Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

quarta-feira, 6 de maio de 2009

2158. Aldeia global portuguesa (11) - Goa, Damão e Diu



é um Estado da Índia, com a capital em Panaji


Situa-se entre Maharastra (Madrasta), a norte, e Karnataka, a leste e sul, na costa do Mar Arábico, 400 km a sul de Bombaim. É o menor dos estados indianos em território e o quarto menor em população. O mais rico em PIB per capita.


A língua oficial é o concanim, embora exista ainda quem fale português, após o domínio de Portugal, de mais de 400 anos.


As principais cidades são Betul Beach, Cape Rama, Chauri (Canácona), Mapusa, Margão (Madgaon, em concanim) e Panaji (Pangim, antigo nome português).


A partir de 1510 e até ter ser anexada pela União Indiana, em Dezembro de 1961, foi a capital do Estado Português da Índia.


As igrejas e conventos são Património da Humanidade da Unesco.


A primeira referência a Goa data de cerca de 2200 a.C., em escrita cuneiforme dos sumérios, que lhe atribuíram o nome de Gubio. Por volta de 1755 a.C. nela se estabeleceram os fenícios. No período védico tardio (1000-500 a.C.) é chamada, em sânscrito, Gomantak ( "terra paradisíaca, fértil e com águas boas").


Cerca de 200 a.C. tornou-se a fronteira sul do império de Ashoka como refere Estrabão.


Por volta de 530-550, árabes e turcos, diziam-na dos melhores portos do Industão. Depois do império Maurya (321-185 a.C.) foi disputada por vários outros impérios em batalhas sangrentas, até que, no Séc. X, prosperou pelo comércio com os árabes. Em 1347 caiu sob domínio islâmico e muitos templos a deuses hindus foram destruídos.


A primeira investida portuguesa deu-se em 1510, de 4 de Março a 20 de Maio. Meses depois, em segunda expedição, a 25 de Novembro, Afonso de Albuquerque, auxiliado pelo chefe hindu Timoja, tomou-a aos árabes e, desde então esteve ininterruptamente na posse dos portugueses, até que em 28 de Dezembro de 1961, foi invadida e ocupada pelo exército indiano, por deliberação do governo de Nova Delhi, chefiado pelo primeiro-ministro de então, o "pandita" Jawaharlal Nehru.


A Sé Catedral, na Velha Goa, a 9km de Pangim, é dedicada a Santa Catarina de Alexandria. O magnífico edifício foi construído no séc. XV, tendo começado em 1562 e terminado em 1619, sendo consagrada em 1640 e reconhecida como a maior da Igreja na Ásia. A arquitectura da Sé é muito elaborada. No estilo fundem-se o gótico e o português. É surpresa a decoração ainda que em estilo muito simples. Famoso é o sino gigante (“sino dourado”), um dos maiores do Mundo. À direita do altar-mor, tem a capela da Cruz dos Milagres, onde se diz ter havido uma aparição de Cristo, em 1919. Desde então, conta a tradição, a cruz ali existente vem crescendo.


A Basílica do Bom Jesus, igreja jesuíta da Índia. é considerada um dos melhores exemplos do barroco na Índia.


Património da Humanidade, construído em 1695, é marco histórico do Cristianismo.


Contém os restos mortais de S. Francisco Xavier; amigo de Santo Inácio de Loyola, com quem fundou a Companhia de Jesus. Xavier faleceu, em 2 de Dezembro de 1552, em Sancian, quando se preparava para seguir para a China.



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casa indo-portuguesa

Damão é uma cidade indiana, que foi sede, de distrito do antigo Estado Português da Índia, do qual faziam parte igualmente os concelhos de Dadrá e Nagar Abeli. Tem 72 km² e 114 mil habitantes.


Os Portugueses chegaram a Damão em 1523, nos navios de Diogo de Melo. Em meados da década 1530-1540, o vice-rei Nuno da Cunha mandou arrasar os baluartes de Damão, por ali serem os estaleiros das frotas muçulmanas. Em 1559 foi definitivamente tomada a cidade de Damão.


Várias guerras locais levaram à perda de alguns territórios. Perderam os portugueses, Baçaim em 1739 e, logo a seguir, Chaúl. Depois de muitas aldeias perdidas, obtiveram o apoio militar que deram a Madeva Pradan, pelo tratado de 1780 foram-lhes restituídas várias dezenas de aldeias, que vieram a constituir de Dadrá e Nagar-Aveli.


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A primeira tentativa de conquista de Diu, pelos portugueses, ocorreu em 1513.


Fortaleza de Diu

Mais tarde, em 1531 nova tentativa também não bem sucedida. No entanto, a cidade acabou por ser-lhes oferecida, em 1535, como recompensa pelo apoio militar que dispensado ao sultão do Guzerate. De imediato, foi transformada em castelo português.


Bahadur Xah, porém, pretendeu reavê-la, mas foi vencido e morto, seguindo-se um período de guerra entre os portugueses e a gente do Guzerate que resultou no infrutífero cerco de Diu, em 1538. Um segundo cerco, oito anos depois, que, uma vez mais, os Portugueses venceram, com D. João de Castro, acabou com tal guerra, após o que Diu foi fortificada de tal forma que resistiu a todas as seguintes investidas dos árabes de Mascate e dos holandeses, estes já nos finais do séc. XVII.

(a partir da Wikipedia e de publicações diversas)


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Ver outros "bairros" da Aldeia Global Portuguesa.

Links disponíveis no sidebar direito da página de abertura do blog, ao fundo da página.

A série terá continuação, já que bairros destes há imensos. Só que aleatoriamente, ao sabor da disponibilidade de tempo.

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2 comentários:

Unknown disse...

Gostei bastante desta crónica emocionante sobre Goa, Dmao e Diu e o que sobra de português aqui. Nasci em Goa, estou quase em exilo em Mumbai. Ensino português aos Indianos.

Ruvasa disse...

Viva, Best!

Muito obrigado pela referência. Foi um prazer tê-lo/a por cá.

Este texto, preparei-o (com muias imagens, em powerpoint), para servir de uma espécie de apresentação do que iríamos ver (um grupo de 20 portugueses) em Outubro)Novembro de 2009, na Índia.

Infelizmente, minha mulher e eu acabámos por não ir, em virtude de minha sogra (de 86 anos) ter adoecido e baixado de urgência ao Hospital, com uma diverticulite aguda, 4 dias antes do início da aventura.

Assim, temos que contentar-nos com o que conhecemos já de New Delhi, onde estivemos em 2005, a caminho do Nepal e Tibete e também no volta.

Teriamos ido a Nova e Velha Delhi, Varanasi (Benares), Khajuraho, Orchha, Jhansi, Agra, Fatephur Sikri, Bharatpur, Jaipur, Udaipur, Goa (3 dias), Mumbai (Bombaim). Calcula, pois, o desgosto que sofremos, não?

Bem, não fomos mas iremos num próxima oportunidade. E talvez, então, consigamos levar a nossa cunhada que é natural de Panjim.

Abraço

Ruben