Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

quinta-feira, 11 de junho de 2009

2297. Por discursatas damos tudo e mais 8 tostões...

O Dia de Portugal deu-nos dois bons discursos: o do Presidente e o de António Barreto. A coragem de Barreto foi notória e é notável, e o seu discurso devia ser lido com muita atenção – depois de traçar um diagnóstico da nossa memória do Dia de Portugal, apelou ao exemplo das elites, dos políticos, enfim, de quem tem de ‘dar o exemplo’.

Mas não só: em todo o lado, devemos dar o exemplo – na rua, na escola, nos serviços públicos. Mas se o poder não der o exemplo, é o desastre que se vê. Vale mais isso do que os discursos de grande floreado, cheios de ditirambos e de promessas de eternidade. Os políticos presentes aplaudiram-no de rosto fechado e isso compreende-se: alguns estão em fim de ciclo e magoados pelo ressentimento. António Barreto anunciou-o com clareza e brilho.

Francisco José Viegas, escritor
in Correio da Manhã
2009.06.11
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Pois... Por uma bela discursata que nada diga, mas gongorize e ditirambe que baste, damos o quê e mais oito tostões?
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