso os dirigentes de terem a responsabilidade pelo falhanço geral.
E, peço desculpa pelo incómodo, mas daqui não saio. Para o meu País, para os meus compatriotas eu quero sempre mais. Segundos, terceiros, quartos e por aí fora lugares não me chegam, quando eles já mostraram que fazem bem melhor e quando vejo, porque se vê à vista desarmada, que não deram tudo o que tinham...
Na verdade, a humildade não fica mal a ninguém. Já, porém, a subserviência e a secundarização, essa fica muito mal a toda a gente que as venera. Eu não venero, abjuro-as mesmo. Se o João Paulo perceber isto e o aceitar, tudo bem; se não perceber nem aceitar, paciência, nada posso fazer.
Abraço
Ruben
Por acaso li até ao fim, daí ter iniciado o post, com a afirmação que fiz e que vai em parte ao encontro do que diz!
Discordo e volto a discordar no que respeita à Vanessa Fernandes e ao Gustavo Lima! Fizeram o que puderam, não tenho dúvidas! Se praticou desporto sabe que há coisas que não dependem de nós! E geralmente, há outras pessoas a concorrer! Como já referi e volto a referir, porque parece ter ignorado esta afirmação, a vencedora do triatlo já tinha vencido a Vanessa Fernandes! Não compreendo por isso, as suas afirmações! Que a Vanessa pode chegar ao ouro, não tenho dúvidas, até porque já tem várias medalhas de ouro. Mas desta vez não conseguiu e não é por isso que foi uma fraca prestação.
Até você próprio diz que "nas tarefas, tanto profissionais como de outra qualquer índole, a que fui deitando ombros ao longo da vida estive sempre entre os melhores". Não foi o melhor, mas esteve ENTRE os melhores! Tal como está a Vanessa e o Gustavo!
Também concordo consigo quando fala dos dirigentes. Muita culpa é deles, nem que seja por levarem atletas sem espirito nem dignidade! Contudo, o Phelps teve o exito que teve pela equipa que tem, mas essencialmente pelo valor que tem! Fosse só a equipa e haviam novos Phelps todos os anos! Quando falamos do Phelps falamos dum génio! E os génios não dependem apenas da formação que lhes é dada nem do empenho e entrega que aplicam diariamente. É preciso nascer com algo que só alguns nascem! Talvez sejam mesmo milagres de Fátima... Ou o Ruben acha que se treinasse muito seria um Maradona ou um Phelps ou se estudasse muito seria um Stephen Hawking ou um Einstein?
Eu também quero sempre mais, mas quero mais com equilibrio e com justiça! Jamais retirarei mérito a quem o teve e esforço e dedicação a quem assim trabalhou!
Abraço,
João
Viva!
Afinal, diz que leu mas não leu ou, então, está para aí virado e nada há a fazer.
Se leu, por que razão continua a bater numa tecla que não existe?
Ora, vá lá ler outra vez, não só o que escrevi no post, como também o que escrevi na respçosta que lhe dei.
A Vanessa e o Gustavo fizeram o que puderam? Como todos eles, aliás. Só que o que puderam não foi nem é suficiente. Se se tivessem preparado como deve ser, se tivessem disposto de todos os meios de que necessitam para vencer, teriam feito melhor.
E tão difícil de perceber isto? Se é, olhe, não consigo explicar nelhor, sem que a explicação pareça ofensiva. E isso não quero. Não quero nem me parece que o João mereça. As referências à Vanessa e ao Gustavo inserem-se no xintexto geral. Aliásd, no que se refer ao Gustavo, tudo está certo. O homem fez o que lhe competia e nem tinha anytes feito melhor. No que se refere à Vanessa, já não é assim. O facto de a vencedora já antes ter derrotado a Vanessa não altera nada. No mento da verdade, a Vanessa, tal como os outros falhou. Só que não falhou tanto como os outros. Mas nem é o segundo lugar o problema. O problema, sim está na diferença. Um minuto e 6 segundos de diferença é um "capote" imenso. É um escândalo.
Eu não queria insistir nisto, mas o João Paulo a tal me leva. As declarações dela no final, são completamente absurdas e só possíveis de proferir por quem não tem a noção do que diz. E se não tem a noção do que diz, deve ter um profissional habilitado a conduzi-la ao lugar que lhe compete e não vir dizer baboseiras ridículas, como "a prata é melhor do que o ouro". Apre!!!
O João Paulo não fica envergonhado com idiotices destas, ditas por atletas que nos representam lá fora, que se embrulham na nossa bandeira, depois de dizerem cretinices destas, depois de falharem sistematicamente onde não podem mesmo falhar por sistema?
Já andou lá por fora e se apercebeu do conceito em que somos tidos, por coisas como estas?
Estou farto, João Paulo, estou farto de ser representadop por gente de ideias "pequeninas" e a quem ninguém ensina e que, sendo ignorante, nem sabe que não sabe que o é e que só diz parvoíces.
Eles não podem ser deixados ir lá para fora fazer figuras destas. Os dirigentes têm que tratar de os preparar para enfrentarem o mundo e não nos deixarem, pelas ruas da amargura.
Vai-me desculpar, mas não vou prosseguir nisto, porque não estou para me irritar com tais parvos.
Abraço
Ruben
Volto a repetir que li até ao fim! Não acho que todos tenham feito o que puderam! A Vanessa, o Gustavo e outros abdicaram de muito para terem as prestações que tiveram! O da caminha e outros, tenho sérias dúvidas ou direi mesmo, tenho a certeza que não o fizeram!
Como disse no post anterior não sei se a Vanessa com outras condições teria feito mais! Segundo ela, já tem tudo o que precisa! Onde estavam os EUA no triatlo? Uma das maiores potências, se não a maior em apoio aos atletas! Pela a ideia de mais apoio e mais treino, deviam ter ganho todas as provas! Em relação à diferença para a primeira, é bom não esquecer que a Vanessa foi a segunda, ou seja, as outras ainda ficaram a mais de um minuto da primeira. Não seria bom ser humilde e admitir simplesmente que desta vez a atleta fez uma grande prova e mereceu a vitória? Por exemplo... E isso nada tem a ver com ser derrotista! Longe disso... Acho mesmo que só alcança vitória quem admite e compreende as derrotas!
Só para terminar a questão do terem dado tudo ou não quero que se diferencie aqueles que deram tudo na preparação e na competição daqueles que deram tudo, que foi nada, por terem andado quatro anos a meter o subsídio ao bolso enquanto estavam na caminha!
Outra coisa são as declarações! Naturalmente que a Vanessa, não é uma rapariga com o dom da fala! Expressa-se mal! MAs não é isso que faz dela má pessoa e muito menos má atleta. Aqui sim, a formação ajudava, e certamente que nos EUA, falaria doutra forma! Mas convenhamos, que qualquer pessoa com dois dedos de testa percebe que o que a Vanessa quis dizer não foi que a prata é melhor que o ouro, mas que nas condições em que se sentiu na prova e da forma como a coisa correu, a prata foi muito bom! É a minha interpretação, que não deverá andar longe da realidade! Mas se acha esta declaração digna de um perdedor, lembro-lhe que a Vanessa após a derrota no Mundial contra a mesma adversária, teve outra atitude, afirmando que "nos olimpicos iria ganhar-lhe"!
Mas prefiro de longe uma Vanessa Fernandes a um "especialista do discurso" como o José Sócrates! Prefiro um bom atleta e pessoa digna a um profissional duvidoso e aldrabão que fala muito bem!
Mas voltando aos olimpicos há outros para além da Vanessa que tiveram bons discursos. O Gustavo teve declarações boas e sentidas. A mesma coisa com o Francis Obikwelo e mais uns tantos!
Poderia também falar dos atletas jamaicanos! Será que têm melhores condições que os portugueses?
Muito mais coisas se poderiam dizer. Como isto se está a tornar repetitivo, não me vou alongar muito mais. Deve-se ser coerente e justo a separar o trigo do joio!
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