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quarta-feira, 11 de março de 2009

2035. Mais uma para o rol

Vereadores vão informar PJ e MP
Falha informática impede PSD de ouvir gravação sobre relatório aos projectos Sócrates
11.03.2009 - 16h52 Lusa

Uma falha informática impediu hoje os vereadores do PSD na Câmara da Guarda de escutarem a gravação original de apresentação do relatório da comissão que analisou o licenciamento de projectos assinados por José Sócrates na década de 1980. Na reunião anterior, o PSD tinha solicitado ouvir a gravação original alegando que a acta da reunião do dia 28 de Janeiro não correspondia "àquilo que se passou efectivamente na reunião".

Hoje, devido a uma falha informática, o executivo não ouviu a gravação, como estava agendado, situação que aumentou o descontentamento e a desconfiança da oposição social-democrata que vai informar o Ministério Público (MP) e a Polícia Judiciária (PJ) do sucedido.

"Já tomámos a nossa posição de participar ao MP e à PJ todo este processo e a maneira como a maioria socialista o conduziu, portanto, vamos agora também dar-lhe nota destes últimos desenvolvimentos que nos parecem ridículos e anedóticos", disse a vereadora Ana Manso, porta-voz da oposição.

A dirigente social-democrata classifica como anedótico o que se passou hoje: "Primeiro foi-nos entregue uma transcrição da acta que não correspondia aquilo que se tinha passado na reunião; foi feita uma segunda versão que também não traduzia o conteúdo nem o clima, nem a demora da reunião e acho que é um jogo que não tem qualquer explicação, é anedótico mesmo". "Penso que já é uma questão de investigação e de polícia para saber, de facto, o que é que se passou e qual é a verdadeira intenção [do executivo socialista] em todo este processo", defendeu.

Programa não estava instalado

O presidente da Câmara da Guarda reconheceu que no início da reunião de hoje "o sistema [informático que permitia ouvir a gravação] não estava instalado no computador". Joaquim Valente acusa o PSD de criar "um folhetim" que "nunca existiu", garantindo que "até agora, ninguém pôs em causa o sistema [de gravação]". Sobre eventuais falhas na gravação, considerou que "os microfones funcionam" mas "se não accionamos o botão não fica gravado, mas isso é por responsabilidade própria".

Joaquim Valente ainda não ouviu a gravação original da reunião que está no seio da polémica - onde não esteve por se encontrar no estrangeiro - mas garante que "não há falhas técnicas e ninguém retirou nada da gravação porque é impossível fazê-lo". Admitiu que se algo não consta no registo original "é porque quem proferiu palavras não accionou o microfone".

Sobre a decisão do PSD em comunicar os últimos factos ao MP e à PJ disse: [Os vereadores do PSD] "que façam aquilo que entenderem. Quem não deve não teme e nós estamos perfeitamente tranquilos". Ficou decidido que na próxima reunião da autarquia será apresentada a transcrição "ipsis verbis" do que está na gravação, advertindo Joaquim Valente que não vai alimentar mais "folhetins", alegando que o executivo tem "coisas mais importantes para fazer".

Recorde-se que a comissão interna que analisou o licenciamento dos projectos assinados por José Sócrates na década de 80 concluiu que não existiram "diferenças assinaláveis" na rapidez com que estes foram aprovados pela Câmara da Guarda.
Público

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Mais uma... Dá vontade de galhofar, não dá? Ou não vale a pena, já? O melhor é fingir que não se percebe, que somos burros...
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