Aqui vão sendo deixados pensamentos e comentários, impressões e sensações, alegrias e tristezas, desânimos e esperanças, vida enfim! Assim se vai confirmando que o Homem é, a jusante da circunstância que o envolve, produto de si próprio. 2004Jul23
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quinta-feira, 21 de agosto de 2008
terça-feira, 19 de agosto de 2008
1737. A esperada e inevitável derrocada

Qualquer cidadão vulgar tem a noção dessa inevitabilidade e, portanto, já não fica surpreendido.
Tirando uns fogachos aqui e além, como os casos mais notórios de Rosa Mota e Carlos Lopes, tem sido sempre assim. No atletismo, como no futebol, na vela, como no judo, a música não varia. Rosa e Carlos são a excepção que faz a regra.
Os atletas portugueses podem ser dos melhores do mundo, podem chegar aos Jogos com títulos ou records europeus e mundiais, como é o caso de boa parte dos actualmente presentes em Pequim, que, chegando à hora da verdade, no momento em que é preciso mostrar quem é que tem e quem é que não tem real gabarito, a derrocada é total, inevitável. Naquele momento, nada há a fazer.
Foi o caso do judo, da vela, da velocidade, do peso (o tal da caminha... e das perninhas a lembrarem-se da caminha), do salto em comprimento, sei lá o que mais estará para vir. Entradas de leão e saídas de autêntico sendeiro...
Mesmo a única medalha de prata conseguida até agora constituíu um fracasso indesmentível. Vanessa Fernandes tem capacidade para muitíssimo mais e já o provou, provou, provou, provou, provou. O ter ficado com o segundo posto foi, portanto, mau, mas mesmo mau. Ali tinha que dar tudo por tudo. É uma ocasião dificilmente repetível. Mas não, tinha que fracassar. E mais ainda: fracassar com laivos de humilhação. Ficar a 1m06s da primeira é um bigode monstruoso, desastre sem remédio. E o vir-se para as Tvs e rádios e jornais cantar-se hossanas palermas, é ainda mais deprimente, porque toda a gente vê que os rostos de quem o faz estão congestionadíssimos de humilhação, como estão os nossos, frente aos televisores.
A que se devem, então, todos estes fracassos, estas participações dos nossos atletas, borradinhos de medo de alto a baixo logo à entrada?
Há anos e anos que se sabe que não temos, como povo, estrutura mental, edificação psicológica para aguentar os momentos decisivos, seja do que for. Capacidades físicas não nos faltam, intuição para as diversas modalidades também não. Falta, apenas e tão só, "cabeça", "nervo", capacidade de superação. Qual superação, qual quê?! "Igualitarização", ou seja, capacidade de estarmos à altura do que... somos, meramente do que somos e nada mais!!!
- "Mas, então, se assim é - e parece não restarem dúvidas de que é, tais têm sido as provas dadas nesse sentido - nada há a fazer, temos que nos conformar", dir-me-á quem isto ler.
Como diriam os brasileiros:
- Conformar, um escambau!!!
Se toda a gente vê o que está mesmo à frente dos olhos, se o remédio só pode ser um, por que razão não se cuida de o administrar?
Ou alguém pensa que os atletas de outros países não sofrem dos mesmos males? Julgam que todos os chineses, todos os americanos, todos os ingleses e por aí fora, são casos de sucesso, por eles mesmos? Sem falhas, sem quebras, autómatos, todos eles? Quem é que pensa que um Phelps e, como ele, tantos outros, conseguem feitos daquela natureza, sem um acompanhamento psicológico realmente eficaz? Alguém é tão idiota que pense que as coisas aparecem por milagre, intercessão da Senhora de Fátima, sem que cá por baixo alguém cumpra o seu dever?
O que nos falta é trabalho, trabalho, trabalho e vontade de superação. Não gostamos de trabalhar. Há trinta e tal anos que estamos nesta vida do bem bom, habituados aos subsídiosinho para tudo e para nada, alapados na "teta" de tudo nos ser facultado sem que gastemos uma gota de suor de esforço nosso, esforço honrado.
O que mais temos é o "síndrome de Mamede", que podia ter sido - e, por ele, quase foi - o maior atleta mundial de todos os tempos nas suas especialidades, muitíssimo superior a Carlos Lopes, e, por falta de acompanhamento psicológico como era requerido, foi o que se viu.
Deixemo-nos de ser cretinos e chupistas e trabalhemos. Com cabeça, tronco e membros. Não com vaidades idiotas e resultados conseguidos antes de o serem, como a pescada. Façamo-lo e logo veremos os resultados a surgirem, sem estas tristes e humilhantes figuras de urso. É que, se um ou dois atletas acabam em "flop", ainda vá, acontece. Mas... todos?! Porra, todos?!?!
* * *
É provável que esteja surpreendido por, tocando neste assunto, não refira as declarações de Vicente de Moura, o inefável presidente do Comité Olímpico Português. Não o faço, de propósito. É que, se o fizesse, ainda acabaria a proferir insultos. E não me vejo a tal fazer. É que Vicente de Moura ou não teria dormido, depois de uma jornada muito cansativa, ou não acordara ainda de uma noite agitada ou... cala-te, pá!
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segunda-feira, 11 de agosto de 2008
1715. Beijing 2008

Depois do surpreendente e inolvidável espectáculo que foi a cerimónia de abertura dos Jogos, para que eu prevenira há cerca de dois anos, por ter visto o que vira, talvez não seja exagero afirmar que é de estar atento aos resultados desportivos, designadamente à atribuição das medalhas olímpicas, com especial relevância para as de ouro.
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sábado, 29 de dezembro de 2007
1340. Citação do dia - 29Dez2007
"We’re definitely hoping for the best, but preparing for the worst."
JON KOLB, a member of the Canadian Olympic Committee, on air pollution in Beijing, site of the 2008 Summer Games.
NYT 29Dez2007
"Definitivamente, estamos esperando o melhor, mas preparando-nos para o pior".
Jon Kolb, membro do Comité Olímpico Canadiano, referindo-se à poluição armosférica em Pequim, local da realização dos Jogos Olímpicos de Verão, em 2008.
* * *
Para falar com toda a franqueza, não vi, há um ano, assim tão assustadora poluição em Pequim. Vi, isso sim, noutros locais da China. Em Pequim, pelo contrário e como tive oportunidade de mostrar aqui por fotos, não são erguidos mais de 2 ou 3 arranha-céus sem se os rodear de extensa área de zona verde, com jardins, relva, flores e árvores, num raio de 50 a 100 metros, coisa que não se vê em mais parte nenhuma, designadamente em outras cidades onde os Jogos têm vindo a ser realizados.
Não estive em Chonking (30 milhões de habitantes, mas a milhares de km de Beijing), a grande ameaça à recordista mundial, Cidade do México, a 2.000 metros de altitude e com 17 milhões de habitantes - fora os arrabaldes -, essa, sim, com índices de poluição atmosférica de estarrecer e que se vê à vista desarmada.
E, aí, a poluição é tal que, todolos dias por las 5 de la tarde, chove que se farta durante 10 minutos a 1/4 de hora, após o que, nos dias menos favoráveis dos desfavoráveis - que são todos - nada há que não fique marcado pela lama, resultante da passagem da chuva pelas partículas de poluição em suspenso na atmosfera.
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JON KOLB, a member of the Canadian Olympic Committee, on air pollution in Beijing, site of the 2008 Summer Games.
NYT 29Dez2007
"Definitivamente, estamos esperando o melhor, mas preparando-nos para o pior".
Jon Kolb, membro do Comité Olímpico Canadiano, referindo-se à poluição armosférica em Pequim, local da realização dos Jogos Olímpicos de Verão, em 2008.
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Para falar com toda a franqueza, não vi, há um ano, assim tão assustadora poluição em Pequim. Vi, isso sim, noutros locais da China. Em Pequim, pelo contrário e como tive oportunidade de mostrar aqui por fotos, não são erguidos mais de 2 ou 3 arranha-céus sem se os rodear de extensa área de zona verde, com jardins, relva, flores e árvores, num raio de 50 a 100 metros, coisa que não se vê em mais parte nenhuma, designadamente em outras cidades onde os Jogos têm vindo a ser realizados.
Não estive em Chonking (30 milhões de habitantes, mas a milhares de km de Beijing), a grande ameaça à recordista mundial, Cidade do México, a 2.000 metros de altitude e com 17 milhões de habitantes - fora os arrabaldes -, essa, sim, com índices de poluição atmosférica de estarrecer e que se vê à vista desarmada.
E, aí, a poluição é tal que, todolos dias por las 5 de la tarde, chove que se farta durante 10 minutos a 1/4 de hora, após o que, nos dias menos favoráveis dos desfavoráveis - que são todos - nada há que não fique marcado pela lama, resultante da passagem da chuva pelas partículas de poluição em suspenso na atmosfera.
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